31.10.20

Apresentação de «O Mundo de Ortov» no Teatro Nacional D. Maria II

 





O mais recente livro de Jaime Rocha, «O Mundo de Ortov», será apresentado hoje no Teatro Nacional D. Maria II, pelas 16:00. 

Estarão presentes o realizador Ricardo Reis, Jorge Louraço Figueira, Paulo Campos dos Reis e o autor.

Após o lançamento de livro, será ainda exibido, em estreia absoluta, o filme «Ortov Sai do Escuro», por MUSGO Produção Cultural.
A entrada é livre, sob marcação.
Mais informação aqui: https://www.tndm.pt/pt/atividades/o-mundo-de-ortov/


Esta e outras obras de Jaime Rocha estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jaime-rocha/


30.10.20

Sobre O Testamento Donadieu, de Georges Simenon

 



Após a morte inesperada de Oscar Donadieu, um patriarca tirânico que fez fortuna como armador em La Rochelle, a sua família começa a desintegrar-se, processo que é acelerado pela chegada do ambicioso Philippe Dargens.


“Um dos maiores escritores do século XX.” [The Guardian]


“Adoro ler Simenon. Faz-me lembrar Tchékhov.” [William Faulkner]


“Simenon é autor de várias obras-primas do século XX.” [John Banville]


“O maior e mais genuíno romancista de toda a literatura.” [André Gide]


“Um escritor maravilhoso… Lúcido, simples, em perfeita sintonia com o que escreve.” [Muriel Spark]


Esta e outras obras de Georges Simenon estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/georges-simenon/


Sobre Antigo Testamento, com ilustrações de Marc Chagall

 



Marc Chagall começou a ilustrar a Bíblia em 1930, no que se tornaria o projecto da sua vida. Nas décadas seguintes produziu mais de cem gravuras em guache, aguarela, litografias e pinturas a óleo que exprimem a sua apaixonada exploração dos temas bíblicos. 


Este livro reúne os melhores trabalhos da série bíblica de Chagall, fundindo-os com as histórias do Antigo Testamento que os inspiraram. 


https://relogiodagua.pt/produto/antigo-testamento/


29.10.20

Sobre Zé Susto e a Bíblia dos Sonhos, de Sylvia Plath




«Mais ou menos “acabados” ou elaborados, os textos reunidos no presente volume valem seguramente por si. Pela riqueza das imagens, pela precisão e abundância dos detalhes, pela naturalidade ao mesmo tempo distanciada e cúmplice com que evocam a infância ou a loucura, pela arte de transformar um episódio aparentemente insignificante numa “campânula de vidro” ou pesa-papéis vitoriano, contendo, abrigando e dando a ver todo um pequeno mundo. Valem também pelas relações que estabelecem, quer entre si, quer, como sublinha o organizador da colectânea [Ted Hughes], com os poemas da autora — relações que tanto podem passar pelo reaproveitamento e reformulação de textos mais antigos (…).» [Da Nota Prévia de Ana Luísa Faria]


https://relogiodagua.pt/autor/sylvia-plath/ 

Sobre O Susto, de Agustina Bessa-Luís

 



«Uma das obras mais notáveis de Agustina Bessa-Luís, O Susto é um roman à clef, um romance cujas personagens são modeladas em pessoas reais. O protagonista, José Midões, é o poeta Teixeira de Pascoaes. Agustina Bessa-Luís descreve-o como uma figura excepcional, acima de todos os contemporâneos, e não esconde o fascínio que Pascoaes lhe inspira. (…)

Se todos os livros têm o seu destino, o deste romance é duplo. A sua recepção por leitores e pares, e as consequências dessa acidentada recepção, tiveram efeitos consideráveis na carreira da autora, que merecem ser descritos. Quanto ao romance em si mesmo, a descrição que nele é feita da relação entre Teixeira de Pascoaes e Fernando Pessoa, crucial para ambos, em particular para o segundo, que aparece no romance como personagem nada fugaz (Álvaro Carmo), parece ter passado inapercebida pela generalidade da crítica, não obstante ser a mais arguta análise dessa relação alguma vez publicada.» [Do Prefácio]


Esta e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

Sobre Contos de Petersburgo, de Nikolai Gogol

 



