31.5.24

Sobre Pessoas Normais, de Sally Rooney

 


Connell e Marianne cresceram na mesma pequena cidade da Irlanda, mas as semelhanças acabam aqui. Na escola, Connell é popular e bem-visto por todos, enquanto Marianne é uma solitária que aprendeu com dolorosas experiências a manter-se à margem dos colegas. Quando têm uma animada conversa na cozinha de Marianne — difícil, mas eletrizante —, as suas vidas começam a mudar.

Pessoas Normais é uma história de fascínio, amizade e amor mútuos, que acompanha a vida de um casal que tenta separar-se mas que acaba por entender que não o consegue fazer. Mostra-nos como é complicado mudar o que somos. E, com uma sensibilidade espantosa, revela-nos o modo como aprendemos sobre sexo e poder, o desejo de magoar e ser magoado, de amar e ser amado.


«O fenómeno literário da década. Um futuro clássico.» [The Guardian]


«O melhor romance do ano.» [The Times]


«É soberbo […], uma leitura tremenda, plena de perspicácia e ternura.» [Anne Enright]


Pessoas Normais (trad. Ana Falcão Bastos) e outras obras de Sally Rooney estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sally-rooney/

Sobre Folhas de Erva, de Walt Whitman

 


«Propus-me representar, sem qualquer desânimo, a humanidade tal como ela é. Pretendi compor um conjunto de poemas que representassem a natureza física, emocional, moral, intelectual e espiritual de um homem. A título de exemplo, este homem sou eu mesmo.» [Walt Whitman]


Folhas de Erva (trad. Maria de Lourdes Guimarães) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/folhas-de-erva/

Sobre Homenagem a Barcelona, de Colm Tóibín

 


Este livro celebra uma das mais extraordinárias cidades da Europa – um centro cosmopolita de vibrante arquitetura, arte, cultura e vida noturna. Leva-nos desde a história da fundação de Barcelona e a sua enorme expansão no século XIX às vidas de Gaudí, Miró, Picasso, Casals e Dalí. Explora também a história do nacionalismo catalão, a tragédia da Guerra Civil, o franquismo e a transição para a democracia que Colm Tóibín testemunhou na década de 1970.


Escrito com profundo conhecimento da terra, Homenagem a Barcelona é o retrato de um singular porto mediterrâneo e de um lar adotivo.


«Tendo vivido em Barcelona por diversos períodos ao longo dos anos 70, Tóibín conhece todos os encantos da sensual história e vida mediterrânica e “a joia mais preciosa do tesouro de bares da cidade”… Tóibín é o guia perfeito.» [Chicago Tribune]


«Tóibín escreve prosa de uma beleza avassaladora.» [Daily Telegraph]


Homenagem a Barcelona, traduzido por Ana Falcão Bastos, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/homenagem-a-barcelona/

Sobre A Morte de Virgílio, de Hermann Broch

 


A Morte de Virgílio é um dos maiores romances do século xx, uma vasta meditação lírica que exprime inquietação sobre a morte, o sentido da vida e a possibilidade de conhecer o mundo.

Construído com um monólogo interior em que se entrecruzam tempos e espaços, o livro tem um estilo em ruptura com as normas narrativas tradicionais. 

Foi a própria morte do poeta Virgílio que serviu de ponto de partida à elaboração desta obra de concepção sinfónica. Virgílio morreu aos 51 anos, em Brindisi, a 21 de Setembro do ano 19 a. C., no regresso de uma viagem à Grécia, onde contraíra malária. Desiludido com o seu tempo, quis, no decurso dos seus últimos dias, destruir o manuscrito da Eneida.

O livro começa com a chegada da frota romana ao porto de Brindisi, levando consigo o poeta já moribundo, enquanto em terra se preparam os festejos que hão-de acolher o imperador.


