«O Doutor Glas,
escrito pelo sueco Hjalmar Söderberg há mais de 100 anos, orquestra, com
notável economia de meios, um excerto da vida de Tyko Glas, entre um Verão
estranhamente quente e o começo do Outono. Embora não adopte um formato
exactamente original (Gógol, por exemplo, usara-o no Diário de Um Louco), a novela apodera-se do registo diário para explorar, com elegante
sobriedade – e sobretudo de modo inesperadamente moderno num livro de 1905 –, a
progressiva crise e desagregação da personagem.»
[Hugo Pinto Santos, Time Out Lisboa, 30-05-2012]
29.6.12
28.6.12
Novo livro de George Steiner na Relógio D’Água
De George Steiner sairá em breve a tradução do seu último
livro, A Poesia do Pensamento – do Helenismo a Celan. Neste ensaio,
Steiner procede à análise de dois milénios da cultura ocidental, detendo-se nos
seus momentos maiores de pensamento e estilo.
O New York Times Book Review disse sobre o livro: «A
erudição é quase tão extraordinária como a prosa.»
A tradução é de Miguel Serras Pereira.
27.6.12
Sobre Lanterna Mágica, de Ingmar Bergman
Lanterna Mágica, de Ingmar Bergman, está em
destaque na Agenda Cultural da Câmara Municipal de Lisboa:
«Nesta autobiografia, o autor de O Sétimo Selo, Morangos
Silvestres ou Persona, recorda a infância (que admiravelmente
reconstituiu no seu último filme para cinema, Fanny e Alexander) e a sua
acidentada vida amorosa constituída, como a sua obra, por um universo de luz e
de trevas. Revisita a sua carreira no teatro, na ópera e no cinema e as
relações com uma troupe de actores (Erland Josephson, Max Von Sydow, Ingrid
Thulin, Liv Ullman) e técnicos (os operadores de câmara Gunnar Fischer e Sven
Nykvist) que celebrizou mundialmente. Enquanto houver cinema, ou memória da
sétima arte, Bergman continuará a jogar xadrez com a morte.» Texto completo
aqui.
26.6.12
A chegar às livrarias
Noite
e Dia revela-nos o modo como Virginia Woolf dominava a arte do romance
tradicional inglês. Através de uma estrutura clássica, de personagens cuidadas
e do uso de delicada ironia, o segundo romance de Woolf é comparável às
melhores obras de Jane Austen.
Numa
Londres eduardina, Noite e Dia estabelece o contraste entre a vida de
duas amigas — Katharine Hilbery e Mary Datchet.
Katharine
é a entediada neta de um célebre poeta inglês. Mora em casa dos pais e está
noiva de um homem pretensioso que representa a vida da qual ela se quer ver
livre. Mais tarde conhece Ralph Denham, que se lhe apresenta como a fuga a essa
vida.
Mary
Datchet, por seu lado, mostra a vida alternativa ao casamento — frequentou a
universidade, vive por conta própria e encontra a sua realização trabalhando no
movimento pelos direitos da mulher.
À
medida que o romance se desenrola, várias interrogações se levantam: será o
amor real ou ilusõrio? Poderão o amor e o casamento coexistir? Será o amor
necessário à felicidade.
Infância,
Adolescência e Juventude situa-se entre a autobiografia e a ficção.
São três narrativas que parecem
destinadas a reviver e dar permanência a um mundo que, aos vinte e três anos,
Tolstói deixava para trás, iniciando no Cáucaso as experiências que iria
relatar em Cossacos.
Como o autor de Anna Karénina revelaria mais tarde, a
trilogia inspirou-se nas relações de Tolstói e da sua família com a de
Alexander Isleniev, que vivia nas proximidades de Iasnaia Poliana.
Em Infância,
Nikolai é o retrato que o autor quis dar de si mesmo, apenas o pai e a mãe do
protagonista sendo figuras compósitas (a mãe de Tolstói morreu quando ele tinha
apenas dezoito meses).