«Gogol era uma criatura estranha, mas o génio é sempre estranho; só o escritor de segunda ordem e são de espírito é que parece ao leitor agradecido um sábio e velho amigo que expõe com finura as suas próprias opiniões (do leitor) sobre a vida. A grande literatura roça o irracional. O Hamlet é o sonho demente de um académico neurótico. O Capote de Gogol é um pesadelo grotesco e sinistro que abre buracos negros no desenho pouco claro da vida. O leitor superficial verá nessa história apenas as cabriolas pesadas de um bufão extravagante; o leitor solene terá como certo que a primeira intenção de Gogol era denunciar os horrores da burocracia russa. Mas nem aquele que quer umas boas gargalhadas, nem o que anseia por livros “que nos façam pensar” compreenderão de que trata O Capote realmente. Mas deem-me o leitor criativo; este conto é para ele.» [Do Posfácio de Vladimir Nabokov]


Contos de Petersburgo (trad. Carlos Leite) e Roma (trad. Nina Guerra e Filipe Guerra) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/nikolai-gogol/


Sobre Petersburgo, de Andrei Béli

 



A história de Petersburgo decorre no Outono de 1905 e inclui reaccionários, niilistas, uma tentativa de parricídio e uma bomba escondida numa lata. No entanto, a personagem principal é mesmo a cidade que dá título ao romance. No coração do livro está a questão que durante gerações tem atormentado os russos: a identidade nacional.


«As grandes obras em prosa do século XX são, por esta ordem, o Ulisses de Joyce; A Metamorfose de Kafka; Petersburgo de Béli, e a primeira metade do conto de fadas Em Busca do Tempo Perdido de Proust.» [Vladimir Nabokov]


«Andrei Béli é um poeta de primeira ordem e o autor mais admirável ainda das Sinfonias em prosa, de O Pombo de Prata e de Petersburgo, romances que, antes da Revolução, operaram nos seus contemporâneos uma radical mudança de gostos, de onde jorrou a primeira prosa soviética.» [Boris Pasternak]


«Um romance que resume a Rússia inteira.» [Anthony Burgess]


«Um homem de percepções estranhas e inauditas — um homem mágico e, na tradição da ortodoxia russa, um louco sagrado.» [Isaiah Berlin]


«O romance russo mais importante, mais influente e mais perfeito do século XX.» [New York Review of Books]


Petersburgo, de Andrei Béli (tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/petersburgo/

28.10.20

Apresentação de O Mundo de Ortov no Teatro Nacional D. Maria II


O mais recente livro de Jaime Rocha, O Mundo de Ortov, será apresentado no Teatro Nacional D. Maria II, no dia 31 de Outubro, pelas 16:00.
Estarão presentes o realizador Ricardo Reis, Jorge Louraço Figueira, Paulo Campos dos Reis e o autor.
Após o lançamento de livro, será ainda exibido, em estreia absoluta, o filme Ortov Sai do Escuro, por MUSGO Produção Cultural.
A entrada é livre, sob marcação.
Mais informação aqui: https://www.tndm.pt/pt/atividades/o-mundo-de-ortov/

Sobre Rei, Dama, Valete, de Vladimir Nabokov

 



Em 1927, Nabokov dava grandes passeios solitários pelos bosques da ilha de Rugen. Foi então que lhe surgiu o enredo de um romance que reuniria marido, mulher e amante numa praia do Báltico.

Franz instala-se em Berlim em casa do tio Dreyer para trabalhar nos seus armazéns. Mas Martha, a esposa do tio, decide seduzi-lo, acabando por o envolver num projecto de assassínio que conhece um desenlace imprevisto.

Rei, Dama, Valete é, segundo o autor afirma no prólogo à edição inglesa de 1967, um tributo a Flaubert. Mas as referências à bíblica mulher de Putifar ou a Lady Macbeth são evidentes.


«De todos os meus romances, esta fera rutilante é a mais alegre. A expatriação, a pobreza, a nostalgia não influenciaram a sua composição refinada e exultante. Concebida nas areias costeiras da baía da Pomerânia no Verão de 1927, construída ao longo do Inverno seguinte, em Berlim, e concluída no Verão de 1928, foi publicada nos começos de Outubro pela editora russa emigrada Slovo, com o título Korol’, Dama, Valet. Era o meu segundo romance russo. Eu tinha vinte e oito anos.» [Do Prólogo de Vladimir Nabokov]


Esta e outras obras de Vladimir Nabokov estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/vladimir-nabokov/


Sobre Reino Transcendente, de Yaa Gyasi

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Reino Transcendente, de Yaa Gyasi (trad. Helena Briga Nogueira)


Em Reino Transcendente, o romance que se segue a Rumo a Casa, Yaa Gyasi traça um retrato íntimo e profundo de uma família oriunda do Gana que se mudou para o estado do Alabama, nos EUA.

Gifty está a fazer um doutoramento em Neurociências na Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, onde estuda circuitos neuronais do comportamento de procura de recompensa em ratos, assim como circuitos neuronais relacionados com depressão e vício.

