31.7.21

Sobre Três Mulheres com Máscaras de Ferro, de Agustina Bessa-Luís

 



Três Mulheres com Máscara de Ferro integra, além do libreto em português (e inglês) que Agustina Bessa-Luís escreveu, textos de Mónica Baldaque, Vera San Payo de Lemos, Eurico Carrapatoso, os prefácios de António Lobo Antunes, Hélia Correia e Gonçalo M. Tavares publicados em Vale Abraão, Fanny Owen e A Sibila, e imagens da representação do Teatro Aberto.


«Vamos pôr as nossas máscaras e voltar para o nosso lugar. Elas escondem que somos iguais aos homens e que temos direito ao reino deles. Mas como os iguais não se podem amar temos que usar estas máscaras de ferro toda a vida.»


Esta e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

Sobre Meridiano de Sangue, de Cormac McCarthy

 



Meridiano de Sangue baseia-se em acontecimentos históricos ocorridos na fronteira entre os EUA e o México, em meados do século XIX. O autor subverte as convenções do romance e a mitologia do «Oeste selvagem» para narrar a violência da expansão americana, através da personagem do juiz Holden, que nunca dorme, gosta de dançar, viola crianças dos dois sexos e afirma que não há-de morrer.


“Meridiano de Sangue… é claramente, a meu ver, o maior feito estético da literatura americana contemporânea.” [Harold Bloom, The New York Observer]


“Um romance clássico americano de regeneração pela violência. McCarthy pode apenas ser comparado com os nossos escritores maiores, com Melville ou Faulkner, e este livro é a sua obra-prima.” [Michael Herr]


“McCarthy é um escritor a ler, a admirar e, sinceramente, a invejar.” [Ralph Ellison]


“O estilo de McCarthy segue a melhor tradição sulista, um estilo que funde uma eloquência ousada com ritmos intricados e uma precisão extrema.” [The New York Times]


Meridiano de Sangue e outras obras de Cormac McCarthy (trad. Paulo Faria) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/cormac-mccarthy/

Sobre Sangue e Ferro, de Katja Hoyer

 



Antes de 1871, a Alemanha não era uma nação, mas um ideal para alguns dos seus dirigentes políticos. A criação do Império Alemão foi uma realização de Otto von Bismarck, que conseguiu convencer pela astúcia, força e persuasão trinta e nove Estados a ficarem sob a direção de um único Kaiser.

A obra de Katja Hoyer mostra como a nação alemã conseguiu enfrentar os seus rivais da época, os impérios britânico e francês, e descreve a evolução do país até à derrota na Primeira Guerra Mundial.


«A melhor biografia do Segundo Reich surgida nos últimos anos […]. Vai inegavelmente tornar-se uma contribuição essencial para a compreensão desta parte vitalmente importante da História da Europa.» [Andrew Roberts]


«Sangue e Ferro», de Katja Hoyer (trad. Carlos Leite), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/sangue-e-ferro-ascensao-e-queda-do-imperio-alemao-1871-1918/


30.7.21

Sobre Piloto de Guerra, de Antoine de Saint-Exupéry

 



«Estamos nos finais de Maio, em plena retirada, em pleno desastre. Sacrificam-se tripulações como quem lança copos de água num incêndio na floresta. Como se podem avaliar os riscos quando tudo se desmorona? (…) Em três semanas perdemos dezassete das vinte e três tripulações. Derretemos como a cera. (…)

Sabemos muito bem que a única coisa a fazer é lançarmo-nos na fogueira, mesmo que isso seja um gesto inútil. Em toda a França somos cinquenta. Nos nossos ombros pesa toda a estratégia do exército francês!»


Piloto de Guerra e outras obras de Antoine de Saint-Exupéry estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/antoine-de-saint-exupery/

Adaptação de A Filha Perdida no Festival Internacional de Cinema de Veneza





A adaptação da novela A Filha Perdida, de Elena Ferrante, incluída no volume Crónicas do Mal de Amor, estará em competição no estival Internacional de Cinema de Veneza, em Setembro de 2021.

