28.2.22

Sobre Exalação, de Ted Chiang

 



Nestes nove contos, Ted Chiang aborda algumas das questões mais antigas da Humanidade, assim como novos dilemas que só ele conseguiria imaginar.

Em “O Mercador e o Portal do Alquimista”, um portal através do tempo força um vendedor de tecidos na Bagdade antiga a confrontar-se com erros passados e segundas oportunidades. Em “Exalação”, um cientista alienígena faz uma descoberta com ramificações universais. Em “A Ansiedade É a Vertigem da Liberdade”, a habilidade para olhar para universos alternativos relaciona-se com uma nova e radical análise do conceito de livre-arbítrio.


Considerado um dos Melhores Livros do Ano pelo The New York Times, o The Washington Post, a Time, o The Guardian e o Financial Times.


“Esclarecedor e empolgante… […] Chiang explora os temas convencionais da ficção científica de modo pouco convencional… As suas frases possuem a transparência que George Orwell considerava um ideal de prosa… Para Chiang, a curiosidade humana é um motor de progresso quase divino.” [Joyce Carol Oates]


“Conciso, implacável e incandescente.” [Colson Whitehead]


“Uma colecção de contos que te fará pensar, lutar com grandes ideias e sentir mais humano. O melhor tipo de ficção científica.” [Barack Obama]


Exalação, de Ted Chiang (trad. José Miguel Silva), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/exalacao/

Sobre Sexta-Feira É o Novo Sábado, de Pedro Gomes

 



Pedro Gomes no programa Vamos Beber Um Café e Falar sobre Isso a propósito da recente edição em Portugal de Sexta-Feira É o Novo Sábado.


O livro, traduzido por Miguel Serras Pereira, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/sexta-feira-e-o-novo-sabado-pre-venda/



Sobre A Taça Dourada, de Henry James

 



A Taça Dourada, publicado em 1904, é o último romance de Henry James. Tendo como pano de fundo a Inglaterra, é um estudo complexo sobre o casamento e o adultério, e explora a relação ambígua entre Adam Verver e a sua filha Maggie e o modo como ameaça os respectivos casamentos. Com mestria, o autor recorre à consciência das personagens — a pormenores obsessivos e revelações — como forma de fazer avançar o enredo.

Descrito como «labiríntico e claustrofóbico», foi considerado pelo The Guardian um dos cem melhores romances jamais escritos.


A Taça Dourada (tradução de Carlota Pracana) e outras obras de Henry James estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/henry-james/

Sobre Ensaios — Antologia, de Montaigne

 



«No capítulo XVII do Livro II dos Ensaios, «Da Presunção», Montaigne diz o seguinte: «Mas as almas belas são as almas universais, abertas e preparadas para tudo, se não instruídas, pelo menos, instruíveis: o que digo para acusar a minha; porquanto, seja por fraqueza seja por negligência (e o negligenciar o que está aos nossos pés, o que temos entre mãos, o que de mais perto concerne a prática da vida, é coisa bem longínqua do que tenho por bom), nenhuma há como a minha tão inepta e tão ignorante de muitas coisas vulgares e que não se podem ignorar sem vergonha.» Este trecho, com o seu movimento sinuoso e paradoxal, ilustra bem o estilo de Montaigne e o modo como ele frequentes vezes entrecruza o que exprime acerca de si mesmo com juízos de alcance ético e antropológico. O ideal que aqui enuncia, de uma alma caracterizada essencialmente pela pura disponibilidade, pela abertura plena à apreensão do real, e por um insaciável desejo de saber concomitante de uma atitude de humildade e suspeita perante o mesmo saber, embora, em tom autodepreciativo (o qual, de resto, não pode deixar de ser visto como uma inscrição a contrario na crítica da presunção e da filáucia levada por si a cabo neste capítulo), declare não o atingir, corresponde de alguma forma ao que — tendo em vista a sua obra, o itinerário da sua vida e o que nelas se revela — ele incarnou, coisa que, aliás, não é de espantar a respeito de quem, ao longo de toda a existência, sempre aplicou «todos os esforços a formar a [sua] vida», fazendo disso o seu «ofício e trabalho» (II, 37, 784a).» [Da Introdução]


Ensaios — Antologia, de Montaigne, com prefácio e tradução de Rui Bertrand Romão, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/ensaios-antologia-2/