O irmão, Nana, que fora um promissor basquetebolista na escola, morrera com uma overdose de heroína depois de uma lesão no tornozelo o deixar viciado em OxyContin. E a mãe, deprimida com o regresso do marido ao Gana e a morte do filho, não sai da cama. 

Gifty está decidida a descobrir uma base científica que justifique o sofrimento que a rodeia. Mas quando entra no mundo das ciências exatas, tentando entender o mistério da sua família, acaba por redescobrir a ânsia espiritual que mantinha desde criança, primeiro na igreja evangélica e depois em rutura com ela.


«Um romance repleto de momentos brilhantes, reveladores, que são tão divertidos como pungentes… Gifty é provocadoramente vital.» [James Wood, The New Yorker]


«Gyasi recorda-me outras escritoras que abordaram a experiência de imigrantes na América — Jhumpa Lahiri, Yiyun Li e Chimamanda Ngozi Adichie, em particular… Reino Transcendente troca o brilhantismo de Rumo a Casa por outro tipo de glória, mais granular e difícil de definir.» [The New York Times Book Review]


«Um livro genial… uma reflexão profunda sobre ciência e espiritualidade que lembra os livros de Richard Powers e Marilynne Robinson…» [Ron Charles, The Washington Post]


«Poderia dizer que Reino Transcendente é um romance para os nossos tempos. E é. Mas é muito mais do que isso. É um livro para todos os tempos.» [Ann Patchett]


Sobre Do Desaparecimento dos Rituais, de Byung-Chul Han

 



«A coacção para produzir e, por conseguinte, para consumir é um dos problemas que mais ocupam Han neste texto. As passagens sobre o modo como as emoções também se transformaram em produtos são das mais interessantes – “As emoções são mais efémeras que as coisas. Logo, não conferem estabilidade à vida. Além disso, ao consumir a emoção, a pessoa não se refere às coisas, mas a si mesma. Busca a autenticidade emocional” (p.14). Os valores morais apenas “aumentam o amor próprio narcisista”: “Através dos valores, a pessoa não estabelece uma relação com a comunidade, mas apenas com o seu próprio ego” (p.15).» [Hélder Beja, Parágrafo, #58, 2/10/2020]


Estas e outras obras de Byung-Chul Han estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/ 

27.10.20

Sobre De Profundis, Valsa Lenta, de José Cardoso Pires

 



«Devo dizer-lhe que é escassa a produção literária sobre a doença vascular cerebral. A razão é simples: é que ela seca a fonte de onde brota o pensamento ou perturba o rio por onde ele se escoa, e assim é difícil, se não impossível, explicar aos outros como se dissolve a memória, se suspende a fala, se embota a sensibilidade, se contém o gesto. E, muitas vezes, a agressão, como aquela que o assaltou, deixa cicatriz definitiva, que impede o retorno ao mundo dos realmente vivos. É por isso que o seu testemunho é singular, como é única a linguagem que usa para o transmitir. Eu explico-me melhor: o conhecimento científico das alterações das funções nervosas superiores obtém-se em regra por interrogatórios exaustivos, secos, monótonos, e recorrendo a testes padronizados, ou seja, perguntas idiotas cientificamente testadas e estatisticamente aferidas — dizem os autores.» [Do Prefácio de João Lobo Antunes]


Esta e outras obras de José Cardoso Pires estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jose-cardoso-pires/

26.10.20

Sobre «Sapatos de Corda — Agustina», de Mónica Baldaque

 

«Sapatos de Corda — Agustina é um relato desempoeirado da vida da escritora: a família, o Douro, os livros, os anos de Esposende, a casa do Gólgota, os Verões em Guéthary, a gestão parcimoniosa das amizades, a desconfiança do milieu literário, a natural coqueteria, o enfado com o paroquialismo indígena, a política, as viagens, os filmes de Manoel de Oliveira, o apoio do marido. Excertos de cartas escritas por Agustina à mãe e à filha iluminam o texto. O mesmo se diga da vasta iconografia: fotografias de várias épocas, reproduções, desenhos de Alberto Luís e Mónica Baldaque. (…)
Enquanto não chega a biografia de Agustina escrita pelo historiador Rui Ramos, Sapatos de Corda — Agustina é o melhor que li até hoje sobre a Sibila. Nessa medida, se Barthes falou no prazer do texto, seria fútil repetir o óbvio.»