A estreia de Maggie Gyllenhaal na realização conta com a participação de actores como Olivia Colman, Dakota Johnson, Paul Mescal, Ed Harris, Jessie Buckley, Peter Sarsgaard e Alba Rohrwacher.


«Crónicas do Mal de Amor» e outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Na morte de Pedro Tamen

 




Morreu ontem, aos 86 anos, Pedro Tamen, poeta e tradutor. Formou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde participou no jornal Encontro e no cineclube Centro Cultural de Cinema.

A sua estreia foi o Poema para Todos os Dias, saído em 1956. Entre as suas obras, destacam-se Horácio e Coriáceo (Prémio D. Dinis) e Analogia e Dedos (Prémio de Poesia Luís Miguel Nava) e Rua de Nenhures.

Pedro Tamen participou com Alçada Baptista na fundação da Moraes Editores, que, a partir do Largo do Picadeiro, animou a vida editorial e cultural portuguesa desde o final dos anos 50 até meados dos anos 70 do século passado. Entre as obras publicadas contam-se os primeiros livros de José Saramago, Cardoso Pires, Maria Velho da Costa, Nuno Bragança ou Augusto Abelaira e antologias e obras individuais de alguns dos nossos melhores poetas, incluindo o próprio Pedro Tamen, Cristovam Pavia, José Gomes Ferreira ou Ruy Belo.

Foi também um dos nossos principais tradutores do francês e do castelhano, tendo editado na Relógio D’Água sete volumes de Em Busca do Tempo Perdido, de Proust, Salammbô e Contos, de Flaubert, Pierrette seguido de O Padre de Tours e Sarrasine, de Balzac, Morte aos Feios e Elas não Percebem Nada, de Boris Vian, e A Vontade de  Saber, de Michel Foucault. Do espanhol publicou na Relógio D’Água Um Sonho Realizado e Outros Contos, de Juan Carlos Onetti.

Foi administrador da Fundação Calouste Gulbenkian durante 25 anos, ao mesmo tempo que participou no PEN Club Português e na Associação Portuguesa de Escritores.

Reformou-se em 2000 para viver na Arrábida, onde lia, escrevia, ouvia música, cuidava das plantas e recebia os amigos com o entusiasmo, a amabilidade e a ironia que faziam parte do seu modo de ser. Ausentava-se de sua casa para participar em colóquios, às vezes internacionais, sobre poesia ou tradução, embora não acreditasse em teorias, pois a tradução era para ele um confronto singular com o texto de um autor.


Francisco Vale


Sobre O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë

 



«Poucas obras tiveram tempo de concepção tão prolongado como Wuthering Heights que, na verdade, deve ter nascido no dia em que nasceu Emily Brontë. Nunca entre um livro e o seu autor aconteceu maior intimidade, no sentido de um crescimento em pura simbiose.» [Hélia Correia]


«É como se Emily Brontë desfizesse tudo aquilo que conhecemos dos seres humanos e preenchesse essas transparências irreconhecíveis com um sopro de vida que faz com que elas transcendam a realidade.» [Virginia Woolf]


«Um livro diabólico — um monstro incrível… A ação tem lugar no inferno — mas parece que os lugares e as pessoas têm nomes ingleses.» [Dante Gabriel Rossetti]


O Monte dos Vendavais (trad. Paulo Faria) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-monte-dos-vendavais-2/

Trailer oficial de Dune




O aguardado Duna vai finalmente estrear nas salas de cinema portuguesas a 14 de Outubro de 2021.

O filme, apontado pelo próprio realizador como o melhor que já fez, é dirigido por Denis Villeneuve (Blade Runner 2049, O Primeiro Encontro, Sicário, Raptadas). A banda sonora está a cargo de Hans Zimmer. 


Duna conta com actores como Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Josh Brolin, Stellan Skarsgård, Dave Bautista, Stephen McKinley Henderson, Zendaya, Chang Chen, Sharon Duncan-Brewster, Charlotte Rampling, Jason Momoa e Javier Bardem.


