O jovem Príncipe Florizel da Boémia e o seu Estribeiro-Mor, o Coronel Geraldine, procuram aventuras nas noites de Londres.
Acabam por ser introduzidos numa sociedade secreta, cujos membros se suicidam através de um ritual em que a sorte das cartas desempenha o papel de destino. São das mais variadas condições sociais, tendo apenas em comum o desejo de acabar com as suas vidas sem terem coragem de o fazer por iniciativa própria.
O Clube dos Suicidas é composto por três narrativas, tendo sido publicado pela primeira vez na The London Magazine em 1878.
«O Clube dos Suicidas» e outras obras de Robert Louis Stevenson estão disponíveis em: https://www.relogiodagua.pt/autor/robert-louis-stevenson/
28.6.24
Disponível em www.relogiodagua.pt e nas livrarias: «O Clube dos Suicidas», de Robert Louis Stevenson
Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: «O Arrependimento de Prometeu», de Peter Sloterdijk
Este é o emocionante discurso proferido por Peter Sloterdijk em Lucerna em outubro de 2022.
Desde tempos imemoriais, a humanidade teve de organizar o seu «metabolismo com a natureza». Para Marx, o fator mais importante nesse processo foi o trabalho. Quando Prometeu, segundo o mito, trouxe o fogo à terra, outro dado crucial foi acrescentado. O fogo tem sido usado para cozinhar alimentos e endurecer ferramentas há centenas de milhares de anos. Nesse sentido, pode dizer-se que toda a história implica a história das aplicações do fogo.
Enquanto as árvores só podiam ser queimadas uma vez, o trabalho e o fogo mudaram com a descoberta de depósitos subterrâneos de carvão e petróleo. A humanidade moderna, segundo Peter Sloterdijk, pode ser considerada um coletivo de incendiários que atearam fogo às florestas e pântanos subterrâneos. Se Prometeu voltasse à terra hoje, poderia arrepender-se do seu presente. Afinal, o que se aproxima é precisamente a ekpyrosis — o fim do mundo em chamas — e só um novo e enérgico pacifismo pode evitar esta catástrofe.
«O Arrependimento de Prometeu» e outras obras de Peter Sloterdijk estão disponíveis em: https://www.relogiodagua.pt/autor/peter-sloterdijk/
Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: «Cartas da Prisão», de Rosa Luxemburgo
Rosa Luxemburgo foi uma das mais singulares socialistas do início do século xx. Opôs-se tanto ao revisionismo de Bernstein quanto ao centralismo de Lenine, defendendo a ação autónoma dos trabalhadores.
Nascida na Polónia em 1871, viveu a maior parte da vida na Alemanha, onde se distinguiu pela sua atividade e pelos seus escritos, de Reforma ou Revolução? até A Acumulação do Capital.
Foi presa diversas vezes por intervir em congressos socialistas ou na insurreição de Varsóvia em 1905 e por se opor à participação da Alemanha na Primeira Guerra Mundial.
Foi durante o período em que esteve presa entre 1916 e 1918 que escreveu as cartas agora aqui publicadas.
«Cartas da Prisão», de Rosa Luxemburgo, está disponível em: https://www.relogiodagua.pt/produto/cartas-da-prisao/
Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: «Canção do Profeta», de Paul Lynch, vencedor do Prémio Booker 2023
Numa noite escura e chuvosa em Dublin, a cientista e mãe de quatro filhos Eilish Stack abre a porta de sua casa e depara-se com dois oficiais da recém-formada polícia secreta da Irlanda que pretendem interrogar o seu marido, um sindicalista. Depois do marido, também o seu filho mais velho desaparece.
A Irlanda está a desmoronar-se. O país está sob o domínio de um governo que se inclina para a tirania e Eilish só pode assistir impotente enquanto o mundo que conhecia desaparece.
Até onde irá ela para salvar a sua família? E o que — ou quem — está disposta a deixar para trás para o conseguir?
«O júri do Booker Prize escolheu o livro mais oportuno e relevante da lista.» [The Guardian]
«Nenhum livro me abalava tão intensamente há muitos anos… As comparações são inevitáveis — Saramago, Orwell, McCarthy —, mas este romance ocupará o seu lugar próprio.» [Colum McCann]
«Um dos romances mais importantes desta década.» [Ron Rash]
«Canção do Profeta», de Paul Lynch, está disponível em: https://www.relogiodagua.pt/produto/cancao-do-profeta-premio-booker-2023/
25.6.24
Sobre Além da Memória, de Sebastian Barry
Tom Kettle reformou-se da polícia e prepara-se para passar uma vida tranquila na sua nova casa, o anexo de um castelo vitoriano com vista para o mar da Irlanda.
