30.8.19

Sobre Os Poemas, de Konstandinos Kavafis (tradução, prefácio e notas de Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratsinis)




«Depois de Poemas e Prosas em 1994, temos toda a poesia que Kavafis (com Eliot, para mim, o maior poeta da primeira metade do século XX) quis considerar inteiramente como a sua — exemplos de alguns poemas que ele deliberadamente afastou podem encontrar-se, todavia, espalhados pelo Prefácio e Notas.» [Joaquim Manuel Magalhães]

Máxima sugere Tu Sabes que Queres, de Kristen Roupenian, para leitura nas férias





«O jornal britânico The Economist classificou este livro como "um objeto de estudo para homens e mulheres", o que não deixa de ser algo surpreendente e bastante promissor, tendo em conta que o livro em causa é um conjunto de 12 contos. Entre eles, um brilha mais alto: Amante de Gatos, um texto que reflete de uma forma desassombrada os sentimentos de uma geração mais jovem de mulheres, socialmente pressionadas a uma simpatia desmedida e a qualquer custo. Género, sexo e poder são alguns dos temas transversais e estruturantes.» [Rita Lúcio Martins, 9/8/2019, https://www.maxima.pt/culturas/detalhe/6-livros-para-ler-nas-ferias ]

Sobre Gratidão, de Oliver Sacks




Durante os últimos meses de vida, Oliver Sacks escreveu um conjunto de ensaios em que explora, de forma comovente, os seus sentimentos sobre o momento de completar uma vida e aceitar a morte.
«É o destino de cada ser humano», escreveu Sacks, «ser um indivíduo único, descobrir o seu próprio caminho, viver a sua própria vida, morrer a sua própria morte.»
Estes quatro ensaios, traduzidos por Miguel Serras Pereira, são uma ode à singularidade de cada ser humano e à gratidão pela vida que nos é concedida.

Este e outros livros de Oliver Sacks estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/oliver-sacks/

Em breve chegará às livrarias a colecção de ensaios Tudo no Seu Lugar.

29.8.19

A Ilha Encantada, de Hélia Correia — Versão para Jovens de A Tempestade de William Shakespeare




«O próprio texto tem, aliás, parecenças com esses espectáculos de luz feitos para encantar, esplendorosos, fátuos e um bocadinho assustadores. A sua recepção entre as crianças é um assunto muito delicado. No meu trabalho, comecei por atender aos pedidos das gentes mais sensatas e substituí “A Tempestade” — que, ao que dizem, podia causar estremecimento — por “A Ilha Encantada”, pois que é assim referida pelo autor. E, quanto a sensatez, achei bastante.» [Do Prefácio de Hélia Correia]

Esta e outras obras de Hélia Correia estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/helia-correia/

Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Superinteligência — Caminhos, Perigos, Estratégias, de Nick Bostrom (trad. Carlos Leite)





Se o cérebro artificial ultrapassar algum dia o cérebro humano em inteligência geral, o futuro da nossa espécie vai depender das acções da poderosa inteligência artificial (IA). Neste livro, ambicioso e original, Nick Bostrom examina o que considera ser o problema essencial do nosso tempo: seremos capazes de manter sob controlo as investigações e os avanços da IA antes que seja demasiado tarde?

“Leitura imprescindível. […] Temos de ser supercuidadosos com a IA.”   [Elon Musk]

“Recomendo imenso este livro.”   [Bill Gates]

“Aqueles que pensam que podem subestimar a ‘tomada de poder pela IA’ como ficção científica vão ter de pensar de novo no assunto depois de ler este livro original e bem fundamentado.”   [Martin Rees, ex-presidente da Royal Society]

“Esta soberba análise por um dos nossos mais clarividentes pensadores enfrenta um dos maiores desafios da humanidade: se, no futuro, a IA sobre-humana se tornar o maior acontecimento da nossa história, como ter a certeza de que não será o último?”   [Max Tegmark, professor de Física, MIT]

