30.4.23

Peter Sloterdijk na Academia das Ciências de Lisboa, no dia 5 de Maio

 




No próximo dia 5 de Maio, Peter Sloterdijk participa na comemoração do 18.º aniversário de Os Músicos do Tejo.

Para celebrar esta data, Os Músicos do Tejo vão contar com a presença de um dos autores que mais admiram, o filósofo Peter Sloterdijk. A obra e a intervenção pública de Peter Sloterdijk tem-se destacado pela originalidade surpreendente do seu modo de pensar questões com grande relevância para a atualidade e, também, por um estilo e um sentido de humor muito próprios que cativam audiências em todo o mundo.

Por seu lado, Os Músicos do Tejo têm vindo a basear o seu trabalho no conhecimento e pesquisa da música numa perspetiva histórica e numa atenção especial à atualidade como fonte de inspiração para programas de concerto inovadores e multidisciplinares. “O pensamento extremamente original de Peter Sloterdijk tem tido uma difusão enorme por todo o mundo e a sua presença é requisitada nos mais conceituados fóruns e universidades. Também para o pensamento subjacente às múltiplas propostas artísticas d'Os Músicos do Tejo tem sido muito influente a obra deste pensador e, daí, a vontade de oferecer ao público português a oportunidade única deste contacto próximo com um contemporâneo tão admirável”, explicam Marcos Magalhães e Marta Araújo, fundadores d’Os Músicos do Tejo.

Nesta sessão, que irá ter lugar na sala principal da Academia das Ciências de Lisboa, irão juntar-se a música e a filosofia num evento multidisciplinar que irá celebrar estes 18 anos de vida, assim como uma homenagear este grande pensador.

O evento irá incluir uma alocução do professor Sloterdijk, vários momentos musicais e uma conversa.

Muitos dos artistas que têm colaborado com Os Músicos do Tejo irão participar, revisitando vários momentos do repertório tocado ao longo destes 18 anos, com obras de Pergolesi, J.S. Bach, Telemann, Almeida, Eisler, Purcell, entre outros.

São eles Marco Oliveira, Joana Seara, Luís Rodrigues, Karyna Gomes, Elizabeth Maravilha, Emanuela de Rosa, Hugo Oliveira, entre muitos outros.

Bilhetes à venda em https://musicosdotejo.bol.pt/Comprar/Bilhetes/122794-maioridade_18_anos_d_os_musicos_do_tejo_c_peter_sloterdijk-associacao_cultural_os_musicos_do_tejo?fbclid=IwAR3AhVdMWGDYIS-L5saeeNKOZ6plyBMfJF2HnA0MlxMUKMH1TLIVCGVKBKA




Tens de Mudar de Vida e outras obras de Peter Sloterdijk estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/peter-sloterdijk/

29.4.23

Jokha Alharthi participa no festival Lisboa 5L, dia 4 de Maio






No próximo dia 4 de Maio, pelas 19:00, na Sala Agustina Bessa-Luís da Biblioteca Palácio Galveias, Jokha Alharthi fala com Isabel Lucas sobre a tradição e a contemporaneidade em conflito no Médio Oriente.

Mais informação em https://lisboa5l.pt/agenda/uma-voz-do-deserto/

A Relógio editou dois romances de Jokha Alharthi: Corpos Celestes (tradução de Inês Dias) e Laranjeira-Amarga (tradução de Marta Mendonça), ambos disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jokha-alharthi/

28.4.23

De Nesta Grande Época, de Karl Kraus

 



«Nesta grande época que eu conheço desde pequenina; que há‑de voltar a ser pequena se ainda lhe restar tempo para isso; e que nós, já que, no domínio do crescimento orgânico, não é possível tal transformação, preferimos tratar por gorda e, em boa verdade, também por grave; nesta época, em que acontece precisamente o que não éramos capazes de imaginar e em que forçoso é que aconteça o que imaginar já não podemos, e se pudéssemos, não aconteceria; nesta época séria, que estourou de riso só de pensar que poderia vir a sê‑lo; que, surpreendida pela sua própria tragédia, procura diversões e, ao apanhar‑se a si mesma em flagrante, se põe à cata de palavras; nesta época ruidosa, que ressoa com a horrenda sinfonia dos actos que produzem notícias de jornal e das notícias de jornal responsáveis por actos: nesta época, não esperem uma só palavra minha.» [p. 109]


Nesta Grande Época (trad. de António Sousa Ribeiro) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/nesta-grande-epoca/

Sobre Os Livros da Minha Vida — O Que Li e O Que Escrevi, de Maria Filomena Mónica

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Os Livros da Minha Vida — O Que Li e O Que Escrevi, de Maria Filomena Mónica


