31.10.23

Sobre Bunny, de Mona Awad

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Bunny, de Mona Awad (Tradução de Manuel Alberto Vieira)


Samantha Heather Mackey não poderia sentir-se mais estranha no seu pequeno e exclusivo programa de mestrado em Escrita Criativa na Universidade Warren da Nova Inglaterra. Uma estudante bolseira que prefere a companhia da sua imaginação sombria à das pessoas, Samantha sente repulsa pelo resto das alunas do seu curso de escrita de ficção, um grupo de miúdas ricas e insuportáveis que se tratam umas às outras por «Coelhinha» e agem e falam como se fossem uma só pessoa.

Tudo muda quando Samantha recebe um convite para o famoso «Salão Salaz», pelo qual se vê inexplicavelmente atraída, o que faz com que deixe para trás Ava, a sua única amiga. À medida que mergulha nesse novo e sinistro mundo, as fronteiras da realidade começam a esbater-se.

Bunny é uma história de solidão e pertença, amizade e desejo, sobre o fantástico e terrível poder da imaginação.


Nomeado Melhor Livro do Ano em 2019 pela TIME e pela Vogue, entre outras publicações.


O romance será adaptado ao cinema pela produtora BAD ROBOT, responsável por filmes da saga Missão: Impossível e Star Trek.


«Um livro genial.» [Margaret Atwood]


«Awad é uma escritora genial.» [The Washington Post]


«Um livro que resulta de enorme inteligência… Perversamente hilariante.» [The New Yorker]


«Audacioso e inesquecível.» [Los Angeles Times]


«Sempre que abro o livro, deparo-me com uma frase incrível.» [Dwight Garner, The New York Times]



Mona Awad nasceu em 22 de agosto de 1978 no Canadá e é conhecida como romancista e contista de livros de ficção negra cómica.

O seu romance de estreia, 13 Ways of Looking at a Fat Girl, foi finalista do Scotiabank Giller Prize e recebeu o Prémio para Primeiro Romance da Amazon.ca.

O seu segundo romance, Bunny, foi finalista do Prémio Goodreads na categoria de Terror e também do New England Book Award.

O seu terceiro romance, All’s Well, foi igualmente finalista do Prémio Goodreads na categoria de Terror.


Mais informação em https://relogiodagua.pt/produto/bunny-pre-venda/

Sobre Quedas Felizes, Evguénia Bielorrussets

 



«Publicados na Ucrânia em 2018, estes contos de natureza surrealista, escritos por uma conhecida fotógrafa, revelam as experiências de mulheres da região do Donbass. Muitas delas escaparam ao conflito separatista surgido em 2014 e vivem agora como refugiadas em Kiev. Os contos, etnográficos na perspetiva mas gogolianos no registo, gravitam em torno de desaparecimentos inexplicáveis, memórias recalcadas e fantasmagorias. Bielorrussets escreve com “profunda penetração sobre o efeito de acontecimentos históricos traumáticos nas fantasias […] da vida quotidiana” e evoca o humor fatalista das suas personagens marginalizadas. “Se tiveste a sorte de nascer aqui, aceita-la como se tivesse de ser assim.”» [The New Yorker]


«Se Isaac Babel e Svetlana Alexievich tivessem um filho…» [Claire Messud]


«Um livro ousado e inquietante em que mulheres deslocadas narram histórias esclarecedoras para sobreviver à escuridão que as envolve.» [Jenny Offill]


«Este é um livro de histórias ternas e terríveis, onde contos de terror da juventude se mascaram na linguagem de Jean Genet, e onde o documentário se dilata até ao épico, tornando-se a história que todos partilhamos.» [Maria Stepánova]


Quedas Felizes, de Evguénia Bielorrussets (tradução de António Pescada), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/quedas-felizes-pre-publicacao/

Sobre A Queda da Casa de Usher e Outros Contos, de Edgar Allan Poe

 


Um jovem cavalheiro é convidado para a velha casa de um amigo de infância, Roderick Usher.

À mansão parece concebida como cenário de um conto gótico, com a paisagem lúgubre que a rodeia, dois irmãos gémeos, o próprio Roderick e Lady Madeline, e doenças misteriosas que fazem parte da história familiar e que se manifestam em sensações sobrenaturais.

Todos os elementos do género parecem estar reunidos, e, no entanto, o suspense, o terror desta história deve-se à incerteza, pois não sabemos exactamente em que parte do mundo se situa e em que tempo decorre.

Há também um lago perto do solar dos Usher, mas suspeitamos que está lá apenas para compor um final fatídico.

O conto foi publicado pela primeira vez na Burton’s Gentleman’s Magazine. Tornou-se uma das obras de Poe preferidas da crítica e a que o próprio autor considerava a mais conseguida das que escreveu.

Esta edição reúne outros contos de Edgar Allan Poe: «Manuscrito Encontrado numa Garrafa», «Ligeia», «Uma Descida no Maelström» e «O Gato Preto».


