31.12.19

«O Gesto Que Fazemos para Proteger a Cabeça» no Observador






João Pedro Vala escreve no Observador de 29 de Dezembro sobre O Gesto Que Fazemos para Proteger a Cabeça, de Ana Margarida de Carvalho:

«A primeira coisa que importa fazer ao escrever sobre O Gesto Que Fazemos Para Proteger a Cabeça é sublinhar a competência de Ana Margarida de Carvalho enquanto escritora. Isso é tornado claro desde a primeira frase do romance, mas essencialmente em momentos em que a elegância da escrita se associa na perfeição com a ruralidade do Alentejo nos anos trinta do século passado.»

[In: https://observador.pt/2019/12/29/o-alentejo-ventoso-de-ana-margarida-de-carvalho/]


Sobre Leopardo Negro, Lobo Vermelho, de Marlon James




No último número da revista E do Expresso, é recomendada a obra Leopardo Negro, Lobo Vermelho, de Marlon James:

«Vencedor do Booker Prize, em 2015, com Breve História de Sete Assassinatos, Marlon James dá início neste livro a uma saga de fantasia que se prolongará por mais dois volumes. Bebendo nos mitos africanos e no poder encantatório das histórias orais, este universo simultaneamente denso e fluido tem tudo para criar o seu próprio culto, à imagem das histórias de J. K. Rowling (Harry Potter) ou Tolkien (O Senhor dos Anéis). [E, Expresso, 28/12/2019]


De Marlon James, a Relógio D'Água editou Breve História de Sete Assassinatos. Ambos os livros estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/marlon-james/


30.12.19

Sobre «A Visão das Plantas», de Djaimilia Pereira de Almeida





«O capitão Celestino, protagonista deste livro, vem de uma obra-prima quase centenária, Os Pescadores (1923), de Raul Brandão, onde é descrito como um homem que começou pirata e acabou santo, metido consigo, cultivando o quintal, de consciência tranquila. Djaimilia Pereira de Almeida retoma essa personagem e pergunta quão tranquila pode ser a consciência de alguém com um passado tão feroz como aquele a que alude Brandão: “De uma vez, com sacos de cal despejados no porão sufocara uma revolta de pretos, que ia buscar à costa de África para vender no Brasil.” Este facto bruto não dá azo a um discurso zangado, antes a uma meditação que investiga o caminho de Celestino para a santidade e a sua fama de diabo feito homem, da qual ele fez jogo para espantar forasteiros e entreter a miudagem.» [Pedro Mexia, E, 28/12/2019]

De Djaimilia Pereira de Almeida, a Relógio D’Água editou também Pintado com o Pé.


Na série Escritoras Esquecidas do Jornal de Negócios, de 20 de Dezembro de 2019, Susana Moreira Marques escreve sobre Natália Nunes:

«“Ando, neste mundo, à procura de alguma coisa que talvez não seja deste mundo”, escreve Natália Nunes em Autobiografia de Uma Mulher Romântica.
É uma frase bonita e podia servir de epitáfio possivelmente a qualquer artista. Mas Natália Nunes não gostava de frases bonitas por serem bonitas, e, apesar de ter vivido até aos 96 anos, não se deve ter debruçado muito sobre a questão dos epitáfios.
Autobiografia de Uma Mulher Romântica foi o primeiro romance que publicou, em 1955 — depois do extraordinário livro de memórias, Horas Vivas, sobre a Sua Infância —, e, nele, já aparece uma personagem que parece ter sido feita para se desiludir, isto é, para esperar mais, porque só se desilude quem espera muito.
O livro tem uma escrita límpida, sem floreados, com sentimento mas sem se deixar tornar sentimental. Mais tarde, Natália Nunes escreveria romances com estilos menos convencionais, com estruturas inovadoras, romances sem um narrador em quem confiar, sem uma voz única a proferir julgamentos, romances polifónicos, em que as personagens estão à beira da colisão, mais do que em diálogo.
A sua obra estaria sempre povoada de mulheres fortes, bastantes delas independentes — talvez demasiado independentes para a sociedade onde vivem —, com ideias próprias, muitas delas insatisfeitas, à procura de realizarem um sonho, um amor, uma ideia, um trabalho, à procura de alguma coisa que lhes parece sempre escapar.
Apetece dizer que são mulheres parecidas à própria autora, mas seria talvez precipitação.»




