31.12.22

Sobre A Rosa, de Robert Walser

 



“Robert Walser é um dos mais importantes autores de língua alemã deste século (…). É um escritor verdadeiramente magnífico que nos parte o coração.” [Susan Sontag]


A Rosa (trad. Leopoldina Almeida) e outras obras de Robert Walser estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/robert-walser/

Sobre A Solidão dos Números Primos, de Paolo Giordano

 



A Solidão dos Números Primos obteve o Prémio Strega em 2008 e o Prémio Campiello Opera Prima e foi traduzido em mais de quarenta línguas.
A narrativa centra-se nas vidas de Alice e Mattia, ambos marcados por um episódio traumático sucedido na sua infância e que se parecem com aqueles números especiais, a que os matemáticos chamam «primos gémeos», separados apenas por um número par, próximos mas incapazes de se tocarem realmente.


A Solidão dos Números Primos e outras obras de Paolo Giordano estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/paolo-giordano/

30.12.22

Sobre Ferry, de Djaimilia Pereira de Almeida

 



«Vera e Albano amam-se há três décadas. Apaixonaram-se em “miúdos” e atravessaram a vida adulta como tantos outros casais, procurando não ceder ao tédio da rotina e às chicotadas da vida real. O sonhos de se tornarem escritores evaporaram-se rapidamente, ela deixou o mestrado a meio, perdeu um bebé e a esperança de voltar a engravidar. ele sofreu um esgotamento durante dois anos, perdeu vários empregos e talvez o foco. Conheceram a miséria, a fome, a pobreza. mas sobrevieram, seguindo juntos, remando com as mãos numa “jangada” que é o amor que desde sempre os uniu. Um desses amores absolutos, raríssimos, que funciona como “entidade única, feita de dois diferentes, nem homem nem mulher, mas ser não-binário, feito do que era homem e mulher um no outro, alimentado por dois corações tornados um só, siamesa criatura total em que a participação de um e do outro se dava como funcionam duas peças num mecanismo, ou, antes, com duas nuvens sopradas pelo mesmo vento”.

O que Djaimilia Pereira de Almeida nos apresenta em Ferry é um tremendo teste de resistência a este amor, confrontando-o com a mais devastadora das ameaças. […] 

Ferry nunca deixar de ser um livro sobre a resiliência do amor, sobre o sacrifício, sobre a a entrega total, sobre a incompreensão diante do mistério que é cada pessoa no mais fundo de si mesma. Mas é sobretudo um espantoso exercício narrativo, à procura da sua própria forma.» [José Mário Silva, E, Expresso, 30/12/2022]


Ferry e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/

Sobre a adaptação de A Vida Mentirosa dos Adultos, de Elena Ferrante

 



A série A Vida Mentirosa dos Adultos, adaptação do mais recente romance de Elena Ferrante, estreia dia 4 de Janeiro na Netflix. Edoardo De Angelis é o realizador da série italiana, que conta com a participação de Pina Turco, Adriano Pantaleo e Valeria Golino, entre outros. Mais informação aqui.


A Vida Mentirosa dos Adultos (trad. Margarida Periquito) e as outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Sobre Maternidade, de Sheila Heti

 



Neste livro, Sheila Heti questiona o que se ganha e o que se perde no momento em que uma mulher se torna mãe, abordando a decisão mais importante da vida adulta com o candor, o humor e a originalidade que fizeram dela uma escritora aclamada por toda uma geração.


Elena Ferrante considerou-o um dos seus livros favoritos.


«Este livro de Sheila Heti tornar-se-á a literatura definitiva sobre o tema da maternidade.» [The Guardian]


«Esta investigação na relação da mulher com os aspectos morais, sociais e psicológicos da procriação é uma iluminação, uma provocação e uma resposta, em última análise, às novas normas da feminidade, formuladas com a mais profunda autoridade intelectual por uma mulher. Não é parecida com nada que tenha lido. Sheila Heti abriu novos caminhos quer na sua maturidade como artista quer nas possibilidades do próprio discurso feminino.» [Rachel Cusk]


«Essencial. Uma semificção semelhante à de escritores como Ben Lerner, Rachel Cusk e Teju Cole.» [The New York Times]


«Mais bem descrito como um ensaio filosófico na tradição de Montaigne.» [The Times Literary Supplement]


«Lembra-me Temor e Tremor, de Kierkegaard.» [Elif Batuman]