27.2.22

Sobre Zé Susto e a Bíblia dos Sonhos, de Sylvia Plath

 



«Mais ou menos “acabados” ou elaborados, os textos reunidos no presente volume valem seguramente por si. Pela riqueza das imagens, pela precisão e abundância dos detalhes, pela naturalidade ao mesmo tempo distanciada e cúmplice com que evocam a infância ou a loucura, pela arte de transformar um episódio aparentemente insignificante numa “campânula de vidro” ou pesa-papéis vitoriano, contendo, abrigando e dando a ver todo um pequeno mundo. Valem também pelas relações que estabelecem, quer entre si, quer, como sublinha o organizador da colectânea [Ted Hughes], com os poemas da autora — relações que tanto podem passar pelo reaproveitamento e reformulação de textos mais antigos (…).» [Da Nota Prévia de Ana Luísa Faria]


Zé Susto e A Bíblia dos Sonhos (trad. Ana Luísa Faria) e outras obras de Sylvia Plath estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sylvia-plath/

26.2.22

Sobre Os Incuráveis, de Agustina Bessa-Luís

 



«Quando o Alberto [Vaz da Silva] me falou de “Os Incuráveis”, demorou‑se também num minuto pungente, num instante agudíssimo e terrível. Era aquela despedida no tombadilho dum barco, quando Petronila, «implacável mãe», estava grávida e regressou sozinha para o continente. O véu dela era cinzento, o marido ergueu‑o “com a mão que tremia” e beijou‑a “de levezinho como se beija um morto, como quem diz adeus até ao fim do mundo». Em “Os Incuráveis”, esse episódio é narrado em discurso directo por Mariano, depois da morte da Petronila, numa poltrona de couro. O que citei na terceira pessoa, o que me foi citado na terceira pessoa, era a longa fala, ou solilóquio, do filho para a velha criada. E essas duas páginas, que começavam: “Lea, corta‑me uma madeixa dos seus cabelos, e tira‑lhe do dedo a aliança… Há uma bolsa de cetim branco que tem dentro um ramo de laranjeira…” E acabava com: “[…] mas em nada disso está afinal o amor, que é a graça de estar presente e simultaneamente extinto na afirmação de todas as coisas e de todos os outros”. Essas duas páginas, digo‑vos eu, são as mais belas que já li em língua portuguesa.» [Do Prefácio de João Bénard da Costa]


Os Incuráveis, editado pela Relógio D’Água em 2020, e outras obras deAgustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

Sobre Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo

 



«Lá estava ele, sério, imóvel, absorto, num olhar e num pensamento. Paris inteira jazia aos seus pés, com as mil flechas dos seus edifícios e o seu horizonte circular de suaves colinas, com o rio a serpentear sob as pontes e o povo a ondular nas ruas, com a nuvem dos seus fumos e a montuosa cadeia dos telhados a comprimirem Notre-Dame nas suas malhas cerradas. Mas de toda esta cidade, o arcediago apenas fixava um ponto concreto do pavimento: a Place du Parvis; e de toda aquela multidão, apenas uma figura: a cigana.

Seria difícil definir de que natureza era aquele olhar e de onde provinha a chama que dele brotava. Era um olhar fixo, mas repleto de perturbação e de tumulto. E, pela imobilidade profunda de todo o seu corpo, apenas agitado de onde em onde por um tremor automático como uma árvore sacudida pelo vento, pela tensão dos cotovelos, mais marmóreos do que a balaustrada em que se apoiavam, ao ver-se o sorriso petrificado que lhe contraía o rosto, parecia que em Claude Frollo só estavam vivos os olhos.»


Notre-Dame de Paris e Os Miseráveis (trad. José Cláudio e Júlia Ferreira) de Victor Hugo estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/victor-hugo/

25.2.22

Sobre Per, o Afortunado, de Henrik Pontoppidan

 



Per, o Afortunado é o grande clássico da literatura dinamarquesa, tendo o seu autor recebido o Prémio Nobel da Literatura em 1917.

É um romance de formação, que acompanha a vida de Per Sidenius, filho de um pastor de uma pequena povoação dinamarquesa, na mudança do século XIX para o século XX.

Per revolta-se contra a rigidez familiar, procurando uma nova vida em Copenhaga, onde se torna engenheiro e persegue a sua realização pessoal.

A obra mergulha na crise cultural e social que agitou o continente europeu com a erupção da modernidade e as revoluções industrial e científica.