“De grande valor. As implicações do surgimento de uma segunda espécie inteligente sobre a Terra é de alcance suficiente para merecer a atenção de um grande pensador.”   [The Economist]

“Todas as pessoas inteligentes deveriam ler este livro.”   [Nils Nilsson, Universidade de Stanford]

“A civilização humana está em causa.”   [Clive Cookson, Financial Times]

A Relógio D’Água na Festa do Livro em Belém 2019




A Relógio D’Água participa na 4.ª edição da Festa do Livro em Belém, que decorrerá de 29 de Agosto a 1 de Setembro de 2019, nos jardins do Palácio Nacional de Belém. Trata-se de um evento dedicado exclusivamente à promoção de obras de autores de língua portuguesa.
Haverá concertos, cinema, debates, poesia, sessões de autógrafos, lançamentos de livros, leituras, jogos e yoga. 

A Festa abre hoje ao público às 18:00.

Sobre A Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein




Gertrude Stein era uma jovem escritora de 28 anos quando, em 1903, regressou a Paris e aí passou a residir com o seu irmão Leo.
Em 1907, chegou à capital francesa Alice B. Toklas, igualmente originária de uma abastada família californiana. 
Conheceram-se, e Alice Toklas tornou-se assistente de Gertrude e depois sua companheira.
A sua vida parisiense passava-se na Rue de Fleurus, onde aos sábados à tarde recebiam escritores e pintores no salão da casa de Gertrude.
Picasso era visita frequente, com a sua «risada espanhola», assim como Cézanne, Matisse, Juan Gris, Scott Fitzgerald, Apollinaire, Cocteau, Pound e Hemingway.
Como diz Alice Toklas, «os génios vinham para conversar com Gertrude Stein» e «as mulheres faziam sala comigo».
Este livro é de facto a autobiografia de Gertrude Stein, escrito do aparente ponto de vista de Alice Toklas, e está repleto de histórias sobre os escritores e pintores que conheceu nessa época, uma crónica dos agitados anos artísticos e literários parisienses do começo do século xx. O estilo é audacioso, cúmplice e sarcástico. Foi escrito em apenas seis semanas em 1932.

«Agarra o leitor com a sua informalidade, ritmo compassado, humor inesperado e sagacidade.» [The Sunday Times]

«A Autobiografia de Alice B. Toklas» tem tradução de Margarida Periquito.

De Gertrude Stein, a Relógio D’Água editou também Paris França. Mais informação sobre as duas obras aqui: https://relogiodagua.pt/autor/gertrude-stein/

28.8.19

Sobre Topologia da Violência, de Byung-Chul Han




«Em “Topologia da Violência, o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han reflete sobre como a manifestação da violência foi mudando ao longo da história da humanidade. 
Na obra, o autor classifica a transformação do acontecimento da violência que se realiza na mudança da decapitação, característica da sociedade pré-moderna da soberania e do sangue, para a deformação, presente na sociedade moderna da disciplina, até chegar à depressão, qualidade da atual sociedade do desempenho e do cansaço.
Sobre os traços deste último modelo civilizatório, Han discorreu em “Sociedade do Cansaço”.» [12/12/2017, https://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2017/12/1942423-filosofo-reflete-sobre-mudancas-da-violencia-ao-longo-da-historia.shtml]

Topologia da Violência e A Sociedade do Cansaço são dois dos treze títulos de Byung-Chul Han publicados em Portugal pela Relógio D’Água. Mais informação sobre cada um deles no sítio da Relógio D’Água: https://relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/

Sobre De Quanta Terra Precisa o Homem, de Lev Tolstói



«De Quanta Terra Precisa o Homem, de Tolstoi (que Joyce considerava como “a melhor literatura do mundo”), só podia ter sido escrita, no século dezanove, por um russo ou por um americano. É uma parábola da imensidade da terra; não teria feito sentido nem na paisagem de Kent de Dickens, nem na Normandia de Flaubert.» [George Steiner, Tolstoi ou Dostoievski]


Esta e outras obras de Lev Tolstói estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/lev-tolstoi/

27.8.19

Sobre Eu Vou, Tu Vais, Ele Vai, de Jenny Erpenbeck




Uma das maiores escritoras europeias contemporâneas aborda um dos problemas mais prementes da Europa. 

