31.1.14

Wisława Szymborska na RTP2





Amanhã, 1 de Fevereiro, às 21h13, a RTP2 transmite A Vida é Suportável. Às vezes..., de Katarzyna Kolenda-Zaleska, para assinalar o aniversário da morte de Wisława Szymborska.
O documentário sobre a vencedora do Prémio Nobel de Literatura em 1996 conta com a participação da própria e de personalidades como Woody Allen e Umberto Eco.
De Wisława Szymborska a Relógio D’Água publicou dois livros de poesia, Instante e Paisagem com Grão de Areia.

29.1.14

Nathan Filer vence Prémio Costa de Livro do Ano







The Shock of the Fall, obra vencedora do Prémio Costa na categoria de Primeiro Romance, valeu a Nathan Filer o Prémio Costa de Livro do Ano.
The Shock of the Fall conta a história de Matthew e Simon, dois irmãos separados mas unidos por um trágico acidente, explorando temas como a perda, a dor e a doença mental.
Segundo o júri, «é difícil acreditar que este é um primeiro romance – é tão bom que nos faz sentir melhores pessoas».
A Relógio D’Água publicará em breve a tradução de The Shock of the Fall.
Kate Atkinson, vencedora do Prémio Costa na categoria de Romance, com Vida após Vida, recentemente editado pela Relógio D’Água, fora apontada como a favorita.

28.1.14

Sobre Henrique IV, de William Shakespeare





«Uma das melhores peças históricas de Shakespeare, Henrique IV é também uma das mais inovadoras. A obra divide a atenção entre a imagem da corte, dos assuntos e interesses do estado, das querelas e alianças da aristocracia, e a pintura de costumes dos frequentadores da taberna de Eastcheap, gente comum do povo e pequenos marginais, produzindo um retrato social compósito sem precedentes no teatro isabelino. Em Henrique IV, o dramaturgo apresenta uma das suas mais geniais criações e uma das mais extraordinárias personagens de toda a literatura inglesa, Sir John Falstaff. Divertido, amoral e dissoluto, Falstaff celebra os prazeres do corpo e rejeita os valores da coragem e da honra, descrevendo-se como “não sou apenas eu próprio espirituoso mas sou a causa do espírito dos outros.” Esta edição integra a coleção Projecto Shakespeare, resultante de um protocolo estabelecido entre os membros do grupo de investigação Shakespeare e o Cânone Inglês, do CETAPS - Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies (pólo da Faculdade de Letras da Universidade do Porto), e a editora Relógio D'Água, que tem como objetivo a publicação da tradução integral da obra dramática de William Shakespeare.» [Agenda Cultural de Lisboa]



Kate Atkinson favorita para o Prémio Costa do ano




 

Em 1995 Kate Atkinson recebeu o Prémio Costa de Livro do Ano, então conhecido como Whitebread, pelo seu primeiro livro.
Vida após Vida, o oitavo romance da escritora, foi o vencedor na categoria de romance do Prémio Costa, tendo estado também nomeado para o Women's Prize for Fiction.
Vida após Vida foi indicado pela casa de apostas William Hill como o título favorito para vencer o Prémio Costa do ano, escolhido entre os vencedores de cada uma das categorias (Primeira Obra, Biografia, Poesia, Infanto-Juvenil).
A obra acaba de ser publicada pela Relógio D’Água.

27.1.14

A chegar às livrarias: Vida após Vida, de Kate Atkinson





Em 1910, durante uma tempestade de neve em Inglaterra, um bebé nasce e morre sem que tenha tempo de respirar. Em 1910, durante uma tempestade de neve em Inglaterra, o mesmo bebé nasce e vive para poder contar a aventura. E se existissem segundas oportunidades? E terceiras? E se tivéssemos um número infinito de possibilidades para viver? Poderíamos salvar o mundo do seu inevitável destino? Seria esse o nosso desejo?
 

«É tempo de recordar as leituras mais estimulantes do ano: o romance inesgotavelmente engenhoso de Kate Atkinson: Vida após Vida (...).»
[Hilary Mantel, The Observer, «Best Books of 2013»]


«Vida após Vida, de Kate Atkinson, é um romance de absoluta beleza, e a sua estrutura é das mais originais e subtis que li em muitos anos. Um romance brilhante, afável e audacioso, cujo futuro, suspeito, inclui palavras como acessível e clássico. (...)»  
[Ali Smith, The Observer, «Best Books of 2013»]
 

«Kate Atkinson é maravilhosa. Não existem adjetivos suficientes para descrever Vida após Vida: deslumbrante, espirituoso, comovente, alegre, sentimental, intenso. Descontroladamente inventivo, profundamente sentido. Hilariante. Humano. Em poucas palavras: um dos melhores romances que li neste século.»
[Gillian Flynn, autora de Em Parte Incerta]


Vida após Vida venceu o Costa Book Award 2013.