Na sua capacidade de compreender a crise de identidade dos europeus no início do século XX, a narrativa de Pontoppidan é comparável a Os Buddenbrook e A Montanha Mágica de Thomas Mann.


«Pontoppidan é um contador de histórias puro, e o escrutínio que realiza das nossas vidas e da sociedade põe-no no topo dos escritores europeus… Ele julga os tempos e, como um verdadeiro poeta, direciona-nos para um modo mais puro e honroso de sermos humanos.» [Thomas Mann]


«Henrik Pontoppidan governa a província das letras dinamarquesas com a mesma autoridade com que Lev Tolstói ou Henry James governaram as dos seus países. Per, o Afortunado é um dos maiores romances sobre a modernidade.» [The New York Review of Books]


Per, o Afortunado (trad. João Reis) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/per-o-afortunado/

Sobre Elena Ferrante

 



«Elena Ferrante regressa agora com o livro confessional "As Margens e a Escrita", enquanto personagens suas ganham vida no filme "A Filha Perdida" e na terceira temporada da série "A Amiga Genial", já disponível na HBO» [Sílvia Souto Cunha, Visão, 19/2/2022: https://visao.sapo.pt/visaose7e/livros-e-discos/2022-02-19-elena-ferrante-a-autora-genial-o-misterio-continua/]


As Margens e a Escrita (trad. Margarida Periquito) e outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Sobre Doce Pássaro da Juventude e Outras Peças, de Tennessee Williams

 



Solidão, tensão sexual e a necessidade de afeto marcam estas quatro peças de Tennessee Williams, em que as suas personagens combatem os demónios interiores e o mundo contemporâneo.

Em Doce Pássaro da Juventude, o desnorteado Chance Wayne regressa à sua cidade com uma atriz de cinema envelhecida, em busca da rapariga por quem se apaixonara na juventude.

Em A Noite da Iguana, um grupo de pessoas, entre elas um perturbado ex-reverendo, são obrigadas a conviver num hotel mexicano isolado durante uma noite repleta de acontecimentos.

Em O Zoo de Vidro, uma mulher amargurada pretende a todo o custo casar a filha, Laura, que sofre de um defeito físico e se refugia na sua coleção de animais de vidro.

Vieux Carré é uma peça sobre a educação do artista, uma educação solitária e muitas vezes desesperante, entre a entrega ou a recusa, mas sobretudo sobre aprender a ver, ouvir, sentir e descobrir que «os escritores são espiões sem vergonha», que pagam caro pelo seu conhecimento e são incapazes de esquecer.


«A novidade revolucionária de O Zoo de Vidro está na sua ascensão poética, mas foi a sua complexa estrutura dramática que permitiu que a peça se tornasse um cântico poético.» [Arthur Miller]


«Em A Noite da Iguana Williams escreve no auge da sua forma.» [The New York Times]


De Tennessee Williams a Relógio D’Água editou também Um Eléctrico Chamado Desejo e Outras Peças. Mais informações em https://relogiodagua.pt/autor/tennessee-williams/

24.2.22

Sobre Eles, de Kay Dick, com prefácio de Carmen Maria Machado

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Eles, de Kay Dick, com prefácio de Carmen Maria Machado (tradução de Miguel Serras Pereira)


Obra-prima perdida da distopia, Eles é um romance passado numa Inglaterra onde os livros são confiscados e a National Gallery esvaziada. É por isso uma meditação sobre arte, memória e inconformidade.

Com um prefácio de Carmen Maria Machado, é agora recuperada esta distopia clássica e radical que ficou esquecida no tempo, mas que se revela hoje mais atual do que nunca.


“Um livro assustadoramente presciente.” [Margaret Atwood]


“Uma obra-prima.” [Emily St. John Mandel]


“Cristalina. A obra de uma encantadora.” [Edna O’Brien]


“Fiquei obcecada com esta obra-prima de 1977.” [Lauren Groff]


“Exuberante, hipnótico e compulsivo…” [Eimear McBride]


“Uma escrita belíssima.” [The Times]


Mais informação em https://relogiodagua.pt/produto/eles-pre-venda/

Sobre Leopardo Negro, Lobo Vermelho, de Marlon James

 



Mito, fantasia e história misturam-se nesta história de um mercenário em busca de uma criança desaparecida.