«A Morte de Virgílio, uma das obras maiores do nosso tempo, tenta vitalizar a linguagem através da lógica contrapontística e das simultaneidades dinâmicas da música. Mais radicalmente do que Joyce, Broch subverte a organização temporal e a progressão linear sobre as quais a ficção em prosa habitualmente se constrói. O seu estilo tem um sortilégio inquietante. (…) A escrita contemporânea ainda mal começou a explorar as sugestões de Broch.» [George Steiner, em Literatura e Pós-História]


A Morte de Virgílio (trad. Maria Adélia Silva Melo) e Os Sonâmbulos (trad. António Sousa Ribeiro) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/hermann-broch/

Sessões de Autógrafos na Feira do Livro de Lisboa — 1 de Junho




 

Dia 1 de Junho, sábado, às 15:00, Cristina Carvalho estará nos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para autografar Paula Rego — A Luz e a Sombra, A Saga de Selma Lagerlöf e outras obras.


Dia 1 de Junho, sábado, às 15:00, Frederico Pedreira estará nos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para autografar Sonata para Surdos, A Noite Inteira e outras obras.


Dia 1 de Junho, sábado, às 18:00, António Barreto estará junto aos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para autografar Três Retratos, Douro e outras obras.

Livros do Dia 31 de Maio na Feira do Livro de Lisboa

 





Elogio da Sombra, de Junichiro Tanizaki

Amor Líquido, de Zygmunt Bauman

Ética, de Espinosa

A Invenção Ocasional, de Elena Ferrante

Fanny Owen, de Agustina Bessa-Luís

Adoecer, de Hélia Correia

O Mar, o Mar, de Iris Murdoch

O Banqueiro Anarquista, de Fernando Pessoa

Oliver Twist, de Charles Dickens

Madame Bovary, de Gustave Flaubert

O Processo, de Franz Kafka

Obra Completa, de Arthur Rimbaud

Douro — Rio, Gente e Vinho, de António Barreto

O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald

Do Lado de Swann, de Marcel Proust

O Regresso de Mary Poppins, de P. L. Travers

As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain


30.5.24

Sobre Cândido ou O Otimismo, de Voltaire

 


Cândido ou o Otimismo é um conto filosófico de Voltaire, publicado pela primeira vez em Genebra em janeiro de 1759. A par de Zadig e Micromégas, é um dos escritos mais famosos de Voltaire, tendo sido reeditado vinte vezes em vida do autor.

O livro é pretensamente traduzido de uma obra alemã do Dr. Ralph, pseudónimo utilizado por Voltaire para evitar a censura.

No essencial, trata-se de uma crítica às teses do filósofo alemão Leibniz, convencido da excelência da criação divina, através dos princípios da «razão suficiente» e da «harmonia preestabelecida». Voltaire faz essa crítica através das aventuras de Cândido, um jovem alemão possuidor de um espírito simples e reto, nascido como filho ilegítimo no seio da nobreza e adotado pelo barão de Thunder-ten-tronckh. É no castelo deste que vai ser educado por Pangloss, partidário, como Leibniz, de que «tudo está o melhor possível».

Depressa se torna evidente para os leitores o sarcasmo com que Voltaire trata não apenas as teses de Leibniz mas também o conservadorismo social e a nobreza arrogante.


Cândido ou O Otimismo (trad. de Júlia Ferreira e José Cláudio) e Tratado sobre a Tolerância (trad. Augusto Joaquim) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/voltaire/

Sobre Neverness, de Ana Teresa Pereira

 


«Como se o mundo existisse, eu diria, dos livros de Ana Teresa Pereira, que os lemos ou nos lêem nesse limiar da morte e da infância de um desejo desde sempre recém-nascente, que — em branco, à tona do vazio sem data que se abre entre dois dias — repassa todo o tempo que passa do infinito do tempo que não passa, e é o nunca-sempre deste Neverness sem fim.

Nunca-sempre do infinito do tempo, atravessando essa “eternidade da charneca”, cuja Neverland este Neverness transfigura, me aventuro agora a deixar que me leia assim:


Neverness


A morte viera adormecê-los mas despertava-os

Por isso agora no meio da urze e do nevoeiro

um ao outro abraçados perdem-se e vagueiam

na eternidade da charneca que clareia


até que já não possam morrer sem acordar»

[Miguel Serras Pereira]


Neverness e outras obras de Ana Teresa Pereira estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ana-teresa-pereira/

Livros do Dia 30 de Maio na Feira do Livro de Lisboa

 





