21.3.25

Sobre A Fera na Selva, de Henry James

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: A Fera na Selva, de Henry James (tradução de Miguel Serras Pereira)


Este livro é a história de John Marcher, um homem que, desde que tem memória, está obcecado pela sensação de que um evento transformador — ou mesmo catastrófico — o aguarda, à espreita, como um animal numa selva.


A Fera na Selva e outras obras de Henry James editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/henry-james/

De Meadowlands, de Louise Glück

 «PARÁBOLA DO REI


O grande rei, ao olhar em frente,

não viu o destino, mas apenas

a aurora que cintilava sobre

a ilha desconhecida: enquanto rei,

pensou de forma imperativa —

não mudemos de rumo,

avancemos sem parar

sobre o mar radioso. Afinal,

o que é o destino senão uma estratégia para ignorar

a História, com os seus dilemas

morais, uma forma de encarar

o presente, onde se tomam

decisões, como o elo

necessário entre o passado (imagens do rei

enquanto jovem príncipe) e o glorioso futuro (imagens

de jovens escravas). Fosse o que fosse

à sua espera mais à frente, porque havia de ser

tão ofuscante? Quem teria adivinhado

que não se tratava do Sol habitual

mas de chamas erguendo‑se sobre um mundo

prestes a extinguir‑se?» [Meadowlands, p. 21, trad. Inês Dias]


Meadowlands (trad. Inês Dias) e outras obras de Louise Glück estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/louise-gluck/

20.3.25

Sobre Luto sem Bússola, de Carme López Mercader

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Luto sem Bússola, de Carme López Mercader (tradução de Miguel Serras Pereira)


Esta é uma sentida homenagem a Javier Marías e uma comovente reflexão sobre o luto.


Primeiro chega a morte. Depois o luto. A desolação infinita.

Um tempo acompanhado de dor, perplexidade e da mais absoluta tristeza, de desconcerto, incredulidade, conselhos e opiniões. Também de tentativas de consolo, destinadas ao fracasso.

Nada nos prepara para a perda, menos ainda quando esta é devastadora, por mais que a razão nos indique que é uma possibilidade. A realidade é que, quando chega, não sabemos como enfrentá-la.


Terra incognita, era assim que se denominavam nos mapas antigos os territórios desconhecidos, que, porque o eram, os cartógrafos enchiam de seres imaginários. “Para lá há dragões”, advertiam. Ou seja, monstros.

Na terra incognita do luto também os encontraremos. Às vezes os que surgem de nós mesmos e outras vezes chegados de lugares estranhos e inesperados. Mas vamos ter de os enfrentar a todos, sós, sem mapa e, ao contrário do que Javier, o meu marido, dizia que guiava a sua escrita, também sem bússola.



Carme López Mercader (Barcelona, 1953) é economista e editora.

Foi esposa de Javier Marías até à morte do escritor, em setembro de 2022.

Luto sem Bússola é o seu único livro publicado. Os seus lucros revertem para a Fundación Javier Marías para a investigação do impacto neurológico do SDRA.a


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/produto/luto-sem-bussula/


Os livros de Javier Marías editados pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/javier-marias/

Sobre Na Primavera, de Karl Ove Knausgård

 «Não sabes o que é o ar, contudo, respiras. Não sabes o que é o sono, contudo, dormes. Não sabes o que é a noite, contudo, é nela que repousas. Não sabes o que é o coração, contudo, ele bate regularmente no teu peito, noite e dia, noite e dia, noite e dia.

Tens três meses de idade e estás como que envolta em rotinas, ficas na mesma posição ao longo dos dias porque não tens um casulo como as larvas, não tens uma bolsa como os cangurus, não tens um covil como os texugos ou os ursos. (…)

Como é o mundo para um recém-nascido?

Luminoso e escuro. Frio e quente. Macio e duro.»


Na Primavera (trad. Pedro Porto Fernandes) e outras obras de Karl Ove Knausgård estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/karl-ove-knausgard/

19.3.25

Sobre A Quinta dos Animais, de George Orwell e Odyr

 Uma sátira mordaz sobre uma sociedade oprimida que caminha para o totalitarismo.

Alegórico e intemporal, o livro de George Orwell, agora em romance gráfico, adaptado e ilustrado por Odyr.


A Quinta dos Animais, de George Orwell, ilustrado e adaptado por Odyr (trad. Carlos Vasconcelos) e outras obras de George Orwell estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/george-orwell/

Sobre Um Feiticeiro de Terramar, de Ursula K. Le Guin

 «Um Feiticeiro de Terramar, da consagrada autora norte-americana Ursula K. Le Guin (1929-2018), foi agora relançado pela Relógio d’Água. Sobejamente conhecida como escritora de ficção científica, autora de obras como A Mão Esquerda das Trevas (Relógio d’Água) ou Os Despojados, Ursula K. Le Guin fez também a sua incursão no mundo da fantasia. […]

Esta tetralogia [Terramar] é uma das maiores criações da literatura fantástica, embora não nos transporte para mundos muito diferentes do nosso. A escrita é sóbria e cuidada, criando sem dificuldade um ambiente misterioso e mágico que parece emanar do nosso próprio inconsciente e imaginário.» [Paulo Serra, Postal, 18/3/2025: https://postal.pt/opiniao/leitura-da-semana-um-feiticeiro-de-terramar-de-ursula-k-le-guin-por-paulo-serra/]


Um Feiticeiro de Terramar (tradução de Carlos Grifo Babo) e outras obras de Ursula K. Le Guin já editadas pela Relógio D’Água em https://www.relogiodagua.pt/autor/ursula-k-le-guin/

18.3.25

Sobre Paz ou Guerra, de Mikhail Shishkin

 «Um livro que propõe uma tentativa de descodificação de um país que se tornou uma ameaça para o resto do mundo. O livro chama-se Paz ou Guerra e tem por subtítulo A Rússia e o Ocidente: Uma Abordagem, e a abordagem do autor é tão interessante e original como o único romance dele publicado em Portugal.

O autor chama-se Mikhail Shishkin. […] Este livro não é ficção, é uma reflexão deste autor, uma reflexão muito pessoal de um escritor russo exilado na Suíça atualmente.

Faz a radiografia da evolução daquilo a que chama uma “mentalidade de escravo” na cultura russa. No prefácio que Mikhail Shishkin escreveu especificamente para esta edição portuguesa pode ler-se: “O meu país está fora do tempo” e “A guerra é o pão da ditadura”.» [Carlos Vaz Marques, Programa Cujo Nome Estamos legalmente Impedidos de Dizer, SIC Notícias, 15/3/2025: https://sicnoticias.pt/programas/programa-cujo-nome-estamos-legalmente-impedidos-de-dizer/2025-03-15-video-ministro-do-sorpasso-ministro-do-periodo-refractario-e-presidente-da-camara-municipal-de-marraquexe-6f4f0414]


Paz ou Guerra — A Rússia e o Ocidente: Uma Abordagem (tradução de Ana Falcão Bastos, João Maria Lourenço e Larissa Shotropa) está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/paz-ou-guerra-a-russia-e-o-ocidente-uma-abordagem/