Durante meses, vê apenas alguns habitantes do lugar e cruza-se ocasionalmente com o seu excêntrico senhorio e uma jovem mãe que se mudou para uma residência contígua à sua. De quando em vez, recorda a família, a sua amada mulher, June, e os seus dois filhos, Winnie e Joe.
Quando dois antigos colegas chegam a sua casa com perguntas sobre um caso ocorrido décadas antes, sente-se arrastado por obscuras correntes do seu passado.
Trata-se de um romance em que nada é o que parece. Além da Memória fala de coisas a que sobrevivemos, daquelas que temos de viver e também das que é possível que nos sobrevivam.
«Um romance inesquecível por um dos nossos mais subtis escritores.» [Douglas Stuart]
«Ler Sebastian Barry é uma experiência quase milagrosa.» [The Guardian]
«Ninguém escreve como, ninguém arrisca como, ninguém vai aos limites da linguagem — e ao seu coração — como Sebastian Barry.» [Ali Smith]
«Uma obra-prima.» [Sunday Times]
«Extraordinário.» [Irish Times]
Além da Memória, de Sebastian Barry (tradução de José Mário Silva), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/alem-da-memoria/
Sobre Os Nossos Desconhecidos, de Lydia Davis
Em Os Nossos Desconhecidos, as conversas ouvidas por acaso nem sempre são entendidas, uma carta registada é confundida com uma borboleta branca rara, duas crianças que aprendem a falar identificam uma bola de pingue-pongue com um ovo, e alguns comentários murmurados revelam a verdade de um casamento. Sob a penetrante e transformadora observação de Lydia Davis, desconhecidos podem tornar-se família e familiares tornar-se desconhecidos. Uma nova recolha de ficção breve da vencedora do Man Booker International Prize.
“Incisivo, hábil, irónico, subtil e consistentemente surpreendente.” [Joyce Carol Oates]
“O talento de Davis para observar e celebrar os pormenores é tão sábio e milagroso como sempre.” [Financial Times]
“Gracioso, engraçado, estranho, surpreendente, improvável, persuasivo e comovedor.” [Times Literary Supplement]
“Apesar da capacidade de distanciamento que permeia todo o trabalho de Davis, as nossas ansiedades atuais infiltram-se em Os Nossos Desconhecidos.” [New York Times Book Review]
Os Nossos Desconhecidos (tradução de Inês Dias) e outras obras de Lydia Davis editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/lydia-davis/
Sobre Sobre Franz Kafka, de Max Brod
Max Brod, autor de uma extensa obra literária, foi amigo de Franz Kafka desde a juventude e permaneceu próximo dele até à sua morte a 3 de junho de 1924.
Foi seu executor testamentário e deve-se a ele a publicação de todos os textos que Kafka lhe pediu para destruir e que foram levados de Praga para Jerusalém.
Foi também Max Brod que se empenhou na divulgação da obra kafkiana, mesmo nos tempos sombrios em que parecia esquecida e só era conhecida de alguns leitores e celebrada por um punhado de escritores e filósofos como Robert Walser, Benjamin, Adorno e Hannah Arendt.
Este livro dá-nos não só uma imagem realista e quotidiana da vida de Kafka tal como foi vista por um dos seus contemporâneos, mas também uma fascinante descrição da interação entre dois escritores de temperamentos diversos, mas com numerosas referências comuns.
Reúne os três escritos mais importantes de Max Brod sobre Franz Kafka: Franz Kafka, Uma Biografia; A Fé e a Doutrina de Franz Kafka e Desespero e Redenção na Obra de Franz Kafka.
As memórias de Max Brod sobre a juventude e a idade adulta que partilhou com Kafka são insubstituíveis. Insubstituível foi também o seu papel na preservação dos seus escritos inéditos. Mas uma visão mais completa, sobretudo no que se refere à importância do humor na obra de Kafka, requer a leitura de toda a sua correspondência e de biografias mais recentes como a de Reiner Stach e mesmo a de Benjamin Balint.
Sobre Franz Kafka, de Max Brod (tradução de Susana Schnitzer da Silva e Ana Falcão Bastos), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/sobre-franz-kafka/
As obras de Franz Kafka editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/franz-kafka/
Sobre História em Duas Cidades, de Charles Dickens
«A História em Duas Cidades é, acima de tudo, um jogo de espelhos, de similitudes e contrastes. Antes de mais nada, obviamente, entre as duas cidades do título, Londres e Paris. A Revolução Francesa abalou o mundo, gerou ondas de fascínio e pavor que reverberaram durante muitas gerações. Escrevendo em 1859, setenta anos depois do sucedido, Dickens traçou para o seu público vitoriano um retrato daqueles tempos conturbados, o tempo dos avós dos seus leitores. Um tempo já distante mas ainda bem vivo na memória colectiva, uma viragem decisiva na história do mundo e da Europa. História em Duas Cidades não é, porém, um livro de história. Quando muito, será um romance histórico. (…)» [Da Introdução de Paulo Faria]
«Em História em Duas Cidades a vida está sobretudo na sublime negatividade de Madame Defarge e no seu tricot, uma das mais conseguidas criações de Dickens, e que funciona como evidente metáfora da narrativa do próprio romance.» [Harold Bloom, em Romancistas e Romances]
História em Duas Cidades (tradução de Paulo Faria) e outras obras de Charles Dickens estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/charles-dickens/
Sobre O Eco das Cidades Vazias, de Madeleine Thien
“Amanhã tudo será diferente.”