Maternidade, de Sheila Heti (tradução de Valério Romão), está disponível em  https://relogiodagua.pt/produto/maternidade-pre-venda/

Sobre O Tempo É Uma Mãe, de Ocean Vuong

 


Neste livro de poemas, Ocean Vuong procura o significado da vida por entre os destroços deixados pela morte da mãe, refletindo sobre o paradoxo de permanecermos sentados com mágoa ao mesmo tempo que procuramos a determinação necessária para a ultrapassar. Mergulhando em memórias, e em sintonia com os temas de Na Terra Somos brevemente Magníficos, Vuong debruça-se sobre a perda, o significado da família e o custo de ser um produto resultante de uma guerra na América.

O resultado é uma abordagem inovadora e corajosa, tanto em relação à linguagem como à forma, que ilumina os principais temas que hoje nos atormentam.


“Um livro terno e corajoso, que partilha os temas do seu romance Na Terra Somos brevemente Magníficos.” [TIME]


“Demora-te nestes poemas, e regressa a eles com frequência.” [The Washington Post]


O Tempo É Uma Mãe (trad. Frederico Pedreira) e Na Terra Somos brevemente Magníficos (trad. Inês Dias) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ocean-vuong/

Sobre A Condição Humana, de Hannah Arendt

 



Os problemas que Arendt identificou então, a partir de uma perspectiva histórica — a diminuição da acção humana e da liberdade política; a relação paradoxal entre o aumento do poder humano através da pesquisa tecnológica e a capacidade cada vez menor de controlar as suas consequências; o declínio da esfera privada —, são cada vez mais actuais.


«De vez em quando encontro livros que me dão a sensação de terem sido escritos para mim... "A Condição Humana" pertence a esse pequeno e seleccionado género.» [W. H. Auden]


«A combinação entre um imenso poder intelectual e um excelente bom senso tornam as concepções de Arendt sobre história e política espantosas e óbvias ao mesmo tempo.» [Mary McCarthy, The New Yorker]


«Uma obra realmente extraordinária, uma das melhores interpretações da história contemporânea surgida nos últimos anos.» [William Barrett, Partisan Review]


A Condição Humana (trad. Roberto Raposo) e outras obras de Hannah Arendt estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/produto/a-condicao-humana/

29.12.22

Sobre O Amigo Comum, de Charles Dickens

 



O último romance de Charles Dickens, O Amigo Comum, é uma das mais perspicazes análises da sociedade vitoriana.

O enredo centra-se em John Harmon, que, depois de regressar a Inglaterra para reclamar a sua herança, se teria afogado no rio Tamisa. Esta situação vem a revelar-se favorável, pois dá-lhe tempo para conhecer Bella Wilfer, a jovem com quem terá de casar para assegurar a sua herança.

A história está repleta de personagens e situações surpreendentes — os aristocratas e novos-ricos reunidos em casa de Veneering, Betty Higden e o seu pavor pelo asilo, e as vorazes e ambiciosas tramas de Silas Wegg.


O Amigo Comum (trad. Maria de Lourdes Guimarães ) e outras obras de Charles Dickens estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/charles-dickens/

De Presa Comum, de Frederico Pedreira

 



«41.


Afinal esta dança para um

não faz o que promete.

O que temos aqui é o tom de

imitação na página branca,

coisas de livros, estantes inteiras.


Tu preferes falar por adivinhas,

crostas marinhas.

A minha atenção é tão pobre,

vem presa à vara de um ancinho,

alisador de outros temas azuis.


Encosta-te, meu perfil enovelado

de memória. Invento-te já num tropel

de ganchos, pedacinhos de seda feitos

num só nó de amarrar. Será justa a

imagem que se prender assim por ti.


É tarde, somos feitos da mesma pele fria.

Rondas nocturnas são para os incautos.

Prefiro-te, mantenho as mãos ocupadas:

não olhes agora, são versos que

te fui roubar logo pela manhã.» [p. 56]


Presa Comum e outras obras de Frederico Pedreira estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/frederico-pedreira/

Sobre Os Miseráveis, de Victor Hugo

 




Os 160 anos da publicação de Os Miseráveis, de Victor Hugo, foram o tema da segunda parte do programa E o Resto É História, de Rui Ramos e João Miguel Tavares, que pode ser ouvido aqui: https://observador.pt/programas/e-o-resto-e-historia/o-homem-que-mais-vidas-salvou-em-toda-a-historia/ [28/12/20222]



Publicado em 1862, Os Miseráveis permanece, ao longo de mais de um século e meio, um dos romances mais importantes e populares de toda a literatura.