Apesar de ainda não ter estreado, o filme tem já uma prequela confirmada pela HBO Max.


A Relógio D’Água publicou o livro de Frank Herbert que está na base do filme, assim como O Messias de Duna, segundo volume da série, que continuará a publicar.


Duna e O Messias de Duna estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/frank-herbert/

29.7.21

Sobre O Duelo, de Heinrich von Kleist

 



«Inspirado num relato de um cronista medieval francês, conta uma história de violência, sexo e traição num ambiente de superstição religiosa que magnificava as tragédias subjacentes — às vezes, alimentadas por erros sem remédio possível. Tudo começa quando uma flecha disparada não se sabe por quem mata o duque Guilherme de Breysach.» [Luís M. Faria, E, Expresso, 23/7/21]


O Duelo (trad. Maria Filomena Molder) está disponível em https://relogiodagua.pt/autor/heinrich-von-kleist/ e nas livrarias.

Sobre Ubik, de Philip K. Dick

 



Glen Runciter está morto. Ou não? Alguém morreu na explosão orquestrada pelos seus rivais, mas mesmo depois de o seu funeral ser marcado, os seus empregados continuaram a receber mensagens desconcertantes do patrão. Entretanto, o mundo à sua volta está a deformar-se e a regredir de uma forma que sugere que o seu tempo está a terminar. Se é que ainda não terminou…


«Mais genial do que experiências semelhantes realizadas por Pynchon ou DeLillo.» [Roberto Bolaño]


«Dick narra uma história inquietante sobre a perceção da realidade, um pesadelo do qual nunca temos certeza de conseguir acordar.» [Lev Grossman, Time]


«Para todos os que se sentem perdidos nas múltiplas realidades do mundo moderno, lembrem-se: Philip K. Dick foi o primeiro a chegar a elas.» [Terry Gilliam]


Ubik e outras obras de Philip K. Dick estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/philip-k-dick/

Sobre Sobre a Tirania, de Timothy Snyder

 



Timothy Snyder é historiador e professor na Universidade de Yale. Venceu o Prémio Hannah Arendt em 2013 com o livro Bloodlands: Europe Between Hitler and Stalin e é co-autor de Thinking the Twentieth Century, o último livro do historiador Tony Judt. Neste livro, o autor explica-nos como podemos resistir e sobreviver aos movimentos de autoritarismo.


«Este escritor não nos deixa ficar com ilusões sobre nós próprios.» [Svetlana Alexievich, Vencedora do Prémio Nobel da Literatura 2015]


«Este livro tem de ser lido. É inteligente e intemporal.» [George Saunders]


«Sobre a Tirania é o livro mais interessante sobre literatura de resistência.» [Carlos Lozada, The Washington Post]


Sobre a Tirania está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/sobre-a-tirania-vinte-licoes-do-seculo-xx/

Sobre Da Democracia na América, de Alexis de Tocqueville

 



Tocqueville surge-nos hoje como um dos primeiros teóricos da modernidade. Quer se trate da filosofia, da política ou da sociologia, a sua principal obra, Da Democracia na América, surge-nos como referência obrigatória.

Editada em Paris pela primeira vez em 1835, Da Democracia na América tornou célebre o jovem autor, considerado de imediato um herdeiro de Montesquieu devido à capacidade de observação, elegância de estilo e serenidade de pensamento. Foi isso que levou Dilthey a considerar, alguns anos depois, Tocqueville como «o maior pensador político desde Aristóteles e Maquiavel».

São dois os temas fundamentais abordados em Da Democracia na América. A parte inicial trata das instituições norte-americanas como expressão dos costumes e do estilo de vida e aborda os princípios em que se baseia um Estado democrático. Descreve o funcionamento dos três poderes da União, a estrutura e fundamentos do poder judicial, os corpos legislativos e a organização do poder executivo federal. Examina o sistema bipartidário, a importância das associações, o poder da maioria e as suas consequências. Esta primeira parte termina com uma série de capítulos destinados a avaliar a influência dos costumes e da religião na organização do sistema democrático.