O Batedor tornou-se famoso pelas suas habilidades de caçador.

Contratado para encontrar um rapaz desaparecido, quebra a regra de caçar sozinho quando se apercebe de que o melhor modo de encontrar o rapaz é juntar-se a um grupo: uma mistura de personagens incomuns, repletas de segredos, e em que se inclui o Leopardo, um homem-animal que tem a capacidade de se metamorfosear entre ambos.

À medida que o Batedor segue o cheiro do rapaz, o grupo depara-se com inúmeras criaturas que pretendem matá-los. E, enquanto luta pela sobrevivência, começa a questionar-se: quem será esse rapaz? Porque está desaparecido há tanto tempo e porque tantas pessoas tentam que não seja encontrado? E talvez mais importante: quem está a mentir e quem diz a verdade?

Inspirando-se na história e mitologia africanas e na sua imaginação, Marlon James escreveu uma aventura envolvente, de personagens inesquecíveis que nos fazem questionar os limites da verdade, do poder e do excesso de ambição.


“O primeiro volume da prometida trilogia é uma fábula, uma reimaginação de África, com ecos inevitáveis de Tolkien, George R. R. Martin e Black Panther. Mas é ao mesmo tempo altamente original, com uma linguagem poderosa e uma imaginação abrangente. Marlon James é um escritor que tem de ser lido.” [Salman Rushdie, TIME]


“Um mundo de fantasia africano, nos tons de Bosch, García Márquez e da Marvel.” [The New York Times]


Leopardo Negro, Lobo Vermelho e Breve História de Sete Assassinatos (traduções de José Miguel Silva) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/marlon-james/


Moon Witch, Spider King, o segundo volume da trilogia, que foi recentemente publicado, será editado este ano pela Relógio D’Água, com tradução de José Miguel Silva.

Sobre Os Cães e os Lobos, de Irène Némirovsky

 



Os Cães e os Lobos, publicado em 1940, tem nítidas relações com a história pessoal de Irène Némirovsky, romancista influenciada pela cultura judaica, francesa e eslava.

Nascida no seio da grande burguesia ucraniana, Irène Némirovsky e a família abandonaram Kiev depois da Revolução de Outubro de 1917, acabando por encontrar refúgio em França.

No centro deste romance está o amor insensato de Ada, uma judia pobre, por Harry, filho de um rico banqueiro judeu. Ada apaixona-se quando é uma criança (viria a tornar-se uma pintora original e revoltada).

Atraídos um pelo outro, nada os reúne excepto o sentimento da sua perda inevitável.

Os Cães e os Lobos é um texto marcado pela melancolia, um romance sobre a infância e a inocência perdida, uma obra-prima indiscutível da literatura do século xx.


Os Cães e os Lobos (trad. José Cláudio e Júlia Ferreira) e outras obras de Irène Némirovsky estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/irene-nemirovsky/

23.2.22

Sobre A Arte da Guerra, de Sun Tzu

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: A Arte da Guerra, de Sun Tzu, com prefácio de B.H. Liddell Hart (tradução e nota introdutória de Carlos Correia Monteiro de Oliveira)


«Os ensaios de Sun Tzu sobre “A Arte da Guerra” são o tratado mais antigo sobre o tema, mas o alcance e a profundidade do seu juízo nunca foram ultrapassados, podendo ser considerados como a quintessência da sabedoria na condução da guerra. Entre todos os teóricos militares do passado, Clausewitz é o único que se lhe pode comparar e, apesar de ter escrito mais de dois mil anos depois, está mais “datado” e, em boa parte, mais ultrapassado.  

Muitos dos danos causados à civilização nas guerras mundiais do século passado teriam podido ser evitados se, à influência exercida pelos volumes monumentais de Clausewitz, intitulados Da Guerra, e que moldaram o pensamento militar da Europa na era anterior à Primeira Guerra Mundial, se tivesse misturado, temperando-o, um conhecimento da exposição de Sun Tzu sobre “A Arte da Guerra”. O realismo e a moderação de Sun Tzu contrastam com a tendência de Clausewitz para enfatizar o ideal racional e o “absoluto” com que esbarraram os seus discípulos ao desenvolverem a teoria e a prática da “guerra total” para lá dos limites ditados pelo bom senso.» [Do Prefácio de B. H. Liddell Hart]


Mais informação em https://relogiodagua.pt/produto/a-arte-da-guerra-classicos-para-leitores-de-hoje-pre-venda/

