31.12.21

Livros da Relógio D’Água no Balanço do Observador

 


Vários críticos do jornal Observador fizeram um balanço do ano literário de 2021.
Destacamos de seguida os livros escolhidos publicados pela Relógio D’Água.
João Pedro Vala escolheu «Um Amor», de Sara Mesa, que considerou «um livro extraordinário». Outro livro que destacou foi «Os Invisíveis», de Roy Jacobsen, «uma homenagem assumida num lugar onde a natureza e os elementos se agigantam e há gentes que habitaram com dignidade, nervo e projecto».
Rita Cipriano destacou «Hamnet», de Maggie O’Farrell, apresentado como «um romance forte e inesquecível, sobre a perda, o luto e o amor incondicional de uma mãe por um filho. O fio condutor da história é Hamnet, filho de William Shakespeare…».
Rita Cipriano destacou também «De Noite Todo o Sangue É Negro», de David Diop, vencedor do International Booker Prize de 2021, e «Vita Nova», de Louise Glück, traduzido por Ana Luísa Amaral.

[https://observador.pt/especiais/o-ano-das-historias-redentoras-e-da-poesia-estes-sao-os-nossos-41-livros-favoritos-de-2021/]

Todas estas obras estão disponíveis em: www.relogiodagua.pt


Sobre «Diários — 1950-1962», de Sylvia Plath

 

«31 de Dezembro. Quarta‑feira
O último dia de 1958: limpo e celestialmente azul. Ameno, o dia torna‑se belo: todos os climas são encantadores, desde que o clima interior reflicta e providencie esse encanto. Uma pergunta: será que gosto mais da preguiça do que da sensação de realizar trabalho (escrever, aprender alemão e francês, estudar)? Parece que sim. Escolho o caminho mais fácil e enrosco‑me com um livro. O resto das pessoas parece fazer trabalho precioso: assistência social, investigação sobre o cancro, ensino, estudos superiores, maternidade. Que posso eu fazer?»

Excerto de «Diários — 1950-1962», de Sylvia Plath, traduzido por José Miguel Silva e Inês Dias e disponível em: https://relogiodagua.pt/produto/diarios-sylvia-plath-1950-1962-pre-venda/


30.12.21

Sobre «Mataram a Cotovia», de Harper Lee

 

«Mataram a Cotovia», de Harper Lee, escolhido como o melhor livro dos últimos 125 anos pelos leitores doe The New York Times:

https://www.nytimes.com/interactive/2021/12/28/books/best-book-winners.html

Disponível em: https://relogiodagua.pt/produto/mataram-a-cotovia/



Sobre «Um Diário de Preces», de Flannery O’Connor

 

 

«Gostava de escrever uma prece bonita.»
Esta frase foi escrita por Flannery O’Connor durante a sua juventude, neste diário profundamente espiritual, recentemente descoberto entre os objetos que deixou na Georgia.
«Há em volta de mim um vasto mundo sensível que eu deveria ser capaz de usar como instrumento em Teu louvor.»
Escrito entre 1946 e 1947, enquanto O’Connor estudava longe de casa na Universidade de Iowa, Um Diário de Preces é um portal raro de acesso à vida íntima da escritora. Não apenas revela a relação singular de O’Connor com o divino, como nos mostra a forte ligação entre o seu desejo de escrita e o seu enternecimento por Deus.

Disponível em: https://relogiodagua.pt/produto/um-diario-de-preces/


29.12.21

Sobre «A Cortina da Senhora Lugton», de Virginia Woolf

 

«Os animais que cobriam o pano não se moveram até a senhora Lugton ressonar pela quinta vez. Um, dois, três, quatro, cinco — ah, a senhora de idade adormecera finalmente.»

Na sua cadeira Windsor, a senhora Lugton cose uma cortina junto à lareira, mas, quando adormece, os animais selvagens que decoram o tecido, livres de toda a vigilância, partem à aventura num mundo que só eles conhecem.

Disponível em: https://relogiodagua.pt/produto/a-cortina-da-senhora-lugton-copia/


Sobre «O Banquete», de Platão

 

Com 39 desenhos de Maria Helena Vieira da Silva, esta edição de «O Banquete» tem tradução, introdução e notas de Maria Teresa Schiappa de Azevedo.