Infância
foi escrito em Tiflis, no Cáucaso, quando Tolstói aí preparava exames para o curso
de oficial. A obra, publicada em 1852, teve grande repercussão. Dostoievski, no
seu exílio siberiano, comoveu-se com o livro e exprimiu o desejo, nunca
realizado, de se encontrar com o autor. O czar, impressionado, ordenou que o
jovem oficial que arriscara a vida nos combates em Sebastopol fosse retirado
para zona menos perigosa.
Tolstói vai escrever, já em São Petersburgo, Adolescência e, três anos depois, em
1857, Juventude.
Em seguida, retira-se da vida militar e passa a
viver na herdade familiar de Iasnaia Poliana, onde se casará com a neta de
Alexander Isleniev, Sofia, dez anos depois da publicação de Infância.
25.6.12
Sobre O Afável Monstro de Bruxelas, de Hans Magnus Enzensberger
No
suplemento Atual do Expresso de 23 de Junho de 2012, António
Guerreiro escreve sobre O Afável Monstro de Bruxelas ou A Europa sob Tutela:
«Este pequeno livro de um grande poeta, ensaísta e romancista alemão é uma crítica
muito séria — ora satírica, ora irónica, mas sempre com um humor que não lhe
retira seriedade nem o faz passar para o nível da caricatura — à “burocracia
esclarecida”, no topo da qual estão os “comissários” (palavra sinistra porque
evoca os totalitarismos europeus do século XX) de Bruxelas. Segundo
Enzensberger, esse corpo “monstruoso” de burocratas colocou a Europa sob
tutela, construindo não propriamente um regime prisional (a sua missão não é
oprimir, como faria a nomenclatura de um regime totalitário) mas uma “casa de
correção”, onde tudo deve ser harmonizado, submetido a normas educativas e a
prescrições que preenchem montanhas de papéis, sem violência mas com uma
vontade normativa sem limites.»
Apresentação de A Chegada de Twainy em Vila Velha de Ródão
No passado mês de Abril, no âmbito
do Concurso Nacional de Leitura, Hélia Correia esteve presente na Biblioteca
Municipal José Baptista Martins, de Vila Velha de Ródão, para apresentar o seu último
livro infanto-juvenil, A Chegada de Twainy, com ilustrações de Rachel
Caiano.
22.6.12
Edição de Clarice Lispector
«Quinta-feira (30 de Maio), as livrarias dos
Estados Unidos começam a receber quatro livros (Perto do Coração Selvagem,
Água Viva, A Paixão Segundo G. H. e Um Sopro de Vida) de Clarice
Lispector traduzidos para o inglês, todos pela editora New Directions, que já
lançou no ano passado A Hora da Estrela. O facto teve repercussão na
imprensa, com o jornal Los Angeles Times a citar a frase de um
antigo tradutor de Clarice (1920-1977), Gregory Rabassa, que comparava a autora
brasileira a Marlene Dietrich (na aparência) e a Virginia Woolf (no estilo).
“A maneira chocante com que fala dos grandes
temas é a característica da sua prosa que mais desperta a atenção do leitor
americano”, afirma Benjamin Moser, organizador dos lançamentos e grande
divulgador da prosa de Clarice entre os seus conterrâneos, especialmente depois
de publicada a tradução em inglês de sua biografia Clarice, lançada em
2009 pela Cosac Naify. “São assuntos que, no nosso dia-a-dia, não temos coragem
de enfrentar – a vida, a morte, Deus – e que são os grandes temas universais,
independentemente de detalhes superficiais, como a nacionalidade do leitor.”
Os quatro volumes chegam com um delicado
projecto gráfico: juntas, as capas reproduzem uma foto de Clarice jovem. E, num
canto, são reproduzidos elogios de personalidades literárias como Jonathan
Franzen (“Uma escritora verdadeiramente notável”), Orhan Pamuk (“Uma das mais
misteriosas autoras do século XX”) e Colm Toíbín (“Um dos génios ocultos do
século XX”), além de uma citação do jornal The New York Times (“A
principal escritora latino-americana de prosa do século”).