Sobre Sexta-Feira É o Novo Sábado, de Pedro Gomes

 



Francisco Louçã recomenda, de «Pedro Gomes, um economista, “Sexta-Feira É o Novo Sábado” […], uma argumentação fortíssima pela qual devíamos ter quatro dias de trabalho e três dias de descanso.» [Tabu, SIC Notícias, 19/2/22: https://sicnoticias.pt/podcasts/o-tabu/a-russia-so-pode-perder/]


O livro, traduzido por Miguel Serras Pereira, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/sexta-feira-e-o-novo-sabado-pre-venda/

22.2.22

Sobre A Casa em Paris, de Elizabeth Bowen

 



Quando Henrietta, com apenas onze anos, chega a Paris para passar umas horas com as Fishers, pouco sabe dos fascinantes segredos que envolvem a sua casa. Henrietta descobre depois que a sua visita coincide com a de Leopold, um rapaz que veio a Paris para ser apresentado à mãe que nunca conheceu.

Durante um dia, o mistério que envolve Leopold, os seus pais, a agitada anfitriã de Henrietta e a matriarca do quarto do piso superior que se encontra às portas da morte é-nos revelado de forma lenta e inexorável.

A Casa em Paris é uma obra-prima intemporal e um exemplo da melhor escrita de Bowen.


“O livro de Bowen tem uma atmosfera característica… Imensamente misterioso e com descrições riquíssimas.” [Daily Telegraph]


“Um enredo atraente, inspirado por um profundo conhecimento da natureza humana.” [Times Literary Supplement]


A Casa em Paris (trad. Ana Maria Chaves) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-casa-em-paris/

Sobre Eu, Robô, de Isaac Asimov

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Eu, Robô, de Isaac Asimov (tradução de Ana Marta Ramos)


Publicado em 1950, Eu, Robô tornou-se um clássico da ficção científica.

Nesta obra, Isaac Asimov fala-nos do desenvolvimento dos robôs, começando com a relação entre um deles e uma rapariga que o trata como um companheiro de brincadeiras. Mas é aqui que enuncia aquelas que ainda hoje são consideradas as três leis fundamentais da robótica do ponto de vista humano. Essas normas são:

— um robô não pode ferir um ser humano ou permitir que ele sofra;

— um robô deve obedecer às ordens que lhes são dadas por seres humanos, exceto nos casos em que entram em conflito com a necessidade de não lhes causar qualquer mal;

— um robô deve proteger a sua própria existência, desde que não entre em conflito com as duas primeiras leis.


Mais informações em https://relogiodagua.pt/produto/eu-robot-pre-venda/

Sobre O Coração É Um Caçador Solitário, de Carson McCullers

 



O Coração É Um Caçador Solitário foi o primeiro livro escrito por Carson McCullers, quando tinha 23 anos.

Depressa se tornou uma referência na literatura do século xx.

No sul dos Estados Unidos, numa vila da Georgia nos anos 30, num cenário desolado de intolerância racial e isolamento, John Singer, um surdo-mudo, torna-se de súbito confidente de um grupo de personagens marginais quando o seu único amigo, também surdo-mudo, é institucionalizado. 

Mick Kelly é uma adolescente, apaixonada pela música, sonha compor sinfonias e é filha dos proprietários da pensão onde Singer vive; Jake Blount é um agitador socialista que passa os dias alcoolizado; Biff Brannon é o desiludido proprietário de um pequeno café com desejos sexuais ambíguos; e Benedict Copeland é um médico negro que luta, em vão, pela igualdade racial. Todos sentem que não encaixam nos papéis que a sociedade lhes reservou, todos procuram à sua maneira preencher o vazio deixado pelos sonhos perdidos — e todos, por algum motivo, acham que Singer os compreende. 

Mas o impassível Singer procura apenas em cada visita arrancar o seu amigo à indiferença…


«Um livro notável… A escrita de McCullers é apaixonante.» [The New York Times]


«… a obra de Carson McCullers não se eclipsará com o tempo, antes irradiará cada vez com maior fulgor.» [Tennessee Williams]


O Coração É Um Caçador Solitário (trad. Marta Mendonça) e outras obras de Carson McCullers disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/carson-mccullers/

Sobre O Mendel dos Livros e Viagem ao Passado, de Stefan Zweig

 



Escrito em 1929, O Mendel dos Livros narra a história de um espantoso alfarrabista que passa os dias sentado na mesma mesa de um dos cafés de Viena.