[Eduardo Pitta: http://daliteratura.blogspot.com/2020/10/agustina-por-monica-baldaque.html]

Sapatos de Corda — Agustina, de Mónica Baldaque está disponível em: https://relogiodagua.pt/produto/sapatos-de-corda/

 


 

Sobre Como Derrotar Trump e Outros Ensaios, de Slavoj Žižek

 



«Enquanto a maior parte dos outros líderes ocidentais cruzam os braços e cometem erros, Donald Trump reforça politicamente o seu poder arrogante. A única maneira de o travar é criar uma verdadeira nova ordem mundial.

As decisões impulsivas de Trump, como a sua recusa de aceitar a declaração do G7 aprovada no Quebec, não são simples expressão dos seus caprichos pessoais. São, pelo contrário, reação perante o fim de uma época do sistema económico global, reações que assentam numa compreensão inadequada do que está a acontecer. No entanto, a visão distorcida de Trump baseia-se apesar de tudo na intuição acertada de que o sistema global existente deixou de funcionar.»


Neste conjunto de artigos, Slavoj Žižek confirma a sua capacidade de abordar de modo original temas da atualidade.

É o caso da ação de Trump, do conceito de felicidade, da relação entre a sexualidade e do movimento liberal, dos direitos de robôs, dos problemas de identidade, do politicamente correto no Vaticano e até do casamento real britânico.


«Žižek é um pensador que considera que nada está fora do seu campo de reflexão: o resultado é profundamente interessante e provocador.» [The Guardian]


Como Derrotar Trump e Outros Ensaios (trad. Miguel Serras Pereira) e outras obras de Slavoj Žižek estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/slavoj-zizek/

24.10.20

A Ciência de Interstellar, de Kip S. Thorne

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: A Ciência de Interstellar, de Kip S. Thorne (trad. de Rita Carvalho e Guerra, revisão científica de Nelson Nunes)


Este livro é uma abordagem à ciência que serviu de base ao filme Interstellar, de Christopher Nolan.


Interstellar, um dos principais filmes de Christopher Nolan, leva-nos numa viagem não apenas às mais distantes partes do Universo, mas além deste, até à quinta dimensão (ou ao bulk, como os físicos lhe chamam).

Mas, apesar de tanto o enredo como os efeitos visuais do filme parecerem de outro mundo, ambos se baseiam em ciência real, o que foi conseguido graças a Kip Thorne, vencedor do Prémio Nobel da Física que participou na criação do filme.

De buracos negros, wormholes, tempo e espaço distorcidos à gravidade quântica, anomalias gravitacionais, a quinta dimensão ou o tesserato de Christopher Nolan, Kip Thorne explica-nos, de forma detalhada mas acessível, a ciência por trás do filme e o modo como esta se desdobra para criar o enredo e os efeitos visuais.

Neste livro, o leitor pode descobrir que há factos científicos tão ou mais estranhos do que a ficção científica.


Kip Thorne, vencedor do Prémio Nobel da Física, é professor da cátedra Richard P. Feynman em Física Teórica, professor emérito do Instituto de Tecnologia da Califórnia, conselheiro científico e produtor executivo do filme Interstellar, e autor de quatro livros, entre os quais se inclui Black Holes & Time Warps. Vive em Pasadena, na Califórnia.

23.10.20

Leopardo Negro, Lobo Vermelho considerado pela revista Time um dos 100 melhores livros de fantasia

 




Leopardo Negro, Lobo Vermelho, o primeiro volume da Trilogia da Estrela Negra, de Marlon James, foi considerado pela revista Time um dos melhores 100 livros de fantasia de todos os tempos. 

Da lista fazem parte outros títulos editados pela Relógio D’Água, como As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho, de Lewis Carroll, Mary Poppins, de P. L. Travers e A Quinta Estação, de N. K. Jemisin.

A Relógio D’Água publicará A Wizard of Earthsea, de Ursula K. Le Guin, de quem já editou A Mão Esquerda das Trevas. Veja todos os livros aqui.


Os livros da Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt

Sobre Sapatos de Corda — Agustina, de Mónica Baldaque

 



«É um livro de memórias que só uma filha poderia ter escrito, um livro cujos rastilhos biográficos nos darão a possibilidade de nos sentirmos mais próximos de Bessa-Luís, das suas casas, da sua manta de xadrez, dos seus retratos, do seu fogão de sala, dos seus cães, das suas viagens.