A chegar às livrarias






Virginia Woolf nasceu em Hyde Park Gate em 1882. A mãe morreu quando ela tinha 13 anos. O seu pai era o crítico literário Sir Leslie Stephen. Após a morte deste em 1904, Virginia mudou-se para a casa do irmão Thoby e da irmã, a pintora Vanessa Bell, em Bloomsbury, onde estes se reuniam com outros escritores e artistas, incluindo Lytton Strachey, Keynes e Roger Fry. Essa foi a origem do célebre Bloomsbury Group. Entre os seus participantes estava também Leonard Woolf, com quem Virginia se casou em 1912.
O primeiro romance de Virginia Woolf, A Viagem, foi editado em 1915, mas seria O Quarto de Jacob (1922) a suscitar o seu reconhecimento como uma escritora inovadora. Essa evolução seria confirmada em Mrs. Dalloway.
A sua abordagem modernista foi desenvolvida em Rumo ao Farol, em As Ondas, Entre os Atos e vários dos seus contos.
Virginia Woolf morreu a 28 de março de 1941, em plena II Guerra Mundial.
Tinha então quase sessenta anos, publicara nove romances, sete volumes de ensaios, duas biografias, um diário e vários contos.

Sobre O Nome Negro, de António Carlos Cortez





No Diário de Notícias de 20 de Janeiro, Joana Emídio Marques conversou com António Carlos Cortez a propósito do seu último livro de poesia, O Nome Negro: «António Carlos Cortez recusa fazer de conta que não se insere numa tradição poética e num tempo que já foi contado e cantado por outros. Faz-se acompanhar de Camões, de Sá de Miranda, de Cesário Verde, de Ruy Belo, de Gastão Cruz e recusa a atual poesia portuguesa que “sendo levada ao colo pelos media” e “sabendo criar dispositivos de marketing” se impôs “fazendo tábua rasa de tudo o que está para trás, fazendo tábua rasa da linguagem e resumindo a poesia a narrativas do quotidiano”. (…)

O Nome Negro nasceu de um verso “roubado” a Herberto Helder, onde se pensa sobre “as palavras como um buraco negro que suga impiedosamente o real”, explica o poeta antes de explicar que “a poesia tem de ter uma dimensão de choque. Não tem de ser simpática, salvífica. Pois o poema é a tentativa de resgatar o que já se perdeu. É uma obsessiva procura de dizer o real sem nunca o conseguir.”»

21.1.14

Quase todo o Joyce no Diário de Notícias






No DN de 18 de Janeiro, João Céu e Silva faz um sistemático trabalho sobre a edição de várias obras de Joyce publicadas pela Relógio D’Água nos últimos dois anos. Entrevista o editor da Relógio D’Água sobre a publicação de Ulisses e os diferentes tradutores que se encarregaram da passagem das obras para o português.



Jorge Vaz de Carvalho, tradutor de Ulisses: «é o autor da nova tradução de Ulisses, uma tarefa que lhe demorou mais de dois anos e em muitos períodos trabalhando dez horas por dia. “O tempo mais bem empregue que poderia desejar.” Após o convite da Relógio D’Água, cumpriu-se o desejo de sempre traduzir Ulisses: “É, para mim, com Em Busca do Tempo Perdido, de Proust, a mais importante obra de ficção do século XX. Apesar de ser um texto a que regressava regularmente, fazê-lo na qualidade de tradutor cria novas perspetivas para um conhecimento aperfeiçoado.”»




Margarida Periquito, «tradutora de Dublinenses, que iniciou há dois anos e em simultâneo com os seus pares envolvidos neste projeto da Relógio D’Água, considera que todos os autores e obras apresentam as suas dificuldades mas não encontrou nestes contos de Joyce mais dificuldades do que em autores como Joseph Conrad, Bram Stoker, Pirandello ou Leopardi. Acrescenta que é sempre importante conhecer factos da vida de um autor, bem como outras obras suas, para melhor interpretar o seu trabalho literário com vista à tradução.»





