14.9.24

Sobre Vinte e Quatro Horas da Vida de Uma Mulher, de Stefan Zweig

 Numa respeitável pensão familiar na Côte d’Azur, no início do século xx, ocorre um escândalo. Madame Henriette, esposa de um dos hóspedes, foge com um jovem que ali passara apenas um dia.

Todos se unem na condenação da imoralidade de Madame Henriette. Só o narrador, com a ajuda de uma idosa dama inglesa, procura compreender o que se passou. Será ela a explicar-lhe, numa longa conversa, as apaixonadas recordações que este episódio lhe suscitou.


Vinte e Quatro Horas da Vida de Uma Mulher (tradução de Gilda Lopes Encarnação) e outras obras de Stefan Zweig estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/stefan-zweig/

Sobre Vida Nova, de Dante

 «Dante escreve Vita Nuova, provavelmente, entre 1291 e 1295, por volta dos vinte e oito anos, num tempo histórico de grandes mutações sociais e espirituais, e no seio de uma Florença onde os intelectuais de procedência laica e burguesa aspiravam substituir o controle da Igreja sobre a produção científica e a criação artística, após o modelo estatal que o imperador Frederico II experimentara, em conflito com o Papado, no sul de Itália, até à sua morte, em 1250. (…)

Vita Nuova é a narrativa de uma experiência humana indissociável de uma experiência estilística: se o amor de Beatriz dinamiza todo o percurso performativo de acção e reflexão do sujeito, simultaneamente, no desenvolvimento da personalidade, no aperfeiçoamento moral e espiritual, é a sua morte que provoca a necessidade da narrativa que ordena a existência passada dele e o consciencializa da exigência de renovar o modo da criação poética para que a sua poesia se abra à transcendência.» [Da Introdução]


Vida Nova (edição bilingue, tradução de Jorge Vaz de Carvalho) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/vida-nova/

13.9.24

Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: O Casal Feliz, de Naoise Dolan

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: O Casal Feliz, de Naoise Dolan (tradução de José Miguel Silva)


À medida que o casamento se aproxima e cinco vidas se cruzam, cada uma delas se verá à procura de um caminho para ser feliz para sempre.


Da autora de Tempos Emocionantes, este é um romance brilhante sobre amor e casamento, fidelidade e traição, que é ao mesmo tempo ferozmente inteligente e extremamente agradável.


«Um brilhante romance contemporâneo.» [Colm Tóibín]


«Irónico, perspicaz e sábio.» [Marian Keyes]


«Estou absolutamente impressionado com o talento de Dolan.» [Douglas Stuart]


«Maravilhoso.» [Pandora Sykes]


O Casal Feliz (tradução de José Miguel Silva) e Tempos Emocionantes (tradução de Carla Morais Pires) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/produto/o-casal-feliz/

Sobre O Rapaz Que Seguiu Ripley, de Patricia Highsmith

 «E se o rapaz que conhecera na noite anterior fosse Frank Pierson? Dezasseis anos. Parecia tê-los, mais do que os dezanove que lhe dissera. Do Maine, não de Nova Iorque. Quando o velho Pierson morrera não tinha aparecido um retrato da família toda no IHT? Pelo menos aparecera um retrato do pai, cujo rosto Tom não conseguia recordar. Ou teria sido no Sunday Times? Mas do rapaz de há três dias lembrava-se melhor do que era costume lembrar-se das pessoas. A expressão do rapaz era bastante meditativa e séria; não sorria facilmente. Boca firme, sobrancelhas escuras, retilíneas. E o sinal na face direita, demasiado pequeno para aparecer numa fotografia de tamanho médio, talvez, mas um sinal. O rapaz não fora apenas delicado; fora cauteloso.»


Um jovem americano com quem Tom se relaciona por acaso poderá ser o herdeiro de uma fortuna. De quem foge ele afinal? Que razões o levam a ocultar tão desesperadamente o seu segredo? Que perigos esperam Tom se o ajudar?

Este é o enigma do quarto romance da série Ripley. 


O Rapaz Que Seguiu Ripley (trad. Carolina de Oliveira) e outras obras de Patricia Highsmith estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/patricia-highsmith/

Dionysos, uma criação de Pedro Ramos, com texto de Hélia Correia, na Floresta de Monsanto


Até dia 27 de Setembro, é possível assistir a Dionysos, com direção artística, coreografia, e dispositivo cénico de Pedro Ramos, com texto original de Hélia Correia e inclusão de textos de Pedro Ramos, de excertos de “As Bacantes” de Eurípedes e contributos dos intérpretes.

O espectáculo tem interpretação de Jorge Cunha Machado, Sara Belo, Vitor Alves da Silva, Mara Morgado e Pedro Ramos, e pode ser visto na Floresta de Monsanto, em Lisboa, junto ao Centro de Interpretação de Monsanto (CIM).

Mais informação aqui: https://www.ordemdoo.com/obras/dionysios/


Acidentes, Certas Raízes e outras obras de Hélia Correia estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/helia-correia/

Estreia da última temporada de A Amiga Genial


Estreou-se no passado dia 10 de Setembro a última temporada de A Amiga Genial, que adapta História da Menina Perdida, o quatro volume da tetralogia de Elena Ferrante. Mais informação aqui: https://observador.pt/2024/09/10/a-amiga-genial-o-ultimo-regresso-de-lila-e-lenu/


Deixando o marido em Florença, Elena volta a Nápoles para viver com Nino Sarratore, esperando que este se separe da mulher. É agora uma escritora reconhecida e procura escapar ao ambiente conflituoso do bairro onde cresceu e a sua família continua a viver. Evita encontrar Lila, que entretanto saiu da fábrica onde trabalhava, para se tornar empresária. Mas as duas amigas de infância não conseguem manter-se distantes e acabam mesmo por engravidar ao mesmo tempo, o que lhes permite reencontrar a passada cumplicidade.

As suas filhas vão crescer juntas num bairro onde as relações amorosas e familiares são condicionadas pela lei do mais forte e onde, refletindo as transformações iniciados nos anos 80, o tráfico de droga se instala e os confrontos políticos se sucedem.

É então que de súbito uma das crianças desaparece, alterando de modo irreversível o relacionamento de Elena e Lila.


História da Menina Perdida (trad. Margarida Periquito) e outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Sobre Os Ensaios, de George Orwell

 «Orwell combateu as formas dominantes da mentira política contemporânea: a propaganda, da qual nunca nos libertámos, e a novilíngua, a que hoje sucumbimos. Por isso, o maior dos seus ensaios talvez seja “A Política e a Língua Inglesa” (1946). A intuição de que a decadência da linguagem e a decadência da política estão ligadas uma à outra é fácil de acompanhar; difícil era demonstrar, exemplificando, o que estava errado na política daquele tempo, em particular a política da esquerda daquele tempo, trazendo à luz as frases feitas, a sintaxe tortuosa, as metáforas mortas, os eufemismos desonestos. Consciente de que a maleabilidade da língua inglesa a predispõe para o sofisticado e o quotidiano, para a poesia e as manchetes de jornal, Orwell defendeu uma linguagem, quer dizer, uma política, de concisão e clareza, de palavras concretas e comuns. Ao contrário do que diziam os detractores, ele não “fazia o jogo” do inimigo: a linguagem de alguns amigos é que era o seu inimigo.» [Do Prefácio de Pedro Mexia]


Os Ensaios (trad. José Miguel Silva e Frederico Pedreira) e outras obras de George Orwell estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/george-orwell/