A Sociedade do Cansaço, de Byung-Chul Han

Ensaios Escolhidos, de George Orwell

Três Retratos: Salazar, Cunhal, Soares, de António Barreto

Memórias, Sonhos, Reflexões, de C. G. Jung

A Sibila, de Agustina Bessa-Luís

A Paixão segundo G. H., de Clarice Lispector

Crónicas do Mal de Amor, de Elena Ferrante

Ulisses, de James Joyce

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, de George Orwell

Na Terra Somos brevemente Magníficos, de Ocean Vuong

Sensibilidade e Bom Senso, de Jane Austen

Canções, vols. 1 e 2, de Bob Dylan

Diários, de Virginia Woolf

Um Quarto só para Si, de Virginia Woolf

Orlando, de Virginia Woolf

Mataram a Cotovia — O Romance Gráfico, de Harper Lee e Fred Fordham

O Feiticeiro de Oz, de L. Frank Baum

O Vento nos Salgueiros, de Kenneth Grahame


29.5.24

Sobre Democracia, de Alexandre Andrade

 


«Alexandre Andrade é um dos autores portugueses mais intensos e complexos. Os seus livros não são biblioterapia mas densas galerias de personagens, devassas, intimidade, recordações — como a leitura de um diário. Democracia, que também trata da democracia e do 25 de Abril, compõe-se de dezenas de histórias que aparentemente não estão ligadas mas que colaboram umas com as outras em busca de um problema evidenciado pelo próprio título.» [LER, Primavera de 2024]


Domingo, dia 9 de Junho, às 18:00, Alexandre Andrade estará junto aos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa, com Gonçalo M. Tavares e Ana Margarida de Carvalho, para autografar Democracia e outras obras suas, também disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/alexandre-andrade/

Sobre Nostos, de H. G. Cancela

 


Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Nostos, o novo romance de H. G. Cancela


«Bati outra vez, sentindo que invocava fantasmas. Chamei, em espanhol, depois apenas num grito, um monossílabo que acordasse quem dormia ou quem se recusava a ouvir. Não veio ninguém. Rodei o puxador e empurrei a madeira. Cedeu. Tornei a chamar, no escuro. Procurei um interruptor, ao lado da porta. A lâmpada do tecto iluminou-se. Olhei em volta como se não tivesse sido eu a acendê-la, mas alguém que me aguardava para me acusar de invasão. Ninguém. Era uma cozinha. Havia uma mesa, quatro cadeiras, paredes de cal e chão de tijolo. Uma sala, depois da porta, uma escada de pedra. Acendi a luz da escada e tornei a chamar. Não houve resposta.»


Nostos e outras obras de H. G. Cancela publicadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/h-g-cancela/

Sobre O Homem Que Era Quinta-Feira, de G. K. Chesterton

 


Num artigo publicado um dia antes da sua morte, G. K. Chesterton considerou O Homem Que Era Quinta-Feira, publicado em 1908, «um tipo de devaneio bastante melodramático». Na sua Autobiografia de 1936 afirmara tratar-se de um pesadelo «não das coisas tal como existem, mas como pareciam ser ao semipessimista da década de 90».

O livro tem sido considerado a obra-prima de Chesterton. Embora seja muitas vezes considerado um thriller metafísico ou um pesadelo teológico, desafia, na verdade, toda e qualquer classificação.

Numa Londres fantasmagórica, os polícias são poetas, os anarquistas não são o que parecem.

A narrativa tem que ver com o ambiente de final do século XIX e o terror das conspirações anarquistas. Mas, como muitas vezes acontece com as criações de Chesterton, o mistério acaba por envolver enigmas teológicos, a liberdade da vontade e a existência do mal sob a forma do irracional.

O protagonista Gabriel Syme é um poeta empenhado na luta contra o caos, que foi recrutado pela secção contra-anarquista da Scotland Yard. Um dia, um poeta anarquista com quem discutira poesia e os méritos da previsibilidade leva-o a uma reunião local para provar que é um autêntico anarquista. É então que Syme consegue ser eleito representante local para o Conselho Central Anarquista, integrado por sete homens, cada um deles com o nome de um dia da semana e vestes a condizer. Domingo é o mais misterioso de todos, afirmando que «desde o princípio do mundo que todos os homens me têm perseguido como se caçassem um lobo: os reis e os sábios, os poetas e os legisladores, todas as igrejas, e todas as filosofias. Mas nunca me apanharam ainda, e os céus hão-de cair sem que eu tenha sido encurralado». E a verdade é que consegue abalar as convicções de Syme numa ordem universal.