27.12.19

Sobre O Gesto Que Fazemos para Proteger a Cabeça, de Ana Margarida de Carvalho




«Não existem dúvidas quanto ao domínio da linguagem e à amplitude do uso de um vocabulário extremamente rico por parte de Ana Margarida de Carvalho. A sua escrita, sofisticada e complexa, torrencial e perturbadora é um veículo ideal para expressar o sentimento de que tudo se encontra sempre em aberto, vulnerável e despedaçado e de que as verdades absolutas e os valores inabaláveis são impotentes perante os vendavais da História e a crueldade dos homens. Esta autora tem dado provas sobejas da sua mestria ao utilizar uma mistura de registos da oralidade, de memórias de um país rural, da ficção, das citações que remetem para escritores como Agustina, Almeida Faria, Nuno Bragança e outros, numa espécie de “sinfonia” que confere uma qualidade sonora aos relatos, pontuados de forma a aniquilar o tempo e o espaço. Não é fácil penetrar no seu universo, alucinado e caótico, feito de frases suspensas, de pontuação surpreendente, de um imaginário feito de aparições e clarões, de voragens e arrebatamentos, de personagens solitárias, arrastadas pelo turbilhão dos acontecimentos. Se em Que Importa a Fúria do Mar nos remete para a tortura e sofrimento dos presos políticos no Tarrafal e se, em Não Se Pode Morar nos Olhos de Um Gato, coloca as suas personagens numa situação limite, à míngua numa escarpa depois de um naufrágio, em O Gesto Que Fazemos para Proteger a Cabeça faz do Alentejo o cenário apocalíptico onde ecoam os fuzilamentos e as refregas da Guerra Civil em Espanha e onde as personagens vagueiam, se cruzam e se desencontram num perpétuo e cruel castigo.» [Helena Vasconcelos, Ípsilon, 27/12/2019]

De Ana Margarida de Carvalho, a Relógio D’Água editou também Pequenos Delírios Domésticos.

24.12.19

Sobre Prazer e Glória, de Agustina Bessa-Luís




«Novo título no plano de reedição da obra de Agustina Bessa-Luís na Relógio D’Água. Prazer e Glória foi publicado pela primeira vez em 1988, ecoando nele paisagens do Douro e do Cávado, do Porto e de Esposende, de Lordelo e da Cedofeita. O prefácio é de Jorge Cunha, que a certa altura afirma: “Três gerações de personagens que se movem, se casam, procriam, sem viverem nada que lhes proporcione um verdadeiro prazer de viver, que as faça experienciar a glória de uma manifestação da vida que lhes escapa pelos meandros de uma cultura falsa.” Depois, acrescenta: “A obra de Agustina é uma água-forte lançada ao rosto de uma geração que teima em não acordar. A artista bem se esforça por chamar um povo que não desperta. Mas a sua obra tem uma portentosa energia cujo porvir está ainda no início.»[JL, 18/12/2019]

Esta e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

23.12.19

Livros da Relógio D’Água nas escolhas dos críticos do Expresso




Como é habitual, os críticos do Expresso escolheram no último número da revista E os livros que na sua opinião são os melhores saídos em 2019.
Em termos de editoras, a Relógio D’Água é aquela que tem mais obras destacadas.



Pedro Mexia seleccionou Ensaios Escolhidos, de T. S. Eliot, Léxico Familiar, de Natalia Ginzburg, e Pintado com o Pé, de Djaimilia Pereira de Almeida.


José Guardado Moreira escolheu Memórias, Sonhos Reflexões, de C. G. Jung.


José Mário Silva destaca Kudos, de Rachel Cusk.


Luís M. Faria escolheu As Novas Rotas da Seda, de Peter Frankopan, e Provocações, de Camille Paglia.


Luísa Mellid-Franco seleccionou A Visão das Plantas, de Djaimilia Pereira de Almeida, Bucareste-Budapeste: Budapeste-Bucareste, de Gonçalo M. Tavares, e O Gesto Que Fazemos para Proteger a Cabeça, de Ana Margarida de Carvalho.


Manuel de Freitas distinguiu Antologia dos Poemas, de João Miguel Fernandes Jorge.


Rui Lagartinho preferiu Tchékhov na Vida, de Ígor Sukhikh, e Ingmar Bergman — O Caminho contra o Vento, de Cristina Carvalho.