Foi numa noite no Camboja de um céu sem estrelas que a infância de Janie foi abalada pelos terrores do Khmer Vermelho. Três décadas depois, em Montreal, vislumbra-se esse seu passado assombrado.
Tecendo os fios da vida, O Eco das Cidades Vazias evoca o totalitarismo visto através dos olhos de uma rapariga, traçando um mapa das batalhas que a mente trava com a memória, a perda e os horrores da guerra.
«Límpida e verdadeira. A elegância silenciosa da escrita de Thien forma uma história brutal, comovente e poderosa.» [The Times]
«A visão marcante de uma jovem sobre o genocídio cambojano… Extremamente convincente.» [Financial Times]
«Um romance belo e comovente que aborda questões de importância universal.» [Independent]
Romance finalista do Man Booker Prize 2016
O Eco das Cidades Vazias (tradução de Alda Rodrigues) está disponível em https://relogiodagua.pt/autor/madeleine-thien/
Sobre Homenagem a Barcelona, de Colm Tóibín
Este livro celebra uma das mais extraordinárias cidades da Europa – um centro cosmopolita de vibrante arquitetura, arte, cultura e vida noturna. Leva-nos desde a história da fundação de Barcelona e a sua enorme expansão no século XIX às vidas de Gaudí, Miró, Picasso, Casals e Dalí. Explora também a história do nacionalismo catalão, a tragédia da Guerra Civil, o franquismo e a transição para a democracia que Colm Tóibín testemunhou na década de 1970.
Escrito com profundo conhecimento da terra, Homenagem a Barcelona é o retrato de um singular porto mediterrâneo e de um lar adotivo.
«Tendo vivido em Barcelona por diversos períodos ao longo dos anos 70, Tóibín conhece todos os encantos da sensual história e vida mediterrânica e “a joia mais preciosa do tesouro de bares da cidade”… Tóibín é o guia perfeito.» [Chicago Tribune]
«Tóibín escreve prosa de uma beleza avassaladora.» [Daily Telegraph]
Homenagem a Barcelona, traduzido por Ana Falcão Bastos, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/homenagem-a-barcelona/
Sobre Homenagem à Catalunha, de George Orwell
Em 1936, inicialmente com a intenção de relatar sobre a Guerra Civil Espanhola como jornalista, George Orwell viu-se envolvido como participante enquanto membro do POUM (Partido Obrero de Unificación Marxista). Em guerra contra os fascistas, descreveu em pormenor a vida nas trincheiras com um exército democrático composto por homens sem patentes, sem títulos e muitas vezes sem armas.
Homenagem à Catalunha não é só um relato das memórias de Orwell sobre as suas experiências na frente de batalha, mas também uma homenagem àqueles que nela morreram.
“Um dos melhores livros de Orwell e talvez o melhor livro que existe sobre a Guerra Civil Espanhola.” [The New Yorker]
“Um livro sábio que, uma vez lido, nunca será esquecido.” [Chicago Sunday Tribune]
Homenagem à Catalunha (tradução de Miguel Serras Pereira) e outras obras de George Orwell estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/george-orwell/
24.6.24
Sobre O Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman
«Publicado pela primeira vez em 1892, este extraordinário conto de Charlotte Perkins Gilman (1860-1935) é ainda hoje um dos mais potentes e subtis exemplos de ficção feminista. Ao sofrer uma depressão pós-parto, após o nascimento da única filha, Gilman foi sujeita a uma violentíssima “cura de repouso”, que a isolou de quaisquer estímulos intelectuais. Após ter ficado “tão perto da completa desintegração mental” que garante ter visto “o que estava do outro lado dessa fronteira”, a escritora sublimou a traumática experiência em “O Papel de Parede Amarelo”, narrativa em que uma mulher nas mesmas condições acaba mesmo por enlouquecer.» [José Mário Silva, E, Expresso, 21/6/24: https://expresso.pt/revista/culturas/livros/2024-06-20-livros-charlotte-perkins-gilman-e-a-furia-gloriosa-de-uma-mulher-avida-de-liberdade-36e83e01]
O Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman (tradução de Alda Rodrigues), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/o-papel-de-parede-amarelo/
Sobre Claire Keegan
«Que Claire Keegan é um dos melhores escritores de ficção, de prosa tão cirúrgica concisa quanto inquietante, já é conhecido. O que talvez não se saiba é que esta novelista tem não um mas dois dos seus livros já adaptados ao cinema. Além do mais recente “Pequenas Coisas como Estas”, com estreia no Festival Internacional de Cinema de Berlim, de Tim Mielants, num elenco que conta com Cillian Murphy, Ciarán Hinds e Emily Watson, existe ainda “The Quiet Girl” (“A menina silenciosa”), que adapta “Acolher”. Filme que ganhou vários prémios e foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Internacional.
