25.2.10

Lançamento de Mãe-do-Fogo de João Miguel Fernandes Jorge e João Cruz Rosa




O livro Mãe-do-Fogo com poemas de João Miguel Fernandes Jorge e ilustrações sobre desenhos e aguarelas de João Cruz Rosa vai ser apresentado no próximo dia 4 de Março pelas 19.30 na Galeria Monumental, no Campo dos Mártires da Pátria, 101, em Lisboa.

Além da apresentação do livro, editado pela Relógio D’Água, será feita uma exposição dos trabalhos presentes no livro de João Cruz Rosa.

23.2.10

Romance de Hélia Correia e Poesia de Jaime Rocha lançados em Março

O romance Adoecer de Hélia Correia e o livro de poesia Necrophilia de Jaime Rocha vão ser lançados em Março próximo.

No prefácio escrito para Necrophilia, João Barrento insere esta obra de Jaime Rocha na Tetralogia da Assombração de que ela faz parte, a saber:

«Do Extermínio (que) seria, assim, o livro da Anunciação, Os Que Vão Morrer (2000) o livro do Combate, Zona de Caça (2002) o livro da Perseguição, Lacrimatória (2005) o livro da Perda e do Luto e Necrophilia (escrito em 2009) o livro da Culpa e do Lamento.»

«Das grandes forças que sustentam o mundo, e nele actuam como choque, o Mal será uma das fortes e mais presentes – e também necessárias (Baudelaire, e depois dele Musil ou Kafka, sabiam disso).» – considera o prefaciador. «Ora, o Mal, em todo o amplo espectro das suas significações e manifestações (…) atravessa quase toda a obra de Jaime Rocha.»

O novo romance de Hélia Correia, impregnado pelo ambiente dos pré-rafaelitas, inicia-se com uma visita ao túmulo da família Rossetti, no cemitério de Highgate: «À cripta dos Rossetti não se acede de modo confortável. Eu não sei se o teixo que a ensombra é ainda o mesmo que foi plantado para o primeiro enterro. Os teixos são longevos, isso é certo. As inscrições nas lápides mantêm os nomes dos seus mortos bem legíveis. A humidade inglesa não foi tão implacável como é do seu costume. As chuvas deslizaram pelas pedras como se as respeitassem. Com excepção da que assinala Lizzie. O texto que o buril afundou nela ganhou alguma qualidade orgânica. Águas e águas se depositaram, chamando os musgos para a reprodução. Está deitada na terra, a sua laje, muito verde, marcando uma diferença na família que nunca foi a sua. Apesar de italianos, os Rossetti podiam dar lições de frieza aos londrinos em especial no modo de tratar noras indesejadas. O único Rossetti que a amou, e, ainda assim, de singular maneira, foi sepultado longe, junto ao mar. Não quis que o enterrassem junto dela. Tinha a certeza de que não se morre e não era a certeza dos cristãos.»

19.2.10

Livros da Relógio D’Água nos Media (semana de 8 a 14 de Fevereiro de 2010)

No jornal Sol de 12 de Fevereiro, Filipa Melo escreve sobre Cossacos de Lev Tolstói.
«Iniciada em 1852 e concluída em 1863, a novela Cossacos condensa o melhor dos dons narrativos de Tolstói: extraordinária tonalidade descritiva (por exemplo, no fim de tarde caucasiano, “o ar era rarefeito, imóvel e sonoro”) e aquilo que os críticos russos salientam como capacidade de reproduzir o familiar como estranho, como se o víssemos pela primeira vez.»

No suplemento Actual do jornal Expresso de 13 de Fevereiro é feita uma crítica a Autores, Editores e Leitores de Francisco Vale. Carlos Bessa afirma que «é muito rara entre nós a actividade de reflectir sobre a edição e mais raro ainda que tal seja levado a cabo por um editor».

18.2.10

Livros da Relógio D’Água nos Media (semana de 1 a 7 de Fevereiro de 2010)

Na revista LER de Fevereiro de 2010, José Riço Direitinho escreve sobre Hipátia de Alexandria de Maria Dzielska, considerando que «é um exemplo de como a História raramente se faz sem erudição, tenacidade, inteligência e muito trabalho».

Na mesma revista, Filipa Melo escreve sobre Wilkie Collins a propósito da edição pela Relógio D’Água de A Mulher de Branco e A Pedra da Lua. Sobre A Mulher de Branco afirma que «a narração, aparentemente descontraída e simples, progride em proporção com a inquietação do leitor. Virada a última página, A Mulher de Branco confirma-se como uma experiência de leitura difícil de esquecer».