Sobre Gonçalo M. Tavares




«A integração de Gonçalo M. Tavares no catálogo da Relógio D’Água tem vindo a ser feita através de reedições e de novos lançamentos, a que se somam agora dois novos livros.
“Bucareste- Budapeste: Budapeste-Bucareste” dá continuidade ao núcleo da sua obra designado por Cidades, de que já fazem parte “Matteo Perdeu o Emprego” e “Uma Menina Está Perdida no Seu Século à procura do Pai”. “O Projecto das Cidades — entre o Reino e o Bairro”, explica o escritor numa nota final, “procura ocupar, aos poucos, como fazem os indícios, [uma] tabela periódica urbana com narrativas que se vão infiltrando em cada um dos elementos, como se nas narrativas fossem a substância central das cidades; uma substância não material.” As três narrativas que compõem este volume, passadas na Europa central, focam-se no “aparente ajustamento, ou no desfasamento forte, entre a grande história e as pequenas vidas”. A acompanhar este novo lançamento sai uma nova edição de Breves Notas sobre o Medo, publicado inicialmente em 2007.» [«JL», 18/12/2019]




Estas e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Sobre O Moinho à beira do Floss, de George Eliot




«O Moinho à Beira do Floss fala-nos dos altos e baixos de uma família de Lincolnshire. Mistura subtilmente humor, polémica e tragédia. Sempre que o leio encontro algo de novo e fascinante.
É uma história poderosa e emocional, mas ao mesmo tempo um romance feminista que aborda de forma muito clara a questão dos direitos da mulher à educação.
George Eliot é uma escritora que consegue ser polémica e contar uma boa história ao mesmo tempo.
Seria agradável pensar que questões como a classe, o snobismo e diferenças de sexo, que este livro aborda de forma tão comovente, se poderiam tornar irrelevantes para uma próxima geração. E que, assim como elas, este livro seria interessante apenas como uma curiosidade. Mas não me parece que desapareçam tão facilmente como a minha geração dos anos 60 esperava.» [Marina Lewycka]

De George Eliot a Relógio D’Água editou também Middlemarch. Ambos os livros estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/george-eliot/

20.12.19

Sobre A Cortina da Senhora Lugton, de Virginia Woolf




«Os animais que cobriam o pano não se moveram até a senhora Lugton ressonar pela quinta vez. Um, dois, três, quatro, cinco — ah, a senhora de idade adormecera finalmente.»

Na sua cadeira Windsor, a senhora Lugton cose uma cortina junto à lareira, mas, quando adormece, os animais selvagens que decoram o tecido, livres de toda a vigilância, partem à aventura num mundo que só eles conhecem.

O conto A Cortina da Senhora Lugton foi descoberto nas páginas do manuscrito de Mrs. Dalloway. Virginia Woolf escreveu‑o para a sua sobrinha em 1924.


Esta e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

Djaimilia Pereira de Almeida em entrevista ao JL a propósito do Prémio Oceanos e da edição de A Visão das Plantas





«— Voltou agora.
— Sim, E ao trocar o ensaio pela literatura também passei a olhar de maneira diferente para Os Pescadores e mais concretamente para a frase que está na origem de a Visão das Plantas. Na verdade, muito do meu fascínio por este livro vem desse excerto. É uma descrição, feita de paisagem, muito misteriosa.

— Cativou-a percurso de pirata a santo?
— Todo o parágrafo é literariamente prodigioso. Apresenta várias personagens, depois uma em particular, deixando em aberto a possibilidade de equacionarmos que nenhuma delas existiu.

— Por ser uma recordação de infância, como Raul Brandão sugere?
— Por ser tudo muito vago, sensação reforçada pelos termos usados na descrição. Este capitão Celestino teve uma vida de pirata, cometeu atrocidades e terminou a vida como um santo a cultivar o seu jardim. No fim, há aquela expressão marcante: “Sem uma dúvida na consciência tranquila.” Inicialmente, interessou.-me o caso moral, o do facínora que nunca se arrepende, não buscar absolvição, nem é castigado.