Com a sua memória enciclopédica e a generosa disponibilidade, este judeu russo é admirado pelo dono do café Gluck e pela clientela culta que recorre aos seus serviços. No entanto, em 1915, em plena Primeira Guerra Mundial, quando o Império Austro-Húngaro e a Rússia se encontravam em campos opostos, Jakob Mendel é enviado para um campo de prisioneiros, injustamente acusado de colaborar com os inimigos da Áustria.

A Viagem ao Passado mostra-nos como uma relação amorosa pode ser interrompida e até desfeita pelas contingências da guerra, um tema que Zweig abordou sob diversas formas. 


O Mendel dos Livros e Viagem ao Passado (trad. Carlos Leite, Maria Elsa Gouveia Neves e Maria José Diniz), que a Relógio D’Água editou em 2015 e outras obras de Stefan Zweig estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/stefan-zweig/

21.2.22

Sobre Ulisses, de James Joyce

 



«A Relógio D’Água publicou uma tradução de Jorge Vaz de Carvalho do Ulisses, do James Joyce, um dos livros mais importantes da literatura moderna e da primeira metade do século XX. […] A Relógio D'Água tem sempre muito cuidado com estes trabalhos e queria por isso sublinhar esta disponibilidade.» [Francisco Louçã, Tabu, SIC Notícias, 19/2/22: https://sicnoticias.pt/podcasts/o-tabu/a-russia-so-pode-perder/]


Ulisses (trad. Jorge Vaz de Carvalho),posfácio de Richard Ellmann, e outras obras estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/james-joyce/

Sobre As Margens e a Escrita, de Elena Ferrante

 



«Elena Ferrante, essa figura misteriosa, […] absolutamente extraordinária do ponto de vista da escrita. Acaba de sair um livrinho que é um conjunto de ensaios ou conferências sobre a invenção do romance, a técnica da novela, a criação das personagens […].» [Paulo Portas, Global, TVI, 20/2/22: https://tinyurl.com/2p96zmem]


As Margens e a Escrita (trad. Margarida Periquito) e outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Sobre Ética, de Baruch de Espinosa




«São muitas as razões que fazem deste livro uma obra singular, a menor das quais não é, certamente, o seu título: “Ética Demonstrada segundo a Ordem Geométrica”. Porquê Ética, se as questões do bem e do mal só aparecem na Parte IV, depois de as três primeiras especularem sobre ontologia, epistemologia, física e psicologia, e se, além disso, desde ainda antes da sua publicação, o livro foi sempre visto como um libelo ateísta, inspirado em Lucrécio e na forma como este encara “a natureza das coisas”?» [Da Introdução]


«Penso que Espinosa tem de ser sentido como um santo. Penso que todos temos de lamentar o facto de não o termos conhecido pessoalmente, tal como deploramos não ter conhecido, pelo menos é o que me acontece a mim, Berkeley e Montaigne.» [J. L. Borges]


«Espinosa é profundamente relevante para a discussão sobre a emoção e os sentimentos humanos. (…) A alegria e a tristeza foram dois conceitos fundamentais na sua tentativa de compreender os seres humanos e sugerir maneiras de a vida ser mais bem vivida.» [António Damásio, Ao Encontro de Espinosa]


«Pode dizer-se que todo o filósofo tem duas filosofias, a sua e a de Espinosa.» [Henri Bergson]


Ética, de Baruch de Espinosa (tradução, introdução e notas de Diogo Pires Aurélio), foi editado pela Relógio D’Água em 2020 e está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/etica-2/ 

20.2.22

Sobre Mau Tempo no Canal, de João Miguel Fernandes Jorge

 



«Creio que o isolamento de cada ilha açoriana dá lugar à constante presença de um fantástico individual, que percorre de um modo exemplar o romance de Nemésio, desde a personagem mais singela até à de maior complexidade. Fantástico individual que está em luta aberta contra um maravilhoso colectivo.