No Brasil, os livros de Clarice são um dos bens
mais preciosos do catálogo da editora Rocco, que prepara vários lançamentos a
partir do segundo semestre. Em Outubro, por exemplo, deve sair a colectânea Clarice
na Cabeceira - Jornalismo, que vai reunir textos publicados na
imprensa ao longo de quase quatro décadas. Organizada por Aparecida Maria
Nunes, a obra pretende oferecer uma amostra consistente da forma singular como
Clarice praticava o jornalismo, seja no papel de repórter, entrevistadora,
colunista de páginas femininas ou cronista, além de ajudar a traçar um perfil
do próprio jornalismo brasileiro nesse período.
Também a obra infanto-juvenil da escritora vai
ter nova edição, com um projecto gráfico reformulado e volumes em capa dura. Os
primeiros serão A Vida Íntima de Laura, ilustrado por Odilon Moraes, e
A Mulher Que Matou os Peixes, por Renato Moriconi.
Trecho de uma carta de Pedro Almodóvar a
Benjamin Moser:
“Esse livro (Um Sopro de Vida)
provocou em mim um efeito similar ao dos primeiros romances que li do
sul-africano J. M. Coetzee. Cada frase acumula tal quantidade de significados,
é tão densa, rotunda e rica que eu preciso de parar antes de sentir um impacto
semelhante a embater com uma parede (…)
O romance é recheado de frases memoráveis sobre
a criação literária e a passagem do tempo, o desespero e a multiplicidade
humana, incluindo a necessidade de se falar de si mesmo, a procura por um
interlocutor e o facto de se encontrar isso dentro de si mesmo.”»
[Citação de Ubiratan Brasil, via blogue Autores e Livros]
(capa da edição da Rocco)
A Relógio D’Água vai editar ainda este ano Um
Sopro de Vida, a maior parte da obra infanto-juvenil de Clarice Lispector e
os seus textos jornalísticos, reunidos em Só para Mulheres e Correio
Feminino num trabalho com organização de Aparecida Maria Nunes
20.6.12
De Bicicleta, Livro do Dia na TSF
De Bicicleta foi o livro escolhido no programa Livro do Dia de 19 de Junho. Disse Carlos Vaz Marques: «O ciclismo é um desporto simples e popular que nem por isso
deixou de cativar intelectuais como o semiólogo Roland Barthes. (…) As
bicicletas, no entanto, são muito mais do que apenas máquinas de corrida, como
todos sabemos e como esta antologia de textos de grandes autores ilustra de
forma clara.»
O programa pode ser consultado aqui.
Sobre Perto do Coração Selvagem, de Clarice Lispector
Maria do Rosário Pedreira escreveu sobre Perto do Coração Selvagem, de Clarice Lispector: «A obra de Clarice é de uma vivacidade estonteante, mas esta Joana de coração selvagem é um bicho de sensações que não lhe fica atrás nem nos deixa descansar um só instante durante a leitura.»
Texto completo aqui, no blogue Horas Extraordinárias.
19.6.12
Sobre Dublinenses, de James Joyce
Na Time Out Lisboa de 13 de Junho, Rui Lagartinho
escreve sobre Dublinenses, de James Joyce: «Quase cem anos depois [do
ano de publicação], Dublinenses continua tão moderno e visionário que
poderia ter sido escrito ontem. Joyce, que sempre teve uma relação difícil com
a sua pátria, plasmou para a posteridade um estilo onde a cidade e os seus
habitantes se fundem em cada esquina. (…) “Os mortos”, o conto de maior
extensão e aquele que se tornou um caso a estudar na obra de Joyce, é a esse
título exemplar: o desdobramento entre o que lá está escrito e aquilo que cada
um lê no estado de alma das personagens que atravessam aquela festa de Natal
continua a ser um desafio para leitores inteligentes.»
18.6.12
Antologia de Tomas Tranströmer na Relógio D'Água
«Lisboa
No bairro de Alfama os carros eléctricos amarelos chiavam
nas subidas.
Ali havia duas prisões. Uma era para ladrões
que acenavam através das grades.
Gritavam, queriam ser fotografados.