Toda a vida Richard foi professor universitário, imerso no mundo dos livros e das ideias. Mas, agora que está aposentado, com os seus livros ainda amontoados em caixas, entretém-se a calcorrear as ruas da sua cidade, Berlim. Em Alexanderplatz, descobre uma nova comunidade — uma cidade de tendas, erguida por refugiados africanos. Embora hesitante, trava conhecimento com os recém-chegados, enquanto começa a questionar o seu próprio sentido de pertença a uma cidade que outrora dividiu os seus cidadãos entre eles e nós.
Uma apaixonada contribuição para o debate sobre raça, privilégio e nacionalidade, e simultaneamente uma análise excecional da demanda de um homem maduro pelo significado da sua vida.


Eu Vou, Tu Vais, Ele Vai, traduzido do alemão por Ana Falcão Bastos, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/eu-vou-tu-vais-ele-vai/

Sobre Fausto, de Goethe




«A partir de Marlowe dá-se realmente a transformação das histórias de cordel do Doutor Fausto na história trágica do homem, ainda explicitamente historizado, do Renascimento, frente às limitações que quer e vai superar. O preço da “vontade de poder” desse primeiro Fausto literário é ainda o Inferno; mas a importância de Marlowe vem-lhe do facto de ele ter realizado uma obra de rotura. Com Goethe, dois séculos mais tarde, é a grande obra de síntese que surge: a história tradicional sofre uma inflexão e uma elaboração que a faz ascender ao lugar de “tragédia” do género humano (e com isso lhe retira desde logo a possibilidade de ser uma tragédia de carácter, como mandam as leis do género na sua forma moderna). Em Goethe, Fausto assume um recorte universal, alargam-se imenso as suas potencialidades significativas e ele passa a ter, na consciência colectiva ocidental (metonímica, e talvez abusivamente, tomada por universal), a dimensão simbólica própria dos mitos.» [Da Introdução de João Barrento]


Fausto, de Johann W. Goethe, com introdução, tradução e glossário de João Barrento, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/fausto-de-goethe/

26.8.19

Sobre O Ofício de Viver, de Cesare Pavese




«Ninguém se mata pelo amor de uma mulher. Matamo-nos porque um amor, não importa qual, nos revela a nós mesmos na nossa nudez, na nossa miséria, no nosso estado inerme, no nosso nada.» [Cesare Pavese]

«O diário de Pavese é ao mesmo tempo uma técnica poética e um modo de estar no mundo.» [Italo Calvino]

«O diário teve uma primeira publicação, póstuma, em 1952, mutilado de algumas partes, constituídas essencialmente por nomes de pessoas e por palavras, frases ou inteiros parágrafos de conteúdo demasiado íntimo e eventualmente chocante, em que o autor exprime em termos muito fortes, grosseiros ou mesmo obscenos, o seu profundo desespero e impotência perante os reveses da sua vida sentimental, perante a sua dificuldade de relacionamento com o sexo oposto. Todas as partes então censuradas estão incluídas na presente edição, constituída pelo texto integral, tal como Pavese o registou no seu diário.
Dado como encerrado pelo autor cerca de uma semana antes da morte, e por ele próprio assinalado pelos limites cronológicos 1935–1950, constitui, assim, a evidência da trágica decisão consciente e antecipadamente tomada (…)» [Da Introdução]

O diário de Pavese foi encontrado depois da morte do autor numa pasta verde, na qual estava escrito a lápis vermelho e azul: «Il Mestiere | di Vivere | di | Cesare Pavese».