Assistimos a um descer dentro de cada um, como se dentro de si pisassem os degraus da escada em curva – perfeita sucessão de serpentes cegas – que levam, na geografia insular, ao lago subterrâneo da ilha Graciosa; a única das cinco ilhas centrais que as páginas de Mau Tempo no Canal não contemplam.» [Do Prefácio de João Miguel Fernandes Jorge]


Mau Tempo no Canal está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/mau-tempo-no-canal/

19.2.22

Sobre Relógio sem Ponteiros, de Carson McCullers

 




Numa pequena cidade no sul dos EUA, quatro homens de diferentes idades debruçam-se sobre o seu passado e futuro.

J. T. Malone, um homem solitário de meia-idade que gere uma farmácia, descobre que está a morrer e tenta reconciliar-se com o que resta da vida. O juiz Clane, um homem de idade, resiste aos novos tempos e anseia pelo regresso das antigas maneiras do Sul. Ao mesmo tempo, Jester, o seu neto idealista, nutre simpatia por Sherman, um órfão negro, alegre e de olhos azuis, que está em busca da sua identidade.

Gradualmente, descobrem que as suas vidas estão intrinsecamente unidas. Em Relógio sem Ponteiros, o seu último romance, Carson McCullers explora com humor e talento temas como o preconceito, o segredo e a redenção.


«Carson McCullers entendia o coração dos homens com uma profundidade que nenhum outro escritor consegue alcançar.»[Tennessee Williams]


Relógio sem Ponteiros (trad. Fernanda Pinto Rodrigues) e outras obras de Carson McCullers estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/carson-mccullers/

18.2.22

Mónica Baldaque em visita orientada à exposição O Princípio da Incerteza: Manoel de Oliveira e Agustina Bessa-Luís, na Fundação de Serralves

 



Amanhã, pelas 17:00, terá lugar uma visita orientada à exposição O Princípio da Incerteza: Manoel de Oliveira e Agustina Bessa-Luís, na Casa do Cinema Manoel de Oliveira, na Fundação de Serralves.

A exposição, com curadoria de António Preto, pode ser visitada até 5 de Junho de 2022, e apresenta um diálogo cujos termos «consubstanciam, provavelmente, o consórcio mais fecundo das artes e das letras portuguesas dos últimos cem anos».


Mais informação em https://www.serralves.pt/ciclo-serralves/2111-o-principio-da-incerteza-manoel-de-oliveira-e-agustina-bessa-luis/


As obras de Agustina Bessa-Luís já editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

«Sapatos de Corda — Agustina», de Mónica Baldaque está disponível em: https://relogiodagua.pt/produto/sapatos-de-corda/

Sobre Um Virar de Costas Sedutor (Intimidade em Poesia), de Frederico Pedreira

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Um Virar de Costas Sedutor (Intimidade em Poesia), de Frederico Pedreira


A noção de intimidade em poesia é aqui contrastada com a de teatralidade. Alguns dos poetas incluídos neste livro parecem contrariar a ideia de poema como espaço de celebração conjunta de emoções (entre poeta e leitor de poesia). A intimidade parece, assim, estar algo às avessas com a ideia de poema enquanto domínio privilegiado para um entendimento ou uma educação sentimental recíproca (entre autor e leitor). De certo modo, nestes poetas a intimidade é estabelecida de forma algo contrariada, como uma espécie de virar de costas sedutor perante o leitor. Para esclarecer o que se pretende dizer com intimidade (e teatralidade) em poesia, estes dez ensaios inspiram-se não só em poemas, mas também na letra de um fado conhecido, num filme de Woody Allen e numa peça de Ibsen.


Um Virar de Costas Sedutor (Intimidade em Poesia) e outras obras de Frederico Pedreira estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/frederico-pedreira/

Sobre As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho, de Lewis Carroll

 



«Sempre que leio os livros, surpreendo-me com algo que não me chamara a atenção da mesma forma em leituras anteriores. Na mais recente releitura, reparei novamente em como Alice reage aos instrumentos de escrita de outras personagens, e fiquei especialmente admirada com a questão de “com que se parece a chama de uma vela depois de se ter apagado?”. Há tesouros bruxuleantes a encontrar nestas páginas, quer seja a 1.ª, a 5.ª ou a 50.ª leitura.» [Erin Morgenstern, Literary Hub, 16/2/2022: https://lithub.com/how-lewis-carroll-built-a-world-where-nothing-needs-to-make-sense/]


Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho (trad. Margarida Vale de Gato) e outras obras de Lewis Carroll estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/lewis-carroll/


Sobre As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain

 



«Toda a literatura moderna vem de um livro de Mark Twain chamado Huckleberry Finn… É o melhor livro que já tivemos. Daí vem toda a escrita americana.» [Ernest Hemingway]


Este livro pode ser interpretado como uma simples história sobre as aventuras de um rapaz no Vale do Mississípi durante a segunda metade do século XIX. Mas a diversidade da experiência humana e as situações humorísticas e dilacerantes por que passa Huck fazem dele uma obra ímpar.