— Como mudou de abordagem?
— Ao cruzar-me com a fotografia da capa do livro, retirada do álbum American Prospects, de Joel Sternfeld. Capta, no Alasca, um homem cego no jardim que cultiva. Fiquei presa a essa imagem. Como se guia um cego no seu próprio jardim? Como consegue tratar das plantas?» De que maneira a dimensão olfativa o ajuda? Às voltas com estas perguntas, regressei à frase do Raul Brandão, mas com uma mudança. A minha atenção deslocou-se da moral, do homem sem castigo, para a construção do jardim, onde ele passa a reforma.» [Djaimilia Pereira de Almeida em entrevista a Luís Ricardo Duarte, JL, 18/12/2019]



De Djaimilia Pereira de Almeida, a Relógio D’Água editou também Pintado com o Pé. 

Sobre O Feiticeiro de Oz, de L. Frank Baum




Quando um ciclone atinge o Kansas, Dorothy e o seu cãozinho Toto são transportados até à mágica Terra de Oz, onde animais selvagens falam, sapatos prateados têm poderes mágicos e as bruxas bondosas oferecem protecção em troca de um beijinho. Dorothy acaba por se tornar também inimiga da Bruxa Malvada do Oeste. Com os seus novos amigos, o Espantalho, o Lenhador de Lata e o Leão Cobarde, depara-se com inúmeros perigos no caminho para a Cidade das Esmeraldas, onde terá de se encontrar com o Feiticeiro de Oz para que conceda a cada um aquilo que mais deseja. 
Logo que foi publicado, O Feiticeiro de Oz cativou imediatamente a atenção tanto de crianças como adultos. Esta edição inclui as ilustrações originais de W. W. Denslow, bem como a introdução do autor. O livro deu origem ao filme com o mesmo nome, que é considerado um clássico da história do cinema.

19.12.19

Sobre Contos Completos, de Lydia Davis




Este volume contém todos os contos publicados por Lydia Davis, desde Acerto de Contas (1986) até Variedades de Perturbação (2007).

«Uma obra provavelmente única na escrita americana na sua combinação de lucidez, brevidade aforística, originalidade formal, comédia maliciosa, tristeza metafísica, tensão filosófica e sabedoria humana. Suspeito que os Contos Completos de Lydia Davis serão considerados um dos grandes e singulares contributos literários americanos.» [James Wood, The New Yorker]

«A melhor prosa da América.» [Rick Moody]

«Davis tem a magia da autoconsciência. Poucos escritores conseguem fazer mais com o que escrevem numa página.» [Jonathan Franzen]

«Todos os que conhecem a sua [de Lydia Davis] obra se recordam provavelmente da primeira vez que a leram.» [Dave Eggers]

«Penetrante, hábil, irónico, alusivo e profundamente surpreendente.» [Joyce Carol Oates]


Contos Completos e Não Posso nem Quero estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/lydia-davis/

Sobre Rebecca West



«Rebecca West, o clássico da literatura britânica ainda por descobrir», artigo do El País que pode ser lido
aqui.


De Rebecca West a Relógio D’Água publicou Estufa com Ciclâmenes (trad. José Miguel Silva), disponível em https://relogiodagua.pt/produto/estufa-com-ciclamenes/

Sobre Nova Iorque




«Falar de literatura e viagens e esquecer Nova Iorque seria uma contradição nos termos. Uma pessoa lê Breakfast at Tiffany’s de Truman Capote, ou O Grande Gatsby de Scott Fitzgerald, e vê-se obrigada a conhecer a cidade. Os mais novos, para quem Capote ou Fitzgerald possam ser referências remotas, podem optar por outros marcos geracionais, como o glittering As Mil Luzes de Nova Iorque de Jay McInerney, apogeu do Brat Pack literário, ou, em registo étnico, Open City de Teju Cole. A lista nunca termina, mas os livros de Mary McCarthy, John Cheever e Dorothy Parker estão entre os que fizeram de Nova Iorque a cidade prometida para sucessivas gerações de leitores. Quem, gostando de literatura, fica indiferente à memória da Round Table, com quartel-general instalado no bar do Algonquin Hotel? Fundada por Dorothy Parker e Alexander Woollcott, foi na Round Table (o mais influente círculo de críticos de Nova Iorque entre 1919 e 1929, a quem os detractores se referiam como the vicious circle…) que nasceu a revista New Yorker. Recuando no tempo, convém não esquecer Walt Whitman, que em 1855 publicou na cidade a primeira edição de Leaves of Grass, cujo primeiro canto, nesse ano ainda sem título, virá mais tarde a ser o emblemático Song of Myself. Whitman trabalhou em vários jornais de Manhattan, escrevendo crítica de ópera, teatro e baseball, crónicas do quotidiano, artigos sobre a questão esclavagista, guias de viagem, etc. Se tudo isto não são argumentos de viagem…» [Eduardo Pitta, Sábado, «As cidades que visitamos por causa dos livros», 28/11/2019]



