31.5.23

Sobre Pais e Filhos, de Ivan Turguéniev

 


«Pais e Filhos não só é o melhor romance de Turguéniev, mas também um dos maiores romances do século XIX. Turguéniev conseguiu fazer aquilo a que se propôs: criar um personagem masculino, um jovem russo, que afirmasse a sua — do personagem — ausência de introspecção e que, ao mesmo tempo, não fosse uma marioneta nas mãos de um repórter social. Bazárov é um homem forte, sem dúvida — e muito possivelmente, tivesse ele vivido além dos vinte anos (acaba de sair do liceu quando o conhecemos), ter-se-ia tornado um grande pensador social, um médico famoso ou um revolucionário activo, para lá dos limites do romance.» [Do Posfácio de Vladimir Nabokov]


Pais e Filhos (trad. António Pescada) e outras obras de Ivan Turguéniev estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ivan-turguenev/

José Pinho, o Livreiro Que Subverteu a Edição

 


José Pinho foi o livreiro que mais contribuiu para transformar a paisagem editorial portuguesa nas últimas décadas.

Era um homem de projectos improváveis, e por vezes improvisados, mas que inexplicavelmente resultavam.

Foi dele o lançamento da Ler Devagar (nome que só por si é um programa), uma cooperativa com dezenas de associados.

O seu projecto maior foi o Folio, que transformou a imagem de Óbidos, associando-a a um festival internacional e enchendo a vila de livrarias em locais por vezes inverosímeis. Era possível encontrá-lo lá, numa igreja a que deu um uso laico, sacerdote profano pontificando diante de um altar de pilhas de livros.

Procurou trazer a vetusta Ferin para os dias de hoje, o que não era fácil e só em parte conseguiu.

Fazia parecer naturais ou até inevitáveis projectos que antes dele ninguém tentara ou sequer imaginara — mas era também capaz de se inspirar no que de melhor lá fora se fazia, do festival de Paraty à aldeia dos livros no País de Gales.

Nunca esmoreceu com desaires como o da livraria na Braço de Prata ou a Ler Devagar na Culturgest.

Revelou talentos de arquitecto para fazer algumas das mais belas livrarias, jogando com a vastidão das paredes, recantos, paletes, uma escada em caracol, ou mesmo velhos armários que outros teriam rejeitado por decrépitos e inúteis.

Dirigiu as várias edições do Festival Internacional de Literatura e Língua Portuguesa, Lisboa 5L. O Centro Cultural e Social do Bairro Alto foi o seu último projecto, e ainda me recordo de o ver, num impecável fato branco, saltar entre escadas ainda desfeitas e paredes em reconstrução, indicando os locais onde a sua imaginação instalara livrarias, estúdios de gravação e cinema, uma galeria de arte e a sala de concertos onde um piano parecia aguardar que o arrancassem ao isolamento e ao silêncio.

Era perspicaz, voluntarioso, e a sua confiança nos outros fazia com que confiassem nele. Tinha também uma inabalável confiança nos dias que passavam, mesmo sabendo-se há muito ameaçado pela doença.


Francisco Vale

Revista Estante, da FNAC, recomenda livros da Relógio D'Água

 



Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski, Mataram a Cotovia, de Harper Lee, À Espera no Centeio, de J. D. Salinger, e Uma Viagem à Índia, de Gonçalo M. Tavares, entre os «14 livros que todos os estudantes deviam ler», na revista Estante, da FNAC.

A FNAC recomenda ainda a leitura de O Grande Gatsby, de F. Scot Fitzgerald, adaptado por Fred Fordham e ilustrado por Aya Morton.

A Relógio D’Água editou também A Mensagem, de Fernando Pessoa, o romance gráfico de Fahrenheit 451, de Ray Bradbury e Tim Hamilton, e Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, de George Orwell.



Sobre Sr. Salário, de Sally Rooney

 



“Senti que o meu amor por ele era tão total e tão avassalador que muitas vezes me era impossível vê-lo claramente.”


Há alguns anos, Sukie foi viver com Nathan, porque a sua mãe tinha morrido, era difícil lidar com o seu pai e ela não tinha mais nenhum lado para onde ir. Agora, Sukie e Nathan estão prestes a enfrentar o inevitável.