A Queda da Casa de Usher e Outros Contos (trad. Miguel Serras Pereira e Anabela Prates Carvalho), com prefácio de Charles Baudelaire (trad. Manuel Alberto) e outras obras de Edgar Allan Poe estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/edgar-allan-poe/

30.10.23

Sobre Pensamentos, de Marco Aurélio

 



«Este livro, todo tecido de reflexões pessoais, tem radículas nos autores gregos bem assimilados — em Platão, em Homero, nos trágicos —, todos sobriamente citados, nunca para mostrar erudição, sempre para sublinhar a meditação pessoal de um homem dobrado ao íntimo. Era, sim, da estirpe de Epicteto e de Pascal este homem que de tão alto viu o “desconcerto do mundo” e abriu, sem mais candeia que a luz da consciência acesa em pavio estóico, um tão nobre caminho nas sombras da vida. Nunca como nele se equivaleram palácio e choupana aos olhos de um meditador. A misantropia crepuscular escorre do pensamento da morte, da brevidade da vida, da fugacidade de prazeres e honrarias. […] Mas que um imperador cumulado de riquezas e com mão desimpedida para a sacudir arbitrariamente por entre injustiças e vinganças se recolha à cela íntima e aí entorne, num canhenho de reflexões, a essência da própria alma — deve mover-nos a espanto e pena.» [Do Prefácio de João Maia]


Pensamentos, de Marco Aurélio (tradução e prefácio de João Maia), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/pensamentos-3/

Sobre Os Lança-Chamas, de Rachel Kushner

 


Nos anos 70, Reno — assim chamada por ser a sua cidade natal — vai para Nova Iorque com a intenção de transformar o seu fascínio por motas e velocidade em arte. Aí conhece Sandro Valera, afastado herdeiro de um império italiano dos pneus e das motas. O livro é a história do encontro da jovem artista com os mundos de Nova Iorque e Roma — secretos, elitistas, perigosos.

A sua chegada coincide com uma explosão de actividade no mundo artístico, em bairros como o SoHo ou East Village.


«Políticas radicais, arte de vanguarda e corridas de motos — todos estes elementos ganham vida no fulgurante romance de Rachel Kushner passado na década de 1970, quando uma jovem mulher se muda para Nova Iorque para se tornar artista, acabando por se envolver no movimento revolucionário de protesto que abalou a Itália nesses anos. Este romance (o segundo de Kushner) é feito de observações mordazes e frases cinzeladas que mostram como os indivíduos são arrastados por forças sociais impiedosas.» [«The 10 Best Books of 2013», The New York Times]


«Cintilantemente vivo. Repleto de narrativas, humor, excelentes monólogos, momentos elevados, e aventuras extremas. Kushner nem por um momento deixa de nos contar uma história... O livro triunfou porque é composto de histórias vibrantes, únicas e intensamente vivas.» [James Wood]


«A visão de Kushner do radicalismo, arte e política da década de 1970 é uma leitura poderosa e absorvente.»

[The Financial Times]


Os Lança-Chamas (trad. Telma Costa) e outras obras de Rachel Kushner estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/rachel-kushner/

29.10.23

Sobre O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett

 



Mary Lennox, criança solitária e indesejada, chega da Índia para viver com o tio em Yorkshire. 

Entregue a si própria, pouco tem com que se entreter e começa a explorar a casa enorme e sombria, até que numa bonita manhã de sol se depara com um jardim secreto que muros cobertos de hera ocultavam. Pela primeira vez na sua breve e triste vida, Mary descobre uma coisa que merece a sua afeição e empenha-se em devolver o jardim à sua antiga glória. Quando o jardim começa a florir e a transformar-se como por magia, ninguém permanece indiferente.


O Jardim Secreto (trad. Maria de Lourdes Guimarães) e Uma Princesinha (trad. Rita Carvalho e Guerra) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/frances-hodgson-burnett/

27.10.23

Sobre Filosofia do Budismo Zen, de Byung-Chul Han

 



O budismo zen é uma forma de budismo originário da China e tem uma orientação meditativa. Caracteriza-se por uma atitude cética em relação à linguagem e ao pensamento conceptual.

Neste breve ensaio, Byung-Chul Han propõe-se refletir de modo filosófico sobre um objeto que não implica nenhuma filosofia em sentido estrito. Por isso procura fazer uma abordagem linguística a propósito do uso do silêncio e da linguagem enigmática.

Este ensaio é um filosofar sobre e com o budismo zen para captar a força filosófica que lhe é inerente. Como afirma Byung-Chul Han, “desenvolve-se através de comparações” da filosofia de Platão, Leibniz, Fichte, Hegel, Schopenhauer, Nietzsche e Heidegger “com os pontos de vista filosóficos do budismo zen”.