«Gosto de viver entre livros. Nunca me interessei por decorações, mas aprecio ver as paredes da minha casa forradas com estantes onde guardo os livros que fui reunindo ao longo dos anos. Não é um prazer estético, mas a certeza de que, mal ou bem, foram eles que me fizeram. Além disso, os livros são um laço que me une aos meus contemporâneos e aos meus antepassados.» [Da Introdução]


Esta e outras obras de Maria Filomena Mónica estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/maria-filomena-monica/

Sobre Temor e Tremor, de Søren Kierkegaard

 


«O tratamento acentuadamente patético em Temor e Tremor (…) permite analisar pormenorizadamente nos sucessivos episódios, e nas sucessivas “modificações” anunciadas e logo introduzidas pelos respectivos autores, os conflitos de ordem pessoal e inter-relacional que afectam o indivíduo que procura uma forma consequente de objectivar o seu sentimento. Nos episódios de Temor e Tremor, a representação do amor como uma força vital encontra-se em todas as situações imagináveis como estando determinadas por esse sentimento — seja ele paternal, filial, fraternal, erótico, para com a divindade, para com a polis, ou a philosophia; na maioria dos casos, a ultrapassagem desse amor implica não só a óbvia perda desse sentimento, como a morte de uma das partes ou o seu desaparecimento enquanto receptáculo do amor de um outro.» [Da Introdução]


Temor e Tremor (trad. Elisabete M. de Sousa) e outras obras de Søren Kierkegaard estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/soren-kierkegaard/

Sobre Maternidade, de Sheila Heti

 



Neste livro, Sheila Heti questiona o que se ganha e o que se perde no momento em que uma mulher se torna mãe, abordando a decisão mais importante da vida adulta com o candor, o humor e a originalidade que fizeram dela uma escritora aclamada por toda uma geração.


Elena Ferrante considerou-o um dos seus livros favoritos.


«Este livro de Sheila Heti tornar-se-á a literatura definitiva sobre o tema da maternidade.» [The Guardian]


«Esta investigação na relação da mulher com os aspectos morais, sociais e psicológicos da procriação é uma iluminação, uma provocação e uma resposta, em última análise, às novas normas da feminidade, formuladas com a mais profunda autoridade intelectual por uma mulher. Não é parecida com nada que tenha lido. Sheila Heti abriu novos caminhos quer na sua maturidade como artista quer nas possibilidades do próprio discurso feminino.» [Rachel Cusk]


«Essencial. Uma semificção semelhante à de escritores como Ben Lerner, Rachel Cusk e Teju Cole.» [The New York Times]


«Mais bem descrito como um ensaio filosófico na tradição de Montaigne.» [The Times Literary Supplement]


«Lembra-me Temor e Tremor, de Kierkegaard.» [Elif Batuman]


Maternidade, de Sheila Heti (tradução de Valério Romão), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/maternidade-pre-venda/

Sobre Mataram a Cotovia, de Harper Lee

 



Situado em Maycomb, uma pequena cidade imaginária do Alabama, durante a Grande Depressão, o romance de Harper Lee, vencedor do Prémio Pulitzer, em 1961, fala-nos do crescimento de uma rapariga numa sociedade racista. 

Scout, a protagonista rebelde e irónica, é criada com o irmão, Jem, pelo seu pai viúvo, Atticus Finch. Ele é um advogado que lhes fala como se fossem capazes de entender as suas ideias, encorajando-os a refletirem, em vez de se deixarem arrastar pela ignorância e o preconceito. 

Atticus vive de acordo com as suas convicções. É então que uma acusação de violação de uma jovem branca é lançada contra Tom Robinson, um dos habitantes negros da cidade. Atticus concorda em defendê-lo, oferecendo uma interpretação plausível das provas e preparando-se para resistir à intimidação dos que desejam resolver o caso através do linchamento. Quando a histeria aumenta, Tom é condenado e Bob Ewell, o acusador, tenta punir o advogado de um modo brutal.

Entretanto, os seus dois filhos e um amigo encenam em miniatura o seu próprio drama de medos, centrado em Boo Radley, uma lenda local que vive em reclusão numa casa vizinha.


«O estilo de Harper Lee revela-nos uma prosa enérgica e vigorosa capaz de traduzir com minúcia o modo de vida e o falar sulistas, bem como uma imensa panóplia de verdades úteis sobre a infância no Sul dos EUA.» [Time]


Mataram a Cotovia (trad. Fernando Ferreira-Alves) está disponível em https://relogiodagua.pt/autor/harper-lee/

27.4.23

Sobre As Rotas da Seda, de Peter Frankopan

 



A região das Rotas da Seda é desconhecida para muitos. No entanto, a região que ligava o Ocidente com o Oriente foi onde a civilização nasceu, onde as grandes religiões do mundo se enraizaram, onde eram trocados bens e onde as línguas, as ideias e a doença se disseminavam. Em «As Rotas da Seda», Peter Frankopan afasta-se de uma visão eurocêntrica do mundo para oferecer um relato diferente da História, sublinhando a importância vital readquirida por essa zona do mundo.