Pela mão firme de Mónica Baldaque iremos seguros ao encontro de uma outra Agustina, a sua. “Aqui há outra Agustina. Embora não seja um livro grande, está aqui tudo”, resumiu a autora. “Pode-se dizer muito mais e elevar a vida e a obra, mas estes dados só eu é que os tenho, e só vos entrego pela vontade de pôr as coisas no seu lugar”.» [Rita Homem de Mello, i, 21/10/2020. Texto completo em https://ionline.sapo.pt/artigo/712544/monica-baldaque-a-corda-da-memoria?seccao=Mais_i ]


Sapatos de Corda — Agustina de Mónica Baldaque e as obras de Agustina Bessa-Luís já editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt


22.10.20

Sobre O Que os Cegos Estão Sonhando?, de Noemi Jaffe

 



Em abril de 1945, cerca de um ano após ser presa pelos nazis e enviada como prisioneira para Auschwitz, Lili Jaffe (cujo nome de solteira era Lili Stern) foi salva pela Cruz Vermelha e levada à Suécia. Lá, anotou num diário os principais acontecimentos por que havia passado: a captura pelos alemães, o quotidiano no campo, as transferências para outros locais de trabalho, mas também a experiência da libertação, a saudade dos pais e a redescoberta da feminilidade.

Esse diário — hoje depositado no Museu do Holocausto em Jerusalém e que, traduzido diretamente do sérvio, tem aqui a sua primeira publicação mundial — foi o ponto de partida para este livro absolutamente incomum, escrito e organizado por Noemi Jaffe. Em O Que os Cegos Estão Sonhando?, três gerações de mulheres da mesma família que se debruçam sobre o horror de Auschwitz, no impulso — tão imprescindível quanto vão — de, como observa Jeanne Marie Gagnebin, erguer uma defesa “contra a brutalidade do real”.


O Que os Cegos Estão Sonhando? está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-que-os-cegos-estao-sonhando/

Sobre Os Vagabundos do Dharma, de Jack Kerouac

 



Dois jovens irrequietos procuram o caminho do Zen: desde as maratonas de consumo de vinho, as sessões ininterruptas de poesia e o «yabyum» em São Francisco, até à solidão nas altas Sierras e uma vigília no topo do Pico da Desolação, no estado de Washington. Publicado apenas um ano depois de Pela Estrada Fora ter colocado no mapa a Geração Beat, "Os Vagabundos do Dharma" está repleto de humor e um contagiante entusiasmo pela vida.


«Uma excitação descritiva sem rival desde os dias de Thomas Wolfe.» [The New York Review of Books]


Esta e outras obras de Jack Kerouac estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jack-kerouac/

Sobre Novelas Eróticas, de M. Teixeira-Gomes

 



«M. Teixeira-Gomes, tal como na sua obra se nos apresenta ou tal como em certas personagens se projecta, está longe de ser um gozador desenfreado, à maneira de Casanova, ou um perseguidor do infinito no finito dos corpos, à maneira de Don Juan. Homo eroticus, sim; mas buscando, acima de tudo, a harmonia entre o sentimento e a sensação, o equilíbrio da emoção e da volúpia.

(…) Por curiosa inclinação do seu espírito, se não também do seu corpo, Teixeira-Gomes revela, de facto, impressionantes afinidades com o pensamento grego dos séculos IV e III antes de Cristo.» [David Mourão-Ferreira, em Aspectos da Obra de M. Teixeira-Gomes]


Novelas Eróticas está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/novelas-eroticas/

Peter Handke em Portugal

 





O vencedor do Prémio Nobel da Literatura 2019, Peter Handke, estará em Portugal no Lisbon & Sintra Film Festival (LEFFEST), que se realizará entre 13 e 22 de Novembro.

Peter Handke, que já escreveu vários argumentos para cinema e televisão e realizou a adaptação do seu romance A Mulher Canhota, será responsável pela escolha de um filme a apresentar no festival. Mais informação aqui.

A Relógio D’Água tem já editados quatro títulos do autor, disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/peter-handke/


21.10.20

Sobre Aquário, de David Mann

 



Caitlin tem doze anos e vive sozinha com a mãe — uma estivadora das docas locais — numa casa subsidiada próxima de um aeroporto de Seattle. Todos os dias, enquanto espera que a mãe a vá buscar à escola, Caitlin visita o aquário local para estudar os peixes. À medida que observa as criaturas que se movem nas águas profundas, Caitlin fica imersa num outro universo.

Quando certo dia trava amizade com um velho que partilha a sua paixão pelos peixes, Caitlin descobre um obscuro segredo de família que precipita a relação dela com a mãe para um precipício de terríveis consequências. 

Escrito em prosa cristalina, Aquário leva-nos até ao coração de uma jovem corajosa e destemida, cuja busca pelo amor e a capacidade de perdoar transforma as pessoas em seu redor. 

Implacável e desolador, original e redentor, Aquário é uma história comovente de um dos maiores escritores americanos do nosso tempo.