«Um poderoso retrato da solidão e desorientação que cada um de nós enfrenta na sua luta com o universo.» [C. S. Lewis]


O Homem Que Era Quinta-Feira (trad. Miguel Serras Pereira)e Ficar na Cama e Outros Ensaios (trad. Frederico Pedreira) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/g-k-chesterton/

Sobre Mulherzinhas, de Louisa May Alcott

 


«Muitos livros maravilhosos cativaram a minha imaginação, mas algo extraordinário aconteceu com Mulherzinhas. Reconheci‑me, como num espelho, na rapariga teimosa e magricela, que corria, rasgava as saias a subir às árvores, falava em calão e denunciava as pretensões sociais. Uma rapariga que se podia encontrar encostada a um grande carvalho com um livro, ou à sua secretária, no sótão, de volta de um manuscrito. Era Josephine March. Até no nome respira liberdade, uma rapariga chamada Jo. Louisa May Alcott envolvera‑se num manto de glória, trabalhara à sua própria secretária e cunhara um novo tipo de heroína. Uma obstinadamente moderna rapariga americana do século XIX. Uma rapariga que escrevia.» [Do Prólogo de Patti Smith]


Mulherzinhas e Boas Esposas (traduções de Marta Mendonça) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/louisa-may-alcott/

Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa 2024

 

A Relógio D’Água está presente na Feira do Livro de Lisboa, de 29 de Maio a 16 de Junho, no topo do Parque Eduardo VII, nos pavilhões A65, A66, A67, A68, A69, A70 e B37, B38, B39, B40, B41 e B42, com sessões de autógrafos, novidades, os habituais Livros do Dia e a participação na Hora H.


Os Livros do Dia de hoje são:







Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, de Walter Benjamin

Sobre a Tirania, de Timothy Snyder

A Sociedade do Cansaço, de Byung-Chul Han

Amor Líquido, de Zygmunt Bauman

Canções Mexicanas, de Gonçalo M. Tavares

O Adolescente, de Fiódor Dostoievski

Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac

O Coração É Um Caçador Solitário, de Carson McCullers

Grandes Esperanças, de Charles Dickens

O Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick

Memórias Póstumas de Brás Cubas — Quincas Borba, de Machado de Assis

O Castelo, de Franz Kafka

Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa

Folhas de Erva, de Walt Whitman

Vinte Mil Léguas Submarinas, de Jules Verne

O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë

As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain

A Família dos Mumins, de Tove Jansson


28.5.24

Sobre A Morte Eterna, de Liu Cixin

 


Meio século após a Batalha do Juízo Final, o equilíbrio precário da dissuasão da floresta sombria mantém os invasores trisolarianos à distância, e a Terra desfruta de uma prosperidade sem precedentes devido à absorção de conhecimento deste povo. Com os avanços científicos dos seres humanos, e com os trisolarianos a adoptarem a cultura da Terra, parece que as duas civilizações serão em breve capazes de coexistir pacificamente sem a terrível ameaça de aniquilação mútua.

Mas a paz também tornou a humanidade complacente consigo mesma. Cheng Xin, uma engenheira aeroespacial do início do século XXI, desperta da hibernação nesta nova era, e traz consigo o conhecimento de um programa há muito esquecido datado do início da crise trisolariana. A sua presença pode perturbar o equilíbrio delicado entre dois mundos. Irá a humanidade alcançar as estrelas ou vai perecer no seu berço?