«O mais iluminador livro do ano... Um antídoto saudável a relatos eurocêntricos da História.» [Times Literary Supplement]


«Frankopan é um historiador brilhante e destemido de Oxford, que marcha com rapidez e erudição através dos séculos. Um livro fascinante a todos os níveis. Um feito histórico de alcance épico.» [The Guardian]


«Um projecto pessoal de enorme coragem. Inspirador e ambicioso.» [The New York Review of Books]


«Um livro extremamente ambicioso… A escrita de Frankopan é clara e repleta de pormenores memoráveis.» [The Economist]


As Rotas da Seda (trad. Isabel Castro Silva) e As Novas Rotas da Seda (trad. Frederico Pedreira) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/peter-frankopan/

O Retrato de Casamento, de Maggie O'Farrell, finalista do Women's Prize for Fiction

 



O Retrato de Casamento, de Maggie O’Farrell, é um dos seis títulos finalistas do Women’s Prize for Fiction. O vencedor será anunciado dia 14 de Junho. Mais informação em https://womensprizeforfiction.co.uk/features/features/news/announcing-the-2023-womens-prize-shortlist


O Retrato de Casamento (trad. Inês Dias) e Hamnet (trad. Margarida Periquito) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/maggie-ofarrell/

Sobre A Amiga Genial, de Mara Cerri e Chiara Lagani, a partir do romance de Elena Ferrante

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: A Amiga Genial, de Mara Cerri e Chiara Lagani, a partir do romance de Elena Ferrante (tradução de Margarida Periquito)


Esta é a história da amizade entre Raffaella Cerullo e Elena Greco, Lila e Lenù.

Uma ligação indissolúvel que surge entre duas raparigas que dão as mãos num bairro miserável da periferia de Nápoles, nos anos 1950, e percorre toda a sua vida.

A relação acaba num desaparecimento, uma tentativa desesperada de perderem o rasto uma da outra.

É uma sugestiva viagem pelo imaginário do romance que cativou leitores de todo o mundo, através de sensibilidade artística de Mara Cerri, uma das melhores ilustradoras contemporâneas, e da sabedoria narrativa de Chiara Lagani, dramaturga e intérprete da companhia teatral Fanny & Alexander.

Uma transposição apaixonante, preservando as potencialidades expressivas da linguagem da banda desenhada, o que ilumina com novas perspetivas o romance mais icónico de Elena Ferrante.



Chiara Lagani nasceu em Ravenna, em Itália, em 1974. É atriz, dramaturga e tradutora.

Escreve os textos originais para os espetáculos do grupo Fanny & Alexander, de Ravenna. Entre as representações da companhia estão Ada, de Vladimir Nabokov, uma peça inspirada em O Feiticeiro de Oz e História de Uma Amizade, baseada na tetralogia de A Amiga Genial, de Elena Ferrante. Em 2017, recebeu o prémio Riccione Speciale per l’Innovazione drammaturgica.



Mara Cerri nasceu em Pesaro em 1978. É ilustradora, autora de álbuns ilustrados e de filmes de animação.

É autora dos desenhos de A Praia de Noite, de Elena Ferrante, e colaborou com escritores como Andrea Bajani, Paolo Cognetti, Nadia Terranova e Davide Orecchio.

Realizou com Magda Guidi a curta de animação Via Curiel 8, vencedora no Torino Film Festival, e participou no documentário Ferrante Fever, de Giacomo Durzi.

Em 2020, foi a responsável pelo grafismo do manifesto do Salone del libro di Torino.


Mais informação em https://relogiodagua.pt/produto/a-amiga-genial-o-romance-grafico/


Outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Sobre Ingmar Bergman, de Cristina Carvalho

 



«Buenos días, Zamora y Portugal

Ayer tuvo lugar la presentación del libro BERGMAN, a cargo de su escritora, Cristina Carvalho, de su traductora, Concha López Jambrina , y de Xabier Xalabardé , como director de cine y conocedor de la obra del insigne protagonista de la noche, Ingmar Bergman.

La audiencia del público asistente fue de muy alta calidad, y a este que les escribe, le encantó el nivel de intervención pues estaba en mi salsa, como quien dice, conversando de uno de mis directores de cine preferido.

