30.9.22

Sobre À Espera no Centeio, de J. D. Salinger

 



À Espera no Centeio é a história de um jovem nova-iorquino, expulso da escola três dias antes das férias de Natal e que não tem coragem de regressar a casa e enfrentar os pais. Por isso passa esses dias deambulando pela cidade, fazendo descobertas decisivas, vivendo contradições, alegrias e temores.


À Espera no Centeio, de J. D. Salinger (tradução revista de José Lima), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-espera-no-centeio-pre-publicacao/

29.9.22

Sobre A Invenção Ocasional, de Elena Ferrante

 



“No Outono de 2017, o Guardian propôs-me que escrevesse para as suas páginas uma coluna semanal. Senti-me lisonjeada e, ao mesmo tempo, assustada. Nunca fizera uma experiência desse género e receava não ser capaz. Depois de muitas hesitações, fiz saber à redacção que aceitaria a proposta se me fosse enviada uma série de perguntas, a cada uma das quais, por sua vez, eu responderia respeitando os limites do espaço que me fosse fixado.” [Da Introdução de Elena Ferrante]


O resultado deste convite foi A Invenção Ocasional, uma colecção de cinquenta e um textos, uma polifonia de temas, composta nas variadas dimensões da vida.

O livro “começa por acaso no dia 20 de Janeiro de 2018 pela narração sempre incerta de uma primeira vez e termina por acaso no dia 12 de Janeiro de 2019 focando-se sobre uma última vez”.

Fala-nos de acontecimentos que permaneceram na memória da autora ou que se desenvolvem no presente, episódios, imagens, gestos, intuições, relações e leituras, que no seu conjunto compõem um mosaico em movimento onde o imaginário das mulheres de hoje ocupa um importante lugar.

As ilustrações são de Andrea Ucini.


A Invenção Ocasional (tradução de Miguel Serras Pereira) e outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Byung-Chul Han vai estar no Cinema Batalha no Porto

 




O autor de Sobre o Poder, A Expulsão do Outro ou O Aroma do Tempo vai estar no Cinema Batalha do Porto no ciclo “A Minha História de Cinema”, que terá lugar de Fevereiro a Abril de 2023.

Byung-Chul Han , cuja obra tem sido editada na Relógio D’Água, irá apresentar em Abril o filme que realizou, numa iniciativa em que participam também Trinh T. Minh-ha, do Vietname, e Manthia Diawara, do Mali.

Estas notícias foram anunciadas na conferência de imprensa de apresentação do programa do Cinema Batalha, em que participaram Rui Moreira, presidente da câmara do Porto, e Guilherme Blanc, director artístico do Batalha Centro de Cinema.


As obras de Byung-Chul Han já editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/

Sobre Norte e Sul, de Elizabeth Gaskell

 



A ação de Norte e Sul decorre em meados do século XIX, narrando o percurso da protagonista desde o ambiente tranquilo mas decadente de uma Inglaterra sulista até um norte vigoroso mas turbulento. 

Neste romance, Elizabeth Gaskell fala-nos de um amor incomum, para mostrar o modo como a vida pessoal e pública se entrelaçavam numa sociedade recentemente industrializada. 

Esta é uma história de triunfos conquistados com enorme esforço, onde o pensamento racional é mais valorizado do que o preconceito, e o lado humano se sobrepõe ao respeito cego pela atividade económica.

Os leitores do século XXI irão sentir-se absorvidos, à medida que a trama deste romance vitoriano os transporta até às origens de problemas e possibilidades que ainda hoje, cento e cinquenta anos mais tarde, subsistem: a complexidade das relações, públicas ou privadas, entre homens e mulheres de diferentes classes sociais.


Norte e Sul (trad. de Frederico Pedreira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/norte-e-sul/

Sobre O Alienista e Outros Contos, de Machado de Assis

 



Machado de Assis escreveu cerca de duzentos contos. Esta antologia reúne aqueles que consideramos os vinte melhores.