O Ofício de Viver, de Cesare Pavese (trad. Alfredo Margarido e Margarida Periquito, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-oficio-de-viver/

Filme biográfico sobre António Variações no cinema




O filme biográfico de João Maia sobre António Variações estreou dia 22 de Agosto de 2019 e conta com interpretações de Victoria Guerra, Filipe Duarte, Filipe Albuquerque, Filipe Duarte, Nuno Casanovas, Lúcia Moniz, Eric da Silva, Madalena Brandão, Tomás Alves, entre outros.

De António Variações, a Relógio D’Água tem editado Muda de Vida, que reúne textos do artista, «entre Braga e Nova Iorque».

«Mas o grande gosto de António era cantar. Cantarolava o tempo inteiro. Não sabia nada de música. Em casa escrevia canções que acompanhava com percussões ritmadas com as mãos. Queria muito gravar, ter uma vida artística e não sabia como. Um dia apareceu na Valentim de Carvalho, apresentou-se com as suas músicas toscas e lançou a célebre frase: “Quero um som entre Braga e Nova Iorque”. Na editora fizeram-lhe o contrato. Apesar de não saberem qual o destino que dariam àquele material, sentiam que havia ali qualquer coisa. Qualquer coisa difícil de definir: algures entre o folclore tradicional português e a música moderna que se começava a produzir, precisamente, entre Amesterdão e Nova Iorque.» [Da Introdução a «Muda de Vida»]


O livro pode ser adquirido através do site da Relógio D’Água, em https://relogiodagua.pt/produto/muda-de-vida/

Sobre O Enraizamento, de Simone Weil




O Enraizamento é um ensaio escrito em 1943 e que permaneceu inacabado devido à morte da autora. O seu subtítulo é Prelúdio para Uma Declaração dos Deveres para com o Ser Humano
Simone Weil procura criar as bases de uma doutrina, regressando aos princípios que permitiram às civilizações estabelecerem-se de um modo durável.
Nesse ano de 1943, após vinte anos de amadurecimento interior, trata-se para Simone Weil de reatar um pacto que apoia sobre a «exigência do bem absoluto que habita no coração do homem, mas que tem a sua origem numa realidade situada fora do mundo». 
«O enraizamento talvez seja a necessidade mais importante e mais ignorada da alma humana. (…) Todo o ser humano precisa de ter múltiplas raízes, precisa de receber a quase totalidade da sua vida moral, intelectual, espiritual, por intermédio dos ambientes a que naturalmente pertence.»


De Simone Weil a Relógio D’Água editou também A Gravidade e a Graça. Mais informação sobre ambas as obras disponível em https://relogiodagua.pt/autor/simone-weil/

23.8.19

A Invenção Ocasional, de Elena Ferrante, é uma das sete sugestões de leitura de Eduardo Pitta para o Verão





«Comecemos pela selecção das crónicas que Elena Ferrante (n. 1943) publicou no Guardian, compiladas na colectânea A Invenção Ocasional, ilustrada por Andrea Ucini. São 51 textos publicados ao longo de um ano, sobre arte, doença, religião, escrita feminina, populismo — designadamente o de Salvini, Le Pen, Trump, Orbán, o Movimento Cinquestelle —, tabagismo, ficções, homens e sexo, Tarkovsky versus Kubrick, talento e outros temas: «O futuro das nossas obras é ainda mais obscuro do que o nosso.» Ideal para férias.» [Eduardo Pitta, revista Sábado, 22/8/2019]

Sobre Homenagem a Barcelona, de Colm Tóibín




Este livro celebra uma das mais extraordinárias cidades da Europa – um centro cosmopolita de vibrante arquitetura, arte, cultura e vida noturna. Leva-nos desde a história da fundação de Barcelona e a sua enorme expansão no século XIX às vidas de Gaudí, Miró, Picasso, Casals e Dalí. Explora também a história do nacionalismo catalão, a tragédia da Guerra Civil, o franquismo e a transição para a democracia que Colm Tóibín testemunhou na década de 1970.
Escrito com profundo conhecimento da terra, Homenagem a Barcelona é o retrato de um singular porto mediterrâneo e de um lar adotivo.