“Mas aqui”, disse o guarda-freio com um risinho de
hesitação:
“aqui estão os políticos.” Olhei para a fachada, a fachada,
a fachada,
e no último andar, a uma janela, vi um homem
com um binóculo a olhar para o mar.
Roupa que fora lavada secava pendurada ao sol. As pedras dos
muros estavam quentes.
As moscas liam cartas microscópicas.
Seis anos mais tarde, perguntei a uma senhora de Lisboa:
“Aquilo era mesmo verdade ou fui eu que sonhei?”»
Em tradução do sueco de Alexandre Pastor, a Relógio D’Água
vai publicar, no início de Julho, uma significativa antologia da poesia de
Tomas Tranströmer, Prémio Nobel da Literatura em 2011 e um dos grandes poetas
nórdicos ao lado de Aspenström, Ekelöf e Martinson.
Na nota introdutória, Alexandre Pastor refere: «Mas não só
por isso. Tranströmer é diferente porque começou por não querer viver da
literatura. Estudou línguas e é formado em psicologia. Trabalhou em
estabelecimentos correccionais com jovens delinquentes, oportunidade única para
pôr o pé nos bastidores da sua sociedade.»
A chegar às livrarias
Luigi Pirandello foi contista, romancista e
dramaturgo. Algumas das suas peças teatrais derivam de contos, como é o caso de
Seis Personagens em Busca de Autor e Para Cada Um a Sua Verdade, que
resultaram de A Tragédia de Um Personagem
e de A Senhora Frola e o Senhor Ponza,
Seu Genro.
Os contos de Pirandello, de que se publica uma
selecção de vinte e oito, surgiram em diversos volumes por ele reunidos em Contos para Um Ano, pois tencionava
escrever 365.
No final da vida cultivou em particular o género
surrealizante de que é exemplo Um Cavalo
na Lua.
«A realidade» — afirma o autor de O Falecido Mattia Pascal — «é um engano. Tudo são aparências e, por
isso, tudo o que consideramos como verdades são, apenas, coisas instáveis e
incertas. Nenhum conhecimento poderá ser considerado como verdade absoluta,
pois tudo depende da nossa interpretação dos factos.»
A poesia de Florbela Espanca foi marcada por
um erotismo que Jorge de Sena considerou ser «uma das mais importantes
expressões de feminino na poesia portuguesa».
O reconhecimento da obra de Florbela Espanca
esteve durante anos entregue a um escasso número de leitores e à indiferença da
crítica, situação que se alterou quando José Régio a considerou, em 1950, a
«maior poetisa portuguesa de qualquer tempo e um dos grandes nomes da nossa
poesia moderna».
Patti Smith e Bulgákov
No ípsilon do Público de 15 de Junho de 2012, Vítor Belanciano entrevista Patti Smith por ocasião do lançamento do seu último álbum, Banga.
VB: O seu novo álbum está repleto de alusões e de
personagens, a começar pela que dá nome ao disco, Banga. Foram
coincidências ou algo que tinha em mente desde o início?
PS: Na verdade, todas essas alusões e personagens foram
surgindo durante a feitura do disco. Banga é o nome do cão do livro Margarita
e o Mestre de [Mikhail] Bulgákov e surgiu numa altura em que andava a ler
quase toda a sua obra. Posso ser muito obsessiva com alguns autores e no caso
dele aconteceu-me isso. De alguma forma esse cão simboliza o valor da lealdade
que é qualquer coisa que o mundo contemporâneo tende a esquecer e isso
agradou-me.