«Como Melville, Faulkner e McCarthy, Vann é já um dos grandes da literatura americana.» [ABC]


«Um escritor para ler e reler.» [Economist]


«Um escritor convincente e poderoso.» [Guardian]


«Maravilhoso — de partir o coração. Belíssimo… Nunca vi arte tão cuidada e luminosa.» [Lorrie Moore]


Aquário e A Ilha de Sukkwan estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/david-vann/

Sobre O Riso, de Henri Bergson

 



«Que significa o riso? Que há no fundo do risível? Que descobriremos de comum entre um esgar de palhaço, um jogo de palavras, um quiproquó de vaudeville, uma requintada cena de comédia? Que destilação nos dará a essência, sempre a mesma, a que tantos e tão diversos produtos vão buscar ora o seu odor indiscreto, ora o seu delicado perfume? Os maiores pensadores, desde Aristóteles, têm enfrentado este pequeno problema, que se escapa sempre aos seus esforços, desliza, foge, ressurge, desafio impertinente lançado à especulação filosófica.

O que nos desculpa, ao abordarmos por nossa vez o problema, é o facto de não visarmos encerrar numa definição a fantasia cómica. Vemos nela, antes do mais, algo de vivo. Tratá­‑la­‑emos, por muito leve que ela seja, com o respeito que devemos à vida. Limitar-nos-emos a vê-la crescer e desabrochar.»


O Riso (trad. Miguel Serras Pereira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-riso-2/

Sobre Riso na Escuridão, de Vladimir Nabokov

 



«Era uma vez um homem chamado Albinus que vivia em Berlim, na Alemanha. Era rico, respeitável, feliz; certo dia abandonou a mulher por causa de uma amante jovem; amava; não era amado; e a sua vida acabou em desastre.

Isto é a história toda e podíamos tê-la deixado por aqui se não fosse o proveito e o prazer no contar (…).» [Parágrafos iniciais de Riso na Escuridão]


«Riso na Escuridão é uma pequena e cruel obra-prima, um daqueles livros (…) a que nada pode ser retirado ou acrescentado sem causar estragos.» [The Times Literary Supplement]


Esta e outras obras de Vladimir Nabokov estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/vladimir-nabokov/

Relógio D’Água publica Louise Glück

 

A obra poética de Louise Glück, Prémio Nobel da Literatura 2020, vai ser publicada pela Relógio D’Água.
Até final deste ano, sairão já alguns dos seus principais livros. É o caso de The Wild Iris (Prémio Pulitzer 1993), que será traduzido por Ana Luísa Amaral; de Averno (finalista do National Book Award), em tradução de Inês Dias; Faithful and Virtuous Night (vencedor do National Book Award), por Margarida Vale de Gato; e A Village Life, por Frederico Pedreira.
Ao longo de 2021, editaremos a sua restante obra poética.
Todas as edições serão bilingues.
A obra da recente Prémio Nobel junta-se, no catálogo da Relógio D’Água, a poetas que receberam o Nobel, como Yeats, T. S. Eliot, Szymborska, Seamus Heaney, Tranströmer ou Juan Ramón Jiménez, e a outros, tão ou mais relevantes, como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Camilo Pessanha, Blake, Keats, Byron, Shelley, Wordsworth, Auden, Sylvia Plath, Walt Whitman, Ginsberg, Elizabeth Bishop, Emily Dickinson, Wallace Stevens, William Carlos Williams, Ashbery, Hölderlin, Rilke, Paul Celan, Lorca, Neruda, Baudelaire, Mallarmé, Rimbaud, Char e Michaux, Anna Akhmatova, Marina Tsvetáeva, Carlos Drummond de Andrade, Manoel de Barros, Kavafis e muitos mais. 




Sobre As Histórias de Babar, de Jean de Brunhoff

 



Este volume reúne as histórias originais de que Babar é protagonista e que foram criadas por Jean de Brunhoff.


«Um livro ilustrado que é uma obra de arte.» [Maurice Sendak]


As Histórias de Babar, de Jean de Brunhoff, estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/produto/as-historias-de-babar/

20.10.20

Sobre As Telefones, de Djaimilia Pereira de Almeida




«Ao quarto romance, a escrita de Djaimilia atinge uma nova maturidade, num apurado registo entre contenção e intensidade. […] Eis uma história contada por várias vozes, ao longo de anos, e pontuada também pela cumplicidade e a estranheza dos encontros físicos. A ler, com toda a atenção.»  [Cláudia Lobo, Visão, 12/10/20. Texto completo aqui.]