A obra teve cerca de 65 versões cinematográficas, a primeira delas em 1909.

Victor Hugo terminou de escrever Os Miseráveis quando contava sessenta anos. Através da personagem de Jean Valjean, o autor empreendeu uma vasta acusação sobre as desigualdades sociais da sua época. 

Os Miseráveis não é apenas a narrativa de desgraça e reabilitação de um forçado às galés, vítima da sociedade, mas antes de tudo uma história do povo de Paris.

A vida de Jean Valjean e a ligação que tem com Cosette é o fio condutor da narrativa. Através das suas vidas e encontros, desenha-se um fresco social variado, uma imagem de uma humanidade miserável, mas capaz de todas as grandezas. Homem do povo, esmagado por sucessivas humilhações, Jean Valjean assume as expiações dos pecados do mundo e, num esforço para se resgatar, assume o destino trágico da humanidade em busca de um mundo melhor. 


Os dois volumes de Os Miseráveis e Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo (trad. de Júlia Ferreira e José Cláudio), estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/victor-hugo/

Sobre Crónicas do Mal de Amor, de Elena Ferrante

 



«Ferrante disse que gosta de escrever histórias “em que a escrita é clara, honesta, e em que os factos — os factos da vida normal — prendem extraordinariamente o leitor”. Com efeito, a sua prosa possui uma clareza despojada, e é muitas vezes aforística e contida (…). Mas o que os seus primeiros romances têm de electrizante é que, ao acompanhar complacentemente as situações desesperadas das suas personagens, a própria escrita de Ferrante não conhece limites, está ansiosa por levar cada pensamento para diante, até à sua mais radical conclusão, e para trás, até à sua mais radical origem. Isto é sobretudo óbvio na forma destemida como os seus narradores femininos pensam sobre filhos e sobre maternidade.» [Do Prefácio de James Wood]


Crónicas do Mal de Amor (trad. de Maria do Carmo Abreu, Miguel Serras Pereira e Margarida Periquito) e outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Sobre Atlas do Corpo e da Imaginação, de Gonçalo M. Tavares

 



Atlas do Corpo e da Imaginação é um livro de Gonçalo M. Tavares que atravessa a literatura, o pensamento e as artes, passando pela imagem e por temas como os da identidade, tecnologia; morte e ligações amorosas; cidade, racionalidade e loucura, alimentação e desejo, etc. Centenas de fragmentos que definem um itinerário no meio da confusão do mundo, discurso acompanhado por imagens d’Os Espacialistas, colectivo de artistas plásticos.

É um livro para ler e para ser visto e é também, de certa maneira, uma narrativa — com imagens que cruzam, com o texto, os temas centrais da modernidade. Neste Atlas do Corpo e da Imaginação, Gonçalo M. Tavares revisita ainda a obra de alguns dos mais importantes pensadores contemporâneos, partindo de Bachelard e Wittgenstein, passando depois por Foucault, Hannah Arendt, Roland Barthes, mas também por escritores como Vergílio Ferreira, Llansol ou Lispector, entre muitos outros. Arquitectura, arte, pensamento, dança, teatro, cinema e literatura são disciplinas que atravessam, de forma directa e oblíqua, o livro.

Com o seu espírito claro e lúcido, Gonçalo M. Tavares conduz-nos com precisão e entusiasmo através do labirinto que é o mundo em que vivemos.


Atlas do Corpo e da Imaginação e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/


Sobre O Problema dos Três Corpos, de Liu Cixin

 



Tendo como pano de fundo inicial a Revolução Cultural chinesa, uma cientista de uma base militar secreta envia sinais para o espaço, tentando estabelecer contacto com extraterrestres. Quando uma civilização alienígena, quase extinta, capta o sinal, começam os preparativos para invadir a Terra, onde, enquanto isso, diferentes grupos se começaram a formar. Porém, enquanto alguns pretendem dar as boas-vindas a uma civilização superior, ajudando-os a controlar um mundo que se tornou excessivamente corrupto, outros pretendem travar a invasão.

O resultado é O Problema dos Três Corpos, uma obra-prima da ficção científica, escrita por um dos mais considerados autores da China contemporânea.