“Um livro altamente inovador… uma mistura única de especulação científica e filosófica.” [George R. R. Martin, sobre o primeiro volume da trilogia, O Problema dos Três Corpos]


A Guerra dos Mundos do século XXI.” [The Wall Street Journal, sobre o primeiro volume da trilogia, O Problema dos Três Corpos]


“Extraordinário.” [The New Yorker, sobre o primeiro volume da trilogia, O Problema dos Três Corpos]


Após o êxito da adaptação do primeiro volume da trilogia de Liu Cixin, os produtores David Benioff, D. B. Weiss e Alexander Woo confirmaram a continuação da adaptação, até à sua «conclusão épica», pois, desde que leram a última página da «magnífica trilogia», esperam acompanhar os espectadores até ao fim do universo». Mais informação aqui: https://about.netflix.com/en/news/3-body-problem-will-return-with-all-new-episodes-created-executive-produced


O Problema dos Três Corpos (tradução de Telma Carvalho), A Floresta Sombria e A Morte Eterna (traduções de Eugénio Graf) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/liu-cixin/

Sobre O Raposo e a Estrela, de Coralie Bickford-Smith

 


«São inúmeras as perspetivas a partir das quais se pode escrever sobre o medo e as formas de o vencer.

Coralie Bickford-Smith, designer, ilustradora e autora inglesa, cujos três primeiros títulos infantis a Relógio D’Água publicou recentemente, em belíssimas edições carregadas de cor, optou por ir buscar um raposo que, por ser pequeno e as árvores lhe chegarem muito acima das orelhas, temia afastar-se demasiado da toca. Aliás, só se atrevia a sair iluminado pela Estrela, que todas as noites desde que tinha memória vinha fazer-lhe companhia e desbravar-lhe o caminho. Uma noite, porém, a Estrela não apareceu e, temeroso, o raposo deixou-se ficar na toca até a fome lhe despertar a vontade de ir procurar a amiga. […]» [Sofia Fraga, LER, Primavera de 2024]


O Raposo e a Estrela e outras três obras de Coralie Bickford-Smith (trad. Inês Dias) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/coralie-bickford-smith/

Sobre Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, de Walter Benjamin

 


«Mas Benjamin assimilou tão plenamente os elementos estranhos à sua própria experiência que eles frutificaram essa experiência.» [T. W. Adorno, 1955]


Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política (trad. Manuel Alberto, Maria Amélia Cruz, Maria Luz Moita) e Rua de Sentido Único, Crónica Berlinense e Infância Berlinense por volta de 1900 (trad. António Sousa Ribeiro) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/walter-benjamin/

Sobre Aprender a Rezar na Era da Técnica, de Gonçalo M. Tavares

 


Aprender a Rezar na Era da Técnica conta a história de um cirurgião, Lenz Buchmann, que abandona a medicina para se dedicar à política. Tem a ilusão de poder salvar muitas pessoas ao mesmo tempo, em vez de salvar uma pessoa, de cada vez, no seu acto médico. A sua subida impiedosa no Partido do poder só é interrompida por um acontecimento surpreendente e definitivo. A mão forte que segurava no bisturi e nos comandos da cidade começa, afinal, a tremer.


Aprender a Rezar na Era da Técnica e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Sobre Musicofilia, de Oliver Sacks

 


Com a mesma marca de compaixão e erudição de O Homem Que Confundiu a Mulher com Um Chapéu, Oliver Sacks explora o lugar que a música ocupa no cérebro e como ela afecta a condição humana. Em Musicofilia, o autor apresenta uma variedade daquilo que designa por «desalinhamentos musicais». Entre eles: um homem atingido por um relâmpago que subitamente deseja ser pianista aos quarenta e dois anos; um grupo de crianças com síndrome de Williams, que desde a nascença são hipermusicais; pessoas com «amusia», para quem uma sinfonia soa a ruído de panelas; e um homem cuja memória dura apenas sete segundos excepto quando se trata de música.


«Poderoso e apaixonado… Um livro que contribui para o nosso entendimento da magia inapreensível da música e ilumina os estranhos mecanismos da mente humana.» [The New York Times]


«Curioso, inteligente e atento.» [The Washington Post]


Musicofilia (trad. Sofia Coelho e Miguel Serras Pereira)e outras obras de Oliver Sacks estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/oliver-sacks/

Sobre Agnes Grey, de Anne Brontë

 


Agnes Grey é baseado na experiência própria da autora. O romance pretende responder, através da história de uma jovem mulher que se vê obrigada a trabalhar como precetora, à pergunta: qual o lugar da mulher na sociedade vitoriana?