Este ano saiu ainda um pequeno volume de breves contos, A Uma Hora tão Tardia.» [Paulo Serra, Cultura Sul, Postal, 14/6/2024: https://postal.pt/edicaopapel/claire-keegan-a-grandeza-da-concisao-por-paulo-serra/?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook&utm_campaign=postal%20do%20algarve#goog_rewarded]
Pequenas Coisas como Estas (trad. Inês Dias), Acolher (trad. Marta Mendonça) e A Uma Hora tão Tardia (trad. José Miguel Silva) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/claire-keegan/
Sobre As Farpas, de Eça de Queiroz
Esta edição reúne na íntegra as «Farpas» de Eça de Queiroz, separadas das que foram originalmente escritas e publicadas por Ramalho Ortigão e pelo próprio Eça ao longo dos anos de 1871 e de 1872, e que, até hoje, foram sempre reeditadas em conjunto e sem a identificação das respectivas autorias.
Esta e outras obras de Eça de Queiroz estão disponíveis aqui https://relogiodagua.pt/autor/eca-de-queiros/
Sobre Os Pescadores, de Raul Brandão
«Como é do jeito da escrita de Raul Brandão, esta narrativa da viagem, ao longo da costa portuguesa, desde Caminha a Olhão, estrutura‑se como uma montagem de fragmentos dispersos (notas, memórias, esboços descritivos ou narrativos) com datações variadas (de Dezembro de 1893 a Junho de 1923) que nos revelam a paisagem litoral e os seus povoadores, num registo elíptico de impressões que tatuaram o seu corpo (a retina e a alma), e são também o seu modo próprio de nos falar daqueles (o universo social e simbólico dos pescadores) a quem o uniam não só antigas imagens e afectos familiares, mas também a simpatia espontânea pela gesta desses seres humildes que, muitas vezes, tal como o seu avô materno a quem a obra é dedicada, morriam no mar, selando tragicamente o seu destino com esse espaço que representaria simultaneamente uma fonte de fecundidade e um túmulo, a mãe e a morte.» [Do Prefácio de Vítor Viçoso]
Foi ao ler Os Pescadores de Raul Brandão que Djaimilia Pereira de Almeida encontrou a frase que haveria de inspirar anos depois A Visão das Plantas.
Os Pescadores e outras obras de Raul Brandão estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/raul-brandao/
A Visão das Plantas e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida estão disponíveis em https://relogiodagua.pt
Sobre O Nariz, de Nikolai Gogol
O Nariz é um conto satírico de Gogol, escrito durante a sua estada em São Petersburgo e publicado em 1836 numa revista literária dirigida por Puchkin.
Trata-se da história de um assessor de colégio que desperta uma manhã sem nariz e descobre que ele desenvolveu uma vida própria, até se tornar conselheiro de Estado.
O tema deste conto parece ter que ver com a própria experiência de Gogol, que frequentemente ridicularizava nas cartas o seu próprio nariz.
Nariz (tradução do russo de Carlos Leite) e outras obras de Nikolai Gogol estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/nikolai-gogol/
Sobre Guerra e Paz, de Lev Tolstoi
Guerra e Paz narra a invasão da Rússia por Napoleão e os efeitos que o acontecimento teve na vida da aristocracia, dos militares e da população envolvida no conflito.
A maior parte dos oficiais era originária das famílias nobres e as separações e perigos da guerra tornavam mais intensas todas as relações pessoais e, em particular, as amorosas.
Os hábitos sociais, as relações sentimentais e o declínio de algumas das mais importantes famílias de Petersburgo e Moscovo são apresentados com distanciamento ou irónica ternura.
Neste romance surgiram algumas das mais perduráveis personagens da literatura, o íntegro príncipe Andrei, o insólito Pierre Bezúkhov e a fascinante Natacha Rostova, que se tornaria indispensável para qualquer um deles.