Paulo Faria, tradutor de Retrato do Artista quando Jovem: “é uma torrente de palavras, um objeto orgânico, desenfreado, em que coisas belas e feias, palavras belas e feias, se entrelaçam na prosa em lugar de destaque. O autor, aliás, esfrega-nos esta beleza e esta fealdade na cara de propósito, deliberadamente”. Para o tradutor, James Joyce não é um autor sobrevalorizado, antes pelo contrário: “É um escritor pouco lido por exigir ao leitor o mesmo que exigia aos seus familiares, conterrâneos e contemporâneos: que o acompanhassem na sua odisseia sem fazerem concessões.”»




José Miguel Silva, tradutor de Cartas a Nora: “não precisávamos destas cartas para saber que o sentimentalismo e a obscenidade conviviam muito familiarmente dentro de James Joyce, que o autor transitava facilmente entre as altas esferas da especulação intelectual e linguística e os baixios da pornografia. Para tal basta ter lido algumas páginas de Ulisses.”

 


«É o primeiro livro do escritor, de 1907, que reúne 36 poemas num estilo elisabetiano, com arcaísmos linguísticos e na intenção de serem musicados.» [Faltou apenas entrevistar, por ter sido impossível o contacto, João Almeida Flor, tradutor do livro de poemas Música de Câmara.]

20.1.14

Ulisses no Expresso





 

No suplemento Atual do Expresso de 18 de Janeiro, Luís M. Faria faz uma crítica à nova tradução de Ulisses, feita por Jorge Vaz de Carvalho: «Ulisses pertence à categoria dos livros que, não sendo impossíveis de traduzir, o são quase. Em português de Portugal existia uma única versão, feita há décadas e muito criticada. No Brasil há outras três. Esta que agora surge na Relógio D’Água promete ser referência durante bastante tempo. É trabalho de Jorge Vaz de Carvalho, um poeta, ensaísta e tradutor igualmente com atividade noutras áreas artísticas.»

 

Em entrevista no Atual a Jorge Vaz de Carvalho:


«Quando o convidaram para fazer esta tradução, aceitou logo.
Sim. Conhecia há muito o Ulisses e fui sempre convivendo com ele. Não apenas o dei na faculdade como, durante o meu doutoramento, estive num seminário magistral sobre ele dado pelo professor António Feijó. Li-o várias vezes, mesmo em italiano, quando vivi fora. No entanto, quando se trata de passar à língua portuguesa um lviro destes, por mais fresco que esteja, começam dificuldades de que nem suspeitamos.
 

Tinha alguma secção preferida?
A do Joyce era a Ítaca…


A do “catecismo”.
Sim. E é a minha preferida também.

Foi aliás o tema do meu trabalho para o António Feijó. É um capítulo verdadeiramente extraordinário. O Ulisses, como toda a gente sabe, é o livro da rutura absoluta com os cânones da ficção, sobretudo oitocentista. Aquele tipo de pergunta-resposta, no fundo, é o tipo de perguntas e respostas que o autor faz a si próprio quando tem de descrever, anrrar, formular diálogos…»

Sobre Enxaqueca, de Oliver Sacks





«Enxaqueca, o primeiro livro de Oliver Sacks (saiu em 1970; esta é a versão revista e aumentada de 1992), contém já todos os seus elementos típicos: um tema médico relacionado com o cérebro tratado por um especialista que é ele próprio um feixe de sintomas; referências à presença do assunto na História e na cultura; discussão de manifestações, causas, tratamentos; e casos clínicos. Essencial é o facto de a enxaqueca poder requerer abordagens terapêuticas não exclusivamente físicas, ao contrário, digamos, de uma alergia.» [Luís M. Faria, Expresso, atual, 11-1-2014]

17.1.14

Sobre As Partículas Elementares, de Michel Houellebecq




«Michel Houellebecq, nascido em 1956, é um dos mais importantes, e polémicos, poetas, romancistas e ensaístas franceses contemporâneos. O seu último romance, O Mapa e o Território, recebeu o Prémio Goncourt em 2010. A presente obra, datada de 1998 tem como protagonistas dois meios-irmãos totalmente opostos. Um, obcecado sexual, vive apenas para o corpo e pelo corpo, o outro vive somente através do seu espírito matemático, onde tudo se organiza meticulosamente em detrimento das emoções que já não é capaz de sentir. A descrição pormenorizada destes dois universos permite ao escritor revelar a sua visão do mundo e da História, impregnada de um realismo profundamente pessimista sobre as relações humanas. Uma escrita impessoal e quase técnica dá-nos conta da frieza da sua perspetiva sobre a breve ilusão da felicidade, a implacável realidade da morte e a profunda crise afetiva e sexual da sociedade ocidental.» [Agenda Cultural de Lisboa]