Filosofia do Budismo Zen (trad. Miguel Serras Pereira) e outras obras de Byung-Chul Han estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/

Sobre A Filosofia da Canção Moderna, de Bob Dylan

 



No seu estilo único, Bob Dylan escreve sobre a natureza da música popular em sessenta ensaios nos quais comenta canções de outros artistas, de Hank Williams a Nina Simone, de Stephen Foster a Elvis Costello.


A Filosofia da Canção Moderna (tradução de Pedro Serrano e Angelina Barbosa) e outras obras de Bob Dylan estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/bob-dylan/

Sobre A Campânula de Vidro, de Sylvia Plath

 



«The Bell Jar veio pela primeira vez a público em Inglaterra, no dia 14 de janeiro de 1963, editado pela Heinemann, com autoria atribuída a Victoria Lucas.

O motivo que terá levado Sylvia Plath a recorrer a um pseudónimo prende-se com a óbvia coincidência existente entre personagens, eventos e lugares ali descritos, e a realidade biográfica da autora. Essa confusão entre realidade e ficção tem servido, ao longo dos anos, a uma vasta panóplia de equívocos que mais não fizeram do que dissimular o lugar da sua obra poética e narrativa na literatura anglo-americana contemporânea.» [Do Posfácio]


A Campânula de Vidro (trad. Mário Avelar) e outras obras de Sylvia Plath estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sylvia-plath/

26.10.23

Sobre Neverness, de Ana Teresa Pereira

 



«Como se o mundo existisse, eu diria, dos livros de Ana Teresa Pereira, que os lemos ou nos lêem nesse limiar da morte e da infância de um desejo desde sempre recém-nascente, que — em branco, à tona do vazio sem data que se abre entre dois dias — repassa todo o tempo que passa do infinito do tempo que não passa, e é o nunca-sempre deste Neverness sem fim.

Nunca-sempre do infinito do tempo, atravessando essa “eternidade da charneca”, cuja Neverland este Neverness transfigura, me aventuro agora a deixar que me leia assim:


Neverness


A morte viera adormecê-los mas despertava-os

Por isso agora no meio da urze e do nevoeiro

um ao outro abraçados perdem-se e vagueiam

na eternidade da charneca que clareia


até que já não possam morrer sem acordar»

[Miguel Serras Pereira]


Neverness e outras obras de Ana Teresa Pereira estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ana-teresa-pereira/

Maria Stepánova recebe Berman Literature Prize 2023 por Memória da Memória

 



No passado dia 23, Maria Stepánova recebeu, em Estocolmo, o Berman Literature Prize 2023 por Memória da Memória.

O júri justificou a atribuição do prémio: «Com uma prosa sinuosa e refinada, Maria Stepánova dá vida a imagens, objectos, lugares e documentos, num retrato do poder transformador da memória, quer para indivíduos quer para colectivos esquecidos.» 


Com a morte da sua tia, a narradora pôde examinar com todo o cuidado o seu apartamento, repleto de fotografias desbotadas, velhos postais, cartas, diários, pilhas de souvenirs, o repositório de um século de vida na Rússia.

Carinhosamente reunidos, com calma e mãos cuidadosas, esses objectos contam-nos a história de como uma vulgar família judia sobreviveu às numerosas perseguições e repressões do último século.

Em diálogo com escritores como Barthes, Sebald, Sontag e Mandelstam, Memória da Memória recorre aos mais diversos géneros, ensaio, ficção, memória, documentos históricos. Maria Stepánova compõe assim um vasto panorama de ideias e personalidades.


Memória da Memória — Romança, de Maria Stepánova (tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/memoria-da-memoria-pre-publicacao/

Sobre D. Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes

 



“Não nos rimos dele por muito tempo. As suas armas são a piedade, a sua bandeira a beleza, em todas as situações permanece… gentil, desamparado, puro, generoso e galante. A paródia torna-se um modelo ideal.” [Vladimir Nabokov, em Leituras sobre o D. Quixote]


“Dom Quixote, Falstaff e Emma Bovary representam essas descobertas da consciência; criando-os, na iluminação recíproca do acto criador e do crescimento da coisa criada, Cervantes, Shakespeare e Flaubert chegaram literalmente a conhecer “partes” de si próprios antes insuspeitadas.” [George Steiner]


“Não queria compor outro Quixote — o que é fácil —, mas “o” Quixote. Não vale a pena acrescentar que nunca encarou a possibilidade de uma transcrição mecânica do original; não se propunha copiá-lo. A sua admirável ambição era produzir umas páginas que coincidissem — palavra por palavra e linha por linha — com as de Miguel de Cervantes.”