«Tendo vivido em Barcelona por diversos períodos ao longo dos anos 70, Tóibín conhece todos os encantos da sensual história e vida mediterrânica e “a joia mais preciosa do tesouro de bares da cidade”… Tóibín é o guia perfeito.» [Chicago Tribune]

«Tóibín escreve prosa de uma beleza avassaladora.» [Daily Telegraph]

O livro, traduzido por Ana Falcão Bastos, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/homenagem-a-barcelona/

Sobre A Ilha de Arturo, de Elsa Morante




A Ilha de Arturo é, conjuntamente com A História, um dos mais importantes romances de Elsa Morante.
Na ilha mediterrânica da Prócida, assistimos à formação de Arturo, que sente uma apaixonada admiração por um pai sempre ocupado em misteriosas viagens. Já adolescente, é atraído pela sua jovem madrasta, Nunziatella. A passagem de um tempo de sonhos e ilusões para a realidade será um caminho lento e difícil para Arturo.
Elsa Morante foi uma mulher que nunca aceitou ter nascido num mundo onde o amor é efémero e a indiferença ou o ódio habituais. «No amor começa por haver o paraíso, mas depois, não se sabe como, precipitamo-nos no inferno», disse numa entrevista que concedeu antes da sua morte em 1985.
A miúda selvagem nascida num bairro pobre de Roma, a viajante, a enamorada, a angustiada companheira de Moravia, que sonhava com o sol das ilhas napolitanas e as cores da agreste Prócida («Arturo sou eu», disse ela um dia), percorreu vários continentes, passou em Portugal e viveu as duas últimas guerras mundiais, partilhando a maior parte dos sofrimentos e esperanças do século XX.
As suas personagens recorrentes são crianças, animais e adolescentes cegamente apaixonadas pelo pai, a mãe ou o amor.


De Elsa Morante a Relógio D’Água editou também A História. Mais informação sobre as duas obras aqui: https://relogiodagua.pt/autor/elsa-morante/

Sobre O Despertar, de Kate Chopin




Quando O Despertar foi publicado pela primeira vez em 1899, a crítica considerou-o sórdido e imoral (apenas um jornal realçou a importância do livro), prejudicando a reputação literária e social de Kate Chopin. Contudo, mais de cem anos após a morte da autora, atrai numerosos leitores, é considerado a principal obra literária de Kate Chopin, uma réplica norte-americana a Madame Bovary, e um livro que mantém intacto o seu carácter subversivo.
Através de mudanças de estilo subtis, Kate Chopin mostra o «despertar» de Edna Pontellier, uma jovem esposa e mãe que se recusa a ficar encerrada numa vida doméstica e familiar e exige para si a liberdade erótica.

«É um livro profundamente whitmaniano, não apenas nos ecos da sua poesia, que são múltiplos, mas principalmente na sua perspectiva erótica, que é narcisista e até mesmo auto-erótica, no verdadeiro estilo de Whitman.» [Harold Bloom]

«O mais notável em O Despertar é o modo como nos leva a pensar sobre a verdadeira noção de tempo, sobre estar à frente ou fora do nosso tempo e sobre o tempo da leitura.» [Jinan Joudeh]

O livro, traduzido por Margarida Periquito, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-despertar/