16.1.14

Sobre A Porta Secreta, de Ana Teresa Pereira





«Um livro de aventura, de miúdos, adultos, cães amigos e destemidos, de gatos pachorrentos ao sol, de jardins, de lagoas, de uma quinta misteriosa, de uma torre, de uma casa na floresta, de pão acabado de fazer, ainda morno, de biscoitos, de pãezinhos de leite, de livros, de quadros…» [Jornal da Madeira, 21-11-2013]

15.1.14

Sobre A Pedra da Lua, de Wilkie Collins





«… ela deu-me A Pedra da Lua para ler foi o primeiro que eu li de Wilkie Collins» [Molly Bloom in Ulisses, de James Joyce]

14.1.14

Novidades da Relógio D’Água para 2014 em destaque na Time Out




Charles Dickens
 

Na edição de 8 de Janeiro, a Time Out anuncia algumas das novidades da Relógio D’Água: «Em 2014 teremos Contos e Peças em Um Acto, de Anton Tchékhov; História de Duas Cidades, de Charles Dickens; Bem Está o Que Bem Acaba, de William Shakespeare; Contos e Diários de Isaac Bábel; O Sol dos Mortos, de Ivan Chmeliov; e O Idiota, de Fiódor Dostoievski. A editora vai também iniciar a edição em capa dura das Obras Escolhidas de Virginia Woolf, Oscar Wilde e Lewis Carroll.»

13.1.14

Ingmar Bergman nos cinemas


 
Em Lisboa, no cinema Nimas, até Abril, e no Teatro do Campo Alegre, no Porto, a partir de Fevereiro, serão exibidos dezassete filmes do realizador sueco.
Em 2012, a Relógio D’Água publicou a autobiografia de Ingmar Bergman, em que o próprio lança, em 1987, um olhar sobre a sua vida marcada por uma educação rígida, uma imaginação fecunda e uma vida amorosa acidentada.
Através da sua leitura vemos como foi um homem do teatro e do cinema, tendo vivido com intensidade os seus momentos de crise e de graça.
Bergman avalia sem autocomplacência as suas relações familiares, de amizade e amorosas, e fala com lucidez dos seus encontros com actores como Laurence Olivier, Greta Garbo ou Ingrid Bergman. Revela ainda episódios desconhecidos das filmagens de Morangos Silvestres, Mónica e o Desejo e Sonata de Outono.
A obra testemunha as suas feridas e crises, mas também os seus momentos de felicidade, iluminados pelo persistente fulgor da infância.

A Ilha de Sacalina sobe ao palco





 

Mais de 120 anos depois da viagem de Anton Tchékhov à ilha de Sacalina, então uma colónia penal onde gerações de prisioneiros cumpriam penas de trabalhos forçados, o relato do escritor e médico russo será levado ao palco. A adaptação é de Jonathan Cole, professor na Universidade de Southampton.
O espectáculo chamar-se-á The Russian Doctor e terá uma primeira apresentação a 28 de Março, no Theatre Royal de Winchester.
Em 2011, a Relógio D’Água publicou o livro que deu origem à representação.


Quando Tchékhov, então um jovem médico, partiu para a ilha de Sacalina em Abril de 1890, ninguém compreendeu as suas motivações. Ele próprio, incapaz de se explicar, falou de mania sachalina.
Nabokov fez-se eco dessa perplexidade: «Normalmente, os críticos que escrevem sobre Tchékhov repetem que acham de todo incompreensível o facto de, em 1890, o escritor ter empreendido uma viagem perigosa e fatigante à ilha de Sacalina para estudar a vida dos condenados aos trabalhos forçados.»
Trata-se, de qualquer modo, do episódio mais estranho da vida de Tchékhov. Tendo decidido investigar aquele lugar maldito, pôs-se a caminho, em condições mais do que precárias. Decidira não se apresentar como jornalista e não possuía qualquer carta de recomendação ou documento oficial. Após dois meses e meio de viagem extenuante, o mais provável era ser obrigado a regressar.
Enfrentou o frio, a chuva, as inundações, e os incêndios, e finalmente lá estava, ao largo da Sibéria, a ilha de Sacalina: «Em redor o mar, no meio o inferno.»