Na segunda parte do livro, elabora-se uma teoria do Estado democrático que é o grande contributo de Tocqueville para a filosofia política. O aspecto decisivo está, segundo Tocqueville, na igualdade de condições que impera na sociedade norte-americana: «como ninguém difere dos seus semelhantes, ninguém poderá exercer um poder tirânico, pois, neste caso, os homens serão perfeitamente livres, porque serão de todo iguais; e serão perfeitamente iguais, porque serão de todo livres».

A igualdade e a causa da liberdade estão indissociavelmente ligadas.

Quase dois séculos depois da sua primeira edição, Da Democracia na América continua a demonstrar a sua indiscutível actualidade na ciência política.


Da Democracia na América (tradução de Miguel Serras Pereira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/da-democracia-na-america/


De Auto-Retrato num Espelho Convexo, de John Ashbery

 



«“DURANTE QUANTO TEMPO MAIS PODEREI HABITAR O DIVINO SEPULCRO…”


Durante quanto tempo mais poderei habitar o divino sepulcro

Da vida, meu grande amor? Mergulham ao fundo os golfinhos

Para buscar a luz? Ou é rocha

O que se procura? Inexoravelmente? Ah. E se algum dia


Homens com pás laranja vierem abrir a rocha

Que me encerra, que dizer da luz que entrará então?

Que dizer do cheiro da luz?

Que dizer do musgo?


Em tempos peregrinos ele feriu-me

Desde então estou aqui deitado

O meu leito de luz é uma fornalha sufocando-me

De inferno (às vezes ouço água salgada a pingar).


Falo a sério — porque sou um dos poucos

Que sustiveram a respiração debaixo da casa. […]» [p. 19]


https://relogiodagua.pt/produto/auto-retrato-num-espelho-convexo/

28.7.21

Sobre Léxico Familiar, de Natalia Ginzburg

 



Léxico Familiar é o principal livro de Natalia Ginzburg e um clássico da literatura italiana contemporânea.

A narrativa acompanha a vida dos Levi, que viveram em Turim entre 1930 e 1950, período em que se assiste à ascensão do fascismo, à Segunda Guerra Mundial e aos acontecimentos que se lhe seguiram.

Natalia, uma das filhas do professor Levi, foi testemunha dos momentos íntimos da família e dessa conversa entre pais e irmãos que se converteu num idioma secreto.

Nesta narrativa de pendor autobiográfico, os acontecimentos quotidianos misturam-se com reflexões que mantêm toda a atualidade. 

O livro venceu em 1963 o Prémio Strega.


«A sua simplicidade é um feito, bem conseguida e admirável, e bem-vinda a um mundo literário em que o manto da omnisciência é tão prontamente envergado.» [The New York Times Book Review]


Léxico Familiar e As Pequenas Virtudes (trad. Miguel Serras Pereira) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/natalia-ginzburg/

Sobre Laços de Família, de Clarice Lispector

 



«Entre nós, poucos são aqueles que têm de Clarice outra referência que não seja o nome, e no entanto, trata-se de um dos mais singulares escritores da nossa língua. As razões deste clamoroso desconhecimento não podem deixar de se inscrever na contenciosa fraternidade que existe entre Brasil e Portugal e que leva a que, salvo raras excepções, as ligações em Cultura se produzam pelas cinturas mais frágeis ou já canónicas. No caso de Clarice, porém, a sua obra tarda de modo inusitado a chegar até nós e por duas razões — a primeira é que Clarice Lispector deixou há muito de ser um escritor de pequenos grupos aficionados para ser, no Brasil, uma referência obrigatória caída no domínio público universitário que a cada hora a faz e a refaz de análises e suposições teóricas.» [Do Prefácio de Lídia Jorge]


Laços de Família e outras obras de Clarice Lispector estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/clarice-lispector/

Sobre Beatrix Potter

 



Beatrix Potter nasceu a 28 de Julho de 1866. Escreveu, entre outras histórias, «O Conto dos Coelhinhos Fofinhos» (1909). O sítio do British Museum apresenta algumas das ilustrações do conto e informações sobre a vida e obra de Beatrix Potter, em http://ow.ly/YCUo30rOqtK