Como director de cine, pocas veces puedes hablar de CINE, con personas que saben, con categoría y que se habían visto todas las películas de él, lo cual es un reto para mí porque es un público de altísimo nivel.

En definitiva, una tarde que no olvidaré en mi vida.

Salió la gente satisfecha y encantada de poder ver y disfrutar del diálogo entre Cristina y yo sobre la persona y personalidad de director sueco.

Bergman no deja indiferente, y la presentación a modo de diálogo fue un acierto de planteamiento. 

Traer a Bergman a Zamora junto con Cristina Carvalho  es un privilegio que ya querrían en Madrid, Barcelona o Bilbao.

El viaje inspirador de la biografía y el nivel increíble de Cristina, fueron los que me motivaron hace ya dos meses para aceptar de inmediato la prestación como director de cine a la labor de traer a Zamora alto nivel intelectual cinematográfico.

Durante más de una hora, con mi intervención interpelado, pudimos dar pinceladas a el porqué de las motivaciones de Ingmar Bergman a su tipo de cine, como persona y como cineasta.

La labor previa de conocimiento por mi parte más la labor añadida de actualización del conocimiento Bergman.

Quiero agradecer a la periodista Tania Nicole Hernandez Suárez , su asistencia y fotografías estupendas.

Quiero agradecer a Algis, mi profe de cine en Anima eskola de Bilbao, sus conocimientos compartidos conmigo en mi postgrado, que son parte del éxito que tuvimos ayer.

Si no habéis leído el libro, de Sabaria Editora , BERGMAN, ésta sería la ocasión de adquirirlo. Es literatura pura.

A la tarde os seguiré contando...

Gracias a la concejala de cultura Maru Marusiña por su colaboración en que está presentación haya sido posible.

La CULTURA es imprescindible.»

[Comunicação de Xavier Xalabardé, realizador de cinema, a propósito da apresentação da edição castelhana de Bergman, de Cristina Carvalho, em Zamora]


«Ingmar Bergman — O Caminho contra o Vento» e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/

Mónica Baldaque na Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, em Esposende

 


No próximo dia 29 de Abril, pelas 16:00, Mónica Baldaque estará na Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, em Esposende, para falar sobre Sapatos de Corda — Agustina.


Sapatos de Corda — Agustina e As Sibilas — Diálogos em Sfumato estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/monica-baldaque/

As obras de Agustina Bessa-Luís já editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

26.4.23

Sobre A Morte em Veneza, de Thomas Mann

 



A Morte em Veneza é a narrativa do fascínio que Aschenbach, um escritor consagrado, sente por um adolescente, Tadzio, de deslumbrante beleza.

Uma paixão que se arrasta pelo Lido e depois pelas ruas de uma Veneza ameaçada e através da qual se questiona a situação moral do artista.

Trata­-se de uma novela em que Thomas Mann, sob a influência filosófica de Platão, aborda a relação com o belo e fala da nostalgia e das suas emoções.


«E entre palavras delicadas e graças espirituosas, Sócrates ensinava a Fedro o desejo e a virtude. Falou­-lhe do temor ardente que acomete o homem sensível quando os seus olhos vislumbram uma semelhança do belo eterno: falou­-lhe da avidez do homem ímpio e vil, incapaz de pensar o belo ao ver a sua imagem, incapaz de veneração; falou do medo sagrado que invade o homem nobre quando contempla uma face divina, um corpo perfeito — como então estremece e sai fora de si, mal ousando olhar, e como venera aquele que é belo, sim, como se ofereceria em sacrifício a este ídolo, se não receasse parecer ridículo aos olhos dos homens.»


A Morte em Veneza (tradução de Isabel Castro Silva) e outras obras de Thomas Mann estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/thomas-mann/

Sobre Da Guerra, de Carl von Clausewitz

 



A invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em 24 de Fevereiro de 2022, conferiu uma nova actualidade às questões de táctica e estratégia militar e, em particular, às concepções de Carl von Clausewitz (1780-1831).

Trata-se, com efeito, de um confronto entre dois Estados; um deles, a Rússia, procurando alargar o seu território e influência através do esmagamento do adversário, da sua destruição política e rendição incondicional.

Só que agora não se trata de uma guerra absoluta, tendo como objectivo as forças militares do inimigo, mas de uma guerra total, envolvendo também a população civil e as estruturas económicas, urbanas e sociais, sobre um fundo de ameaça de recurso a armas nucleares.

Em Da Guerra, tratado redigido no essencial entre 1816 e 1830, Clausewitz faz uma primeira tentativa ocidental para pensar o fenómeno da guerra. Nesse sentido, propõe uma teorização da acção militar entendida como instrumento da política.