«Um livro altamente inovador… uma mistura única de especulação científica e filosófica.» [George R. R. Martin]


«A Guerra dos Mundos do século XXI.» [Wall Street Journal]


«Extraordinário.» [The New Yorker]


O Problema dos Três Corpos (trad. Telma Carvalho) e A Floresta Sombria (Trad. Eugénio Graf) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/liu-cixin/

28.12.22

Sobre Flores para Algernon, de Daniel Keyes

 



Flores para Algernon narra a história de um homem com dificuldades mentais que por via experimental procura adquirir o mesmo quociente de inteligência que Algernon, um sobredotado rato de laboratório. Através de entradas de diário, Charlie documenta o modo como uma operação melhorou a sua inteligência e, por consequência, a sua vida. E, à medida que os procedimentos decorrem, a sua inteligência expande-se até ultrapassar a dos médicos que projectaram a sua metamorfose.

A experiência parece representar um enorme avanço científico, até que Algernon entra numa deterioração súbita e profunda. Poderá o mesmo acontecer a Charlie?


«Uma história convincente, comovente e repleta de suspense.» [The New York Times]


«Uma obra-prima comovente e genial.» [Guardian]


Flores para Algernon, de Daniel Keyes (tradução de José Mário Silva), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/flores-para-algernon-pre-publicacao/

Sobre Memória da Memória, de Maria Stepánova

 



Memória da Memória, de Maria Stepánova, é um dos 15 Melhores Livros de 2022 seleccionados pelo Centro Nacional de Cultura


Memória da Memória — Romança, de Maria Stepánova (tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/memoria-da-memoria-pre-publicacao/

Sobre O Grande Gatsby — O Romance Gráfico

 



“Captar O Grande Gatsby num meio visual sempre foi difícil; em alguns aspetos, a própria linguagem é a personagem principal do romance, e as outras personagens são secundárias em relação à bela prosa de F. Scott Fitzgerald. Mas, sob a forma de romance gráfico, o texto tem um papel ativo na narrativa sem ser necessário que uma esmerada voz-off ou outros expedientes acompanhem a imagem. Por este motivo, há muito que esperávamos um romance gráfico de Gatsby; é emocionante poder apresentá-lo agora.” [Blake Hazard]


O Grande Gatsby, com ilustrações de Aya Morton e adaptação de texto de Fred Fordham (tradução de Ana Luísa Faria), e outras obras de F. Scott Fitzgerald já editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/f-scott-fitzgerald/


Mataram a Cotovia, de Harper Lee, ilustrado e adaptado por Fred Fordham, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/mataram-a-cotovia-o-romance-grafico/

Sobre Ducks, de Kate Beaton

 



Ducks, de Kate Beaton, foi seleccionado como um dos livros do ano pela Publishers Weekly e foi o romance gráfico mais votado no Graphic Novel Critics Poll. Mais informação aqui.

Em Ducks, Kate Beaton recorda os dois anos que passou no ambiente masculino e remoto dos campos de exploração de petróleo no Norte do Canadá.

O livro será editado este ano pela Relógio D’Água.


Sobre Obra Poética, de José Afonso

 



«A presente edição reflete pequenos ajustamentos de atualização da obra, introduz quatro poemas não publicados nas edições anteriores, agrega os textos de canções e outros poemas, mantendo a sua ordenação cronológica, conforme foi a vontade de José Afonso para a primeira edição. […]

Curiosamente, como se a ordem cronológica dos poemas desse um sentido inverso ao destino, o seu primeiro poema, “Pela Quietude das Tuas Mãos Unidas”, é uma profunda reflexão sobre a tristeza e o mistério da morte, e o último, “Alegria da Criação” (1985), é uma reflexão sobre a vida e a alegria da criação, sobre aquele sopro inicial que temporariamente nos visita e nos faz renascer através da inquietação e do desassossego.» [Do Prefácio de Jorge Abegão]


Obra Poética, de José Afonso, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/obra-poetica-pre-publicacao/

27.12.22

Sobre Elogio da Sombra, de Junichiro Tanizaki

 



«Elogio da Sombra» é uma das principais obras de Tanizaki (1886-1965) e um dos mais fascinantes ensaios sobre as diferenças entre o Ocidente e o Oriente.

Para os ocidentais, o mais importante aliado da beleza foi sempre a luz, a ausência de sombras. Para a estética tradicional japonesa, do rosto das mulheres às salas dos templos, o essencial está na sombra e nos seus efeitos.