Sr. Salário (trad. José Lima) e outras obras de Sally Rooney estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sally-rooney/

Livros do Dia 31 de Maio na Feira do Livro de Lisboa

 



Húmus, de Raul Brandão

As Ilhas Gregas, de Lawrence Durrell

As Histórias de Babar, de Jean de Brunhoff

As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho, de Lewis Carroll

Pensar sem Corrimão, de Hannah Arendt

A Arte da Vida, de Zygmunt Bauman

A Interpretação dos Sonhos, de Sigmund Freud

A Rebelião das Massas, de Ortega y Gasset

Poemas e Canções, vol. I, de Leonard Cohen

O Declínio da Mentira e A Alma do Homem e o Socialismo, de Oscar Wilde

Sonetos, de Florbela Espanca

A Hora da Estrela, de Clarice Lispector

A Estrada, de Cormac McCarthy

Crónicas do Mal de Amor, de Elena Ferrante

Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas

Infância, Adolescência e Juventude, de Lev Tolstói

A Morte de Ivan Iliitch, de Lev Tolstói

Os Demónios, de Fiódor Dostoievski

Sobre Folhas de Erva, de Walt Whitman

 



«Propus-me representar, sem qualquer desânimo, a humanidade tal como ela é. Pretendi compor um conjunto de poemas que representassem a natureza física, emocional, moral, intelectual e espiritual de um homem. A título de exemplo, este homem sou eu mesmo.» [Walt Whitman]


Folhas de Erva (trad. Maria de Lourdes Guimarães) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/folhas-de-erva/

30.5.23

Sobre As Velas da Noite, de Ana Teresa Pereira

 



Este livro reúne seis contos e uma peça de teatro, «Harbinger». 

Um dos contos, «As Velas da Noite», que dá o título do livro, leva-nos, desde o início, ao singular universo da autora. 


«Alguns realizadores sabiam dirigir os olhos de Emma Frost. Eram olhos enormes, ligeiramente verdes, que podiam tornar-se muito escuros, quase pretos.

Emma não tinha a beleza de leite e rosas, os cabelos louros e ondulados da mãe. Era alta e esguia como o pai, com uma boa estrutura óssea, o cabelo louro escuro. Suficientemente bonita para arranjar trabalho como modelo enquanto estudava Representação.»


As Velas da Noite, editado em 2014, e outras obras de Ana Teresa Pereira estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ana-teresa-pereira/

Sobre Terna É a Noite, de F. Scott Fitzgerald

 



Terna É a Noite é um desses títulos cuja carga simbólica nunca se perdeu. Escrito no início dos anos 30, por um Fitzgerald solitário, lutando contra o álcool, é um dos romances marcantes da literatura norte-americana.

Casal de referência da «geração perdida», Fitzgerald e Zelda tinham então chegado ao fim da sua estrada dourada.

E em Terna É a Noite não é difícil descobrir, em Dick Diver e na mulher com quem casa para a arrancar à decadência em que ambos acabam por se precipitar, variados traços autobiográficos.

Tudo começa no desprevenido olhar que a adolescente Rosemary lança sobre alguns veraneantes de uma praia do Sul de França. Mas depressa o romance resvala para aquilo que dele fez uma das mais pungentes obras de Scott Fitzgerald.


Terna É a Noite (trad. José Miguel Silva) e outras obras de F. Scott Fitzgerald estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/f-scott-fitzgerald/

Sobre Maria Filomena Mónica

 




«Eu sou daqueles que gostou de Bilhete de Identidade […] aqui são mais derivações biográficas de Maria Filomena Mónica. […] Uma reflexão sobre aqueles que são os livros da sua vida, uns que ela escreveu e outros que ela leu. É uma mulher intelectual portuguesa e desbocada e que foi formada numa cultura anglo-saxónica, tudo aquilo que são raridades no panorama português.» [João Miguel Tavares, Programa Cujo Nome Estamos legalmente Impedidos de Dizer, 27/5/2023: https://tinyurl.com/2w8y4f6m]


Os Livros da Minha Vida, Bilhete de Identidade e outras obras de Maria Filomena Mónica estão disponíveis nas livrarias e em https://relogiodagua.pt/autor/maria-filomena-monica/

De Os Sonetos, de William Shakespeare

 


«Devo comparar‑te a um dia de Verão?