Da Guerra, de Carl von Clausewitz (trad. Teresa Barros Pinto), com posfácio de Anatole Rapoport, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/da-guerra-pre-venda/

Sobre A Letra Encarnada, de Nathaniel Hawthorne

 



Depois de ter sido declarada culpada por adultério, Hester Prynne é obrigada a usar a letra vermelha “A” bordada nas roupas como castigo pelo seu crime. Enquanto o seu vingativo marido procura descobrir a verdadeira identidade do seu amante, Prynne tem de enfrentar as consequências da sua infidelidade e encontrar um lugar para si e para a sua filha ilegítima no ambiente hostil da Boston puritana em pleno século XVII.

Esta narrativa de Hawthorne surpreendeu os leitores pela sua densidade psicológica sem precedentes. O romance é agora considerado um marco na literatura americana.


«É belo, admirável, extraordinário (…) tem o encanto e o mistério inesgotáveis das grandes obras de arte.» [Henry James]


A Letra Encarnada (trad. Fernando Pessoa) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-letra-encarnada/

25.4.23

Sobre A Paixão segundo G. H., de Clarice Lispector

 



«A aterradora magnificência de “A Paixão segundo G. H.” colocou o romance entre os mais importantes do século. Pouco antes da sua morte, na sua última visita ao Recife, Clarice disse a um repórter que, de todos os seus livros, era esse que “correspondia melhor à sua exigência como escritora”. A obra inspirou uma gigantesca bibliografia, mas, na época em que foi publicada, parece ter sido quase ignorada.» [Benjamin Moser, em Porquê Este Mundo — Uma Biografia de Clarice Lispector]


«— Tu eras a pessoa mais antiga que eu jamais conheci. Eras a monotonia de meu amor eterno, e eu não sabia. Eu tinha por ti o tédio que sinto nos feriados. O que era? era como a água escorrendo numa fonte de pedra, e os anos demarcados na lisura da pedra, o musgo entreaberto pelo fio d’água correndo, e a nuvem no alto, e o homem amado repousando, e o amor parado, era feriado, e o silêncio no voo dos mosquitos. E o presente disponível. E minha libertação lentamente entediada, a fartura, a fartura do corpo que não pede e não precisa.»


«A Paixão segundo G. H.» e outras obras de Clarice Lispector estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/clarice-lispector/

Sobre Obra Poética, de José Afonso

 



«A PRESENÇA DAS FORMIGAS


A presença das formigas

Nesta oficina caseira

A regra de três composta

Às tantas da madrugada

Maria que eu tanto prezo

E por modéstia me ama

A longa noite de insónia

Às voltas na mesma cama

Liberdade liberdade

Quem disse que era mentira

Quero‑te mais do que à morte

Quero‑te mais do que à vida»

[p. 200]


Obra Poética, de José Afonso, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/obra-poetica-pre-publicacao/

24.4.23

Sobre A História, de Elsa Morante

 



A História foi publicado em 1974 e tem como cenário a cidade de Roma durante a Segunda Guerra Mundial. 

Num dia de janeiro de 1941, um soldado alemão caminha pelo bairro operário de San Lorenzo. Àquela hora pouca gente se vê nas ruas.

No seu deambular sem rumo, o soldado, alto, louro e um pouco embriagado, encontra Ida, uma professora viúva que regressa a casa depois do trabalho.

O soldado segue Ida até ao humilde andar que partilha com o filho. Viola-a e depois, com um pedido de desculpas, fuma um cigarro, sai e nunca mais saberemos dele.

Deste ato brutal, mas que a guerra torna quase banal, nasce uma criança, e a história da família judia de Ida vai encher as muitas páginas de um romance que iluminou toda a segunda metade do século xx.


“Este nosso mundo cai aos pedaços… Só tu, Elsa, consegues dar-lhe forma e dignidade.” [Italo Calvino]


A História (trad. José Lima) e O Xaile Andaluz (trad. Miguel Serras Pereira) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elsa-morante/

Sobre A História Imortal, de Karen Blixen

 



Mr. Clay, um rico comerciante da Cantão dos anos 60 do século XIX, era um homem já velho de espírito avarento e dominador.

Ouvira um dia contar que um marinheiro fora uma vez abordado por um velho muito rico que lhe ofereceu cinco guinéus se se dispusesse a engravidar a sua jovem mulher que não lhe dava filhos.

Quando soube que esta era uma história que muitos marinheiros contavam, decidiu torná-la realidade, recorrendo à ajuda de um jovem empregado, um judeu exilado, Elishama Levinsky.

O resultado não foi tornar real uma história imaginária, mas a criação de uma história imortal.