Contos e O Conto do Pedrito Coelho estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/beatrix-potter/

Second Place, de Rachel Cusk, semifinalista do Booker Prize

 




Second Place, de Rachel Cusk, que a Relógio D’Água publicará em Outubro de 2021, é uma das treze obras na lista de semifinalistas do Booker Prize. Os outros livros são A Passage North, de Anuk Arudpragasam; The Promise, de Damon Galgut; The Sweetness of Water, de Nathan Harris; Klara and the Sun, de Kazuo Ishiguro; An Island, de Karen Jennings; A Town Called Solace, de Mary Lawson; No One is Talking About This, de Patricia Lockwood; The Fortune Men, de Nadifa Mohamed; Bewilderment, de Richard Powers; China Room, de Sunjeev Sahota; Circle, de Maggie Shipstead; e Light Perpetual, de Francis Spufford.

Os finalistas serão anunciados dia 14 de Setembro. Mais informação em https://thebookerprizes.com/fiction/2021


De Rachel Cusk a Relógio D’Água já editou Kudos, disponível em https://relogiodagua.pt/produto/kudos/

Sobre Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares


Uma mulher, um assassino, um médico, um menino, uma prostituta e um louco.

E uma noite.


«O livro Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares, é uma óptima obra para abrir um século. E se nada mais aparecer durante o século XXI, ele já preenche os cem anos. É sublime.» [Hélia Correia]


«Um grande livro, que pertence à grande literatura ocidental.» [José Saramago]


Esta e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Sobre A Humanidade dos Monstros, de H. G. Cancela

 



«Quem vê melhor, o agressor ou a vítima? Quem empunha a arma ou quem suporta a violência? Quem agride ou quem sofre? Quem toca ou quem sente? Qual dos olhares, qual das experiências nos mostraria com mais veracidade o acontecimento? A frieza do agressor ou o medo da vítima? O poder de um ou a sujeição do outro?

Quem vê melhor, quem age ou quem observa? Quem está no palco ou quem está na plateia? Quem escreve, quem lê? Quem pinta, quem vê? Quem diz, quem ouve? Quem pergunta, quem responde?»


De H. G. Cancela, a Relógio D’Água publicou também obras de ficção, disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/h-g-cancela/

27.7.21

Sobre o Adolescente, de Fiódor Dostoievski

 



O Adolescente foi publicado três anos depois de Os Demónios e cinco antes de Os Irmãos Karamázov.

O narrador e protagonista deste livro é Arkádi Dolgorúki, um ingénuo jovem de 19 anos repleto de ambição e opiniões.

Filho ilegítimo de um latifundiário, Dolgorúki encontra-se dividido entre o desejo de expor as injustiças do pai e de conquistar o seu amor.

Inspirado por um sonho incoerente de comunhão e tendo na sua posse um misterioso documento que acredita que lhe dá poder sobre os outros, parte para São Petersburgo com a intenção de confrontar o pai que mal conhece.


«O Adolescente é o mais cativante dos romances de Dostoievski.» [Konstantín Mochulski, autor de Dostoievski: Obra e Vida]


O Adolescente (tradução de António Pescada) e outras obras de Fiódor Dostoievski estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/fiodor-dostoievski/

Sobre A Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein

 



Gertrude Stein era uma jovem escritora de 28 anos quando, em 1903, regressou a Paris e aí passou a residir com o seu irmão Leo.

Em 1907, chegou à capital francesa Alice B. Toklas, igualmente originária de uma abastada família californiana. 

Conheceram-se, e Alice Toklas tornou-se assistente de Gertrude e depois sua companheira.

A sua vida parisiense passava-se na Rue de Fleurus, onde aos sábados à tarde recebiam escritores e pintores no salão da casa de Gertrude.

Picasso era visita frequente, com a sua «risada espanhola», assim como Cézanne, Matisse, Juan Gris, Scott Fitzgerald, Apollinaire, Cocteau, Pound e Hemingway.