Com esta obra e a sua apresentação em mosaico de grandes painéis da vida russa onde se movimentam centenas de personagens num período de convulsões militares, Tolstoi realizou o seu projeto de se confrontar com o Homero da Ilíada e da Odisseia.
«O maior de todos os romancistas — que outra coisa poderíamos dizer do autor de Guerra e Paz!» [Virginia Woolf]
Guerra e Paz (trad. António Pescada) e outras obras de Lev Tolstoi estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/lev-tolstoi/
23.6.24
Sobre Sou Uma Lenda, de Richard Matheson
Robert Neville é o último homem vivo na Terra, mas não está sozinho. Todos os homens, mulheres e crianças se tornaram vampiros e estão sedentos do sangue de Neville. Durante o dia ele é um caçador, perseguindo os mortos-vivos adormecidos nas ruínas abandonadas da civilização. À noite, barrica-se em casa e reza pela chegada do amanhecer.
Quanto tempo pode um homem sobreviver nestas condições?
«Um dos escritores mais importantes do século xx.» [Ray Bradbury]
«Acredito que o autor que mais me influenciou como escritor foi Richard Matheson. Livros como Sou Uma Lenda foram uma inspiração para mim.» [Stephen King]
«O mais engenhoso e fascinante romance de vampiros desde Drácula.» [Dean Koontz]
Sou Uma Lenda, de Richard Matheson (tradução de José Mário Silva), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/sou-uma-lenda/
Sobre A Queda da Casa de Usher e Outros Contos, de Edgar Allan Poe
Um jovem cavalheiro é convidado para a velha casa de um amigo de infância, Roderick Usher.
À mansão parece concebida como cenário de um conto gótico, com a paisagem lúgubre que a rodeia, dois irmãos gémeos, o próprio Roderick e Lady Madeline, e doenças misteriosas que fazem parte da história familiar e que se manifestam em sensações sobrenaturais.
Todos os elementos do género parecem estar reunidos, e, no entanto, o suspense, o terror desta história deve-se à incerteza, pois não sabemos exactamente em que parte do mundo se situa e em que tempo decorre.
Há também um lago perto do solar dos Usher, mas suspeitamos que está lá apenas para compor um final fatídico.
O conto foi publicado pela primeira vez na Burton’s Gentleman’s Magazine. Tornou-se uma das obras de Poe preferidas da crítica e a que o próprio autor considerava a mais conseguida das que escreveu.
Esta edição reúne outros contos de Edgar Allan Poe: «Manuscrito Encontrado numa Garrafa», «Ligeia», «Uma Descida no Maelström» e «O Gato Preto».
A Queda da Casa de Usher e Outros Contos (trad. Miguel Serras Pereira e Anabela Prates Carvalho), com prefácio de Charles Baudelaire (trad. Manuel Alberto), e outras obras de Edgar Allan Poe estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/edgar-allan-poe/
Sobre A Espuma dos Dias, de Boris Vian
«Chamaram‑lhe, alguns, a obra‑prima do autor. E num prefácio que andou durante muito tempo colado ao seu “Arranca‑Corações”, Raymond Queneau não hesitava perante um rótulo hierarquizante e audacioso: “o mais pungente dos romances de amor contemporâneos”. Nos anos sessenta, “A Espuma dos Dias” circulou com estas difíceis responsabilidades.
Enfrentou‑as mostrando a singularidade de um universo ainda não conhecido com tanto talento na literatura; que se comprazia a impor aos homens e aos objetos leis novas, interdependentes. De facto, os objetos que lá existiam tinham um comportamento emotivo e implacavelmente ligado aos estados de alma de quem os utilizava. O que já antes parecia sugerido por Edgar Allan Poe em “A Queda da Casa Usher” assumia ali uma evidência despudorada que corria em dois sentidos, de sol e sombra, e nos informava muito mais sobre o interior das personagens do que qualquer alusão direta que o texto chegasse a fazer.» [Da Apresentação de Aníbal Fernandes]
A Espuma dos Dias (trad. Aníbal Fernandes) e outras obras de Boris Vian estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/boris-vian/
22.6.24
Sobre Manifesto do Partido Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels
“Na Primavera de 1847, Karl Marx e Friedrich Engels aceitaram integrar a chamada Liga dos Justos [Bund der Gerechten], uma organização nascida da anterior Liga dos Proscritos [Bund der Geächteten], sociedade secreta revolucionária fundada em Paris nos anos 30 do século xix por artesãos alemães inspirados pela influência revolucionária francesa — na maioria, alfaiates e marceneiros — e que continuava a ser composta ainda sobretudo por artesãos radicais expatriados. A Liga, persuadida pelo seu “comunismo crítico”, propôs‑se publicar um manifesto redigido por Marx e Engels como programa político e também modernizar a sua organização de acordo com esse manifesto.” [Da Introdução de Eric Hobsbawm]
Manifesto do Partido Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels, com introdução de Eric Hobsbawm (tradução de António Sousa Ribeiro), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/manifesto-do-partido-comunista/
Sobre Capitalismo e Pulsão de Morte, de Byung-Chul Han
Aquilo a que hoje chamamos crescimento é na verdade uma excrescência, uma proliferação cancerosa que destrói o organismo social. Essas excrescências metastizam-se com uma vitalidade inexplicável. A certa altura, esse crescimento já não é produtivo, mas destrutivo. Há muito que o capitalismo ultrapassou este ponto crítico. As suas forças destrutivas produzem não apenas catástrofes ecológicas ou sociais, mas também mentais. Os efeitos devastadores do capitalismo sugerem a existência de um instinto de morte.