«Desenvolvendo-se ao longo do tempo, em conversa com um Sócrates jovem, que aqui assume ironicamente o papel de discípulo, a exposição de Diotima orienta-se segundo o esquema antes definido por Ágaton: a natureza de Eros e os seus efeitos sobre os homens. A realidade contraditória do Amor prefigura-se com o mito do seu nascimento (203a-c), onde Platão alcança uma das suas mais belas e sugestivas criações artísticas (…).» [Da Introdução]

Disponível em: https://relogiodagua.pt/produto/o-banquete/

28.12.21

Sobre «Louvor da Terra» de Byung-Chul Han

 

«Um dia senti uma profunda nostalgia e, além da nostalgia, uma necessidade premente de proximidade da terra. Por isso tomei a decisão de praticar diariamente jardinagem.»

«Louvor da Terra» não é um ensaio filosófico semelhante aos antes escritos por Byung-Chul Han.
Situando-se entre a poesia e a filosofia a obra regista as reflexões de Byung-Chul Han sobre o tempo que dedica ao seu jardim.
«Louvor da Terra» leva-nos a tomar consciência da ameaçada beleza do nosso planeta, num tempo em que se vai adquirindo a perceção de que, a médio prazo, algumas das suas regiões poderão tornar-se inabitáveis.
A Terra cria vida e renova-a. Este poder pode ser entendido na jardinagem. Mais do que uma técnica, o cultivo das plantas é uma arte em que se pratica a meditação.

O livro é ilustrado com as plantas que Byung-Chul Han cultiva no seu jardim.

«Louvor da Terra» de Byung-Chul Han está disponível em: https://relogiodagua.pt/produto/louvor-da-terra/

Sobre «Dicionário de Artistas», de Gonçalo M. Tavares

 

Ricardo Araújo Pereira recomenda «Dicionário de Artistas», de Gonçalo M. Tavares, no Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer, da SIC Notícias:

https://sicnoticias.pt/programas/programa-cujo-nome-estamos-legalmente-impedidos-de-dizer/2021-12-25-Os-livros-do-Programa-Cujo-Nome-Estamos-Legalmente-Impedidos-de-Dizer-391ef1f7

«Dicionário de Artistas» e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Sobre «Strindberg — Neste Mundo Fui apenas Um Convidado», de Cristina Carvalho


«Não é a primeira vez que Cristina Carvalho se ocupa de personalidades da cultura escandinava. Desta vez o eleito foi August Strindberg, que todos conhecemos como dramaturgo, porventura o mais importante da Suécia.
Sucede que Strindberg (1849-1912) também foi romancista, contista, diarista, ensaísta, pintor, fotógrafo, alquimista, activista político do movimento operário, polemista assíduo sobre as questões que moldaram o seu tempo, teosofia incluída.
(…)
Cristina Carvalho calibra bem todas estas harmónicas no romance biográfico “Strindberg — Neste Mundo Fui apenas Um Convidado”. Vale a pena ler para perceber melhor este proto-anarquista pouco simpático de que a Suécia (e com razão) tanto se orgulha.»

[Eduardo Pitta, http://daliteratura.blogspot.com/2021/12/apenas-um-convidado.html]

«Strindberg — Neste Mundo Fui apenas Um Convidado» e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/

Sobre «Segunda Casa», de Rachel Cusk

 

«Este é um romance profundamente inteligente sobre o sentido de propriedade (e talvez daí a centralidade do espaço-casa) na arte e, sobretudo, nas relações amorosas, entre homem-mulher, e humanas, entre mãe-filha, entre artista e musa, entre inspiração vs. objeto retratado. Da mesma forma que, para a narradora, a pintura, e outras criações (não feitas de palavras), “possuem uma propriedade capaz de nos dar algum alívio”, pois são também uma segunda casa, “um lugar, um poiso que podemos ocupar quando o espaço restante foi ocupado pelas críticas” (p. 15), também esta narrativa, diz-nos a narradora, é um edifício, construído com palavras, “feito do tempo que passei com L” (p. 107), tempo esse que não correu como ela esperava, até porque as almas dos artistas são pouco atreitas a deixarem-se dominar por patronos e anfitriões.»