Além da quase novela «O Alienista», escolheram-se contos tão notáveis como «Missa do Galo», «Noite de Almirante» e «Uns Braços».

O autor de Memórias Póstumas de Brás Cubas passeia pelos bairros do Rio de Janeiro, criando personagens que compõem uma gama variada de histórias em termos de cenários, caracteres, temas e estilos. 

Machado de Assis confirma assim a sua capacidade de observador e crítico das paixões, grandezas e misérias humanas, analisadas com irónico distanciamento.

Os contos estão ordenados cronologicamente, o que permite acompanhar a evolução do autor.


Esta e outras obras de Machado de Assis estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/machado-de-assis/

Sobre Contos Escolhidos, de Carson McCullers

 



Reúnem-se aqui doze contos de Carson McCullers numa selecção feita por Ana Teresa Pereira.

Embora seja conhecida pelos seus romances, Carson McCullers foi uma notável contista, inserindo-se na tradição sulista da literatura norte-americana.

Carson McCullers dedicou-se aos contos desde os 17 anos, momento em que escreveu «Sucker», tendo muitos deles começando por aparecer em revistas literárias.

As suas capacidades de observação e o seu estilo revelam uma assumida filiação em autores tão diversos como Flaubert e Dostoievski. Julie Harris considerou-a mesmo «uma mulher encantadora e misteriosa que escrevia como um anjo».

Carson McCullers foi reconhecida pelos grandes escritores da sua época. Graham Greene declarou preferi-la a Faulkner, e Tennessee Williams disse que a sua obra «não se eclipsará com o tempo, mas irradiará cada vez mais fulgor».


Contos Escolhidos (trad. Ana Teresa Pereira) e outras obras de Carson McCullers estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/carson-mccullers/

28.9.22

Sobre Fanny Owen, de Agustina Bessa-Luís

 



Fanny Owen, de Agustina Bessa-Luís, publicado na China


A obra foi publicada pela editora SFLEP (Editora de Educação de Línguas Estrangeiras de Xangai), com tradução de Xu Yixing e Mai Ran, na série intitulada Uma Faixa, Uma Rota, em que foi também editado Balada da Praia dos Cães, de José Cardoso Pires. 


Fanny Owen e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

Sobre Marta Pais Oliveira

 

Marta Pais Oliveira vence prémio literário Nortear com «Medula». Mais informação aqui.





Na Relógio D’Água, Marta Pais Oliveira publicou Quando Virmos o Mar, na colecção Contos Singulares. O livro está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/quando-virmos-o-mar-pre-venda/

Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Bilhete de Identidade, de Maria Filomena Mónica

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Bilhete de Identidade, de Maria Filomena Mónica


«No já longínquo dia em que entrei na sala do Grémio Literário para apresentar este livro, estava consciente de que, num país onde praticamente não se publicam memórias, onde a hipocrisia é endémica e onde o respeitinho pelos superiores é tido como um valor supremo, o que escrevera poderia causar ondas, mas não imaginei o circo que me esperava. Verifiquei que, no país onde nasci, falar de pessoas, identificando-as, é um pecado mortal.» [Do Prefácio à 10.ª Edição]


Bilhete de Identidade e outras obras de Maria Filomena Mónica estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/maria-filomena-monica/

Sobre Fidelidade e Gratidão e Outros Textos, de Georg Simmel

 



«Em As Metrópoles e a Vida Mental, um dos seus ensaios mais famosos e que se inclui, juntamente com O Estrangeiro, na sua Sociologia formal, o homem eminentemente urbano, que Simmel sempre foi, demonstra uma plena sintonia com o espírito do seu tempo, ao discutir magistralmente os estilos de vida e a personalidade do indivíduo das grandes cidades, e ao estabelecer o nexo causal entre a cultura, a organização social e as características físicas das metrópoles e as características sociais dos seus habitantes.» [Do Prefácio]