Neste ensaio de 1933, Tanizaki fala-nos da cor das lacas, dos actores de nō, das paredes dos corredores, dos beirais das casas, da luz que há na sombra, para nos prevenir contra tudo o que brilha.

Revela-nos o que sentia ao olhar o papel dos shōji, a visão de um universo ambíguo onde luz e sombra se confundem numa impressão de eternidade.


Elogio da Sombra (trad. Margarida Gil Moreira) e outras obras de Junichirō Tanizaki estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/junichiro-tanizaki/

Francisco Louçã recomenda livros de Luís Afonso e Ana Teresa Pereira

 



Francisco Louçã recomendou O Que Eu não Compreendo É a Música, de Ana Teresa Pereira, e «O Chef, um pequeno conto de Luís Afonso. Conhecemo-lo pelos desenhos, mas ele faz aqui também contos à Mário-Henrique Leiria». [Francisco Louçã, Tabu, SIC Notícias, 24/12/2022: https://sicnoticias.pt/podcasts/o-tabu/2022-12-24-As-dificuldades-economicas-dos-portugueses-e-a-comparacao-com-a-Belgica-dfffb3c9]


O Que Eu não Compreendo É a Música e outras obras de Ana Teresa Pereira estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ana-teresa-pereira/

O Chef, de Luís Afonso, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-chef-pre-venda/

Sobre Contos de Odessa, de Isaac Babel

 



«A Odessa de Babel é um lugar único, é uma amálgama de objetos, de sensações, de cores, de cheiros. Tudo se pode tocar, cheirar e provar. E a língua de Odessa não é exceção. As palavras são personificadas e podem ser metidas no bolso, podem ser apalpadas, podem ser seguradas entre os dentes. A fala de Odessa é uma fonte de divertimento do autor. As personagens exprimem­‑se principalmente em russo, mas o seu discurso está salpicado de incoerências ou de construções agramaticais, espelhando a influência do ucraniano, do iídiche, do moldavo, do francês e do inglês, entre outros idiomas. Outras vezes fazem a transferência direta do hebraico antigo na referência aos numerais (exemplo: “sessenta vacas leiteiras, menos uma”, em vez de dizerem simplesmente cinquenta e nove). Muitas estruturas são também conseguidas a partir de construções em iídiche. Pode pois dizer­‑se que os habitantes de Odessa falam uma língua singular que não existe em mais lugar nenhum.» [Do prefácio de Nailia Baldé a Contos Escolhidos]


Contos de Odessa, Contos Escolhidos (trad. Nailia Baldé) e Contos e Diários (trad. Nina Guerra e Filipe Guerra) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/isaac-babel/

Sobre Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares

 



Uma mulher, um assassino, um médico, um menino, uma prostituta e um louco.

E uma noite.


«O livro Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares, é uma óptima obra para abrir um século. E se nada mais aparecer durante o século XXI, ele já preenche os cem anos. É sublime.» [Hélia Correia]


«Um grande livro, que pertence à grande literatura ocidental.» [José Saramago]


Jerusalém e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Obras de Nick Cave e Seán O'Hagan, Javier Marías e Jerome K. Jerome em destaque no Público

 



Isabel Coutinho destaca no Público a chegada às livrarias de três títulos da Relógio D’Água: Fé, Esperança e Carnificina, de Nick Cave e Seán O’Hagan; Será o Cozinheiro Boa Pessoa?, de Javier Marías; e Três Homens num Barco, de Jerome K. Jerome.


Fé, Esperança e Carnificina (trad. Frederico Pedreira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/fe-esperanca-e-carnificina-pre-publicacao/ 

Será o Cozinheiro Boa Pessoa? (trad. Miguel Serras Pereira) e outras obras de Javier Marías estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/javier-marias/

Três Homens num Barco (trad. Luísa Feijó) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/tres-homens-num-barco-pre-venda/



26.12.22

Sobre Uma Conspiração de Estúpidos, de John Kennedy Toole

 



O protagonista deste romance é uma das personagens mais memoráveis da literatura norte-americana.

Aos 30 anos, Ignatius J. Reilly vive com a mãe, ocupado a escrever uma demolidora denúncia do século XX, uma perturbante alegação contra uma sociedade perturbada. Devido a uma inesperada necessidade de dinheiro, vê-se catapultado para a febre da existência contemporânea, febre que, por sua vez, contribui para aumentar em alguns graus.