A História Imortal (trad. José Miguel Silva) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-historia-imortal/

Sobre O Meu Inimigo Mortal, de Willa Cather



 

Pelos olhos da jovem Nellie, vemos a vida de Myra, uma lenda da cidade do Sul onde ambas nasceram. Myra trocou o luxo e ostentação em que nasceu pelo amor de Oswald Henshawe, um rapaz pobre com quem fugiu. 

Vinte e cinco anos mais tarde, Nellie encontra o casal a viver na elegante pobreza de um modesto apartamento, frequentado por cantores, atores e poetas — no coração da comunidade artística de Nova Iorque.

Mas esta precária distinção dá lugar a uma pobreza real. Myra hospeda-se num hotel barato na Costa Oeste e o seu objetivo de vida — o amor — acaba por se revelar o seu pior inimigo.


O Meu Inimigo Mortal (trad. de Ana Teresa Pereira) e outras obras de Willa Cather estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/willa-cather/

Sobre Anne das Empenas Verdes, de L. M. Montgomery

 



«É um milhão de vezes melhor ser a Anne das Empenas Verdes do que a Anne de nenhum sítio em especial.»


Quando Anne Shirley chega a Avonlea surpreende toda a gente e abala a calma do lugar. Mas rapidamente a sua imaginação fértil a deixa em apuros…


Anne das Empenas Verdes, de L. M. Montgomery (trad. Maria Eduarda Cardoso), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/anne-das-empenas-verdes/

23.4.23

Sobre Bem Está o que Bem Acaba, de William Shakespeare

 



«A generalidade dos estudiosos concorda que a fonte principal de inspiração de Shakespeare para Bem Está O Que Bem Acaba foi a história de Giletta di Narbona, que constitui a nona novela do Terceiro Dia do Decameron, da autoria do italiano Giovanni Boccaccio (1313-1375). É improvável que o dramaturgo inglês tenha lido essa história no original italiano, e, por isso, têm sido aventadas duas hipóteses sobre o texto a que ele terá tido acesso: uns entendem que Shakespeare leu a história numa versão inglesa publicada em The Palace of Pleasure de William Painter (1540?-1594), cujo primeiro volume veio a público em 1566; outros defendem que o seu contacto com a história de Giletta lhe foi proporcionado pela leitura da versão francesa — é sabido que Shakespeare tinha alguns conhecimentos de francês —, da responsabilidade de Antoine le Maçon, publicada em Paris em 1584. G. K. Hunter, na excelente introdução à sua edição de All’s Well That Ends Well, desenvolve esta questão com alguma profundidade, apresentando alguns dos argumentos que têm sido invocados, quer a favor da hipótese Painter quer da hipótese Le Maçon, mas não se decide por qualquer delas. (…) 

O que Shakespeare foi capaz de fazer melhor do que ninguém foi levar-nos a reflectir — através dos comportamentos das personagens que adoptou e da forma como aproveitou histórias conhecidas — sobre a vida, o homem (com as suas virtudes e os seus defeitos), a natureza, a religião, etc., através da utilização de uma linguagem inovadora e incomparavelmente vigorosa, criativa e poética.» [Da Introdução de M. Gomes da Torre]


Bem Está o que Bem Acaba (tradução, introdução e notas de M. Gomes da Torre) e outras obras de Shakespeare estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/william-shakespeare/

Sobre Natureza Urbana, de Joana Bértholo

 



«Eu era uma pessoa simples urbana, uma planta que insistiu em crescer entre os paralelepípedos do passeio, na rua mais concorrida da metrópole, cujo destino é conhecer a sola dos sapatos de milhares de turistas e transeuntes e respirar violentas concentrações de dióxido de carbono. Eu sabia chamar um táxi, mas não o rebanho; sabia levar uma muda de roupa à lavandaria self-service e trazê-la limpa, mas não sabia levar um cântaro à teta da vaca e trazê-lo cheio. Não sabia atear fogo, construir um abrigo, nem situar-me olhando as estrelas. Não conhecia o significado dos ventos nem descodificava as nuvens, quando antecipam temporal. Os elementos do mundo em meu redor que eu considerava naturais eram indecifráveis.»


Natureza Urbana, de Joana Bértholo, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/natureza-urbana-pre-venda/

Sobre Mary Poppins, de P. L. Travers

 



«Ora, meninos», disse a Sra. Banks, reparando subitamente nos filhos, «que fazem aqui? Esta é a Mary Poppins, a vossa nova ama. Jane e Michael, digam olá à senhora.»


Jane e Michael não gostavam da sua antiga ama. Também não tinham a certeza de ir gostar da nova: Mary Poppins.

Rapidamente mudaram de ideias quando a viram deslizar pelo corrimão acima – e retirar de seguida várias coisas empolgantes de um saco de alcatifa completamente vazio.