Fidelidade e Gratidão e Outros Textos (trad. Maria João Costa Pereira e Michael Knoch) e outras obras de Georg Simmel estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/georg-simmel/

Sobre Benito Cereno, Bartleby, Billy Budd, de Herman Melville



 

«Bartleby, que data de 1853, antecipa Franz Kafka. O seu desconcertante protagonista é um homem obscuro que se recusa tenazmente à ação. O autor não explica, mas a nossa imaginação aceita-o imediatamente e com muita pena. (…)

Billy Budd pode resumir-se como a história de um conflito entre a justiça e a lei, mas esse resumo é bastante menos importante que o carácter do herói, que matou um homem e que não compreende até ao fim porque é que o julgam e condenam.

Benito Cereno continua a suscitar polémicas. (…)  Há quem tenha sugerido que Herman Melville se propôs a escrita de um texto deliberadamente inex­plicável que fosse um símbolo cabal deste mundo, também inexplicável.» [J. L. Borges]


Benito Cereno, Bartleby, Billy Budd (trad. de Frederico Pedreira, José Miguel Silva, José Sasportes) e outras obras de Herman Melville estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/herman-melville/

27.9.22

Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: As Memórias do Papá Mumin, de Tove Jansson

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: As Memórias do Papá Mumin, de Tove Jansson (trad. Maria Eduarda Cardoso)


Antes de ter uma família, o Papá Mumin levou uma vida de aventuras e intrigas, mas nunca tinha contado a sua história.

Mas está um frio desagradável e é o tempo certo para recordar as suas experiências de juventude, avaliando os esforços que fizeram dele o notável Mumin que agora é.



Tove Marika Jansson (1914-2001) nasceu em Helsínquia, numa família de artistas que fazia parte da minoria sueca na Finlândia.

Estudou Artes no seu país, em Estocolmo e finalmente na Escola de Belas-Artes de Paris, tendo realizado a sua primeira exposição a solo em 1943.

Tornou-se conhecida também como escritora e ilustradora. Publicou o primeiro livro dos Mumins durante a Segunda Guerra Mundial, em 1945, pois o conflito deprimia-a e por isso “quis escrever sobre qualquer coisa inocente”.

No ano seguinte, editou O Cometa na Terra dos Mumins e, em 1948, A Família dos Mumins, que a tornaram famosa e a escritora finlandesa mais lida.

Em 1966, recebeu o Prémio Hans Christian Andersen de literatura infantil pelo conjunto da sua obra.


As Memórias do Papá Mumin e outras obras de Tove Jansson estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/tove-jansson/

Ana Margarida de Carvalho e Djaimilia Pereira de Almeida finalistas do Prémio PEN Clube Português

 






Maremoto, de Djaimilia Pereira de Almeida, e Cartografias de Lugares mal Situados, de Ana Margarida de Carvalho, ambos saídos na Relógio D’Água, são finalistas do Prémio PEN Clube Português na categoria de Narrativa (com o apoio da DGLAB).

Os outros finalistas na categoria de Narrativa são Embora eu seja um velho errante, de Mário Cláudio, O Regresso de Júlia Mann a Paraty, de Teolinda Gersão, e Tornado, de Teresa Noronha.


«Cartografias de Lugares mal Situados» e outras obras de Ana Margarida de Carvalho estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/ana-margarida-de-carvalho/


Maremoto e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/

Sobre A Polícia da Memória, de Yoko Ogawa

 



Um romance orwelliano sobre os terrores da vigilância do Estado, de uma das mais importantes escritoras japonesas da atualidade.

Numa ilha sem nome, situada numa costa anónima, há objetos que começam a desaparecer. Primeiro chapéus, depois fitas, pássaros e rosas — até que a situação se agrava. A maioria dos habitantes permanece desatenta a estas mudanças, e os poucos com poder para recuperar os objetos perdidos vivem receosos da Polícia da Memória, entidade que assegura que o que desaparece permanece esquecido.