Esta e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/ 

Peças em Um Acto, de Anton Tchékhov (trad. António Pescada)

 



Disponível em ww.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Peças em Um Acto, de Anton Tchékhov (trad. António Pescada)


«Na sua produção dramatúrgica, depois de uma peça tão extensa como Platónov, Tchékhov como que estabilizou a sua produção em peças de algumas dezenas de páginas, certamente guiado por um maior contacto com os palcos e com a vida real do teatro. No meio dessa sua intensa produção, tanto na prosa como na dramaturgia, escreveu as peças em um acto, não às centenas como em certa ocasião sugeriu ser capaz de escrever, nem a dúzia a que mais tarde se limitou com maior realismo, mas menos de uma dezena. […]

Sendo embora curtas, estas peças em um acto nem por isso são “pequenas”, porque, como todas as grandes obras, mantêm a sua actualidade e a sua frescura.» [Do Prefácio de António Pescada]


Inclui as peças Na Estrada Real; O Canto do Cisne; O Urso; O Pedido de Casamento; O Trágico à força; A Boda; O Aniversário do Banco; e Os Malefícios do Tabaco.


Estas e outras obras de Anton Tchékhov estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/anton-tcheckhov/


Sobre Tchékhov na Vida, de Ígor Sukhikh

 



«“Tchékhov na Vida” justapõe num só volume cartas pessoais trocadas com a família, com os amigos e com o seu círculo de relações profissionais. A estes trechos juntam-se linhas de contos e peças que espelham aquilo de que Tchékhov fala e ainda frases do que se escreveu sobre ele.» [Rui Lagartinho, Expresso, 21/4/2019. Texto completo aqui.]


Tchékhov na Vida de Ígor Sukihkh (trad. Nina Guerra e Filipe Guerra) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/tchekhov-na-vida/

19.10.20

Expresso escolhe 37 livros, dos quais 21 estão na Relógio D’Água

 








No último número da revista E, vários críticos e jornalistas do Expresso escolheram 37 obras de ficção (narrativa e poesia).

Vinte e um desses títulos foram publicados na Relógio D’Água. No entanto, nove das edições (capas) são de outras editoras que não a Relógio D’Água. Como, estranhamente, não são referidos os tradutores das obras, ignora-se se nestes casos o critério de escolha das capas reproduzidas foi ocasional ou deliberado.

Nos 12 títulos em que surgiram reproduzidas as capas da Relógio D’Água, temos Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski (escolha de Henrique Monteiro [HM]); Retrato de Uma Senhora, de Henry James (escolha de Pedro Mexia [PM]); Madame Bovary, de Gustave Flaubert (escolha de Clara Ferreira Alves [CFA]); O Ofício de Viver, de Cesare Pavese (escolha de PM); Moby Dick, de Herman Melville (escolha de José Mário Silva); Poeta em Nova Iorque, de Federico García Lorca (escolha de PM); O Vermelho e o Negro, de Stendhal (escolha de HM); O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë (escolha de CFA); A Terra Devastada, de T. S. Eliot (escolha de PM); Ensaios de Montaigne (escolha de HM); As Ondas, de Virginia Woolf (escolha de Luísa Mellid-Franco); e Macbeth, de William Shakespeare (escolha de CFA).

Nos 9 livros de que foram seleccionadas edições que não as da Relógio D’Água, temos O Processo, de Franz Kafka (trad. Gilda Lopes Encarnação); Guerra e Paz, de Lev Tolstoi (trad. António Pescada); Elegias de Duíno, de Rainer Maria Rilke (trad. José Miranda Justo); A Montanha Mágica, de Thomas Mann (trad. António Sousa Ribeiro); Poesia de Álvaro de Campos; Os Maias, de Eça de Queirós; Cândido ou O Otimismo, de Voltaire (trad. José Cláudio e Júlia Ferreira); O Grande Gatsby (trad. Ana Luísa Faria); e D. Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes (trad. José Bento).


Os livros da Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt

Sobre Pensamentos, de Blaise Pascal

 



«Pascal oferece muito sobre que o mundo moderno faria bem em pensar. E de facto, por causa da sua combinação e equilíbrio únicos de qualidades, não sei de nenhum escritor religioso mais pertinente para o nosso tempo. Os grandes místicos, como São João da Cruz, são em primeiro lugar para leitores com um objectivo especialmente determinado; os escritores devotos, como São Francisco de Sales, são em primeiro lugar para aqueles que já se sentem conscientemente desejosos do amor de Deus; os grandes teólogos são para os interessados em teologia. Todavia, não consigo pensar em nenhum autor cristão, nem mesmo Newman, que mais do que Pascal devesse ser recomendado àqueles que duvidam, mas que têm a capacidade intelectual para conceber e a sensibilidade para sentir a desordem, a futilidade, a ausência de sentido, o mistério da vida e do sofrimento, e que apenas conseguem encontrar paz através da satisfação de todo o ser.» [Da Introdução de T. S. Eliot]


Pensamentos (trad. Miguel Serras Pereira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/pensamentos-2/


Sobre Pensamentos, de Oscar Wilde

 



«Possuo os gostos mais simples», comentou certa vez Oscar Wilde, «fico sempre satisfeito com o melhor.»