No meio dos mais diversos episódios a solidão faz com que Huck receie não fazer parte do mundo. Mas a solidão é-lhe necessária para sentir a liberdade ou pelo menos, usando a expressão de Harold Bloom, «para não renunciar ao desejo de uma permanente imagem de liberdade».


As Aventuras de Huckleberry Finn (trad. Sara Serras Pereira) e outras obras de Mark Twain estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/mark-twain/

17.2.22

Sobre Contos de Gustave Flaubert

 



Os três contos aqui reunidos foram escritos por Flaubert ao longo de dezoito meses.

“A Lenda de S. Julião Hospitaleiro” foi começado em Concarneau, em Setembro de 1875, desenvolvendo um projecto de 1846, e em que a imagem original era o famoso vitral da catedral de Rouen. A preparação consistiu no estudo da vida quotidiana na Idade Média e na consulta de amigos conhecedores do tema. A narrativa foi terminada em Paris, em Fevereiro de 1876.

Flaubert iniciou imediatamente a escrita de “Um Coração Simples”, cujo tom lhe foi sugerido pela sua amiga George Sand que faleceria em Junho de 1876. Foi uma obra escrita “em sua exclusiva atenção, unicamente para lhe agradar”.

Cinco meses depois de terminado “Um Coração Simples”, Flaubert escreveu já a propósito de “Herodíade”: “vejo (tão nitidamente como vejo o Sena) a superfície do Mar Morto cintilando ao sol”. A ideia de um conto oriental e bíblico viera-lhe por contraste com o mundo normando e provinciano de “Um Coração Simples”. O conto combina a memória da sua viagem ao Oriente, em 1850, com o fundo místico do autor que o impeliu para a abordagem de figuras de santos da fé cristã.

Publicados em Abril de 1877 na imprensa, os Três Contos foram de imediato considerados por um crítico, Banville, como “três obras-primas absolutas e perfeitas”.


Contos (trad. Pedro Tamen) e outras obras de Gustave Flaubert estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/gustave-flaubert/

Sobre Os Fidalgos da Casa Mourisca, de Júlio Dinis

 




Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Os Fidalgos da Casa Mourisca, de Júlio Dinis


Os Fidalgos da Casa Mourisca foi o último romance escrito por Júlio Dinis, tendo sido publicado em 1871, já depois da sua morte.

Narra a vida de uma família nobre de Vilar de Corvos atingida por diversas tragédias.

Na Casa Mourisca, vivem agora apenas o velho fidalgo D. Luís, abalado pela morte da mulher e da filha mais nova, e os filhos Jorge e Maurício. S o estes que tentam reverter a decadência familiar, devolvendo prestígio à casa e trazendo prosperidade às suas terras.

O drama surge na relação amorosa entre Jorge e Berta da Póvoa, filha do antigo caseiro de D. Luís, que regressa à povoação depois de ter sido educada na cidade.


«À maneira daqueles povoados, que ele mesmo desenha, escondidos nos vales sob o ramalhar dos castanheiros, os seus livros ser o procurados como lugares repousados, de largos ares, onde os nervos se v o equilibrar e se vai pacificar a paixão e o seu tormento.» [Eça de Queirós]


«[…] qualquer leitor, entrando, inocente, em contacto com o Autor de Os Fidalgos da Casa Mourisca, notará ser a sua escrita tributária de dois tipos de sensibilidade: a romântica e a realista.» [Maria Lúcia Lepecki]


«A obra de Júlio Dinis abre um espaço único no panorama literário do romance português oitocentista.» [Helena Buescu]


Mais informação em https://relogiodagua.pt/produto/os-fidalgos-da-casa-mourisca/

Sobre Sexta-Feira É o Novo Sábado, de Pedro Gomes

 



Pedro Gomes fala à RTP sobre Sexta-Feira É o Novo Sábado.


O livro, traduzido por Miguel Serras Pereira, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/sexta-feira-e-o-novo-sabado-pre-venda/