Agora a única preocupação deles é que ela não parta, pois Mary Poppins apenas prometeu ficar «até que os ventos mudem de direção».


«Mary Poppins é a Boa Fada que todos procuramos.» [Times Literary Supplement]


Mary Poppins (trad. José Miguel Silva) e O Regresso de Mary Poppins (trad. Helena Briga Nogueira) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/p-l-travers/

22.4.23

Sobre Diários e Cadernos, de Patricia Highsmith

 



Diários e Cadernos de Patricia Highsmith falam-nos do mundo interior de uma das mais importantes romancistas do século xx. Relegada para o género policial e de mistério durante grande parte da sua vida, Patrícia Highsmith foi sendo reconhecida como uma das grandes “escritoras modernistas” (Gore Vidal).

Admirada por muitos leitores atraídos pelo torvelinho psicológico que se adivinhava por trás da sua prosa, Highsmith recusou-se a autorizar uma biografia, apesar das solicitações que teve nos últimos anos que passou na Suíça. Após a morte da autora de O Talentoso Mr. Ripley em 1995, a sua editora, Anna von Planta, descobriu os seus diários e cadernos ocultos num armário de roupa branca, acompanhados de instruções sobre o melhor modo de os ler. Durante anos, Von Planta procurou as ligações e continuidades entre cerca de oito mil páginas, que permitiram obter informações sobre a esquiva mulher que se ocultava e revelava na sua escrita.

São páginas que nos falam de uma mulher que, nas palavras de Graham Greene, era mais uma “poeta do receio do que do medo”. Um livro que mostra as facetas contraditórias da autora, a sua capacidade de manipulação sem pudor, os seus entusiasmos, os seus momentos de antissemitismo e misoginia e até de racismo, a par da sua elevada disciplina de escrita e de uma vida em que os gatos e os caracóis lhe mereciam mais afeto do que muitos seres humanos.

Patricia Highsmith revela o que antes já havia confessado através das suas personagens; que amar e matar estão afinal separados por uma frágil barreira, que todos podemos passar de vítimas a carrascos e que o inferno está ao virar da esquina do paraíso.


“Este livro oferece o retrato mais completo jamais publicado desta canónica autora.” [The New York Times]


Diários e Cadernos (tradução de Alda Rodrigues) e outras obras de Patricia Highsmith estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/patricia-highsmith/

Sobre Patañjali e o Yoga, de Mircéa Eliade

 



«Veremos através de que métodos o Yoga julga alcançar estes surpreendentes resultados. Mas não podemos deixar de ter em conta uma das maiores descobertas da Índia: a da consciência-testemunha, a consciência desvinculada das suas estrutura psicofisiológicas e do seu condicionamento temporal, a consciência do “libertado”, isto é, daquele que conseguiu desligar-se da temporalidade e conhece, portanto, a verdadeira e inefável liberdade. A conquista dessa liberdade absoluta constitui o objectivo de todas as filosofias e técnicas místicas indianas, mas foi sobretudo através do Yoga, através de uma das múltiplas formas de Yoga, que a Índia acreditou poder assegurá-la.»


Patañjali e o Yoga (trad. Elsa Castro Neves) e O Sagrado e o Profano (trad.  Rogério Fernandes) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/mircea-eliade/

Sobre Ada ou Ardor, de Vladimir Nabokov

 



Escrito numa prosa irrequieta, fluente e mágica, este romance acompanha Ada desde o seu primeiro encontro na infância com Van Veen em Ardis Hall — a mansão campestre do tio deste, numa luminosa América de sonho. São décadas de êxtase em que atravessam continentes, se separam e reúnem, até compreenderem a estranha verdade da sua singular relação.

Ada ou Ardor é o mais nabokoviano romance de Nabokov.

A imaginação do autor não se exprime apenas no amor de Ada e Van, a irmã e o irmão. O fio narrativo dessa paixão é acompanhado de falsas citações, títulos erróneos, digressões sobre o tempo e ajustes de contas culturais.


«Ada é o livro pelo qual eu gostaria de ser lembrado depois da minha morte.» [Vladimir Nabokov]


Ada ou Ardor (trad. Fernanda Pinto Rodrigues) e outras obras de Vladimir Nabokov estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/vladimir-nabokov/

21.4.23

Sobre A Morte É Uma Flor, de Paul Celan

 



“Talvez mais do que todos os que já conhecíamos, este último livro de Paul Celan (que ele, na ambiguidade do gesto de conservar os poemas, quis e não quis que fosse último) gravita à volta de um núcleo de sentido(s) que é o de sempre, mas de onde se destacam, com contornos mais nítidos, dois vectores maiores: a memória e o silêncio (poderíamos também dizer: a História e a Linguagem).” [Do Posfácio de João Barrento]


A Morte É Uma Flor (tradução e posfácio de João Barrento) e outras obras de Paul Celan estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/paul-celan/

Sobre Poemas Escolhidos das Irmãs Brontë





As irmãs Brontë são principalmente conhecidas pelos seus romances: O Monte dos Vendavais, de Emily, Jane Eyre, de Charlotte, ou Agnes Grey, de Anne. Mas escreveram também poesia.