O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald, Contos de Dorothy Parker e Folhas de Erva, de Walt Whitman, estão disponíveis em https://relogiodagua.pt

18.12.19

Pequenos Fogos em Todo o Lado no pequeno ecrã em 2020





A série da Hulu baseada no livro de Celeste Ng, adaptado por Reese Witherspoon e Kerry Washington, que acumularão as funções de actrizes e de produtoras executivas, estreia nos Estados Unidos da América no dia 18 de Março. O livro foi publicado em 2018 pela Relógio D’Água. O trailer pode ser visto aqui: https://www.youtube.com/watch?v=d7gBZU4ksC4

Em Shaker Heights, um pacato subúrbio de Cleveland, está tudo previsto — desde o traçado das ruas sinuosas até à cor das casas, passando pelas vidas bem-sucedidas que os seus residentes levam. E ninguém encarna melhor esse espírito do que Elena Richardson, cujo princípio orientador é obedecer às regras do jogo.
A esta idílica redoma chega Mia Warren — uma artista enigmática e mãe solteira — com a filha adolescente, Pearl. Mia arrenda uma casa aos Richardsons. Rapidamente Mia e Pearl se tornam mais do que inquilinas: os quatro filhos dos Richardsons sentem-se cativados pelas duas figuras femininas. Mas Mia traz consigo um passado misterioso e um desprezo pelo statu quo que ameaçam perturbar esta comunidade cuidadosamente ordenada.

“Um livro maravilhoso. Divertido, inteligente e sensível.” [Paula Hawkins]

“Celeste Ng é sempre arguta, desafiante, generosa e original.” [Meg Wolitzer]

“Provavelmente o meu livro favorito do ano.” [John Green]


O livro , com tradução de Inês Dias, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/pequenos-fogos-em-todo-o-lado/

Sobre Deborah Levy




Deborah Levy, de quem a Relógio D’Água acaba de publicar «O Homem Que Via Tudo», respondeu ao questionário «By the Book» do «New York Times», e revela o que leu recentemente, o que nunca leu e quem convidaria para um jantar.

O Homem Que Via Tudo e outras obras de Deborah Levy estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/deborah-levy/


Sobre Marca de Água, de Joseph Brodsky




«Veneza é um caso parecido. Durante séculos, toda a gente escreveu sobre a cidade. Dois exemplos: as Dramatic Lyrics de Robert Browning […] ou Marca de Água de Joseph Brodsky. Foi aliás por causa do russo que lá fui.» [Eduardo Pitta, Sábado, «As cidades que visitamos por causa dos livros», 28/11/2019]

Em Marca de Água, Joseph Brodsky apresenta-nos um gracioso, inteligente e variado retrato de Veneza.
Observando os mais diversos aspetos da cidade, os canais, as ruas, a arquitetura, as pessoas e a gastronomia, Brodsky capta a magnificência, a fragilidade e a beleza da cidade.
Ao mesmo tempo, desfilam as próprias memórias que Brodsky tem de Veneza, que foi a sua morada de muitos invernos, dos seus amigos, inimigos e amantes. O livro reflete, com enorme força poética, sobre o modo como a passagem do tempo afeta Veneza, alterando a relação entre a água e a terra, a luz e a escuridão, a vida e a morte.

Marca de Água (trad. Ana Luísa Faria) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/marca-de-agua-sobre-veneza/

17.12.19

Sobre As Histórias de Babar, de Jean de Brunhoff




Este volume reúne as histórias originais de que Babar é protagonista e que foram criadas por Jean de Brunhoff.