Ainda na LER de Fevereiro, entre os 50 livros de Ciência publicados em Portugal neste século são escolhidas 4 obras publicadas pela Relógio D’Água, a saber O Computador e o Cérebro de John von Neumann, Porque É Que a Vida Acelera à Medida Que Se Envelhece de Douwe Draaisma, Uma Mente Brilhante de Sylvia Nasar e A Viagem do Beagle de Charles Darwin.

No Público de 5 de Fevereiro, Maria Conceição Caleiro escreve sobre Hannah Arendt e Martin Heidegger de Elzbieta Ettinger. No final da crítica afirma que Hannah Arendt «sempre precisou de se representar sempre como a mulher da vida de Heidegger, aquela que o teria compreendido como ninguém. Ilusão (ou não) que ele acalentou. Cinquenta anos – amor e cumplicidade, inextirpável – de filósofo para filósofo».

Na revista Actual do Expresso de 5 de Fevereiro Luís M. Faria analisa o romance A Ilha de Arturo de Elsa Morante, que considera uma excelente narrativa sobre a adolescência. Em sua opinião, a autora é digna de uma atenção pelo menos tão grande como merece o escritor Alberto Moravia, com quem viveu anos e anos.

9.2.10

Pedro Tamen em conversa sobre Proust

Quinta-feira, dia 11, Pedro Tamen falará sobre a sua tradução de Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust. É às 19 h, na livraria Almedina do Saldanha. A entrada é aberta ao público.

2.2.10

Livros da Relógio D’Água nos Media (Semana de 25 a 31 de Janeiro de 2010)


No suplemento Actual do Expresso de 30 de Janeiro de 2010, Ana Cristina Leonardo escreve sobre Hannah Arendt e Martin Heidegger de Elżbieta Ettinger.
«Uma coisa é certa: para ela [Hannah Arendt], Heidegger pertencia ao clube dos gigantes, e o seu comprometimento com o nazismo não teria passado de um erro circunstancial. Tal convicção explicará, em grande parte, a amizade que Arendt conseguiu votar, até ao final da vida, àquele que fora, na juventude dela, seu mestre e amante, antes de Hitler ter subido ao poder e de o filósofo de “O Ser e o Tempo” se ter inscrito no partido nazi e assumido a cátedra de reitor oferecida pelo novo regime.»
No mesmo Actual, Rogério Casanova critica Corpos Vis de Evelyn Waugh: «O segundo romance de Waugh pertence à fase mais audaciosa e inventiva da sua carreira: uma obra-prima da comédia satírica, em que o humor é consistentemente cruel, mas sem deixar de estender uma simpatia benevolente às excentricidades e vulnerabilidades do seu alvo, essa colecção de tribos exóticas colectivamente conhecidas como as upper classes britânicas.»


Na revista Os Meus Livros de Fevereiro de 2010, é recomendada a obra Hipátia de Alexandria de Maria Dzielska.
Sara Figueiredo Costa critica A Confiança em Si, a Natureza e Outros Ensaios de Ralph Waldo Emerson, que em sua opinião «reúne alguns dos textos mais emblemáticos do autor, prosas que cruzam os terrenos férteis da filosofia e da religião e onde o optimismo, a auto-confiança e a crença na relação profunda entre o ser humano e o ambiente são elementos essenciais».
Numa crítica a Cutucando a musa de Jorge Fazenda Lourenço, Andreia Brites destaca a sua «interpelação à história da poesia clássica, reflectindo a partir do presente, respeitando ritmos e temas e mantendo a subjectividade poética».
Ainda na mesma revista, a jornalista e professora Fátima Lopes Cardoso escreve sobre Anos Difíceis de António Barreto.
«O segredo da longevidade das suas crónicas, publicadas há 19 anos, parece ser a argúcia com que António Barreto aborda temas que são nossos, não porque falamos a mesma língua ou vivemos no mesmo país, mas porque todos gostaríamos de alterar as realidades criticadas.»

1.2.10

Livros da Relógio D’Água nos Media (Semana de 18 a 24 de Janeiro)

No Ípisilon do Público de 22 de Janeiro, João Bonifácio escreve sobre Com o Diabo no Corpo: «A obra de estreia do meteórico Raymond Radiguet foi motivo de escândalo nos anos 1920. Hoje é “só” um tremendo tratado de trágica autodescoberta.»