Há em ti mais suavidade e formosura:

Em Maio, a ventania sacode o tenro botão,

E o prazo do Verão bem pouco dura.

Por vezes, o olho do céu brilha abrasador,

E muitas vezes se lhe escurece o tom doirado;

E tudo o que é belo perde o seu fulgor,

Pela sorte ou mutável natura despojado.

Mas teu eterno verão não murchará,

Nem a beleza que possuis irá perder,

Nem a morte de errares em sua sombra se gabará,

Se em versos eternos no tempo vais crescer.

Enquanto homens respirem e olhos possam ver,

Viverão estes versos que te farão viver.»


Os Sonetos (Tradução, Introdução e Notas de António Simões e M. Gomes da Torre) e outras obras de William Shakespeare estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/william-shakespeare/

Livros do Dia 30 de Maio na Feira do Livro de Lisboa






Frankenstein, de Mary Shelley

Todos os Caminhos Estão Abertos, de Annemarie Schwarzenbach

As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi

A Quinta dos Animais, de George Orwell e Odyr

História da Filosofia Ocidental, de Bertrand Russell

No Inverno, de Karl Ove Knausgård

Sobre a Revolução, de Hannah Arendt 

Arder a Palavra e Outros Incêndios, de Ana Luísa Amaral

Hamlet, de William Shakespeare

Fausto, de Goethe

Vale Abraão, de Agustina Bessa-Luís

De Profundis, Valsa Lenta, de José Cardoso Pires

A Ilha da Infância, de Karl Ove Knausgård

Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac

Amok, de Stefan Zweig

Memórias do Subterrâneo, de Fiódor Dostoievski

Memórias Póstumas de Brás Cubas — Quincas Borba, de Machado de Assis

O Idiota, de Fiódor Dostoievski

Sobre Os Sonâmbulos, de Hermann Broch

 



«A nostalgia de uma totalidade e um sentido perdidos permeia toda a obra de Broch, numa combinação ambígua entre a lucidez da análise, nomeadamente a análise das modernas sociedades de massas, e o carácter problemático de uma utopia vagamente messiânica. Regressemos à interrogação obsessivamente formulada por Broch em toda a sua obra, tanto literária como ensaística: num mundo sem ética, onde está afinal a possibilidade de uma relação ética com o mundo?» [Do Prefácio]


«O tema deste vasto romance não nos é ocultado. Broch tem o cuidado de pôr em destaque os pensamentos teóricos que de outro modo procuraríamos no interior das suas histórias. Os títulos já dizem tudo: Pasenow ou o romantismo, 1888; Esch ou a anarquia, 1903; Huguenau ou o realismo, 1918; e, acima destes três nomes, a palavra nocturna que aqui nem sequer é uma imagem, mas um diagnós­tico: Os Sonâmbulos.» [Maurice Blanchot]


Os Sonâmbulos (trad. António Sousa Ribeiro) e A Morte de Virgílio (trad. Maria Adélia Silva Melo) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/hermann-broch/

29.5.23

Sobre Eugénio Onéguin, de Aleksandr Púchkin

 




«Eugénio Onéguin apreende-se desde as primeiras estrofes como uma sátira, nunca violenta ou gratuita, mesclada de tristezas. A ironia (e a auto-ironia) da sua linguagem apelam à inteligência e ao espírito crítico do leitor.

A ligeireza da sua fala, que permite uma leitura fácil e sem tensão, combina-se com uma grande profundidade de ideias, exprimidas sempre como que a brincar, com uma enorme abrangência na descrição da realidade — pessoas, lugares, estações do ano, actividades, costumes, vida cultural, etc. Diz Andrei Siniávski, crítico literário russo, no seu livro Passeios com Púchkin: “Uma ligeireza — é a impressão que nos produzem as suas obras, a sensação geral e instantânea. (…) Mal ele apareceu na poesia, a crítica falou da ‘fluência e ligeireza extraordinárias dos seus versos’, de que ‘eles, aparentemente, não lhe custaram trabalho nenhum’.”» [Do Preâmbulo dos Tradutores]


Eugénio Onéguin (tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/eugenio-oneguin/