Este livro contém uma selecção dos melhores poemas das três escritoras.

De Charlotte (1816-1855), inclui «Pressentimento» e «Paixão» e dois poemas sobre a morte das irmãs, entre outros.

De Emily (1818-1848), considerada a melhor poetisa das três, inclui «Fé e Desalento» e «Minha Alma não É Cobarde».

A poesia de Anne (1820-1849) é representada por diversos poemas, entre eles, «O Penitente» e «Se Isto For Tudo».

Embora o trabalho de Emily seja o mais destacado, a poesia das irmãs Brontë partilha inteligência, consciência e profunda emoção.


Poemas Escolhidos e outras obras de Charlotte, Emily e Anne Brontë estão disponíveis em https://relogiodagua.pt

Sobre Inteligência Artificial 2041 — Dez Visões para o Nosso Futuro, de Kai-Fu Lee e Chen Qiufan

 



A inteligência artificial (IA) será a tecnologia definidora do século XXI. Dentro de duas décadas, vários aspetos da vida humana diária serão provavelmente irreconhecíveis. A IA gerará riqueza sem precedentes, revolucionará a medicina e a educação através da simbiose humano-máquina e criará novas formas de comunicação e entretenimento.

Mas, ao libertar-nos de muito do trabalho rotineiro, a IA irá desafiar os princípios organizacionais da nossa ordem económica e social. Trará, além disso, novos riscos sob a forma de armas autónomas e de tecnologia inteligente herdeira do preconceito humano.


Neste trabalho provocador e original, Kai-Fu Lee, ex-presidente da Google China e autor do livro As Superpotências da Inteligência Artificial, junta-se ao romancista Chen Qiufan para imaginar o nosso mundo em 2041, através de dez histórias curtas e envolventes.


«Uma viagem imersiva pelo futuro da humanidade. Extremamente revelador.» [Mark Cuban]


«Uma visão inestimável do nosso futuro.» [Ray Dalio]


«Dizer que este livro é esclarecedor e valioso é subestimá-lo.» [John Kao, Forbes]


Inteligência Artificial 2041 — Dez Visões para o Nosso Futuro, de Kai-Fu Lee e Chen Qiufan (tradução de Maria do Carmo Figueira), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/inteligencia-artificial-2041/


As Superpotências da Inteligência Artificial, de Kai-Fu Lee (trad. Maria Eduarda Cardoso), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/as-superpotencias-da-inteligencia-artificial/

Sobre O Barão, de Branquinho da Fonseca

 



«Emblema? Símbolo? Mito? O Barão é tudo isso; mas antes de tudo isso, independentemente de todos esses valores que lhe são dados pelo meio, pela raça, pelo tempo (utilizemos, já agora, sem rebuço, a trípode do velho Taine!), é um ser concreto, que nos parece “de carne e osso” pelo modo como a estrutura da novela o apresenta, gradualmente o desoculta, incompletamente o ilumina; é um ser que nos perturba, e revolta, e comove, com os seus defeitos e as suas qualidades, as suas obsessões, os seus sonhos, a sua índole pessoal e intransmissível… Daí, a incomparável espessura que ele tem como criação romanesca.

E, todavia, O Barão não é apenas o Barão.» [Do Prefácio de David Mourão-Ferreira]


O Barão, de Branquinho da Fonseca, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-barao-pre-publicacao/

Sobre O Príncipe, de Nicolau Maquiavel

 



O Príncipe foi escrito em 1513, tendo tido a sua primeira edição póstuma em 1532. Como escreveu Antonio Gramsci, o aspeto mais original do livro, que se tornaria a obra italiana mais conhecida em todo o mundo, é não ser um tratado sistemático, mas “um livro vivo em que a ideologia e a ciência política se misturam na forma dramática de mito”. Num momento conturbado da história do que é hoje a Itália, em que as potências estrangeiras ameaçavam os prósperos mas frágeis estados regionais, Maquiavel, já afastado da política ativa, concentrou nesta obra a experiência adquirida em catorze anos de administração na República Florentina. É uma obra amarga e desencantada, em que traçou o perfil do príncipe ideal, analisou os motivos da ação humana e, separando a política da moral, abriu caminho ao moderno pensamento político.


O Príncipe, de Nicolau Maquiavel (trad. José Lima), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-principe/