[Jorge Luis Borges, “Pierre Menard, autor do Quixote”]


D. Quixote de la Mancha (trad. e notas de José Bento) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/d-quixote-de-la-mancha/

Sobre Alexandra Alpha, de José Cardoso Pires

 



«Com uma escrita de apuro, Cardoso Pires traça um ambiente turvo. Com uma escrita áspera, Cardoso Pires retrata pessoas indolentes. Com uma escrita exacta, Cardoso Pires assenta diálogos derivativos, enrolados, incongruentes — e essa coisa é que é linda. (…)

Nunca antes, na nossa literatura, o dia 25 de Abril foi descrito de forma tão vibrante e tão vivida (…).

Este é um livro para ser lido de lanterna na mão. Ou, então, com uma daquelas luzes de mineiro que estes usam no capacete para descer às profundezas. É de escuridão e de bas-fond lisboeta que se trata. De uma certa vida boémia que já não existe — ou já não será exactamente assim. É um livro noctívago, este. Cheio de velhos lobos-de-bares. “Bares dialécticos com meninas à Godard”, outros “com máquinas de discos aos coices”.

Em torno de Alexandra, a publicitária, a mulher do corpo desmemoriado, cuja mais interessante característica é não prestar contas a ninguém, enxameiam as mais bizarras personagens.» [Do Prefácio de Ana Margarida de Carvalho]


Alexandra Alpha e outras obras de José Cardoso Pires estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jose-cardoso-pires/

Sobre As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi

 



Esta é a história do boneco de madeira que desejou tornar-se rapaz. Tudo começa quando o desprevenido Gepeto esculpe um pedaço de madeira que consegue andar e falar. Assim nasce Pinóquio, que, depois de causar vários problemas a Gepeto, vive inúmeras aventuras, no decurso das quais é perseguido pela Raposa e pelo Gato, aconselhado pelo Grilo-Falante e salvo por uma linda Menina de cabelos azul-turquesa. Além disso, o nariz cresce-lhe quando conta uma mentira. Como se isso não bastasse, é transformado num burro e engolido por um tubarão, antes de alcançar a felicidade.

 

As Aventuras de Pinóquio (trad. Margarida Periquito) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/aventuras-de-pinoquio-as/

25.10.23

Sobre O Quarto Azul, de Georges Simenon

 



«A ficção realista no seu melhor transmite uma impressão tão palpável do mundo e das coisas que nele existem que o leitor experimenta uma sensação arrepiante de voyeurismo forçado. Georges Simenon conseguia induzir essa sensação como nenhum outro escritor do século XX, excepto, talvez, Franz Kafka em histórias como A Metamorfose — que é uma obra-prima da escrita realista.» [John Banville]


O Quarto Azul (trad. Mário Quintana) e outras obras de Georges Simenon estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/georges-simenon/

Sobre Morte e Democracia, de José Gil

 


Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Morte e Democracia, de José Gil


A morte traça uma fronteira-limite do pensamento. Para lá dela, nada há a experienciar ou a pensar. Fractura radical, deixa-nos à beira de um impensável abismo. Para o transpor, inventámos a transcendência e a imortalidade. E com elas surgiram as teocracias, as realezas mágicas e os regimes políticos que criaram as maiores desigualdades e injustiças. A democracia nasceu destituindo a transcendência religiosa do seu estatuto fundador da ordem política. E a imanência trará consigo, em princípio, uma possibilidade de igualdade e de justiça. Porque não deixam as democracias modernas de abrir a porta aos poderes autocráticos neofascistas? Certos resíduos da antiga transcendência parecem permanecer nas estruturas jurídico-políticas e nos mínimos gestos da cidadania democrática. Como fazer para os ultrapassar? Poder-se-á conceber um sistema democrático plenamente imanente que impeça a crença na imortalidade da alma de perverter a acção política? Que aconteceria então aos mortos, que celebramos e veneramos, que sustentam as nossas vidas? Deixariam as suas memórias de nos confortar e os seus espectros e fantasmas de nos assombrar e inquietar? Podem as nossas decisões em vida ser influenciadas pelo destino que damos aos mortos?


Morte e Democracia e outras obras de José Gil estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jose-gil/

Sobre Hannah Arendt, de Samantha Rose Hill




Hannah Arendt é uma das mais renomadas pensadoras políticas do século XX, e a sua obra é de uma enorme atualidade.

Nasceu na Alemanha em 1906 e publicou o seu primeiro livro aos 23 anos, antes de voltar as costas ao mundo da filosofia académica para se ocupar da ascensão do Terceiro Reich.

Depois da guerra, Arendt tornou-se uma das mais proeminentes intelectuais do seu tempo, publicando obras influentes como As Origens do Totalitarismo, A Condição Humana, Entre o Passado e o Futuro e Eichmann em Jerusalém.


«Hill sublinha o facto de o trabalho sobre Santo Agostinho ter conduzido Arendt para um dos seus conceitos centrais — o amor pelo mundo, ou o amor mundi… O legado de Arendt não é uma doutrina ou sistema filosófico. É, sim, uma estimulante introdução para pensar a política e encarar não apenas as suas promessas, mas também os seus falhanços.» [New York Review of Books]


Samantha Rose Hill é membro sénior do Hannah Arendt Center for Politics and Humanities e associada do Brooklyn Institute for Social Research. A sua obra tem sido publicada no Los Angeles Review of Books, Aeon, LitHub, openDemocracy, Public Seminar, Contemporary Political Theory e Theory and Event.