Quando uma jovem mulher, que luta por manter uma carreira de romancista, descobre que o seu editor está em perigo, elabora um plano para o ocultar debaixo da sua casa. À medida que medo e sentimento de perda se aproximam, rodeando-os, agarram-se à escrita como modo de preservar o passado.


“Uma das mais conceituadas escritoras do Japão explora temas como a verdade, a vigilância do Estado e a autonomia individual, num trabalho que ecoa o Mil Novecentos e Oitenta e Quatro de George Orwell, o Fahrenheit 451 de Ray Bradbury e o Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez, ao mesmo tempo que afirma uma voz própria.” [Time]


“Uma obra-prima que nos chega do futuro.” [The Guardian]


“Um romance magistral.” [The New Yorker]


A Polícia da Memória, de Yoko Ogawa (tradução de Inês Dias), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-policia-da-memoria/

Sobre Agustina Bessa-Luís

 



No próximo dia 18 de Outubro, terá lugar na Fundação Calouste Gulbenkian o colóquio comemorativo do centenário do nascimento de Agustina Bessa-Luís, «Agustina. O riso de todas as palavras». A entrada é livre e o programa pode ser consultado aqui: https://gulbenkian.pt/agenda/agustina-o-riso-de-todas-as-palavras/


O Sermão do Fogo e as obras de Agustina Bessa-Luís já editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

26.9.22

Sobre Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, de Walter Benjamin

 



«O nome do filósofo cuja vida se extinguiu durante a fuga aos polícias hitlerianos foi adquirindo uma auréola nos quinze anos que decorreram desde a sua morte, apesar do carácter esotérico dos seus primeiros trabalhos e do carácter fragmentário dos últimos.

O fascínio pela sua pessoa e oeuvre leva inevitavelmente a uma atracção magnética ou a uma defesa estremecida. Sob o olhar das suas palavras tudo se transforma como se se tornasse radioactivo. Mas a sua capacidade de distinguir constantemente novos aspectos das coisas — não tanto pelo processo que consiste em romper criticamente as convenções como pelo de relacionar-se com o objecto de acordo com a sua organização interna, como se a convenção nenhum poder tivesse sobre ele — não pode apreender-se seriamente através do conceito de originalidade. Nenhum pensamento original desse homem inesgotável se assemelha a algo sem mistura.» [T. W. Adorno, 1955]


Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política (trad. Manuel Alberto, Maria Amélia Cruz, Maria Luz Moita) e outras obras de Walter Benjamin estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/walter-benjamin/

Sobre Memória da Memória, de Maria Stepánova

 



Memória da Memória, de Maria Stepánova, na longlist de vários prémios literários internacionais em França: Prix Femina étranger, Prix Les Inrockuptibles (Romans ou Récits Étrangers) e Prix Médicis étranger.


Em diálogo com escritores como Barthes, Sebald, Sontag e Mandelstam, Memória da Memória recorre aos mais diversos géneros, ensaio, ficção, memória, documentos históricos. Maria Stepánova compõe assim um vasto panorama de ideias e personalidades.


Memória da Memória — Romança, de Maria Stepánova (tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/memoria-da-memoria-pre-publicacao/

Sobre Hamlet, de William Shakespeare

 



«Shakespeare escreveu as suas peças como dramaturgo residente de uma companhia de teatro em que foi actor, e de que era um dos proprietários. A sua dramaturgia foi criada para a cena, no mundo londrino isabelino de acesa competição entre teatros. Os enredos das peças raramente são originais, resultando, em vez disso, de textos anteriores, dramáticos ou não, que adopta de modo singular ou compósito. Porque dispomos da generalidade dos textos que serviram de fonte de cada uma delas, a análise das suas peças poderá incidir sobre a alteração sofrida pelo texto de que derivam, estando a originalidade do dramaturgo no modo de passagem de um a outro texto. No uso desses textos de que se serve como fonte ou modelo, os motivos ou razões das personagens, claros no texto de origem, são esbatidos ou silenciados, seja no interesse de capturar o público, desconcertando-o quanto ao que possa animar as personagens, desse modo tornadas imprevisíveis; seja por o autor presumir o enredo conhecido pela assistência, não sendo, por isso, necessário encadeá-lo com justeza; seja pelo relativo desinteresse que parece ter na mecânica dramatúrgica das suas peças.» [António M. Feijó]