10.1.14

José Gil no programa Ensaio Geral




 

Hoje, sexta-feira, dia 10 de Janeiro, pelas 18h45, José Gil e Pedro vieira participam no programa Ensaio Geral na Ferin, da Rádio Renascença, que se realiza no espaço da Livraria Ferin, em Lisboa, numa sessão aberta ao público.
O filósofo e professor universitário e o escritor estarão à conversa com a jornalista Maria João Costa, em mais uma tertúlia do ciclo de conversas organizado conjuntamente pela Livraria Ferin, pela Rádio Renascença e pela Booktailors.

 
(Mais informações aqui.)

9.1.14

Jorge Vaz de Carvalho fala a Filipa Melo sobre a sua tradução de Ulisses sob o título «A literatura é para os fortes»





«Joyce pertence ao grupo de autores preferidos do tradutor português: aqueles que “nunca tratam o leitor como um cretino”. Ulisses, em rutura com tudo o que era o paradigma narrativo do século XIX, “exige apenas essa raridade de leitor que possui curiosidade intelectual perante o texto literário e as possibilidades infinitas da língua”. Esta é uma leitura que “nos atira para fora de pé, sem sequer nos termos chegado a molhar”. Obriga o leitor a abdicar da bengala do enredo e a transformar-se “de banhista da rebentação em banhista de ondas poderosas”. Não é de todo uma leitura para todos.» [Ler, Janeiro 2014]

8.1.14

Kate Atkinson vence Prémio Costa de melhor romance com Vida após Vida




fotografia de Euan Myles
 
Em 1995 a escritora recebera o Prémio Livro do Ano, então conhecido como Whitebread, pelo seu primeiro livro.
Vida após Vida, o oitavo romance de Kate Atkinson, foi anunciado segunda-feira como o vencedor na categoria de romance, tendo estado também nomeado para o Women's Prize for Fiction.
Segundo o júri, o livro é «espantoso – tem tudo o que se pode querer de uma obra de ficção e muito mais».

Vida após Vida será brevemente publicado pela Relógio D’Água, com tradução de José Miguel Silva.

7.1.14

Livros Relógio D'Água «Na Estante» da revista Ler de Janeiro




 

«Após vários adiamentos, eis o que se pode considerar um verdadeiro acontecimento editorial: uma nova tradução para português de Ulisses, a obra-prima de Joyce, feita por Jorge Vaz de Carvalho. Sendo inevitável o cotejo com as traduções mais conhecidas – a de Antônio Houaiss (Difel) e a de João Palma Ferreira (Livros do Brasil) –, espera-se do trabalho de JVC, que, além de poeta, ensaísta e professor universitário, é também cantor lírico, um respeito absoluto pelos ritmos de uma prosa cuja “delicada música” Jorge Luis Borges disse ser “incomparável”. Mais importante ainda é restituir aos leitores portugueses de hoje a possibilidade de se confrontarem com um dos romances centrais da literatura do século XX.»

 

«Este volume reúne três livros do Antigo Testamento – Génesis, Êxodo e Cântico dos Cânticos – com as ilustrações que Marc Chagall para eles fez em diversos períodos da sua vida. Um deslumbramento.»

 


 

«Este é um dos romances mais divertidos de Nabokov, reflexão iróinica sobre o mundo académico, visto pelos olhos de Timofey Pnin, um dos mais patéticos professores que alguma vez ensinou em universidades americanas.»

 


«Volume de ensaios e conferências proferidas entre 1979 e 2004. Entre reflexões sobre a linguagem e a História, Agamben questiona o conceito de “potência do pensamento”: “O que significa ‘Eu posso’?”»




«O passado enquanto ferida e fantasma sempre ocupou um lugar essencial na poesia de António Carlos Cortez, mas talvez nunca de forma tão evidente como neste livro em que a beleza cresce sempre à sombra da melancolia. Num presente espectral, o sujeito poético luta com a memória (assombrada por erros e cesuras) no campo da linguagem, essa “rede verbal” que pode ser um “foco de luz negra”. As imagens explodem, as marés sucedem-se, a experiência torna-se pensamento. E há, sobretudo, um “trabalho de palavras” que requer “o desdém certo / pelo que te causa dor”. Ou seja: “Fazer o que fazes / exige refazer / limar Ao leitor / só improtará ler / o que em rigor / mantém o livro aberto”.»