Compõe este livro recorrendo ao mesmo tempo a novos aspetos biográficos e documentos de arquivo, poemas e correspondência, que revelam a mulher cuja paixão pela vida do espírito foi estimulada pelo seu amor pelo mundo.


Hannah Arendt, de Samantha Rose Hill (trad. Margarida Periquito), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/hannah-arendt-uma-biografia/

As obras de Hannah Arendt editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/hannah-arendt/

Sobre A Origem do Homem e a Selecção Sexual, de Charles Darwin

 



«Nenhum homem poderia ter escrito sobre A Origem do Homem melhor que Charles Darwin. E nenhum livro criou uma tempestade tão duradoura, desde os tempos vitorianos até aos tempos modernos, com o seu argumento sobre a evolução humana e o mecanismo de divergência racial a que Darwin chamou “selecção sexual”. Sigmund Freud considerou-o um dos “dez livros mais importantes de todos os tempos”. Para George Eliot e Thomas Hardy, a obra intensificou os temas da ficção inglesa. E para cada Leslie Stephen, “feliz por ver os pobres animais a vingarem-se”, houve um deão de Canterbury a queixar-se dos cientistas que “apagaram a nossa existência”. Alguma vez um livro influenciou deste modo o mundo da ciência, literatura, teologia e filosofia?» [James Moore e Adrian Desmond]


A Origem do Homem e a Selecção Sexual (trad. Susana Varela) e outros livros de Charles Darwin disponíveis aqui: https://relogiodagua.pt/autor/charles-darwin/

Sobre Um Homem a meio da Vida, de Richard Russo

 



Espirituoso, realista e absorvente, «Um Homem a meio da Vida» acompanha Hank Devereaux numa semana muito complicada.

William Henry Devereaux, Jr., é o relutante diretor do departamento de Inglês de uma universidade situada no cinturão industrial da Pensilvânia. Os problemas de Devereaux resultam do seu passado anarquista e do facto de o seu departamento estar mais ferozmente dividido do que os Balcãs.

No decurso de apenas uma semana, Devereaux vai ter o nariz mutilado por um colega, imaginar que a sua esposa tem um caso com o reitor e interrogar-se se uma assistente curvilínea está a tentar seduzi-lo com caroços de pêssego. Tudo isso enquanto tenta chegar a acordo com o seu pai mulherengo e abandona as suas esperanças juvenis.


Agora adaptado a série de televisão AMC, «Lucky Hank», com Bob Odenkirk («Better Call Saul», «Breaking Bad»).


«O romance sério mais divertido que li desde “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth.» [The New York Times Book Review]


«Existe um coração enorme e carregado de ironia que bate no centro da ficção de Richard Russo.» [The New Yorker]


«Um Homem a meio da Vida» (trad. Maria Ponce de Leão)está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/um-homem-a-meio-da-vida-pre-venda/

24.10.23

Sobre No Enxame, de Byung-Chul Han

 



Neste ensaio Byung-Chul Han analisa o modo como a revolução digital, a Internet e as redes sociais estão a transformar a sociedade atual.

Segundo o autor germano-coreano, assiste-se à formação de uma nova «massa», um «enxame digital».

Em contraste com outras «massas clássicas» estudadas por Marx ou Canetti, o enxame digital é formado por indivíduos isolados, carece de alma e de um sentimento de «nós» capaz de uma ação comum ou de seguir uma direção. A hipercomunicação digital destrói o silêncio de que a alma necessita para refletir e para ser ela própria. Só se ouve o ruído sem sentido e sem coerência. Tudo isso impossibilita a formação de um contrapoder que possa pôr em causa a ordem estabelecida, que tende assim a adquirir aspetos totalitários.

Grandes empresas como o Facebook e a Google trabalham como serviços secretos que procuram conhecer os interesses dos seus utilizadores para lucrarem com os seus comportamentos na Internet e nas redes sociais.

Para Byung-Chul Han, a época biopolítica analisada por Foucault está a ser ultrapassada. Caminhamos para uma época de psicopolítica digital, onde o poder intervém nos processos psicológicos inconscientes. O psicopoder é mais eficiente do que o biopoder na medida em que vigia, controla e faz mover os seres humanos não a partir de fora, mas de dentro.