Sobre Dezoito Discursos Edificantes, de Søren Kierkegaard

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar à Feira do Livro de Lisboa e às livrarias: Dezoito Discursos Edificantes, de Søren Kierkegaard (Tradução, Introdução e Notas de Elisabete M. de Sousa)


«Os dezoito discursos edificantes reunidos neste volume constituem a primeira tradução integral em língua portuguesa a partir do original dinamarquês homónimo, Atten opbyggelige Taler, saído em 1845. […]

O livro só será edificante para o leitor que o guarde dentro de si, para o leitor sábio que o receba com a mão certa, na mesma disposição do autor, nem que para tal accione poderes mágicos para se edificar a partir da base, para se erguer sobre novos alicerces — é essa a denotação dos componentes do termo dinamarquês “opbygge”, i.e., “edificar”, do qual provém “opbyggelig”, i.e., “edificante”.» [Da Introdução de Elisabete M. de Sousa]


Dezoito Discursos Edificantes e outras obras de Søren Kierkegaard estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/soren-kierkegaard/

Vale Abraão exibido em Cannes, 30 anos após a estreia

 




O filme de Manoel de Oliveira baseado na obra homónima de Agustina Bessa-Luís voltou a ser exibido em Cannes, na Quinzena dos Cineastas. Mais informação aqui.

Vale Abraão e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

Sobre O Retrato de Casamento, de Maggie O'Farrell

 



A autora de Hamnet visita agora a Itália renascentista para nos dar um inesquecível retrato ficcional da jovem duquesa Lucrezia de’ Medici, cuja vida decorre numa corte turbulenta. Estamos na Florença de 1560 e Lucrezia, a terceira filha do grão-duque, sente-se confortável com o lugar obscuro que ocupa no palácio, entregue às suas ocupações artísticas.

Mas, quando a sua irmã mais velha morre na véspera do casamento com o soberano de Ferrara, Modena e Reggio, Lucrezia é inesperadamente lançada na ribalta política. O duque de Ferrara não perde tempo para a pedir em casamento e o seu pai é rápido a conceder autorização.

Mal saída da infância, Lucrezia entra numa corte que lhe é estranha, com costumes que lhe são desconhecidos e onde a sua chegada não é bem recebida por todos.

Começa por não perceber se o seu marido Alfonso é o esteta sofisticado, amigo de artistas e músicos, que aparentava ser antes do casamento ou um político impiedoso que as próprias irmãs receiam.

Enquanto posa para uma pintura que lhe promete que a sua imagem perdurará nos séculos seguintes, vai-se tornando evidente que a sua principal obrigação é gerar um herdeiro que garanta o futuro da dinastia de Ferrara.


O Retrato de Casamento (trad. Inês Dias) e Hamnet (trad. Margarida Periquito) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/maggie-ofarrell/

Livros do Dia 29 de Maio na Feira do Livro de Lisboa

 



O Príncipe, de Nicolau Maquiavel

Todos os Caminhos Estão Abertos, de Annemarie Schwarzenbach

Pensamentos, de Oscar Wilde

Da Natureza das Coisas, de Lucrécio

As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift

O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry

George Steiner em The New Yorker, de George Steiner

A Interpretação dos Sonhos, de Sigmund Freud 

Musicofilia, de Oliver Sacks

China em Dez Palavras, de Yu Hua

Antologia Poética, de Fernando Pessoa

A Paixão segundo G. H., de Clarice Lispector

A Vida Mentirosa dos Adultos, de Elena Ferrante

Sensibilidade e Bom Senso, de Jane Austen

Amada Vida, de Alice Munro

Contos, vol. I, de Tchékhov

O Jogador, de Fiódor Dostoievski

A Morte de Ivan Iliitch, de Lev Tolstói

Sobre Ficar na Cama e Outros Ensaios, de G. K. Chesterton

 



«Ao lermos Chesterton, somos dominados por uma extraordinária sensação de felicidade. A sua prosa é o oposto da prosa académica: é rejubilante. As palavras ressaltam e desencadeiam faíscas entre si, como se um brinquedo de corda ganhasse vida de repente, fazendo girar e disparar todos os botões do bom senso, o mais surpreendente dos prodígios.» [Da Introdução de Alberto Manguel]


«Acredito que Chesterton é um dos principais escritores do nosso tempo, não só pela criatividade, imaginação visual e alegria infantil ou divina evidente na sua escrita, mas também pelo talento retórico e puro brilhantismo da sua arte (…).