22.8.19

Sobre A Nova Odisseia, de Patrick Kingsley




A Europa está a enfrentar uma vaga de migração sem precedentes desde a Segunda Grande Guerra, e ninguém expôs a realidade desta crise de forma tão profunda e detalhada como o correspondente do The Guardian, Patrick Kingsley. Durante 2015, Kingsley viajou por 17 países pertencentes à rota destes movimentos migratórios, travando conhecimento com centenas de refugiados e testemunhando as suas odisseias por desertos, mares e montanhas para tentarem desesperadamente alcançar o coração da Europa.
Este livro é o relato de quem esses viajantes são. Das razões por que continuam a arriscar a sua vida para chegar à Europa, e de como o fazem. É também sobre os contrabandistas que os ajudam, e sobre a guarda costeira que, com escassos recursos, tenta auxiliá-los no final da jornada. É ainda sobre os voluntários que os alimentam, as pessoas que os abrigam, e os guardas das fronteiras que os repelem, e sobre os políticos que viram a cara e não têm coragem de os olhar nos olhos.
A Nova Odisseia é um relato corajoso e original, escrito com compaixão e conhecimento de causa por um jornalista que sabe do que fala.

«Patrick Kingsley escreve-nos diretamente do centro do maior movimento migratório a atingir o Mediterrâneo e a Europa desde a Segunda Grande Guerra (…). Ele distingue o indivíduo das massas. Um feito jornalístico único, que carece de um reconhecimento e entendimento urgentes. Uma chamada de atenção a todos nós que dormimos calmamente à noite nas nossas camas.» [Jon Snow]

«Uma leitura obrigatória.» [Yanis Varoufakis]

«O livro de Patrick Kingsley é impressionante. Combina uma pesquisa de campo aprofundada com narrativas individuais de grande interesse: as das pessoas que são apanhadas nestes enormes movimentos de massas… Repleto de vida, por vezes chocante, mas sempre eficaz... O relato do que se esconde por trás das notícias sobre o Mediterrâneo raramente foi contado de forma tão marcante.» [Philip Pullman]

O livro, publicado pela Relógio D’Água em 2016, em tradução de Carlos Leite, está disponível aqui: https://relogiodagua.pt/produto/a-nova-odisseia/

Sobre «Agnes Grey», de Anne Brontë (trad. Manuela Porto)




Agnes Grey é baseado na experiência própria da autora. O romance pretende responder, através da história de uma jovem mulher que se vê obrigada a trabalhar como precetora, à pergunta: qual o lugar da mulher na sociedade vitoriana?
O livro tornou-se um clássico, não apenas devido à força subtil e irónica da prosa de Anne Brontë, mas também às apaixonadas acusações de injustiça social que percorrem as suas páginas.

«“Agnes Grey” é a narrativa em prosa mais perfeita das letras inglesas… É simples e bela… A única história na literatura inglesa em que o estilo, personagens e tema estão em perfeita sintonia.» [George Moore]


De Anne Brontë a Relógio D’Água publicou também poesia, inclusa no volume Poemas Escolhidos das Irmãs Brontë.

Gonçalo M. Tavares no Diario de Sevilla






Gonçalo M. Tavares, «um dos indiscutíveis valores da literatura lusa», «tem uma voz implacável e perspicaz», afirma Braulio Ortiz no jornal espanhol.

«Tavares assina também uma proposta cheia de humor com a qual confirma a sua assombrosa versatilidade, O Bairro, em que batiza diversas personagens com o nome dos seus escritores favoritos, Valéry, Brecht, Juarroz ou Calvino, entre outros. “Eu não sou um político e não posso dedicar-lhes uma rua, o meu trabalho é criar. São autores que me deram muito e quero retribuir: não conto as suas biografias, mas eles estão presentes no tom das histórias.”» [Texto completo em https://www.diariodesevilla.es/ocio/Goncalo-Tavares-El-reino_0_1384061971.html , 21/8/2019]




Na América, disse Jonathan, Histórias Falsas e outros livros de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

21.8.19

Sobre Mensagem, de Fernando Pessoa (ed. de Teresa Sobral Cunha, prefácio de Eduardo Lourenço)