Como diz Alice Toklas, «os génios vinham para conversar com Gertrude Stein» e «as mulheres faziam sala comigo».

Este livro é de facto a autobiografia de Gertrude Stein, escrito do aparente ponto de vista de Alice Toklas, e está repleto de histórias sobre os escritores e pintores que conheceu nessa época, uma crónica dos agitados anos artísticos e literários parisienses do começo do século xx. O estilo é audacioso, cúmplice e sarcástico. Foi escrito em apenas seis semanas em 1932.


«Agarra o leitor com a sua informalidade, ritmo compassado, humor inesperado e sagacidade.» [The Sunday Times]


«A Autobiografia de Alice B. Toklas» tem tradução de Margarida Periquito.

De Gertrude Stein, a Relógio D’Água editou também Paris França. Mais informação sobre as duas obras aqui: https://relogiodagua.pt/autor/gertrude-stein/

Sobre As Pequenas Virtudes, de Natalia Ginzburg

 



«Esta semana trago uma escritora italiana, Natalia Ginzburg, que merece muito ser lida. […]

A Relógio D’Água volta a traduzir Natalia Ginzburg: publicou no ano passado uma memória autobiográfica, Léxico Familiar, e publica agora este conjunto de ensaios da autora, com o título As Pequenas Virtudes.

Aquilo que distingue Natalia Ginzburg é o modo simultaneamente vigoroso e elegante, diria, sem espalhafato, como escreve sobre questões da intimidade, nomeadamente sobre as relações pessoais e familiares e sobre os filhos, muito presentes de uma forma ou doutra, por vezes de forma discreta, mas sempre presentes em quase todos estes textos deste livro com onze breves ensaios, As Pequenas Virtudes. […] E este título […] é também o título do último ensaio da obra, publicado em 196o, é um texto em que Natalia Ginzburg fala não só das virtudes que se devem passar aos filhos na educação, mas acima de tudo do modo como nos relacionamos com o dinheiro e de como é essencial ter isso presente na relação e na educação dos filhos, uma reflexão escrita de uma forma clara e elegante, uma elegância e uma clareza raras.» [Carlos Vaz Marques, Governo Sombra, 24/7/2021: https://bit.ly/3xazHL7]


As Pequenas Virtudes e Léxico Familiar (trad. Miguel Serras Pereira) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/natalia-ginzburg/

Sobre Os Mumins e a Grande Cheia, de Tove Jansson

 



«Os Mumins e a Grande Cheia" foi escrito durante a Segunda Guerra Mundial e publicado originalmente em 1945, numa altura em que Tove Jansson se dedicava ao cartoon político e ao design gráfico.» Mais informação aqui.


«Os Mumins e a Grande Cheia» e outras obras de Tove Jansson estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/tove-jansson/

Sobre Tempos Difíceis, de George Bernard Shaw

 



«[N]este livro Dickens solta, e solta para sempre, as rédeas do seu selvagem sentido de humor. Sempre teve tendência para se libertar: há passagens nos discursos da Sr.ª Nickelby e de Pecksniff que são tão impossíveis quanto divertidas. Mas agora não é uma questão de passagens: aqui começa por fim a exercer despreocupadamente o seu poder de nos apresentar uma personagem nos termos mais fantásticos e chocantes, quase não lhes pondo na boca, de uma à outra ponta do livro, nenhuma palavra que se imaginasse pronunciável por qualquer ser humano são, e no entanto dá‑nos o inconfundível e exactamente verdadeiro retrato de uma personagem que reconhecemos imediatamente não apenas como real, mas também como típica.» [Do Posfácio de George Bernard Shaw]


Tempos Difíceis (trad. Daniel Jonas) e outras obras de Charles Dickens estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/charles-dickens/

26.7.21

Episódio especial de I’ll Be Gone in the Dark

 