Hamlet (trad. António M. Feijó) e outras obras de William Shakespeare estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/william-shakespeare/

Sobre Ensaios Escolhidos, de T. S. Eliot

 



Este livro reúne alguns dos mais importantes textos de ensaio e crítica literária escritos por Eliot entre 1917 e 1962. Entre eles incluem-se «Reflexões sobre o Verso Livre», «Hamlet», «Os Poetas Metafísicos», «Os Pensamentos de Pascal», «Os Três Sentidos de “Cultura”», «O Que É Um Clássico?», «Poesia e Drama», «Literatura Americana e a Língua Americana» e «A Literatura da Política».


«Ocupa o seu lugar na sucessão directa de poetas-críticos que incluem Sidney, Ben Jonson, Dryden, Samuel Johnson, Coleridge e Arnold.» [F. O. Matthiesen]


«Foi o mais talentoso e mais influente crítico literário em Inglaterra no século XX.» [Hugh Kenner]


Ensaios Escolhidos (trad. Maria Adelaide Ramos) e outras obras de T. S. Eliot estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/t-s-eliot/

25.9.22

Sobre Quedas Felizes, de Evguénia Bielorrussets

 



«Publicados na Ucrânia em 2018, estes contos de natureza surrealista, escritos por uma conhecida fotógrafa, revelam as experiências de mulheres da região do Donbass. Muitas delas escaparam ao conflito separatista surgido em 2014 e vivem agora como refugiadas em Kiev. Os contos, etnográficos na perspetiva mas gogolianos no registo, gravitam em torno de desaparecimentos inexplicáveis, memórias recalcadas e fantasmagorias. Bielorrussets escreve com “profunda penetração sobre o efeito de acontecimentos históricos traumáticos nas fantasias […] da vida quotidiana” e evoca o humor fatalista das suas personagens marginalizadas. “Se tiveste a sorte de nascer aqui, aceita-la como se tivesse de ser assim.”» [The New Yorker]


«Se Isaac Babel e Svetlana Alexievich tivessem um filho…» [Claire Messud]


«Um livro ousado e inquietante em que mulheres deslocadas narram histórias esclarecedoras para sobreviver à escuridão que as envolve.» [Jenny Offill]


«Este é um livro de histórias ternas e terríveis, onde contos de terror da juventude se mascaram na linguagem de Jean Genet, e onde o documentário se dilata até ao épico, tornando-se a história que todos partilhamos.» [Maria Stepánova]


Quedas Felizes, de Evguénia Bielorrussets (tradução de António Pescada), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/quedas-felizes-pre-publicacao/

Sobre Querida Kitty, de Anne Frank

 



Querida Kitty é um romance na forma de cartas que Anne Frank escreveu a uma amiga imaginária.

Situando-se entre a obra literária e o documento histórico, mostra como a adolescente Anne Frank foi capaz de desenvolver capacidades narrativas e de construção de personagens mesmo nas condições de medo e isolamento em que se encontrava para escapar das perseguições nazis.


Querida Kitty, de Anne Frank (trad. Karolien van Eck e Ana Iaria), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/querida-kitty/

24.9.22

Sobre O Grande Gatsby — O Romance Gráfico

 



“Captar O Grande Gatsby num meio visual sempre foi difícil; em alguns aspetos, a própria linguagem é a personagem principal do romance, e as outras personagens são secundárias em relação à bela prosa de F. Scott Fitzgerald. Mas, sob a forma de romance gráfico, o texto tem um papel ativo na narrativa sem ser necessário que uma esmerada voz-off ou outros expedientes acompanhem a imagem. Por este motivo, há muito que esperávamos um romance gráfico de Gatsby; é emocionante poder apresentá-lo agora.” [Blake Hazard]