É desnecessário falar da magia e do brilho de Chesterton. Eu quero ponderar outras virtudes do famoso escritor: a sua admirável modéstia e a sua cortesia.» [Jorge Luis Borges]


Ficar na Cama e Outros Ensaios (trad. Frederico Pedreira) está disponível em em https://relogiodagua.pt/autor/g-k-chesterton/

28.5.23

Livros do Dia 28 de Maio na Feira do Livro de Lisboa

 




O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald

Pais e Filhos, de Ivan Turguéniev

A Mensagem, de Fernando Pessoa

O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry

Mary Poppins, de P. L. Travers

O Homem Que Confundiu a Mulher com Um Chapéu, de Oliver Sacks

A Origem do Homem e a Selecção Sexual, de Charles Darwin

Amor Líquido, de Zygmunt Bauman

Três Retratos: Salazar, Cunhal, Soares, de António Barreto

Mensagem, de Fernando Pessoa

As Flores do Mal, de Charles Baudelaire

Todas as Crónicas, de Clarice Lispector

O Delfim, de José Cardoso Pires

História de Quem Vai e de Quem Fica, de Elena Ferrante

A Montanha Mágica, de Thomas Mann

A Sonata de Kreutzer, de Lev Tolstói

Os Demónios, de Fiódor Dostoievski

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

Guerra e Paz, vols. I e II, de Lev Tolstoi

27.5.23

Sessão de Autógrafos com Gonçalo M. Tavares

 



Dia 28 de Maio, domingo, às 18:00, Gonçalo M. Tavares estará nos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para autografar Uma Viagem à Índia, Breves Notas sobre o Oriente, Dicionário de Artistas e outras obras.

Feira do Livro de Madrid de 26 de Maio a 11 de Junho

 





Hoje tem lugar a sessão “Cantexto”, com a participação de seis grupos corais; no contexto deste projecto, escritores como Hélia Correia, Djaimilia Pereira de Almeida e Gonçalo M. Tavares escreveram novos temas para grupos de cante alentejano.



No dia 9 de Junho, Cristina Carvalho participa na apresentação do seu livro “Bergman”, numa sessão com o título "Ingmar Bergman — entre Portugal e a Suécia”, organizada em colaboração com a embaixada sueca em Madrid. Mais informação em https://www.lusa.pt/culture/article/2023-05-22/40827350/seis-autores-portugueses-e-cante-alentejano-na-feira-do-livro-de-madrid


As obras de Hélia Correia, Djaimilia Pereira de Almeida, Gonçalo M. Tavares e Cristina Carvalho editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt

Livros do Dia 27 de Maio na Feira do Livro de Lisboa

 





Ensaios, de Montaigne

Em busca do Tempo Perdido, vol. I, de Marcel Proust

O Regresso de Mary Poppins, de P. L. Travers

As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain

Obra Completa, de Arthur Rimbaud

Elogio da Sombra, de Junichiro Tanizaki

Amor Líquido, de Zygmunt Bauman

Ética, de Espinosa

A Invenção Ocasional, de Elena Ferrante

Douro — Rio, Gente e Vinho, de António Barreto

A Sibila, de Agustina Bessa-Luís

O Gesto Que Fazemos para Proteger a Cabeça, de Ana Margarida de Carvalho

A Amiga Genial, de Elena Ferrante

David Copperfield, de Charles Dickens

Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio

Memórias Póstumas de Brás Cubas — Quincas Borba, de Machado de Assis

Anna Karénina, de Lev Tolstói

O Idiota, de Fiódor Dostoievski

26.5.23

Sobre A Invenção Ocasional, de Elena Ferrante

 



“No Outono de 2017, o Guardian propôs-me que escrevesse para as suas páginas uma coluna semanal. Senti-me lisonjeada e, ao mesmo tempo, assustada. Nunca fizera uma experiência desse género e receava não ser capaz. Depois de muitas hesitações, fiz saber à redacção que aceitaria a proposta se me fosse enviada uma série de perguntas, a cada uma das quais, por sua vez, eu responderia respeitando os limites do espaço que me fosse fixado.” [Da Introdução de Elena Ferrante]


O resultado deste convite foi A Invenção Ocasional, uma colecção de cinquenta e um textos, uma polifonia de temas, composta nas variadas dimensões da vida.