«Mensagem — o único livro de poesia em língua portuguesa dado a público por Fernando Pessoa — foi impresso em Outubro de 1934. Dividido em três partes (“Brasão”, “Mar Português” e “O Encoberto”), este livro, que esteve para se chamar “Portugal”, incorpora 44 poemas, alguns dos quais já anteriormente publicados em jornais e revistas. (…) Mensagem — uma colectânea identificável com o sinal, necessariamente aleatório, de um nacionalismo místico, esotérico e profetista — pode também deixar visionada, por acrescento, a projecção de um “reino de alma humana continuamente sendo e continuamente ansiosa de mais ser”.» [Agostinho da Silva em «Um Fernando Pessoa»]

«Pessoa concebeu a Mensagem como um ritual, ou seja, como um livro esotérico. Se atendermos à perfeição externa, esta é a sua obra mais completa. Mas trata-se de um livro fabricado, com o que não quero dizer que seja insincero mas que nasceu das especulações e não das intuições do poeta. À primeira vista é um hino às glórias de Portugal e uma profecia de um novo império (o Quinto), que não será material mas espiritual; os seus domínios estender-se-ão mais além do espaço e do tempo históricos (…). O livro é uma galeria de personagens históricas e lendárias, deslocadas da sua realidade tradicional e transformadas em alegorias de outra tradição e outra realidade.» [Octavio Paz em «Fernando Pessoa, o desconhecido de si mesmo»]


Esta e outras obras de Fernando Pessoa estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/fernando-pessoa/

Luís M. Faria escreveu no «Expresso» sobre «Provocações» de Camille Paglia (trad. Helena Topa)





«“Provocações” contém textos sobre tudo isso, organizados por secções. O mais longo, um ensaio aliciante sobre o cocktail de religiões nos EUA durante os anos 60, pode funcionar como uma introdução quase enciclopédica a um tema que a maioria da pessoas conhece mal. Outras peças são conferências, colunas de opinião ou excertos de entrevistas. em geral, são mais estimulantes as que se ocupam de questões sobre media ou de artistas ligados à cultura pop, desde a homenagem a Joan Rivers até ao ensaios substancial sobre David Bowie. Mesmo nos outros textos, as opiniões firmes, aliadas à cultura e ao ritmo punchy, nunca deixam o leitor adormecer, concorde ele ou não. E como escrever sobre o que se conhece e vive(u) é um tónico para o estilo, destaque para as considerações de Paglia sobre o ensino. Ela não é a primeira a deplorar a ignorância dos atuais alunos universitários ou a influência do pós-estruturalismo nos EUA. Mas ao fornecer algumas pistas sobre a tradição intelectual americana que este último abafou, citando nomes, presta aos leitores europeus um serviço importante.» [Luís M. Faria, Expresso, E, 17/8/2019]


Esta e outras obras de Camille Paglia estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/camille-paglia/

Sobre Memórias, Sonhos, Reflexões, de C. G. Jung




«Aos 81 anos, Jung, um dos mais influentes psiquiatras do século XX, decidiu contar, o mais pormenorizadamente que lhe fosse possível, a sua vida. Este livro é a expressão desse desejo, concretizado através de conversas com Aniela Jaffé, e, de moto-próprio, pela recordação vívida das suas ideias e obras, viagens e visões.» [Expresso, E, 17/8/2019]


O livro, traduzido por António Sousa Ribeiro, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/memorias-sonhos-reflexoes/

Sobre Contos de Dorothy Parker




Dorothy Parker, que participou no famoso grupo de escritores que se reunia na Mesa Redonda do Hotel Algonquin em Nova Iorque nos anos 20, é uma das mais conceituadas contistas do século XX, tendo sido considerada um “clássico” ainda em vida.
A sua sátira cáustica e mordaz muito deve a um profundo conhecimento da vida.
Lendária pelo seu humor e pela sua ironia, Parker foi descrita como “uma das pessoas mais inteligentes do mundo e também uma das mais tristes”. É o que se pode verificar na selecção de contos que aqui se reúne.