O Grande Gatsby, com ilustrações de Aya Morton e adaptação de texto de Fred Fordham (tradução de Ana Luísa Faria), e outras obras de F. Scott Fitzgerald já editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/f-scott-fitzgerald/


Mataram a Cotovia, de Harper Lee, ilustrado e adaptado por Fred Fordham, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/mataram-a-cotovia-o-romance-grafico/

Sobre O Futuro É História, de Masha Gessen

 



Neste livro Masha Gessen analisa o modo como, no espaço de uma geração, a Rússia mergulhou num virulento novo género de autocracia.


«Um livro humildemente erudito, habilmente inconvencional e corajosamente honesto. Neste particular momento histórico, em que é crucial entender a Rússia para nos entendermos a nós mesmos, temos muita sorte em ter Masha Gessen connosco.» [Timothy Snyder]


«Um livro de não-ficção essencial, que se lê com a vitalidade dos grandes romances russos.» [Sam Leith]


«Uma crítica corajosa e eloquente ao regime de Putin. Um livro para quem deseja entender como a Rússia acabou nas mãos dele e dos seus amigos, e o que isso significa para todos nós.» [The Times]


«Um exemplo perfeito do jornalismo que se torna arte.» [Pankaj Mishra]


«Fascinante.» [The New York Times Book Review]


O Futuro É História, de Masha Gessen (Trad. Maria João B. Marques e Maria Marques), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-futuro-e-historia-como-o-totalitarismo-se-apoderou-da-russia-pre-publicacao/

Sobre Hannah Arendt, de Samantha Rose Hill

 



Hannah Arendt é uma das mais renomadas pensadoras políticas do século XX, e a sua obra é de uma enorme atualidade.

Nasceu na Alemanha em 1906 e publicou o seu primeiro livro aos 23 anos, antes de voltar as costas ao mundo da filosofia académica para se ocupar da ascensão do Terceiro Reich.

Depois da guerra, Arendt tornou-se uma das mais proeminentes intelectuais do seu tempo, publicando obras influentes como As Origens do Totalitarismo, A Condição Humana, Entre o Passado e o Futuro e Eichmann em Jerusalém.


«Hill sublinha o facto de o trabalho sobre Santo Agostinho ter conduzido Arendt para um dos seus conceitos centrais — o amor pelo mundo, ou o amor mundi… O legado de Arendt não é uma doutrina ou sistema filosófico. É, sim, uma estimulante introdução para pensar a política e encarar não apenas as suas promessas, mas também os seus falhanços.» [New York Review of Books]


Samantha Rose Hill é membro sénior do Hannah Arendt Center for Politics and Humanities e associada do Brooklyn Institute for Social Research. A sua obra tem sido publicada no Los Angeles Review of Books, Aeon, LitHub, openDemocracy, Public Seminar, Contemporary Political Theory e Theory and Event.

Compõe este livro recorrendo ao mesmo tempo a novos aspetos biográficos e documentos de arquivo, poemas e correspondência, que revelam a mulher cuja paixão pela vida do espírito foi estimulada pelo seu amor pelo mundo.


Hannah Arendt, de Samantha Rose Hill (trad. Margarida Periquito), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/hannah-arendt-uma-biografia/

As obras de Hannah Arendt editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/hannah-arendt/

23.9.22

Sobre Cinco Conferências sobre Psicanálise, de Sigmund Freud

 




A 27 de agosto de 1909, Freud desembarca nos Estados Unidos. É a primeira e última vez que pisa solo americano. Tem 53 anos e viaja a bordo do George Washington na companhia do seu estimado Ferenzci e de Jung, de quem se afastaria mais tarde. A Clark University, para onde se dirigiam e que celebrava o seu 20.º aniversário, situa-se na Nova Inglaterra, em Worcester.

As cinco conferências decorrem em setembro, em alemão e de improviso.