16.6.12
Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 17 de Junho
A Interpretação dos Sonhos, de Sigmund Freud
PVP: 30,28 €
Preço Livro do Dia: 18 €
Anna Karénina, de Lev Tolstoi
PVP: 35,33 €
Preço Livro do Dia: 21 €
Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa
PVP: 30,28 €
Preço Livro do Dia: 18 €
15.6.12
Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 16 de Junho
A Condição Humana, de Hannah Arendt
PVP: 20,19€
Preço Livro do Dia: 12 €
Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski
PVP: 20,19€
Preço Livro do Dia: 12 €
As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
PVP: 14,13 €
Preço Livro do Dia: 8 €
Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 15 de Junho
Musicofilia, de Oliver Sacks
PVP: 18,17€
Preço Livro do Dia: 10 €
Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac
PVP: 19,19 €
Preço Livro do Dia: 11 €
Contos de Andersen, de Hans Christian Andersen
PVP: 20,19 €
Preço Livro do Dia: 12 €
14.6.12
Lanterna Mágica Livro do Dia na TSF
«Em Lanterna Mágica, Ingmar Bergman conta-se de uma
forma quase crua, sem rodeios, numa série de anotações dispersas, em que tanto
pode relatar um episódio vivido, uma memória ou uma sensação particular como até
mesmo um sonho.
Também fala dos filmes que realizou, evidentemente, mas não
se esperem deste livro exegeses e explicações que Bergman manifestamente
prefere deixar por conta dos espetadores.»
Lanterna Mágica foi o Livro do Dia no programa de Carlos Vaz Marques na TSF, no dia 12 de Junho. O programa pode ser ouvido aqui.
Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 14 de Junho
Violência, de Slavoj Zizek
PVP: 14,13€
Preço Livro do Dia: 8 €
A Metamorfose, de Franz Kafka
PVP: 11,11 €
Preço Livro do Dia: 6,60 €
Folhas de Erva, de Walt Whitman
PVP: 40,39 €
Preço Livro do Dia: 24 €
12.6.12
Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 13 de Junho
O Homem Que Confundiu a Mulher
com Um Chapéu, de Oliver Sacks
PVP: 20 €
Preço Livro do Dia: 12 €
O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
PVP: 11 €
Preço Livro do Dia: 6,60 €
Um Jantar Muito Original seguido
de A Porta, de Fernando Pessoa
PVP: € 10,09
Preço Livro do Dia: € 6
Hélia Correia na apresentação da edição italiana de Bastardia
Bastardia, de Hélia Correia, foi recentemente traduzido
para italiano. No dia 30 de Maio, Hélia Correia esteve na Casa Internazionale delle Donne, em
Roma, para a apresentação da edição italiana do romance, publicado pela Caravan Edizioni.
Além
da escritora, estiveram presentes os dois tradutores, Vincenzo Barca e Serena
Magi.
Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 12 de Junho
Elogio da Sombra, de
Junichiro Tanizaki
PVP: 10,09 €
Livro do Dia: 6 €
Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski
PVP: 20,19 €
Preço Livro do Dia: 12 €
As Aventuras de Alice no País
das Maravilhas, de Lewis Carroll
PVP: 14,13€
Preço Livro do Dia: 8 €
11.6.12
Livros da Relógio D’Água nos media na semana de 4 a 10 de Junho de 2012
Na sua crónica do Atual, suplemento do Expresso
de 9 de Junho, Pedro Mexia escreve sobre O Naufrágio do Titanic, de
Joseph Conrad, um dos últimos lançamentos da Relógio D’Água: «Quando o Titanic
foi ao fundo, Conrad percebeu que tinha de algum modo “antecipado” aqueles
acontecimentos. (…) Homem céptico e pessimista, Conrad abominava o conceito do Titanic,
que achava um “Ritz marítimo”, um exemplo de gigantismo fátuo e de ostentação.
O navio possuía todas as comodidades exigidas pelos seus ricos passageiros, mas
de que vale ter cafés temáticos e centenas de empregados solícitos, quando não
há suficientes botes e suficiente disciplina? E que dizer da ideia grotesca de
um navio “inafundável”? Todos os navios podem ir ao fundo, e ainda mais quando
se trata de um hotel flutuante, um ferry monstruoso, ao serviço do lucro
e do luxo, do comercialismo e da publicidade. Para o escritor, o Titanic
representava o “progresso” no seu aspecto mais contestável, que é a capacidade
de criar uma sensação eufórica de “falsa segurança”.»