«Um livro ilustrado que é uma obra de arte.» [Maurice Sendak]

As Histórias de Babar, de Jean de Brunhoff, estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/produto/as-historias-de-babar/

Sobre O Riso, de Henri Bergson




«O filósofo Henri Bergson, Prémio Nobel de Literatura de 1927, opôs-se ao positivismo e ao materialismo desenvolvendo uma análise crítica do conhecimento fundamentada nos conceitos de memória, duração e intuição. Ao adoptar a biologia, a fisiologia e a psicóloga como bases do seu pensamento influenciou várias áreas da criação artística como o cinema e a literatura (Marcel Proust incluiu na sua obra monumental Em Busca do Tempo Perdido concepções de Bergson sobre a memória). O presente livro reúne três artigos sobre o Riso, analisado através do método que consiste em determinar os “processos de fabricação “ do cómico e, ao mesmo tempo permite descobrir qual a intenção da sociedade quando ri. O autor escreve que não pretende responder às interrogações sobre o significado do riso visando “encerrar numa definição a fantasia cómica. Vemos nela, antes do mais, algo de vivo. Tratá-la-emos, por muito leve que ela seja, com o respeito que devemos á vida. Limitar-nos-emos a vê-la crescer e desabrochar.”» [Luís Almeida D’Eça, Agenda Cultural, «Oito livros para o Natal», 1/12/2019]

Cristina Carvalho entrevistada por João Céu e Silva, a propósito de «Ingmar Bergman — O Caminho contra o Vento»




«A escritora Cristina Carvalho lançou há dias o seu mais recente romance. Um "Romance Biográfico", está escrito na capa, onde o rosto do realizador Ingmar Bergman indicia ser o tema de O Caminho Contra o Vento. E basta dar início à leitura para se perceber que é mesmo sobre o sueco de filmes mágicos e intemporais, conforme esta entrevista prova.
Um livro onde acontecem diálogos entre escritora e realizador, porque aquela não resiste a conversar com Bergman, pois só assim poderia escrever o romance. Explica: "Quando gostamos uns dos outros, conversamos. Eu tinha de o interrogar e ele tinha de me responder. E respondeu sempre. Eu falo sempre com as minhas pessoas ou vivas, ou mortas, ou ficcionadas. Tenho de as compreender. Ponho-me sempre ao lado delas e, como não posso tocar-lhes nos corpos, toco nas coisas que foram seus pertences. E a partir dessa sensação, materializo uma data de situações, umas mais agradáveis do que outras. Conversei muito com Ingmar Bergman, todos os dias e parte das noites durante mais de um ano. O resto não vale a pena estar a descrever porque já pertence ao reino do exagero e não tem interesse nenhum. São coisas nossas. Mas sim, claro, só assim podia escrever o romance."
Para que a ambiência fosse real, Cristina Carvalho deslocou-se ao último lugar que Ingmar Bergman escolheu para viver. "Quando desembarquei na ilha Fårö - Gotland Län, depois de um dia inteiro de viagem e ainda sem ter visto nada, nunca imaginei o que ia encontrar. Cheguei no fim de um dia quente com o Sol ainda alto e a primeira paisagem que vi foi uma pequena enseada do Báltico, rodeada de árvores, uma pequena e densa floresta e muitos cisnes no cascalho da praia, uns a entrar no mar, outros a bambolearem-se por ali naquele redondo natural. Paz. Era a paz", resume, antes de acrescentar: "Não posso continuar aqui a descrever o que vi e o que senti senão daqui a pouco estou a escrever outro livro sobre a ilha de Ingmar…"» [DN, 15/12/2019. Texto completo em https://www.dn.pt/cultura/as-pessoas-nao-conhecem-a-face-oculta-de-ingmar-bergman-11616170.html?fbclid=IwAR3KDPcOaKD0gKxg6nZ6dpb9uin4VWE2IHXbgVK3TTiuoUXTPyGOWBS_cAM ]

Esta e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/

16.12.19

José Gil e Gonçalo M. Tavares no programa Prós e Contras



Hoje, às 21:56, na RTP 1, no programa Prós e Contras, de Fátima Campos Ferreira, José Gil, Gonçalo M. Tavares, José Gameiro, Teresa Salgueiro e D. Manuel Linda debatem o tempo nesta sociedade cada vez mais digitalizada e menos histórica.
O que fazemos com o tempo? Na era da transformação digital, como o gastamos, que valor lhe damos ou não damos?
E como cuidamos da única grande vitória sobre o tempo: a memória?