Elizabeth Wolff, realizadora de I’ll Be Gone in the Dark, baseado na obra Desaparecer na Escuridão, de Michelle McNamara, editada pela Relógio D’Água, contou ao Expresso como surgiu o episódio especial: «“Tínhamos todo este material sobre outro caso que Michelle investigou, o assassinato de Kathy Lombardo”, justifica a escolha, destacando a história da jovem que morava na cidade natal de Michelle (Oak Park, nos arredores de Chicago). […]» O episódio especial «traz novas revelações chocantes no caso Lombardo e apresenta a própria investigação da falecida McNamara sobre a violação e assassínio, que a levou a regressar a Oak Park em 2013 para investigar o local, encontrando rapidamente inconsistências no trabalho policial». [João Miguel Salvador, E, Expresso, 23/7/2021: https://expresso.pt/cultura/2021-07-24-lll-Be-Gone-in-the-Dark-o-novo-capitulo.-No-trilho-de-mais-um-assassino-em-serie-3a866763]

O novo episódio está disponível na HBO.


Desaparecer na Escuridão, de Michelle McNamara (trad. Alda Rodrigues), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/desaparecer-na-escuridao/

Sobre De Noite Todo o Sangue É Negro, de David Diop

 



«No terreno enlameado e lunar da I Grande Guerra, entre crateras de obuses e trincheiras que se assemelham ao sexo exposto de uma mulher, um soldado narra na primeira pessoa uma odisseia sangrenta. O seu nome é Alfa Ndiaye, nasceu no Senegal, e está na Europa, integrado num destacamento de “chocolates” (a alcunha dada aos soldados negros), a lutar por um país que nem sequer conhece: a França. O seu amigo de sempre, Mademba Diop, “mais do que irmão”, fica gravemente ferido, com as entranhas de fora, e suplica-lhe o alívio do golpe de misericórdia, mas ele recusa três vezes, à luz das leis morais que lhe inculcaram na infância. Ao pensar neste seu ato, Ndiaye conclui que não passou de uma traição, uma cobardia. Para se redimir, decide tornar-se, voluntariamente, um monstro. “Quando saio do ventre da terra, sou inumano por escolha”, diz ele. E Enfrenta as balas como se nada fossem, captura soldados inimigos com bravura quase mágica, usa o seu machete para esquartejá-los, traz de cada investida um troféu macabro: a mão cortada de um soldado germânico, ainda segurando a respetiva espada.» [José Mário Silva, entrevista com David Diop, E, Expresso, 23/7/2021]


De Noite Todo o Sangue É Negro, de David Diop (tradução de Miguel Serras Pereira), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/de-noite-todo-o-sangue-e-negro/

Sobre Primeiros Contos e Outros Contos, de Agustina Bessa-Luís

 



«Agustina sempre gostou do conto, das histórias contadas à lareira, ou na sombra da ramada. Todos sabiam contar histórias, e a atenção dos ouvintes era captada com uma sabedoria magistral. Agustina foi ouvinte, e aprendeu. Mesmo nos seus romances, por vezes deparamo-nos com umas páginas que poderiam ser isoladas num conto.

E o que sinto é que, embora uns desses contos estejam localizados numa cidade, como na Coimbra dos anos 40, por exemplo; numa época, que pode ser a medieval, ou o século XIX, ou a de hoje; num contexto que já é memória, como a infância; é certo que, se despirmos os contos desses sinais, se despirmos as personagens da sua roupagem, se lhes retirarmos as máscaras, e ficar apenas a fala, o conto permanece intacto e eternamente actual.» [Do Prefácio de Mónica Baldaque]


Este livro reúne dezassete contos, quinze dos quais inéditos.


Esta e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

25.7.21

Sobre O Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick

 



América, quinze anos após o final da Segunda Grande Guerra. As potências vencedoras dividiram as suas conquistas: os nazis controlam Nova Iorque e a Califórnia é controlada por Japoneses. 

Mas entre estes dois estados confrontados numa guerra fria existe uma zona neutra onde, dizem os rumores, reside o lendário autor Hawthorne Abendsen, que receia pela sua vida, pois escreveu em tempos um livro no qual os Aliados venceram a Segunda Grande Guerra.