O livro “começa por acaso no dia 20 de Janeiro de 2018 pela narração sempre incerta de uma primeira vez e termina por acaso no dia 12 de Janeiro de 2019 focando-se sobre uma última vez”.

Fala-nos de acontecimentos que permaneceram na memória da autora ou que se desenvolvem no presente, episódios, imagens, gestos, intuições, relações e leituras, que no seu conjunto compõem um mosaico em movimento onde o imaginário das mulheres de hoje ocupa um importante lugar.

As ilustrações são de Andrea Ucini.


A Invenção Ocasional (tradução de Miguel Serras Pereira) e outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Sobre Neve, Cão e Lava, de Rui Nunes

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar à Feira do Livro de Lisboa e às livrarias: Neve, Cão e Lava, de Rui Nunes


“filas e filas de amendoeiras. Aqui, nem um número distingue uma amendoeira de outra, florescem ao mesmo tempo, e o amendoal fica branco, todas as pétalas caem em simultâneo, o branco de uma não se distingue do branco de outra, o branco que se esfarela em cima encobre o branco esfarelado em baixo, o que vai deixando de ser encobre o que vai passando a ser. É a deposição do branco. O já e o ainda quase coincidem. Ou coincidem mesmo. Entre um branco que morre e um branco que nasce, apenas o movimento de uma queda.”


Esta e outras obras de Rui Nunes estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/rui-nunes/

Sobre Vejo Uma Voz, de Oliver Sacks

 



Em Vejo Uma Voz, Oliver Sacks leva-nos numa viagem pelo mundo dos surdos, que o autor explora com a mesma paixão e discernimento que reconhecemos noutras obras suas.


«Este livro, cuidadosamente investigado e documentado, é uma referência para os direitos dos surdos. Arrisca o grande salto imaginativo tão necessário para compreender a surdez total.» [Jack Ashley, Sunday Telegraph]


«Uma viagem que vale a pena… Não se consegue ler mais do que umas quantas páginas de Sacks sem que se comece a ver as coisas numa nova perspectiva.» [Los Angeles Times]


«Um manifesto caracteristicamente humano e apaixonado… Mais uma vez, Sacks prova que é o deão da ciência com um rosto humano.» [Roy Porter, Sunday Times]


Vejo Uma Voz — Uma Viagem ao Mundo dos Surdos (trad. Regina Faria) e outras obras de Oliver Sacks estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/oliver-sacks/

Livros do Dia 26 de Maio na Feira do Livro de Lisboa

 



Canções, vols. 1 e 2, de Bob Dylan

A abadia de Northanger, de Jane Austen

Orlando, de Virginia Woolf

O Feiticeiro de Oz, de L. Frank Baum

O Vento nos Salgueiros, de Kenneth Grahame

Três Retratos: Salazar, Cunhal, Soares, de António Barreto

A Viagem do Beagle, de Charles Darwin

Sobre a Tirania, de Timothy Snyder

Memórias, Sonhos, Reflexões, de C. G. Jung

Um Quarto só para Si, de Virginia Woolf

Uma Viagem à Índia, de Gonçalo M. Tavares

As Pessoas Felizes, de Agustina Bessa-Luís

Mataram a Cotovia, de Harper Lee

Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac

Madame Bovary, de Gustave Flaubert

Anna Karénina, de Lev Tolstoi

Em busca do Tempo Perdido, vol. I, de Marcel Proust

Infância, Adolescência, Juventude, de Lev Tolstói

Sobre O Despertar, de Kate Chopin

 



«O romance clássico que via o prazer como o caminho para a liberdade.» [Claire Vaye Watkins, The New York Times]


Quando O Despertar foi publicado pela primeira vez em 1899, a crítica considerou-o sórdido e imoral (apenas um jornal realçou a importância do livro), prejudicando a reputação literária e social de Kate Chopin. Contudo, mais de cem anos após a morte da autora, atrai numerosos leitores, é considerado a principal obra literária de Kate Chopin, uma réplica norte-americana a Madame Bovary, e um livro que mantém intacto o seu carácter subversivo.