“Dorothy Parker colocou uma voz naquilo que escreveu, um estado de espírito, uma era, alguns momentos de experiência humana que mais ninguém conseguiu transmitir.” [Edmund Wilson]

Contos de Dorothy Parker, em tradução de Cecília Rego Pinheiro, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/contos-de-dorothy-parker/

20.8.19

Sobre Mulherzinhas, de Louisa May Alcott




Mulherzinhas no grande ecrã

Greta Gerwig realizou uma nova adaptação cinematográfica do clássico de Louisa May Alcott. O filme conta com a participação de Florence Pugh, Saoirse Ronan, Emma Watson e Eliza Scanlen nos papéis das “Mulherzinhas”, além de actores como Timothée Chalamet, Meryl Streep ou Laura Dern.
O filme deverá estrear em Portugal em Janeiro de 2020. A Relógio D’Água publicou a obra de Louisa May Alcott em 2017.


Uma mãe luta pela subsistência da família durante a ausência do seu marido, em serviço na Guerra Civil, e as suas quatro filhas lutam também — enredadas entre os sonhos de infância e as realidades do aproximar da idade adulta. Para Meg, Jo, Beth e Amy, seguir o caminho certo na vida significa fazer escolhas que irão estreitar ou ampliar os seus destinos.

Sobre Roma, de Nikolai Gógol




«Roma é um fragmento do romance inacabado “Annunziata”, em que Nikolai Gógol trabalhou entre 1836 e 1839. Numa carta de 1838, Gógol escreveu: “Quando, finalmente, voltei a ver Roma, oh, quanto mais bela me pareceu! Foi como se visse a minha pátria… Não, não é bem assim, não vi a minha pátria, mas a pátria da minha alma… aquela onde a minha alma tinha vivido antes de mim…”»


De Nikolai Gógol, a Relógio D’Água editou também Contos de Petersburgo.

19.8.19

Sobre Kudos, de Rachel Cusk




Uma mulher num avião escuta o desconhecido sentado a seu lado que lhe revela a história da sua vida: o seu emprego, o casamento e a angustiante noite que acabara de passar a enterrar o cão da família. 
Esta mulher é Faye, que está a caminho da Europa para promover o seu livro, acabado de publicar. Assim que aterra, as conversas que tem com as pessoas que conhece — sobre arte, família, política, amor, tristeza e alegria, justiça e injustiça — suscitam as perguntas mais abrangentes que o ser humano pode fazer. Estas conversas, sendo a última com o seu filho, levam Faye a uma conclusão bela mas dramática. 
Kudos completa de uma forma exuberante a trilogia de Rachel Cusk, iniciada com A Contraluz e Trânsito.

Nomeado um dos melhores livros do ano pelo The Guardian, o The Times Literary Supplement, a The New Yorker, o The New York Times e o Financial Times.

«No seu esforço de expor as ilusões da ficção e da vida, Cusk poderá ter descoberto a forma mais genuína de escrever hoje um romance.» [The Atlantic]


«Rachel Cusk é comparável a escritores como J. M. Coetzee e Philip Roth.» [The New York Times]

Sobre Pensamentos, de Blaise Pascal




«Pascal oferece muito sobre que o mundo moderno faria bem em pensar. E de facto, por causa da sua combinação e equilíbrio únicos de qualidades, não sei de nenhum escritor religioso mais pertinente para o nosso tempo. Os grandes místicos, como São João da Cruz, são em primeiro lugar para leitores com um objectivo especialmente determinado; os escritores devotos, como São Francisco de Sales, são em primeiro lugar para aqueles que já se sentem conscientemente desejosos do amor de Deus; os grandes teólogos são para os interessados em teologia. Todavia, não consigo pensar em nenhum autor cristão, nem mesmo Newman, que mais do que Pascal devesse ser recomendado àqueles que duvidam, mas que têm a capacidade intelectual para conceber e a sensibilidade para sentir a desordem, a futilidade, a ausência de sentido, o mistério da vida e do sofrimento, e que apenas conseguem encontrar paz através da satisfação de todo o ser.» [Da Introdução de T. S. Eliot]