No Enxame (trad. Miguel Serras Pereira) e outras obras de Byung-Chul Han estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/

Sobre Os Sonâmbulos, de Hermann Broch

 



«A nostalgia de uma totalidade e um sentido perdidos permeia toda a obra de Broch, numa combinação ambígua entre a lucidez da análise, nomeadamente a análise das modernas sociedades de massas, e o carácter problemático de uma utopia vagamente messiânica. Regressemos à interrogação obsessivamente formulada por Broch em toda a sua obra, tanto literária como ensaística: num mundo sem ética, onde está afinal a possibilidade de uma relação ética com o mundo?» [Do Prefácio]


«O tema deste vasto romance não nos é ocultado. Broch tem o cuidado de pôr em destaque os pensamentos teóricos que de outro modo procuraríamos no interior das suas histórias. Os títulos já dizem tudo: Pasenow ou o romantismo, 1888; Esch ou a anarquia, 1903; Huguenau ou o realismo, 1918; e, acima destes três nomes, a palavra nocturna que aqui nem sequer é uma imagem, mas um diagnós­tico: Os Sonâmbulos.» [Maurice Blanchot]


Os Sonâmbulos (trad. António Sousa Ribeiro) e A Morte de Virgílio (trad. Maria Adélia Silva Melo) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/hermann-broch/

Sobre Ensaios, de Robert Musil

 



“É assim que, no conjunto da produção de Musil, o ensaio ocupa uma posição central, como busca permanente daquela ‘configuração única e imutável’ capaz de cristalizar uma forma de pensamento heterodoxa, anti-sistemática, prismática, densamente auto-reflexiva, atenta, por definição, aos sinais do contemporâneo. Em parte, por condicionamento da sua sempre muito precária situação económica, foi muito abundante a actividade de publicação de Musil em jornais e revistas — nalguns períodos da sua vida, dedicou-se intensamente à crítica teatral e, em menor escala, à crítica literária. A produção ensaística em sentido próprio, mesmo que definida segundo o critério amplo que foi o da presente selecção, destaca-se com clareza destas publicações de natureza jornalística, mas acompanhou também, mesmo que com intermitências e com acentos diferentes, toda a trajectória literária de Musil. Desde 1911, ano de publicação de ‘O Obsceno e o Patológico na Arte’, até Março de 1937, data em que foi proferida a conferência ‘Da Estupidez’, contabilizam-se várias dezenas de ensaios de que o presente volume apresenta uma selecção largamente representativa.” [Do Prefácio de António Sousa Ribeiro]


Ensaios, de Robert Musil (trad. António Sousa Ribeiro), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/ensaios-de-robert-musil-pre-venda/

Sobre Contos Escolhidos, de Franz Kafka

 



Este livro reúne onze contos de Kafka.

Entre eles estão alguns dos mais notáveis, como «Textos do Tema “O Caçador Graco”», «Um Médico de Aldeia», «Preparativos para Um Casamento no Campo» e «Josefine, a Cantora ou O Povo dos Ratos».


«(…) O argumento e o ambiente são o essencial; não as evoluções da fábula nem a penetração psicológica. Daí a primazia dos seus contos sobre os seus romances; daí o direito a afirmar que esta antologia de contos nos dá integralmente a medida de tão singular escritor.» [Jorge Luis Borges]


Contos Escolhidos (trad. Carlos Leite) e outras obras de Franz Kafka estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/franz-kafka/

Sobre Perturbação, de Thomas Bernhard





Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Perturbação, de Thomas Bernhard (tradução de Leopoldina Almeida)


Perturbação fala dos sentimentos de um jovem que, em companhia do pai, médico, visita alguns doentes.

Existem seres em quem a obsessão da morte intensifica a vida, outros a quem paralisa todos os gestos, como se fossem antecipadamente inúteis.

Em Thomas Bernhard, escritor austríaco morto em Fevereiro de 1989, havia uma estranha conjunção desses estados de alma.

«A vida é maravilhosa, mas o mais maravilhoso é pensar que ela tem um fim», disse ele uma vez com melancólica ironia, exprimindo o ambíguo fascínio pela morte que projecta em várias das suas personagens.

Em Perturbação surgem os náufragos de um mar imóvel, a Áustria que cobriu de imprecações, seres que bordejam uma loucura que lhes permite desfazer as aparências do mundo, como no caso desse príncipe que sonha os seus domínios destruídos pelo filho que os vai herdar.


«Cresce a sensação de que Thomas Bernhard é o romancista mais original e concentrado a escrever em alemão. As suas ligações… com a grande constelação de Kafka, Musil e Broch tornam-se cada vez mais claras.» [George Steiner, The Times Literary Supplement]


Mais informação em https://relogiodagua.pt/autor/thomas-bernhard/

23.10.23

Sobre Diários, de Sylvia Plath

 



Destes diários de Sylvia Plath fazem parte apontamentos excluídos de publicação até 1998 por Ted Hughes, seu marido e executor testamentário.

Há textos escritos ao longo de doze anos, desde a época em que Sylvia Plath era estudante universitária até 1962, o ano anterior à sua morte. E também desenhos e poemas, testemunhando a vida e a obra de uma das principais poetas de língua inglesa do século xx, autora de Ariel e The Colossus.