No auditório de médicos, psicólogos e professores, em geral céticos em relação à psicanálise, destacam-se o antropólogo Boas, Adolf Meyer, que se tornará um importante psiquiatra, o neurologista Putnam, o experimentalista Titchener e William James, que se encontrava doente, mas que queria «ver como era Freud».


Cinco Conferências sobre Psicanálise (trad. Isabel Castro Silva) e outras obras de Sigmund Freud estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sigmund-freud/


Sobre O Regresso do Leviatã Russo, de Sergei Medvedev

 



A relação da Rússia com os seus vizinhos e com o Ocidente agravou-se dramaticamente nos anos mais recentes. A direção de Vladimir Putin reprimiu violentamente a Chechénia, dividiu a Geórgia, apoiou Assad na Síria, anexou a Crimeia, eliminou com armas químicas inimigos na Grã-Bretanha e criou um exército de trolls na Internet para influenciar as eleições norte-americanas.

Como é que devemos entender este imperialismo e militarismo agressivos? Sergei Medvedev considera que a nova vaga de nacionalismo russo é o resultado de mentalidades há muito embebidas na psicologia russa. Enquanto, no Ocidente, os movimentos sociais dos anos 60 e a consciência do passado colonialista modernizaram as atitudes, a Rússia manteve um sentimento de superioridade em relação aos vizinhos e uma prolongada nostalgia do império.


«O retrato que Medvedev faz da Rússia é brilhante, irónico e minuciosamente observado.» [Times Literary Supplement]


«Poucos livros enfrentam a realidade que se vive na Rússia com esta combinação de precisão académica, ironia e ódio.» [The Financial Times]


O Regresso do Leviatã Russo, de Sergei Medvedev (tradução de Maria Beatriz Sequeira e Michelle Hapetian), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-regresso-do-leviata-russo-pre-publicacao/

Sobre Filhos de Duna, de Frank Herbert

 



Os Filhos de Duna são os irmãos gémeos Leto e Ghanima Atreides, cujo pai, o Imperador Paul Muad’Dib, desapareceu nos terrenos baldios do deserto de Arrakis há nove anos. Tal como o pai, os gémeos possuem habilidades excecionais, que os tornam valiosos para a sua tia Alia, uma mulher manipuladora que governa o Império em nome da Casa Atreides.

Enfrentando uma traição e rebeliões em duas frentes, o poder de Alia não é absoluto, e a excomungada Casa Corrino planeia uma forma de reconquistar o trono enquanto os Fremen são incitados à revolta pela enigmática figura conhecida apenas como O Pregador.

Alia acredita que só acedendo à visão profética dos gémeos poderá manter o controlo sobre a sua dinastia. Mas Leto e Ghanima têm os seus próprios planos, tanto para as suas visões, como para os seus destinos.


«Um enorme acontecimento literário.» [Los Angeles Times]


Filhos de Duna (trad. Manuel Alberto Vieira) e outras obras de Frank Herbert estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/frank-herbert/

Sobre Memórias do Subterrâneo, de Fiódor Dostoievski

 



«Eu sou um homem doente… Sou um homem mau. Sou um homem nada atraente. Penso que sofro do fígado. Aliás, não percebo patavina da minha doença nem sei ao certo de que é que sofro. Não me trato e nunca me tratei, embora respeite a medicina e os médicos. Além do mais, sou supersticioso em extremo; bem, o suficiente, ao menos, para respeitar a medicina. (Tenho instrução bastante para não ser supersticioso, mas sou supersticioso.) É por maldade que não me quero tratar. Isto é uma coisa que vocês, leitores, por certo não podem compreender. Pois, mas eu compreendo.»