Depois de inicialmente Sigmund Freud ter introduzido o conceito de instinto de morte de forma hesitante, confessou que «não poderia pensar de outra forma», porque a ideia ganhara poder sobre ele.
Pensar hoje no capitalismo é impossível sem considerar o instinto de morte.
Capitalismo e Pulsão de Morte (tradução de Ana Falcão Bastos) e outras obras de Byung-Chul Han estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/
Sobre A Morte do Sol, de Yan Lianke
Ao longo de uma noite, A Morte do Sol apresenta o caos e a escuridão contra o otimismo ensolarado do sonho chinês promovido pelo presidente Xi Jinping.
Durante o crepúsculo, numa aldeia distante das montanhas de Balou, Li Niannian, um adolescente de catorze anos, percebe que algo estranho está a acontecer, pois os habitantes, em vez de se estarem a preparar para dormir, começam a aparecer nas ruas e nos campos.
Li Niannian observa-os, perplexo, até perceber que estão sonâmbulos, e que prosseguem as suas atividades diárias como se o Sol ainda não se houvesse posto. E, à medida que cada vez mais pessoas sucumbem a este estranho fenómeno, o caos começa a instalar-se.
“Uma obra-prima.” [The Guardian]
“Há poucos romancistas melhores do que Yan Lianke.” [The New York Times Book Review]
“Esta fábula, exuberante mas sinistra, confirma o seu autor como um dos romancistas mais audaciosos e enigmáticos da China.” [The Economist]
A Morte do Sol (tradução do chinês, glossário e notas de Eugénio Graf) e outras obras de Yan Lianke estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/yan-lianke/
21.6.24
De Patañjali e o Yoga, de Mircéa Eliade
«Veremos através de que métodos o Yoga julga alcançar estes surpreendentes resultados. Mas não podemos deixar de ter em conta uma das maiores descobertas da Índia: a da consciência-testemunha, a consciência desvinculada das suas estrutura psicofisiológicas e do seu condicionamento temporal, a consciência do “libertado”, isto é, daquele que conseguiu desligar-se da temporalidade e conhece, portanto, a verdadeira e inefável liberdade. A conquista dessa liberdade absoluta constitui o objectivo de todas as filosofias e técnicas místicas indianas, mas foi sobretudo através do Yoga, através de uma das múltiplas formas de Yoga, que a Índia acreditou poder assegurá-la.»
Patañjali e o Yoga (trad. Elsa Castro Neves) e O Sagrado e o Profano (trad. Rogério Fernandes) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/mircea-eliade/
Alexandre Andrade em entrevista ao site Novos Livros, a propósito do romance Democracia
«P — Qual a ideia que esteve na sua origem?
R — Foram muitas. A ideia central, da autoria do meu amigo artista António Guimarães Ferreira, foi a da “performance” artística sob a forma de arremesso de um contentor da Ponte 25 de Abril. Houve outras ideias que tentei explorar em paralelo: a circulação de informações falsas, os resquícios de salazarismo sebastiânico que se concretizam na busca de um livro perdido do ditador… A ideia unificadora foi a coexistência da história da democracia com as histórias da vida das personagens, forçadas a tornarem-se pessoas adultas em simultâneo com a errática consolidação democrática do país onde vivem.» [Entrevista completa em https://www.novoslivros.pt/alexandre-andrade-recordo-me-sobretudo-da-omnipresenca-da-politica/]
Democracia e outras obras de Alexandre Andrade estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/alexandre-andrade/
Sobre O Falecido Mattia Pascal, de Luigi Pirandello
Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: O Falecido Mattia Pascal, de Luigi Pirandello (nova tradução de José Lima)
Escrito em 1904, O Falecido Mattia Pascal é um romance em que, com apreciável dose de humor negro, Luigi Pirandello explora os mistérios de identidade. Nele se conta a história de um homem que, cansado da sua vida de bibliotecário e da monotonia do casamento, decide viajar até Monte Carlo, onde a sorte lhe permite obter no casino uma enorme fortuna.