O livro tornou-se um clássico, não apenas devido à força subtil e irónica da prosa de Anne Brontë, mas também às apaixonadas acusações de injustiça social que percorrem as suas páginas.


«“Agnes Grey” é a narrativa em prosa mais perfeita das letras inglesas… É simples e bela… A única história na literatura inglesa em que o estilo, personagens e tema estão em perfeita sintonia.» [George Moore]


Agnes Grey (trad. Manuela Porto) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/agnes-grey/


De Anne Brontë a Relógio D’Água publicou também poesia, inclusa no volume Poemas Escolhidos das Irmãs Brontë (trad. Ana Maria Chaves), disponível em https://relogiodagua.pt/produto/poemas-escolhidos-das-irmas-bronte/

27.5.24

Sobre Eugénie Grandet, de Honoré de Balzac

 


«Datado de 1833 e primeiro romance de Balzac [1799-1850], Eugénie Grandet permanece uma das observações mais minuciosas e ricas da psicologia feminina. Ingénua e desgraçadamente enamorada, encurralada na sua época, a filha do avarento Grandet tem, ainda assim, uma gravidade majestosa.» [LER, Primavera de 2024]


Eugénie Grandet (tradução de Carlos Correia Monteiro de Oliveira) e outras obras de Honoré de Balzac estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/honore-de-balzac/

Sobre Novelas Eróticas, de M. Teixeira-Gomes

 


«M. Teixeira-Gomes, tal como na sua obra se nos apresenta ou tal como em certas personagens se projecta, está longe de ser um gozador desenfreado, à maneira de Casanova, ou um perseguidor do infinito no finito dos corpos, à maneira de Don Juan. Homo eroticus, sim; mas buscando, acima de tudo, a harmonia entre o sentimento e a sensação, o equilíbrio da emoção e da volúpia.

(…) Por curiosa inclinação do seu espírito, se não também do seu corpo, Teixeira-Gomes revela, de facto, impressionantes afinidades com o pensamento grego dos séculos IV e III antes de Cristo.» [David Mourão-Ferreira, em Aspectos da Obra de M. Teixeira-Gomes]


Novelas Eróticas está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/novelas-eroticas/

Sobre A Crise da Narração, de Byung-Chul Han


 

«O novo livro do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han (professor da Universidade de Artes de Berlim) leva este título cativante e mostra como a arte de contar se transformou numa ferramenta do consumismo e do capitalismo tardio, sobretudo em torno de uma das suas designações mais imbecis, “storytelling”.» [LER, Primavera de 2024]


A Crise da Narração (tradução de Gilda Lopes Encarnação) e outras obras de Byung-Chul Han estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/

Sobre O Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman

 


“Publicado pela primeira vez em 1892, na The New England Magazine, [‘O Papel de Parede Amarelo’] descreve um verão que uma jovem mulher sem nome passa numa casa senhorial. Como ela própria declara na primeira página, está ‘doente’, tem uma ‘depressão nervosa passageira — uma ligeira tendência para a histeria’. O marido, que é médico, remete-a para o andar de cima da casa, para repousar […].

‘O Papel de Parede Amarelo’ é um grande texto literário, criado por um intelecto inquieto e ardente.” [Da Introdução de Maggie O’Farrell]


O Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman (tradução de Alda Rodrigues), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/o-papel-de-parede-amarelo/

Sobre O Fim do Mundo Clássico, de Peter Brown

 


O Fim do Mundo Clássico analisa o modo como o mundo da Antiguidade Tardia, que se situa entre 150 e 750 d. C., se diferenciou da civilização clássica. Foi durante esses séculos que desapareceram instituições que pareciam ancoradas no decurso dos séculos.

Em 476, desapareceu o Império Romano do Ocidente, o mesmo acontecendo em 655 ao Império Persa do Próximo Oriente.

Esta obra de Peter Brown aborda também o período em que começa a definir-se a divisão da bacia mediterrânica em três mundos estranhos entre si, que ainda hoje persistem, apesar de todas as mudanças: a Europa Ocidental católica, Bizâncio e o Islão.