No mesmo Atual, Hugo Pinto Santos escreve sobre Música
de Câmara, de James Joyce: «A dimensão musical, aliás, está longe de ser um
aspeto subsidiário neste livro de estreia, que persegue a melopeia do vocábulo
breve e aberto, a assonância e a ressonância fónico-verbal. Poucas vezes, como
neste trabalho de João Almeida Flor, traduzir terá sido, com tal fulgor e arte,
recriação do poema, reconstrução do que poderia chamar-se “estado poético” da
linguagem. Mais do que fidelidade, há uma descida ao inferno do sentido e uma
superação do suplício.»
Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 11 de Junho
A Origem do Homem e a Selecção
Sexual, de Charles Darwin
PVP: 30,28 €
Preço Livro do Dia: 18 €
Moby Dick, de Herman Melville
PVP:
24,23 €
Preço Livro do Dia: 14 €
As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
PVP: 14,13€
Preço Livro do Dia: 8 €
9.6.12
Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 10 de Junho
Da Democracia na América,
de Alexis de Tocqueville
PVP: 38,36 €
Preço Livro do Dia: 23 €
A Estrada, de Cormac McCarthy
PVP: 14,13 €
Preço Livro do Dia: 8 €
Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio
PVP: 18,17 €
Preço Livro do Dia: 10 €
8.6.12
Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 9 de Junho
Portugal, Hoje – O Medo de
Existir, de José Gil
PVP: 16,15 €
Preço Livro do Dia: 9 €
Contos, de Clarice Lispector
PVP: 16 €
Preço Livro do Dia: 9 €
Contos, de Oscar Wilde
PVP: 12,12 €
Preço Livro do Dia: 7 €
A Relógio D’Água no ípsilon de 8 de Junho de 2012
Nesta edição do ípsilon, Maria Conceição Caleiro
entrevista Rui Nunes a propósito do seu último livro, Barro, e sobre
este escreve: «Barro está povoado de imagens deslumbrantes. Nunca
gratuitas, nunca a mais. Um exemplo de transtorno ou deslocação mesmo mínima da
sintaxe e da voz pontuada gesto a gesto, singularidade a singularidade: “vem da
varanda um bater espesso de asas: entreabro a porta: um pequeno falcão debate-se
na tijoleira. Agarro-o; a macieza das penas, trémula. Pouso-o no parapeito. E
ele atira-se para o vazio, desce até quase roçar o descampado de malvas e
cardos, e depois eleva-se por um amplo bater de asas.”
O livro está povoado disto. E outros, de muita violência, de
insuportável violência, de alegria impiedosa e infantil, natural.»
Na mesma edição, José Riço Direitinho escreve sobre Anjos
e Comboios, de Denis Johnson: «Sonhos e Comboios é uma breve história
épica (é também uma tocante história de amor) que nos traz inteira a primeira
metade do século XX americano, não o das grandes cidades, mas o da tranfiguração
dos grandes espaços naturais com todos os seus desafios. (…) A atmosfera criada
por Denis Johnson, associada à delicadeza pouco usual do contar da história,
tornam Sonhos e Comboios um livro que permanecerá na memória por muito
tempo.»
Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 8 de Junho
Patañjali e o Yoga,
de Mircéa Eliade
PVP: 13,12 €
Preço Livro do Dia: 7 €
O Jogador, de Fiódor Dostoievski
PVP: 14,13 €
Preço Livro do Dia: 8 €
Robinson
Crusoe, de
Daniel Defoe
PVP:
16,15 €
Preço Livro do Dia: 9 €
6.6.12
Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 7 de Junho
A Condição Humana, de Hannah Arendt
PVP: 20,19 €
Preço Livro do Dia: 12 €
Este País Não É para Velhos, de Cormac McCarthy
PVP: 15,15 €
Preço Livro do Dia: 9 €
O Feiticeiro de Oz, de Frank L. Baum
PVP: 15,15 €
Preço Livro do Dia: 9 €
Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 6 de Junho
Autobiografia Intelectual, de Sigmund Freud
PVP: 14,13 €
Preço Livro do Dia: 8 €
Orlando, de Virginia Woolf
PVP: 15,15 €
Preço Livro do Dia: 9 €
Contos de Andersen, de Hans Christian Andersen
PVP: 20,19 €
Preço Livro do Dia: 12 €
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