É no regresso a casa que toma conhecimento de que, por engano, foi considerado morto.
Decide começar uma nova vida com fortuna e outro nome, pensando assim libertar-se de compromissos e obrigações. Mas, depois de viajar algum tempo sem estabelecer ligações de amor ou amizade, sente que o anonimato não o torna livre nem feliz.
Decide fixar-se numa pensão em Roma, onde se apaixona por uma mulher, Adriana. É ao perceber que não lhe pode contar a verdade que decide forjar uma segunda morte.
Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/autor/luigi-pirandello/
De Natureza Urbana, de Joana Bértholo
«Eu era uma pessoa simples urbana, uma planta que insistiu em crescer entre os paralelepípedos do passeio, na rua mais concorrida da metrópole, cujo destino é conhecer a sola dos sapatos de milhares de turistas e transeuntes e respirar violentas concentrações de dióxido de carbono. Eu sabia chamar um táxi, mas não o rebanho; sabia levar uma muda de roupa à lavandaria self-service e trazê-la limpa, mas não sabia levar um cântaro à teta da vaca e trazê-lo cheio. Não sabia atear fogo, construir um abrigo, nem situar-me olhando as estrelas. Não conhecia o significado dos ventos nem descodificava as nuvens, quando antecipam temporal. Os elementos do mundo em meu redor que eu considerava naturais eram indecifráveis.»
Natureza Urbana, de Joana Bértholo, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/natureza-urbana-pre-venda/
Sobre Quedas Felizes, de Evguénia Bielorrussets
«Publicados na Ucrânia em 2018, estes contos de natureza surrealista, escritos por uma conhecida fotógrafa, revelam as experiências de mulheres da região do Donbass. Muitas delas escaparam ao conflito separatista surgido em 2014 e vivem agora como refugiadas em Kiev. Os contos, etnográficos na perspetiva mas gogolianos no registo, gravitam em torno de desaparecimentos inexplicáveis, memórias recalcadas e fantasmagorias. Bielorrussets escreve com “profunda penetração sobre o efeito de acontecimentos históricos traumáticos nas fantasias […] da vida quotidiana” e evoca o humor fatalista das suas personagens marginalizadas. “Se tiveste a sorte de nascer aqui, aceita-la como se tivesse de ser assim.”» [The New Yorker]
«Se Isaac Babel e Svetlana Alexievich tivessem um filho…» [Claire Messud]
«Um livro ousado e inquietante em que mulheres deslocadas narram histórias esclarecedoras para sobreviver à escuridão que as envolve.» [Jenny Offill]
«Este é um livro de histórias ternas e terríveis, onde contos de terror da juventude se mascaram na linguagem de Jean Genet, e onde o documentário se dilata até ao épico, tornando-se a história que todos partilhamos.» [Maria Stepánova]
Quedas Felizes, de Evguénia Bielorrussets (tradução de António Pescada), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/quedas-felizes-pre-publicacao/
Sobre O Conteúdo da Felicidade, de Fernando Savater
«Na memória, de resto, a felicidade é qualquer coisa como um poço de beatitude em que nada acontece e nada falta: um espaço em branco, mas de um branco brilhante. Daí que Tolstoi afirmasse que as famílias felizes não têm história; e Hegel, que os períodos de felicidade são como vazios na história dos povos. Outro paradoxo, pois: a felicidade é uma das formas da memória, mas também como que o reverso amnésico da mesma. Recordamos o momento feliz como aquele em que nos esquecemos de tudo o resto. É precisamente porque não há realmente nada que contar da felicidade que nos agarramos à sua recordação — à recordação de um vazio, de um espaço em branco, de uma perda — com a força inamovível e algo ridícula de um ato de fé. Enquanto objeto conceptualizável, a felicidade é opaca, revela‑se refratária à tarefa reflexiva. A sua expectativa ou a sua nostalgia dão que pensar, mas ela própria — enquanto presença recordada — não.»
O Conteúdo da Felicidade (trad. Francisco Vale) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-conteudo-da-felicidade-2/
Sobre Helena, de Machado de Assis
Publicado em 1876, Helena é um romance do primeiro período de Machado de Assis, em que o próprio reconhece um excesso de romantismo trágico.
A protagonista é de origens humildes, sendo reconhecida em testamento como filha e herdeira do conselheiro Vale, um membro da elite do Rio de Janeiro.
Por isso, vai passar a viver na mansão da família, com a irmã do conselheiro Vale e Estácio, seu filho legítimo.
A relação entre Helena e Estácio transforma-se em paixão não assumida. Mas o segredo que Helena traz consigo permite um desfecho inesperado.