Revelando uma consciência precoce da sua vocação de poeta, Plath afirmava aos dezoito anos: “estou a dar uma justificação à minha vida, à minha viva emoção, aos meus sentimentos, ao transformar tudo isto em letra impressa”, organizando de forma provisória “o meu patético caos pessoal”.


Diários (1950-1962) (trad. José Miguel Silva e Inês Dias) e outras obras de Sylvia Plath estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sylvia-plath/

Sobre Gonçalo M. Tavares

 



Gonçalo M. Tavares em entrevista a Antonio Sáez Salgado, na Cuadernos Hispanoamericanos, de Setembro de 2023


«A literatura e a arte devem tentar fazer algo atemporal. De uma forma ou de outra, intervimos sempre directamente no momento, mas a arte, os textos, os quadros, os filmes devem resistir à passagem do tempo. Na minha obra, o mais imediato foi O Diário da Peste, mas tentei escrevê-lo no mundo da literatura, que é um mundo em que no dia seguinte haverá uma leitura diferente. Tento, não sei se o consigo, mas empenho-me muito em depurar a minha escrita, porque há textos que envelhecem rapidamente.»


Entrevista disponível aqui: https://cuadernoshispanoamericanos.com/goncalo-m-tavares/


As obras de Gonçalo M. Tavares editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Sobre O Amor de Uma Boa Mulher, de Alice Munro

 



Como é habitual na obra de Alice Munro, a maioria dos contos desta colecção desenrola-se em pequenas localidades de Ontário, no Canadá, a terra onde a autora vive. Mulheres de todas as idades protagonizam as suas histórias. Ainda que os detalhes variem, todas compartilham a mesma necessidade de experimentar a paixão e alcançar a liberdade. Alice Munro escreve sobre a ansiedade da adolescência; sobre a difícil relação entre pais e filhos; sobre todas as dimensões do amor filial e romântico e as transformações que estes sofrem com a idade; sobre a enfermidade e a morte.

Os contos de Alice Munro condensam vidas inteiras em poucas páginas e, no entanto, alcançam uma profundidade e riqueza de detalhes maior que a de muitos romances. Utilizando uma prosa directa e dissimuladamente simples, a autora constrói estruturas narrativas de grande complexidade.


«Há muito tempo Virginia Woolf descreveu George Eliot como uma das poucas autoras “para gente adulta”. O mesmo poderá ser dito hoje, e com igual justiça, sobre Alice Munro.» [Michael Gorra, New York Times Book Review]


«As histórias de Alice Munro (…) são extraordinárias na medida em que contêm em si vidas inteiras (que poderiam ter assumido a forma de romances) nos breves espaços de contos. Descreve de forma única os ritmos quotidianos.» [A.S. Byatt, Globe and Mail]


«Uma colecção fascinante (…), um livro admirável. As histórias de Alice Munro atravessam os anos com uma graciosidade oculta.» [Georgia Jones-Davis, San Francisco Chronicle]


O Amor de Uma Boa Mulher (trad. José Miguel Silva) e outras obras de Alice Munro estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/alice-munro/

Sobre O Amor de Mítia, de Ivan Búnin

 



«Mítia colocou todo o seu mundo no pequeno barco chamado Kátia, que fugia dele.»

É deste modo que Rilke se refere a esta novela de Búnin, que nos fala da precariedade dos sentimentos, dos meios de compensar a ausência do ser amado e de reagir ao que se consideram as suas traições.

Foi isto que levou a que muitos leitores de O Amor de Mítia sentissem, ao percorrer as suas páginas, o mesmo fervor com que se pode escutar Schubert ou uma sonata de Rachmaninov.

Búnin nasceu em 1870 em Vorónej, na Rússia, foi Nobel da literatura em 1933 e morreu em 1953, sendo considerado por Nabokov um continuador de Lermontov e Tchékhov.


O Amor de Mítia (trad. Nina Guerra e Filipe Guerra) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-amor-de-mitia/

22.10.23

Sobre O Segredo da Força Sobre-Humana, de Alison Bechdel

 



“Cor? É o primeiro sinal de que algo de novo está a acontecer num livro cheio de floreios familiares, (incluindo) a figura da própria Bechdel, desenhada como uma espécie de cruzamento entre Tintin e Waldo, vibrando de ansiedade, fazendo o possível por fugir de bicicleta, de esquis ou a pé… É um livro que se distingue por uma graça flexível e descontraída, uma ausência de medo que se traduz em simplicidade, disciplina e modéstia.” [The New York Times]


“Surpreendente […], absolutamente absorvente.” [The Atlantic]


Melhor romance gráfico de 2021 para a Publishers Weekly e o The New York Times | Melhor livro queer de 2021 para a Autostraddle | Um dos melhores livros de 2021 para o Boston Globe e o St. Louis Post Dispatch


Em O Segredo da Força Sobre-Humana, Alison Bechdel oferece-nos uma história fascinante, que vai da infância à idade adulta, atravessando todas as modas do fitness, de Jack LaLanne nos anos 1960 até à estranheza existencial das corridas atuais.

