«O chá japonês, servido invariamente sem leite e sem açúcar, que lhe prejudicariam o aroma, é a bebida mais suavemente agradável que possa oferecer-se ao nosso paladar (não de todos porém, mas um paladar sentimental, um tanto sonhador… que nisto dos nossos órgãos de sentir há temperamentos, aptidões afectivas características...). 0 guyokuró, por exemplo, que é o mais celebrado chá de Uji e de todo o Japão, instila tais subtilezas balsâmicas de sabor, que mais parece um perfume; poderia dizer-se que uma maravilhosa alquimia conseguiu liquefazer os aromas das flores — flores dos jardins, flores silvestres —, transferindo do olfacto ao paladar a impressão do gozo.»
É deste modo que Wenceslau de Moraes fala desta bebida japonesa em O Culto do Chá, a que se acrescentam neste volume dois outros textos seus, Uji — A Terra do Chá e Vestígios da Passagem dos Portugueses no Japão.
O Culto do Chá, de Wenceslau de Moraes, está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/o-culto-do-cha-2/