Helena e outras obras de Machado de Assis estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/machado-de-assis/
20.6.24
Sobre Kafkiana, de Agustina Bessa-Luís
Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Kafkiana, de Agustina Bessa-Luís
«Os textos aqui reunidos não constituem capítulos avulsos duma biografia de Kafka; apenas compõem um breve quadro de meditações literárias sobre a situação do homem kafkiano face ao mundo e a ele próprio.» [Alberto Luís]
Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/
Sobre A Polícia da Memória, de Yoko Ogawa
Um romance orwelliano sobre os terrores da vigilância do Estado, de uma das mais importantes escritoras japonesas da atualidade.
Numa ilha sem nome, situada numa costa anónima, há objetos que começam a desaparecer. Primeiro chapéus, depois fitas, pássaros e rosas — até que a situação se agrava. A maioria dos habitantes permanece desatenta a estas mudanças, e os poucos com poder para recuperar os objetos perdidos vivem receosos da Polícia da Memória, entidade que assegura que o que desaparece permanece esquecido.
Quando uma jovem mulher, que luta por manter uma carreira de romancista, descobre que o seu editor está em perigo, elabora um plano para o ocultar debaixo da sua casa. À medida que medo e sentimento de perda se aproximam, rodeando-os, agarram-se à escrita como modo de preservar o passado.
“A Polícia da Memória” será brevemente adaptado a série de televisão, realizada por Reed Morano (The Handmaid’s Tale), com argumento de Charlie Kaufman (Being John Malkovich, Eternal Sunshine of the Spotless Mind).
“Uma das mais conceituadas escritoras do Japão explora temas como a verdade, a vigilância do Estado e a autonomia individual, num trabalho que ecoa o Mil Novecentos e Oitenta e Quatro de George Orwell, o Fahrenheit 451 de Ray Bradbury e o Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez, ao mesmo tempo que afirma uma voz própria.” [Time]
“Uma obra-prima que nos chega do futuro.” [The Guardian]
“Um romance magistral.” [The New Yorker]
A Polícia da Memória, de Yoko Ogawa (tradução de Inês Dias), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-policia-da-memoria/
Sobre Eu, Robô, de Isaac Asimov
Publicado em 1950, Eu, Robô tornou-se um clássico da ficção científica.
Nesta obra, Isaac Asimov fala-nos do desenvolvimento dos robôs, começando com a relação entre um deles e uma rapariga que o trata como um companheiro de brincadeiras. Mas é aqui que enuncia aquelas que ainda hoje são consideradas as três leis fundamentais da robótica do ponto de vista humano. Essas normas são:
— um robô não pode ferir um ser humano ou permitir que ele sofra;
— um robô deve obedecer às ordens que lhe são dadas por seres humanos, exceto nos casos em que entram em conflito com a necessidade de não lhes causar qualquer mal;
— um robô deve proteger a sua própria existência, desde que não entre em conflito com as duas primeiras leis.
Eu, Robô, de Isaac Asimov (trad. Ana Marta Ramos), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/eu-robot-pre-venda/
Sobre A Morte Eterna, de Liu Cixin
«O mundo conhece a trilogia do escritor chinês Liu Cixin mais pelo nome do primeiro volume, O Problema dos Três Corpos, do que pelo verdadeiro título que agrupa a imensa saga com duas mil páginas. Não é importante, afinal é nesse velho problema irresolúvel da Física que se sustenta a história que construiu e que coloca ao leitor dois grandes problemas: como compatibilizar uma ficção-científica com uma possível realidade. Desde o primeiro volume que o leitor se confronta com uma dimensão do universo em muito diferente de tudo o que a imaginação e o conhecimento científico lhe permite. O espaço de Cixin é ao mesmo tempo frio e distante e fervilhante e próximo, e surge elaborado de uma forma inédita. […]
Pode dizer-se sem margem de erro que o futuro pode ser mais inesperado e assustador do que tudo o que foi escrito neste género literário. E não faltaram até hoje grandes criadores que refletiram sobre a imensidão que nos cerca, como se pode ler em alguns dos títulos publicados nesta coleção da editora Relógio D’Água, como é o caso de Philip K. Dick com Sonhos Elétricos, Frank Herbert com Duna, H.G. Wells com A Guerra dos Mundos, Isaac Asimov com Eu, Robô.» [João Céu e Silva, DN, 17/6/2024: https://www.dn.pt/1557909314/o-fim-do-planeta-terra-ja-esta-escrito-e-nao-faltam-muitos-anos/amp/]
O Problema dos Três Corpos (tradução de Telma Carvalho), A Floresta Sombria e A Morte Eterna (traduções de Eugénio Graf) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/liu-cixin/