«Um romance extremamente divertido. É um daqueles livros de onde sempre iremos fazer citações.» [Anthony Burgess]


«Um romance disparatado e burlesco, rabelaisiano e surpreendente, que rompe com os hábitos da narrativa norte-americana atual. Uma tragicomédia cósmica, cuja leitura faz com que se alterne entre a gargalhada e a angústia.» [El País]


Uma Conspiração de Estúpidos (trad. Maria Filomena Duarte) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/uma-conspiracao-de-estupidos/

Sobre O Estranho Caso do Dr. Jekyll e de Mr. Hyde, de Robert Louis Stevenson

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: O Estranho Caso do Dr. Jekyll e de Mr. Hyde, de Robert Louis Stevenson, com posfácio de Vladimir Nabokov (tradução de Agostinho da Silva)


«E agora a minha intimação mais importante. Por favor, olvidem, deslembrem, suprimam, desaprendam e remetam ao esquecimento qualquer crença que possam ter alimentado quanto a ser O Estranho Caso do Dr. Jekyll e de Mr. Hyde um livro policial ou um filme. […] 

Como policial, a história de Stevenson — Deus abençoe a sua alma pura — não se tem de pé. Não a tomemos também como parábola ou alegoria, pois em qualquer destes casos se tornaria insípida. Porém, um encanto especial a anima se a encaramos como um fenómeno de estilo. Não se trata apenas de uma boa “história demoníaca”, como exclamou Stevenson ao acordar de um sonho em que a visualizara, suponho que pelo mesmo misterioso processo cerebral que já havia revelado a Coleridge a visão do mais famoso dos poemas inacabados. E, mais importante ainda, é também uma fábula “mais próxima da poesia que da prosa comum”, e por essa razão pertence à mesma categoria artística que, por exemplo, Madame Bovary ou Almas Mortas.» [Do Posfácio de Vladimir Nabokov]


O Estranho Caso do Dr. Jekyll e de Mr. Hyde e outras obras de de Robert Louis Stevenson estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/robert-louis-stevenson/

Sobre A Espuma dos Dias, de Boris Vian

 



«Chamaram‑lhe, alguns, a obra‑prima do autor. E num prefácio que andou durante muito tempo colado ao seu “Arranca‑Corações”, Raymond Queneau não hesitava perante um rótulo hierarquizante e audacioso: “o mais pungente dos romances de amor contemporâneos”. Nos anos sessenta, “A Espuma dos Dias” circulou com estas difíceis responsabilidades.

Enfrentou‑as mostrando a singularidade de um universo ainda não conhecido com tanto talento na literatura; que se comprazia a impor aos homens e aos objetos leis novas, interdependentes. De facto, os objetos que lá existiam tinham um comportamento emotivo e implacavelmente ligado aos estados de alma de quem os utilizava. O que já antes parecia sugerido por Edgar Allan Poe em “A Queda da Casa Usher” assumia ali uma evidência despudorada que corria em dois sentidos, de sol e sombra, e nos informava muito mais sobre o interior das personagens do que qualquer alusão direta que o texto chegasse a fazer.» [Da Apresentação de Aníbal Fernandes]


A Espuma dos Dias (trad. Aníbal Fernandes) e outras obras de Boris Vian estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/boris-vian/

Sobre Espíritos Afins, de Virginia Woolf

 



Espíritos Afins reúne o melhor da correspondência de Virginia Woolf num só volume. São missivas espontâneas, repletas de humor, muitas vezes sedutoras e comoventes.

Por vezes queixando-se de tarefas domésticas, outras comentando o estado da nação ou discutindo assuntos culturais, artísticos ou pessoais, Virginia Woolf revela-se uma das grandes autoras de cartas.

Este volume mostra não apenas a generosidade e o amor à conversa com os amigos, mas também o seu génio para criar e fazer perdurar a amizade.