Memórias do Subterrâneo (trad. de António Pescada) e outras obras de Fiódor Dostoievski estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/fiodor-dostoievski/

Sobre Na Terra Somos brevemente Magníficos, de Ocean Vuong

 



Na Terra Somos brevemente Magníficos é a carta de um filho à mãe que não sabe ler. Escrita quando o narrador não tem ainda trinta anos, a carta evoca o passado de uma família e narra uma história que tem como epicentro o Vietname, desvendando aspetos da sua vida que a mãe nunca conheceu e levando a uma inquietante revelação final. Testemunho de um amor duro mas inegável entre uma mãe solteira e o filho, a carta é também uma investigação sobre raça, classe e masculinidade, levantando questões centrais sobre uma atualidade repleta de violência e trauma, que se vão sobrepondo a compaixão e a sensibilidade.

Este livro é tanto sobre a energia de contar uma história como sobre o silêncio destrutivo de não ser ouvido. Ocean Vuong escreve sobre pessoas aprisionadas entre mundos contraditórios e pergunta como recuperamos e podemos ajudar os outros sem deixarmos de ser quem somos. Procura assim responder a duas questões centrais: como sobreviver e como transformar essa sobrevivência em quase alegria.


“Uma carta de amor repleta de dor. De tirar o fôlego… Espantoso.” [Marlon James]


“Uma obra-prima. Um livro surpreendentemente belo, repleto de conhecimento e dor… Uma enorme dádiva para o mundo.” [Max Porter]


“Ocean Vuong combate e vence os limites da linguagem.” [Ben Lerner]


“Vuong é um escritor ousado. Não tem medo de ir até onde o sofrimento está.” [Viet Thanh Nguyen, TIME]


Na Terra Somos brevemente Magníficos (trad. Inês Dias) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/na-terra-somos-brevemente-magnificos/

O mais recente livro de poesia do autor, O Tempo É Uma Mãe, será em breve editado pela Relógio D’Água, com tradução de Frederico Pedreira.

Sobre Residência na Terra, de Pablo Neruda

 



«Depois desta obra, a poesia de Neruda cresceu com uma abundância que talvez tenha surpreendido o poeta que demorou cerca de dez anos para escrever estes 56 poemas de Residencia en la tierra, para mim o melhor dos seus livros e uma pedra fundamental da poesia de língua espanhola da primeira metade do século XX.» [Do Prólogo de José Bento a Residência na Terra]


Residência na Terra (trad. José Bento) e outras obras de Pablo Neruda estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/pablo-neruda/

22.9.22

Pedro Gomes em entrevista

 



Pedro Gomes falou com o Notícias ao Minuto sobre a semana de quatro dias. A conversa pode ser lida aqui.


Sexta-Feira É o Novo Sábado, de Pedro Gomes (trad. Miguel Serras Pereira), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/sexta-feira-e-o-novo-sabado-pre-venda/

Sobre O Sul seguido de Bene, de Adelaida García Morales

 



O volume inclui duas novelas, a primeira das quais, O Sul, deu origem a um filme realizado por Víctor Erice.

Tanto O Sul como Bene se caracterizam por um magnetismo narrativo baseado na especial capacidade de Adelaida García Morales para envolver numa aura de mistério a ausência de personagens masculinas ausentes.

Movendo-se no território da pureza amoral da adolescência, as narrativas percorrem caminhos pouco habituais na ficção espanhola.

Como escreveu Ángel Fernández-Santos, «O Sul é uma das narrativas de amor mais originais na sua poderosa simplicidade».


O Sul seguido de Bene (trad. Hélia Correia) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-sul-seguido-de-bene/

Sobre O Livro por Vir, de Maurice Blanchot

 



A literatura ocupa o centro das pesquisas de Blanchot. E é a luz do seu mistério que o autor de “O Livro por Vir” e “O Espaço Literário” se esforça por circunscrever. 

Neste livro, Blanchot fala-nos com um saber apaixonado de Proust, Artaud, Musil, Broch e Henry James e até daquele que será um dia o último escritor. Mas, através dos autores e dos livros, interessa sobretudo a Blanchot o movimento que os cria.


O Livro por Vir (trad. Maria Regina Louro) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-livro-por-vir-2/