«Magnífico […]. Há muito que não desfrutava tanto de uma obra de História.» [Philip Toynbee, The Observer]


«O elegante e provocador texto de Peter Brown é apoiado por ilustrações pouco conhecidas […], é um livro que se distingue pelo estilo e pela profundidade académica.» [Times Literary Supplement]


O Fim do Mundo Clássico — de Marco Aurélio a Maomé, de Peter Brown (tradução de António Gonçalves Mattoso), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-fim-do-mundo-classico-pre-venda/

Sobre Os Buddenbrook, de Thomas Mann

 


Os Buddenbrook, publicado quando o autor tinha vinte e seis anos, é um dos melhores primeiros romances alguma vez escritos e influenciou a atribuição do Nobel de Literatura ao autor em 1929.

A obra acompanha a vida de quatro gerações dos Buddenbrook, uma próspera família de comerciantes no Norte da Alemanha, que tem várias características em comum com a do próprio autor.

No romance desfilam vivências da burguesia alemã entre nascimentos e funerais, casamentos e separações, ambições e rivalidades, êxitos e crises. A chegada da modernidade acompanha o declínio moral e económico da família.


Os Buddenbrook (trad. Ana Falcão Bastos) e outras obras de Thomas Mann estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/thomas-mann/

Sobre Job, de Joseph Roth

 


Os Singers emigraram para a América para escapar à sua situação na Rússia, mas também não vão ter sorte no país que escolheram.

Baseado na história de Job do Antigo Testamento, a questão filosófica do significado do sofrimento e o desejo humano de redenção são trabalhados como uma lenda do século xx, naquele que é um dos principais romances de Joseph Roth.


«Não é possível fazer jus à sua subtileza poética, mas posso atestar os seus extraordinários méritos literários.» [Thomas Mann]


«Job é mais do que um romance e uma lenda, é uma obra poética pura e perfeita, destinada a durar mais do que tudo o que nós, seus contemporâneos, criámos e escrevemos. Na unidade de construção, na profundidade do sentimento, na pureza e na musicalidade da linguagem, dificilmente pode ser superado.» [Stefan Zweig]


«Um livro imensamente triste e estranhamente esperançoso.» [Harold Bloom]


Job, de Joseph Roth, com posfácio de Stefan Zweig (tradução de Gilda Lopes Encarnação), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/job-pre-venda/

26.5.24

Sobre A Princesa de Clèves, de Madame de la Fayette

 


A Princesa de Clèves (1678) é a história de uma luta interior entre a razão e o efeito devastador da paixão. Ou, se se preferir, a história do conflito entre a força asfixiante dos costumes e a exuberante espontaneidade dos sentimentos. 

Desde o primeiro encontro com o duque de Nemours, por quem se apaixona, até à recusa final desse amor proibido, a senhora de Clèves assiste lucidamente à derrocada de um mundo que a sua virtude em vão tenta conservar.

Precursor do romance de análise psicológica, este texto improvável, fruto da imaginação de uma mulher do século XVII, traz a novidade de transformar a análise e a introspeção em mecanismos de progressão da narrativa, marca que a modernidade em muito lhe fica a dever.


«A Princesa de Clèves e Zayde foram os primeiros romances em que os hábitos das pessoas honestas e as aventuras naturais foram descritos com graciosidade. Antes de Madame de Lafayette, escrevia-se com um estilo empolado coisas pouco verosímeis.» [Voltaire]


«A sua simplicidade real vê-se na sua conceção do amor; para Madame de La Fayette, o amor é um perigo. É o seu postulado. E o que se sente no seu livro é que existe uma constante desconfiança a respeito do amor (o que é o contrário da indiferença).» [Albert Camus]


A Princesa de Clèves (trad. João Moita) está disponível em https://relogiodagua.pt/autor/madame-de-lafayette/

Sobre A Filha do Capitão, de Aleksandr Púchkin

 


A Filha do Capitão apresenta-nos Pugatchóv como um dirigente que encarna as aspirações populares.

A sua figura é apresentada através de uma jovem aristocrata que, devido a uma situação muito particular, tem uma atitude bastante diferente da que seria de esperar da sua classe social.