 

«Em paralelo com a nova edição proposta por Jerónimo Pizarro, Teresa Sobral Cunha lança a sexta edição do seu trabalho sobre uma obra de fixação problemática – insistindo na ideia de dupla autoria: Bernardo Soares e Vicente Guedes.» [«Ler», «Livros na Estante», Janeiro 2014]

Alice Munro troca discurso por entrevista na entrega do Nobel




 

Na revista Ler de Janeiro de 2014 noticia-se que Alice Munro trocou a habitual solenidade do discurso da entrega do Nobel em Estocolmo por uma entrevista na sala de estar da filha. O vídeo pode ser visto aqui.

Ana Teresa Pereira em crónica de José Mário Silva



 

Na Ler de Janeiro de 2014, a crónica de José Mário Silva é sobre um «ramo de junquilhos», que é um outro modo de dizer sobre As Longas Tardes de Chuva em Nova Orleães, de Ana Teresa Pereira. «Reler sem intervalo, à velocidade do condor (lá no alto, abrangendo o todo) e depois à da toupeira (mergulhando na terra, entre as raízes), faço-o geralmente com os livros de poesia. E também, constato agora, com as novelas de Ana Teresa Pereira. Aconteceu outra vez: no fim de As Longas Tardes de Chuva em Nova Orleães volto à página 9.»

6.1.14

Ana Teresa Pereira entrevistada no JL




 

«Comprou junquilhos, diz no último mail, em que enviou algumas fotos do seu “mundo”», escreve Maria Leonor Nunes no início da entrevista a Ana Teresa Pereira publicada no JL de 30 de Dezembro.
«Dificilmente classificável e, no entanto, imediatamente reconhecível: As Longas Tardes de Chuva em Nova Orleães é o novo livro de uma das mais originais vozes da ficção portuguesa contemporânea. Um regresso ao teatro das suas obsessões, ao jogo de espelhos, fantasmas e duplos, aos medos e demónios da escrita. E uma “aventura” para jovens, com o também agora publicado A Porta Secreta. A (re)entrada num gentil e perverso mundo literário, “assombrado” por personagens e histórias que se desdobram e multiplicam infinitamente.»




«Um Elétrico Chamado Desejo, de Elia Kazan, é um dos filmes da minha vida. Resisti muito ao telefilme com Ann-Margret, mas depois apaixonei-me. Nunca tinha sentido o desejo entre Vivien Leigh e Marlon Brando (o autor diz que Blanche é mais forte do que Stanley, ela é o tigre… só o desejo a faz perder a luta). Mas senti-o em Ann-Margret e Treat Williams. Está lá, nas palavras, nos corpos, na forma como os corpos são filmados. O ator que faz de psiquiatra dá um novo sentido a the kindness of strangers: há uma enorme bondade no seu rosto, no seu sorriso. Talvez Williams tivesse razão ao acreditar que havia um pouco de esperança para Blanche, porque se pode encontrar gentileza nos locais mais inesperados.»

2.1.14

Revista Time «Revela» Programação Editorial da Relógio D’Água


A revista Time de 30 de Dezembro «revela» involuntariamente parte da programação da editora Relógio D’Água. Entre os quatro primeiros livros que os críticos Lev Grossman e Radhika Jones escolhem do ano passado (The Best of Culture 2013), estão pelo menos três que a Relógio D’Água vai publicar neste primeiro trimestre. É o caso de Life After Life, de Kate Atkinson (Vida Pós Vida, em tradução de José Miguel Silva), The Flamethrowers, de Rachel Kushner (Os Lança-Chamas, em tradução de Telma Costa) e The Lowland, de Jhumpa Lahiri (A Planície, em tradução de Inês Dias).



A Escolha dos Críticos do Expresso


No suplemento Atual do Expresso de 28 de Dezembro, os seus críticos literários fazem uma avaliação do ano de 2013.
Ainda desta vez, a Relógio D’Água é a editora com mais destaques.
Ana Cristina Leonardo (Armadilha, de Rui Nunes);
Pedro Mexia (Trabalhos de Casa, de Rogério Casanova; Laços de Família, de Clarice Lispector; Tojo, de Miguel-Manso; O Falecido Mattia Pascal, de Luigi Pirandello; A Trombeta do Anjo Vingador, de Dalton Trevisan);
José Mário Silva (Tojo, de Miguel-Manso);
Luís M. Faria (Ulisses, de James Joyce);



Manuel de Freitas (Armadilha e Uma Viagem no Outono, ambos de Rui Nunes).
Em balanço do ano editorial, José Mário Silva aborda as manipulações do «preço fixo» e destaca no plano interno Herberto Helder e o seu livro Servidões, e no «plano internacional a escritora canadiana Alice Munro, admirável contista, que a Academia Sueca em boa hora decidiu consagrar».