Os leitores veem o seu passado atlético ou semiativo passar-lhes diante dos olhos numa panóplia em constante evolução de ténis de corrida, bicicletas, esquis e diversos outros equipamentos. 

Mas quando Bechdel tenta melhorar-se, esbarra no seu próprio eu. Volta-se para a sabedoria dos filósofos orientais e de figuras literárias, como o escritor beat Jack Kerouac, cuja procura da transcendência ao ar livre surge numa comovente conversa.

A conclusão é que o segredo da força sobre-humana não está nos músculos modelados pelo exercício, mas em algo muito menos claramente definido: enfrentar a sua própria interdependência, não transcendental, mas muito importante, de qualquer coisa que nos rodeia.


O Segredo da Força Sobre-Humana, de Alison Bechdel (Tradução de Nuno Batalha), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-segredo-da-forca-sobre-humana-pre-venda/

21.10.23

Sobre A Mão Esquerda das Trevas, de Ursula K. Le Guin

 


Considerada uma obra maior da ficção científica, A Mão Esquerda das Trevas conta a história de um viajante solitário terrestre, enviado em missão para Inverno.

O objetivo da missão é permitir que Inverno seja incluído numa civilização galáctica. Os seus dois regimes políticos mais importantes são uma monarquia governada por um rei extravagante e um regime comunal, dirigido por uma burocracia minuciosa e racionalista.

Mas o mais estranho para o enviado terrestre é a particular androginia dos habitantes, que apenas numa dada fase assumem uma forma inteiramente feminina ou masculina, podendo ao mesmo tempo ser mães de umas crianças e pais de outras.

Este contacto com um modo de pensar diferente e as suas consequências nas relações pessoais e sociais permite alargar a compreensão da nossa própria realidade.


«Le Guin, mais do que Tolkien, elevou a fantasia à alta literatura, para o nosso tempo.» [Harold Bloom]


A Mão Esquerda das Trevas, com tradução de Fátima Andrade, está disponível aqui: https://relogiodagua.pt/produto/a-mao-esquerda-das-trevas/

20.10.23

Sobre Helena, de Machado de Assis

 



Publicado em 1876, Helena é um romance do primeiro período de Machado de Assis, em que o próprio reconhece um excesso de romantismo trágico.

A protagonista é de origens humildes, sendo reconhecida em testamento como filha e herdeira do conselheiro Vale, um membro da elite do Rio de Janeiro.

Por isso, vai passar a viver na mansão da família, com a irmã do conselheiro Vale e Estácio, seu filho legítimo.

A relação entre Helena e Estácio transforma-se em paixão não assumida. Mas o segredo que Helena traz consigo permite um desfecho inesperado.


Helena e outras obras de Machado de Assis estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/machado-de-assis/

Sobre Obra Completa, de Arthur Rimbaud

 



Reúne-se aqui a obra de Arthur Rimbaud.

Excluíram-se apenas os poemas em latim, os exercícios escolares, e algumas cartas comerciais sem interesse.

A parte referente à poesia é bilingue.

Muitos dos poemas são traduzidos pela primeira vez em Portugal, o mesmo acontecendo com a correspondência literária. Publica-se também a novela «Um Coração debaixo de Uma Sotaina», que é importante para compreender a obra de Rimbaud e é um dos seus raros textos irónicos.

Dos seus poemas em verso e em prosa mais conhecidos, «O Barco Ébrio», Uma Temporada no Inferno e Iluminações, são apresentadas novas traduções.

A aventurosa vida pós-literária de Rimbaud é abordada no prefácio e nas cartas e relatórios que escreveu.


«É habitual falar-se na existência de um mistério na vida de Rimbaud, o precoce abandono da poesia no apogeu da criatividade literária.

Mas essa é apenas a parte visível de um enigma maior que é a ligação entre a sua vida de poeta e a de negociante em Áden e na Abissínia. 

A verdade é que a sua última década de vida ilumina com luz retrospectiva a poesia que de outro modo não seria a mesma, tal como não seria a mesma a imagem que hoje temos de Rimbaud se ele tivesse envelhecido nos salões literários de Paris.

Sem esse abandono não teríamos uma noção exacta da autenticidade da sua procura visionária e das experiências e sofrimentos que por causa dela consentiu ou se impôs.

É por isso que a poesia que Rimbaud escreveu parece existir suspensa num tempo de incorruptível juventude.» [Do Prefácio]


Obra Completa de Arthur Rimbaud (trad. Miguel Serras Pereira e João Moita) e O Rapaz Raro (trad. Maria Gabriela Llansol) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/arthur-rimbaud/