Através de mudanças de estilo subtis, Kate Chopin mostra o «despertar» de Edna Pontellier, uma jovem esposa e mãe que se recusa a ficar encerrada numa vida doméstica e familiar e exige para si a liberdade erótica.


«É um livro profundamente whitmaniano, não apenas nos ecos da sua poesia, que são múltiplos, mas principalmente na sua perspectiva erótica, que é narcisista e até mesmo auto-erótica, no verdadeiro estilo de Whitman.» [Harold Bloom]


O livro, traduzido por Margarida Periquito, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-despertar/

25.5.23

Sobre Não-Coisas, de Byung-Chul Han

 



Neste seu livro, Byung-Chul Han analisa o universo digital verificando como se desvanece o nosso apego às coisas tangíveis que conferiam ao mundo uma sensação de estabilidade.

«Hoje encontramo-nos na transição da era das coisas para a era das não-coisas. Não são as coisas, mas as informações que determinam o mundo em que vivemos.»

Para o filósofo germano-coreano, o mundo esvazia-se de coisas e enche-se de informação tão inquietante como vozes que não podemos atribuir a um corpo. Os meios digitais substituem a memória, sem violência, como se isso fosse natural ou até inevitável.

A informação simplifica os acontecimentos e alimenta-se da surpresa, para logo se desatualizar.

Como caçadores de informação, vamo-nos alheando das coisas discretas, habituais, que nos ligam ao ser.

Byung-Chul Han desenvolve assim uma filosofia do smartphone e uma crítica à inteligência artificial, a partir de uma perspetiva inovadora.


Não-Coisas (trad. Ana Falcão Bastos) e outras obras de Byung-Chul Han estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/

Sobre Pequenas Coisas como Estas, de Claire Keegan

 



Estamos em 1985, numa pequena cidade irlandesa. A autora narra-nos a vida de Bill Furlong, um comerciante de carvão e pai de família.

Uma manhã, ainda muito cedo, quando vai entregar uma encomenda no convento local, Bill faz uma descoberta que o leva a confrontar-se com o passado e os complicados silêncios de uma povoação controlada pela Igreja.


“Cada palavra é uma palavra certa no local exato. O efeito ressoa e é profundamente comovente.” [Hilary Mantel]


“Um livro belíssimo, que nos faz querer descobrir tudo o que a autora já escreveu.” [Douglas Stuart]


“Uma escritora única na sua geração.” [The Times]


”Um livro incrível.” [Sarah Moss]


“Um livro incrivelmente claro e lúcido.” [Colm Tóibín]


“Uma hipnótica e envolvente novela irlandesa que transcende o país e o seu tempo.” [Lily King]


A obra, editada com o apoio da Literature Ireland e tradução de Inês Dias, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/pequenas-coisas-como-estas/

Sobre Da Natureza das Coisas, de Lucrécio

 



O poema filosófico Da Natureza das Coisas (De Rerum Natura), escrito por volta do ano 50 a. C., pelo romano Tito Lucrécio Caro, é uma das mais importantes obras da Antiguidade Clássica.

Lucrécio considerou-se o primeiro pensador a expor aos romanos a doutrina epicurista e a grandeza poética da sua obra foi reconhecida de modo quase imediato.

Ovídio escreveu que «os versos do sublime Lucrécio» iriam perdurar enquanto o mundo existisse. Cícero declarou que o poema era «não apenas rico em brilhante engenhosidade, como artisticamente elevado». E Virgílio, que segundo algumas crónicas praticou o ritual romano de passagem à idade adulta no mesmo dia em que Lucrécio faleceu, prestou-lhe homenagem, dizendo que era o homem que conseguiu «encontrar a causa das coisas e que tinha espezinhado todos os temores».


Da Natureza das Coisas, de Lucrécio (trad. Luís Manuel Gaspar Cerqueira), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/da-natureza-das-coisas/

Sobre W. B. Yeats —Onde Vão Morrer os Poetas, de Cristina Carvalho

 



Cristina Carvalho estará hoje nas Conversas Almedina sobre «W. B. Yeats — Onde Vão Morrer os Poetas», com organização de Carlos Fiolhais e apresentação de Luís Quintais, hoje às 18:00, na Livraria Almedina Estádio Cidade de Coimbra.


W. B. Yeats — Onde Vão Morrer os Poetas e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/