Sobre Sensibilidade e Bom Senso, de Jane Austen




Sensibilidade e Bom Senso é o primeiro romance escrito por Jane Austen (se excluirmos o epistolar e juvenil Lady Susan).
Para a sensível Elinor Dashwood e a sua impetuosa e romântica irmã, Marianne, a perspectiva de casarem com os homens que amam parece remota. 
Num mundo organizado por interesses e pelo dinheiro, as irmãs Dashwoods parecem condenadas pela ausência de relações pessoais e de fortuna.
Marianne apaixona-se pelo encantador e inconstante Mr. Willoughby. Em contraste, Elinor enfrenta com estoicismo as notícias de que o seu amado Edward Ferrars está prometido a outra mulher. Através das suas diferentes experiências amorosas, as duas irmãs são levadas a concluir que a melhor solução está na conjunção entre razão e sentimento. 

«Jane Austen foi uma inovadora feroz, e as suas inovações estavam praticamente realizadas quando ela tinha vinte e quatro anos. Isto diz-nos algo sobre a combinação vaga de esforço e instinto presente na sua vida literária. (…)
As heroínas de Austen não mudam no sentido moderno do termo porque, na verdade, não descobrem coisas sobre si mesmas. Elas descobrem novidades cognitivas, procuram o que é correcto. À medida que o romance avança, levantam-se alguns véus e removem-se alguns obstáculos, para que a heroína possa ver o mundo mais nitidamente.»
[James Wood, A Herança Perdida]

Sensibilidade e Bom Senso (trad. Paulo Faria) e outras obras de Jane Austen estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jane-austen/


Sobre O Nascimento da Tragédia e Acerca da Verdade e da Mentira, de Friedrich Nietzsche




«Uma das mais célebres antíteses da filosofia de Nietzsche é a do apolíneo versus dionisíaco. Ela funciona como uma das portas de entrada mais conhecidas na sua obra e é na verdade uma fórmula dominante na primeira fase desta, o período grosso modo correspondente aos anos de ensino na Universidade de Basileia e à pertença ao círculo de Wagner. Tanto um como outro representam, a seu ver, duas forças primordiais, particularmente actuantes na cultura grega clássica, no entanto, o seu significado não é apenas cultural, mas revela-se claramente metafísico.» [Da Introdução Geral de António Marques]


Esta e outras obras de Friedrich Nietzsche estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/friedrich-nietzsche/

Sobre Bucareste-Budapeste: Budapeste, Bucareste, de Gonçalo M. Tavares




«Situado algures “entre o Reino e o Bairro” (no grande esquema da obra de GMT), o “Projeto das Cidades” propõe-se captar “a tensão particular” que nasce dos “movimentos humanos”. Na história que dá título ao primeiro livro desta série, acompanhamos, em paralelo, dois percursos quase simétricos: de um lado, o rocambolesco roubo de uma estátua de Lenine, esquecida num armazém dos arredores de Bucareste, e seu difícil transporte para a Hungria, onde satisfará o capricho de um milionário; do outro, um violinista virtuoso que busca a mãe morta, trazendo-a depois de Budapeste até à capital da Roménia, no banco de trás do carro, para a enterrar perto do pai. A fronteira é o lugar onde a farsa e a tragédia quase se tocam, acentuando o peso irónico da História na vida das pessoas comuns.» [José Mário Silva, E, Expresso, 14/12/2019]

Esta e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

13.12.19

Sobre O Cometa na Terra dos Mumins, de Tove Jansson




Um pressentimento acerca de uma estrela com cauda leva o Mumintroll e o seu amigo Sniff a um observatório no cimo de uma montanha. Mas a verdadeira aventura começa quando descobrem que um cometa se encaminha em direção à Terra.

«Um tesouro perdido, agora redescoberto… Uma obra-prima.» [Neil Gaiman]

«Jansson era um génio de um modo subtil. Estas histórias simples estão repletas de emoções únicas profundas e complexas, como jamais se viram em literatura para crianças ou adultos.» [Philip Pullman]

«Tove Jansson é, sem dúvida, uma das maiores escritoras de livros para crianças.» [Sir Terry Pratchett]


Esta e outras obras de Tove Jansson estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/tove-jansson/

Sobre A Balada do Medo, de Norberto Morais




«Agarrada ao novo livro do Norberto Morais. A Balada do Medo, de novo perdida na temperatura do Caribe com as aventuras e desventuras do Cornélio Santos Dias de Pentecostes. Uma delícia. Aconselho.»  [Júlia Pinheiro, no site https://julia.pt/2019/08/01/embalada/ ]

De Norberto Morais, a Relógio D’Água editou também O Pecado de Porto Negro. Ambas as obras estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/norberto-morais/