“Sobre as suas cartas, não pode haver duas opiniões: estão entre o melhor que alguma vez se escreveu.” [Selina Hastings, Sunday Telegraph]


“A sua curiosidade sobre as pessoas e palavras é apaixonada e interminável.” [Sylvia Clayton, The Guardian]


“Cartas tão bem escolhidas como estas e tão brilhantes […] preenchem o fosso entre a autora e a sua personalidade privada.” [Victoria Glendinning, The Times]


Espíritos Afins (trad. Inês Dias) e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

Sobre Três Homens num Barco (Já para não falar do cão), de Jerome K. Jerome




Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Três Homens num Barco (Já para não falar do cão), de Jerome K. Jerome (tradução revista de Luísa Feijó)


«Lembro-me apenas de me sentir muito jovem e absurdamente contente comigo mesmo, por razões que só a mim dizem respeito. Era Verão, Londres é belíssima no Verão. Sob a janela eu tinha uma cidade de fadas coberta por um véu dourado de neblina, pois o local onde trabalhava era muito alto, acima das chaminés; à noite as luzes brilhavam ao fundo, e eu olhava lá para baixo como se estivesse a olhar para a caverna das jóias de Aladino. Foi nesses meses de Verão que escrevi este livro; pareceu-me ser a única coisa que podia fazer.» [Jerome K. Jerome] 


É um dos romances mais divertidos que alguma vez foram escritos. Narrado por J., Três Homens num Barco é a hilariante e caótica história de uma viagem no Tamisa, entre Londres e Oxford, com os seus desajeitados amigos George e Harris e o cão Montmorency. 



Jerome K. Jerome nasceu a 2 de Maio de 1859, em Walsall, Inglaterra. 

Era o mais novo de quatro irmãos. Deixou a escola aos catorze anos, trabalhando como jornalista, numa companhia ferroviária e num grupo de teatro itinerante. 

Aos vinte e seis anos, publicou o seu primeiro livro, a que se seguiram diversos romances, peças de teatro e artigos em revistas e jornais. 

Em 1892, foi co-fundador da revista mensal de humor The Idler, na qual colaborou Mark Twain. 

Viajou pela Europa, foi um dos primeiros a fazer esqui nos Alpes e visitou a Rússia e os EUA. 

Tornou-se famoso com Três Homens num Barco, escrito no regresso da sua viagem de núpcias e baseado em personagens reais, ele próprio e dois amigos. 

Faleceu a 14 de Junho de 1927.


Mais informação em https://relogiodagua.pt/produto/tres-homens-num-barco-pre-venda/ 

23.12.22

Livros da Relógio D’Água de 2022 destacados hoje no Ípsilon do Público

 




«O Passageiro» e «Stella Maris» de Cormac McCarthy destacados por Ana Cristina Leonardo.


«Memória da Memória» de Maria Stepánova, «O Passageiro» de Cormac McCarthy, «Ferry» de Djaimilia Pereira de Almeida e «Casa» de Marilynne Robinson escolhidos por Isabel Lucas.


«Espíritos Afins. Cartas Escolhidas» de Virginia Woolf seleccionado por Helena Vasconcelos.


«Um Tiro no Escuro» de Sandro William Junqueira foi uma das escolhas de Isabel Coutinho.


«Memória da Memória» de Maria Stepánova e «Contos de Odessa» de Isaac Babel destacados por Mário Santos.


«O Spleen de Paris» de Charles Baudelaire seleccionado por Hugo Pinto Santos.


«Obra Poética» de José Afonso, uma das escolhas de António Araújo.

 

21.12.22

«Água Viva», de Clarice Lispector


 «De facto, [“Água Viva”] não se parece com nada que tivesse sido escrito na época, no Brasil ou em qualquer outro lugar. Os seus parentes mais próximos são visuais ou musicais, uma semelhança que Clarice enfatiza ao transformar a narradora, uma escritora, nas versões iniciais, numa pintora; na altura, ela mesma dava os primeiros passos na pintura.
(…) Clarice compara o livro a aromas (“O que estou fazendo ao te escrever? estou tentando fotografar o perfume”), a sabores, (“Como reproduzir em palavras o gosto? O gosto é uno e as palavras são muitas”) e ao tacto, embora a sua metáfora mais insistente seja em relação ao som: “Sei o que estou fazendo aqui: estou improvisando. Mas que mal tem isso? Improviso como no jazz improvisam música, jazz em fúria, improviso diante da platéia.” Isto é música abstrata, “uma melodia sem palavras”.
Livre dos constrangimentos de um enredo ou de ter de contar uma história, “Água Viva é”, todo ele, a crista da onda.»

[Benjamin Moser, «Clarice Lispector — Uma Vida»]

«Água Viva» e outras obras de Clarice Lispector estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/clarice-lispector/