“Aleksandr Púchkin (1799-1837), nascido no mesmo ano que Garrett em Portugal, não é apenas, na sua curta vida atribulada e na sua criatividade assombrosa, a entrada triunfal do Romantismo na Rússia, após anos em que 'antigos' e 'modernos' lutavam pela supremacia: é não só, ainda hoje, o maior poeta da Rússia, como também a personalidade de quem decorre toda a literatura russa moderna, à qual abriu todos os caminhos que ela veio a trilhar, e de quem as artes vieram a inspirar-se profusamente na Rússia, para a magnificente floração estética da segunda metade do século xix, que colocou o país na vanguarda da cultura ocidental.” [Jorge de Sena]


A Filha do Capitão (tradução do russo de Manuel de Seabra) e Eugénio Onéguin (tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/aleksandr-puchkin/

Sobre A Mulher Que Matou os Peixes, de Clarice Lispector

 


Quase toda a gente tem ou já teve um animal de estimação. Mas nem todos prestam atenção aos bichinhos que têm em casa, que não são exatamente de estimação, como as baratas, as lagartixas, as moscas e os mosquitos, por exemplo, que não estão à venda nas lojas. Esta é uma história contada por uma mulher que ama todos os bichos, mas que, por acidente, matou dois peixinhos vermelhos. Entre os animais de que ela mais gosta estão: a lagartixa; o vira-lata Dilermando; Jack, o cachorro americano; um pequeno macaco muito irrequieto; uma macaquinha linda que usa brincos e colar e se chama Lisete; e tantos outros animais dos seus amigos. No final do livro, vamos saber se podemos perdoar-lhe ou não por ter matado os peixes.


Esta e outras obras de Clarice Lispector estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/clarice-lispector/

25.5.24

Sobre O Império da Dor, de Patrick Radden Keefe

 


O Império da Dor é a saga de três gerações da família Sackler, desde o início do século xx nas ruas de Brooklyn até à sua instalação em palácios de Greenwich, no Connecticut, em Cap d'Antibes e, finalmente, nos corredores do poder em Washington.

A sua fortuna foi feita com o Valium e permitiu-lhes construir uma reputação de filantropia, que passou por apoios a Harvard, ao Metropolitan Museum of Art, a Oxford e ao Museu do Louvre.

A queda deu-se com o OxyContin, que teve uma enorme expansão nos EUA e deixou um rasto de corrupção, dependência, destruição e morte.

O livro nasce de uma investigação aprofundada de Patrick Radden Keefe, que traça um retrato feroz da impunidade que impera na alta elite norte-americana e, em particular, do modo como foram erguidas algumas das suas mais importantes fortunas.


«Uma versão da vida real da série da HBO Succession, com uma picada letal na sua cauda... um trabalho magistral de reportagem narrativa.» [Slate]


«O Império da Dor parece um thriller da vida real Uma dissecação profundamente chocante de avareza e insensibilidade calculada. É produto de uma investigação destemida, que revela uma verdade que a lei não conseguiu atingir. O leitor quase se sente culpado por gostar tanto dele.» [The Times]


«Este livro vai fazer com que o sangue do leitor ferva» [The New York Times Book Review]


«Uma saga chocante. Um relato impressionante.» [The Financial Times]


«O Império da Dor — A História Secreta da Dinastia Sackler», de Patrick Radden Keefe (tradução de Maria Ponce de Leão), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-imperio-da-dor-pre-venda/

Sobre A Loja de Antiguidades, de Charles Dickens

 


A pequena Nell Trent vive na melancolia silenciosa da velha loja de antiguidades com o seu avô adoentado, de quem cuida com devoção. Mas quando são incapazes de pagar as dívidas ao repugnante Quilp, são expulsos da loja e lançados para um mundo sombrio onde não parece existir refúgio.

O retrato inocente e trágico que Dickens faz da pequena Nell tornou, apesar das críticas ao seu sentimentalismo, A Loja de Antiguidades um bestseller imediato, que captou os corações de uma nação inteira.

O livro contém ainda algumas das personagens mais emblemáticas do autor, como o desajeitado Dick Swiveller, a advogada Sally Brass, a “Marquesa” meio faminta e o sensual e demoníaco Quilp.


A Loja de Antiguidades (tradução de Frederico Pedreira) e outras obras de Charles Dickens estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/charles-dickens/