Neste livro os leitores irão encontrar uma selecção de comentários de Oscar Wilde sobre arte, natureza humana, moral, sociedade, política, história e vários outros temas. Epigramas, aforismos e citações — retirados das várias peças de Wilde, dos seus ensaios, romances e ainda de conversas, artigos e cartas — configuram um pensamento sofisticado sob uma aparência paradoxal, divertida ou provocadora.

Como escreveu J. L. Borges: «Lendo e relendo Wilde ao longo dos anos, reparo num facto de que os seus admiradores não parecem sequer ter suspeitado: o facto comprovado e elementar de que Wilde quase sempre tem razão (…) Oscar Wilde é um desses escritores privilegiados que existem sem necessitarem de aprovação dos críticos, nem sequer dos leitores. O prazer que retiramos da sua companhia é irresistível e constante.»


Esta e outras obras de Oscar Wilde estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/oscar-wilde/

16.10.20

Sapatos de Corda — Agustina, de Mónica Baldaque

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Sapatos de Corda — Agustina, de Mónica Baldaque


«Minha Mãe estava tranquila quanto à minha educação, e passava as semanas por casa, a escrever, a ler; no inverno vestia um kilt comprido, uma manta de xadrez nas pernas, a botija no colo, a lareira acesa; no verão, os vestidos leves de linho branco, as portas abertas para o pinhal.

Não esqueço as caminhadas de minha mãe, na praia, os sapatos de corda brancos que descalçava e sacudia da areia quando chegava ao caminho. Nenhuma pegada ficara para trás. De longe, eu via, com sobressalto, que às vezes a imagem de minha mãe desaparecia, ou porque um raio de sol a assombrasse, ou porque partia no dorso de um tubarão branco num passeio vertiginoso e imprudente, ou porque…»


Amanhã às 18:00, no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, Hélia Correia fará a apresentação do livro.


De Patañjali e o Yoga, de Mircéa Eliade

 



«Yoga, jungere, jugum


Não é fácil definir o Yoga. Etimologicamente, o termo Yoga deriva da raiz yuj, «ligar», «manter unido», «jungir», «pôr sob o mesmo jugo», de que provêm também o latim jungere, jugum, o inglês yoke, etc. O vocábulo Yoga serve geralmente para designar qualquer técnica de ascese e método de meditação. Evidentemente, tais asceses e meditações foram valorizadas de forma diferente pelas múltiplas correntes de pensamento e movimentos místicos indianos. Existe um Yoga «clássico», exposto por Patañjali no seu célebre tratado Yoga-Sûtra, e é deste sistema que deveremos partir para compreender a posição do Yoga na história do pensamento indiano. Paralelamente a este Yoga «clássico», existem, todavia, inúmeras formas de Yoga «populares», assistemáticas, e existem também os Yogas não bramânicos (por exemplo, o dos budistas, o dos jainas).

No fundo, foi o próprio termo Yoga que permitiu esta grande variedade de significados: se, com efeito, etimologicamente, yuj significa «ligar», é no entanto evidente que o «liame» estabelecido por essa acção de ligar pressupõe, como condição preliminar, a ruptura dos liames que unem o espírito ao mundo. Noutros termos: a libertação não pode ter lugar se não nos tivermos primeiro «desligado» do mundo, se não começámos por nos afastar do circuito cósmico, sem o que nunca nos chegaremos a reencontrar, nem a ter o domínio de nós próprios. Mesmo na sua acepção «mística», isto é, mesmo no seu significado de união, o Yoga implica o desapego preliminar da matéria, a emancipação relativamente ao mundo. A tónica recai no esforço do homem («pôr sob o mesmo jugo»), na sua autodisciplina, graças à qual pode obter a concentração do espírito, mesmo antes de ter pedido — como nas variantes místicas do Yoga — o auxílio da divindade. «Ligar», «manter unido», «pôr sob o mesmo jugo», tudo isso tem por objectivo unificar o espírito, abolir a dispersão e os automatismos que caracterizam a consciência profana. Para as escolas do Yoga «devocional» (místico), esta «unificação» não faz mais, evidentemente, do que preceder a verdadeira união, a da alma humana com Deus.» [pp. 11-12]


Patañjali  e o Yoga e O Sagrado e o Profano estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/mircea-eliade/