«O escritor de ficção científica mais consistente do mundo.» [John Brunner]


«Um dos genuínos visionários que a ficção norte-americana produziu.» [L. A. Weekly]


«Philip K. Dick vê e abraça as possibilidades aterradoras de que os outros autores fogem.» [Paul Williams, Rolling Stone]


Esta e outras obras de Philip K. Dick estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/philip-k-dick/

24.7.21

Sobre Naomi, de Junichiro Tanizaki

 



Na-o-mi. As três sílabas deste nome, invulgar no Japão da década de 1920, prendem a imaginação de Jo-ji, um engenheiro de 28 anos, que depressa se sente atraído por Naomi, uma recepcionista de café, adolescente de origens obscuras. Seduzido pelo seu comportamento inocente e as suas feições quase eurasiáticas, parecidas com as da actriz Mary Pickford, Jo-ji deseja ardentemente arrancar a jovem Naomi à zona sórdida da Tóquio do pós-Grande Guerra e modelá-la, fazendo dela a sua companheira ideal. Mas quando os dois se juntam e se entregam à sua paixão comum pela cultura ocidental, Jo-ji descobre que Naomi está longe de ser a rapariga naïf das suas fantasias.

«Naomi», a obra-prima literária que ajudou a confirmar Junichiro Tanizaki como um dos maiores romancistas japoneses, ao lado de Mishima e Kawabata, é, ao mesmo tempo, a história da obsessão e do tormento de um homem e uma brilhante abordagem da evolução cultural de um país.


«Tanizaki escreve com uma sensualidade inabalável.» [John Updike]


«Na mesma escola de “O Amante de Lady Chatterley” e “Lolita”… Poderosamente erótico, terrivelmente engraçado, a obra-prima de um grande romancista.» [Booklist]


Este e outros livros de Junichiro Tanizaki estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/junichiro-tanizaki/

Sobre Obra Completa, de Arthur Rimbaud

 



Reúne-se aqui a obra de Arthur Rimbaud.

Excluíram-se apenas os poemas em latim, os exercícios escolares, e algumas cartas comerciais sem interesse.

A parte referente à poesia é bilingue.

Muitos dos poemas são traduzidos pela primeira vez em Portugal, o mesmo acontecendo com a correspondência literária. Publica-se também a novela «Um Coração debaixo de Uma Sotaina», que é importante para compreender a obra de Rimbaud e é um dos seus raros textos irónicos.

Dos seus poemas em verso e em prosa mais conhecidos, «O Barco Ébrio», Uma Temporada no Inferno e Iluminações, são apresentadas novas traduções.

A aventurosa vida pós-literária de Rimbaud é abordada no prefácio e nas cartas e relatórios que escreveu.


«É habitual falar-se na existência de um mistério na vida de Rimbaud, o precoce abandono da poesia no apogeu da criatividade literária.

Mas essa é apenas a parte visível de um enigma maior que é a ligação entre a sua vida de poeta e a de negociante em Áden e na Abissínia. 

A verdade é que a sua última década de vida ilumina com luz retrospectiva a poesia que de outro modo não seria a mesma, tal como não seria a mesma a imagem que hoje temos de Rimbaud se ele tivesse envelhecido nos salões literários de Paris.

Sem esse abandono não teríamos uma noção exacta da autenticidade da sua procura visionária e das experiências e sofrimentos que por causa dela consentiu ou se impôs.

É por isso que a poesia que Rimbaud escreveu parece existir suspensa num tempo de incorruptível juventude.» [Do Prefácio]


Obra Completa de Arthur Rimbaud (trad. Miguel Serras Pereira e João Moita) e O Rapaz Raro estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/arthur-rimbaud/

23.7.21

José Gardeazabal na Feira do Livro de Braga






Amanhã, pelas 17:00, na Feira do Livro de Braga, José Gardeazabal debate com Rui Cardoso Martins o «Lado B das personagens», com moderação de Manuella Bezerra de Melo. Mais informação em https://www.forumbraga.com/Feiras/FeiraLivroBraga





Viver Feliz Lá Fora e Dicionário de Ideias Feitas em Literatura, de José Gardeazabal, estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jose-gardeazabal/