[Paulo Serra, https://postal.pt/opiniao/2021-12-28-Leitura-da-Semana-Segunda-Casa-de-Rachel-Cusk-7f029da8]

«Segunda Casa» e outras obras de Rachel Cusk estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/rachel-cusk/


Sobre Poemas e Canções I e II, de Leonard Cohen

 


«Poemas e Canções» é a mais vasta antologia de Leonard Cohen até hoje publicada. Escolhida com a participação do próprio autor, e integrando vários poemas inéditos, reúne os principais textos — se exceptuarmos os romances — da sua produção literária e musical. No seu conjunto, é uma viagem imaginária através da beleza, do horror, do amor e do desespero.
Leonard Cohen nasceu em Montreal em 1934. Em 1956 editou «Comparemos Mitologias». O seu primeiro disco, «Songs of Leonard Cohen», divulgado em 1967, foi um assinalável início musical e popularizou algumas das suas canções mais famosas, como «Suzanne».
Desde os anos 60, foram publicados onze livros de poemas, dois romances e dezassete álbuns musicais de Cohen, que o tornaram um dos mais conhecidos e influentes artistas, no Canadá, nos Estados Unidos da América e na Europa.

«Poemas e Canções I e II» e outras obras de Leonard Cohen estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/leonard-cohen/

24.12.21

Sobre Pensamentos, de Blaise Pascal

 



«Morreu aos trinta e nove anos. Apesar da pouca idade, deixou inúmeros contributos na área das ciências, nomeadamente no terreno das matemáticas. Inventou um triângulo aritmético em que a soma dos números bate sempre certa. Uma calculadora para facilitar a vida ao pai (embora a Pascaline só fizesse contas de somar e subtrair). Criou um teorema que leva o seu nome e, não fora a correspondência que trocou com Pierre de Fermat sobre probabilidades, talvez o mafioso Bugsy Siegel nunca tivesse apostado em Las Vegas nem sido condenado a uma morte tão gráfica.

Certa “nuit de feu”, a 23 ou 24 de Novembro de 1654, teve uma crise mística, coisa que acontecia com frequência a muito boa gente, e chegou à conclusão de que o coração tem razões que a própria Razão desconhece. E se na corrente do tempo é sobretudo a obra metafísica e teológica que o mantém à tona, mais do que os trabalhos estreitamente científicos, a contaminação entre os seus vários campos de interesse é bem visível na argumentação que nos deixou acerca da existência de Deus e a questão da vida eterna.» [Ana Cristina Leonardo, Ípsilon, Público, 24/12/2021: https://www.publico.pt/2021/12/24/culturaipsilon/cronica/nave-va-1989541]


Pensamentos, de Blaise Pascal (trad. Miguel Serras Pereira), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/pensamentos-2/

Francisco Louçã recomenda livros da Relógio D’Água

 



Francisco Louça recomenda o regresso de Hélia Correia à escrita com Inventor de Vendavais; «Mais um romance [ de José Gardeazabal], Quarenta e Três, um debate difícil entre sexo e amor[…]. O que é que triunfa?» e, de Cristina Carvalho, «um romance biográfico de Strindberg, um grande dramaturgo, mas também artista, fotógrafo, um homem do seu tempo, marcou o seu tempo».

[Francisco Louçã, Tabu, SIC Notícias: https://tinyurl.com/2p8m57pw]


Os livros estão disponíveis em https://relogiodagua.pt

Livros da Relógio D’Água nas escolhas dos críticos do Público

 





O suplemento Ípsilon do Público de 24 de Dezembro publica as listas dos livros que os seus críticos escolheram para destacar o ano de 2021 (referimos apenas os editados pela Relógio D’Água).





Isabel Lucas escolheu A Promessa, de Damon Galgut. Além disso, celebrou as traduções de O Doutor Fausto, de Thomas Mann, e de Diários, de Sylvia Plath: «houve editores a arriscar e há muitas obras de fôlego que pedem, pelo menos tempo», e destacou Diário da Peste, de Gonçalo M. Tavares, no «ano da peste, mote para muitos escritos, especulações.




Helena Vasconcelos seleccionou Hamnet, de Maggie O’Farrell, com a sua «reconstituição do ambiente familiar de William Shakespeare e a recuperação da vida estranha, bizarra e misteriosa de sua mulher, Anne», que abriu à atra irlandesa «as portas para um sucesso merecido».





José Riço Direitinho destaca A Noite do Morava, de Peter Handke, e Os Invisíveis, de Roy Jacobsen, «a história de uma família que vive sozinha numa ilha da costa norueguesa e cuja acção decorre na primeira metade do século XX. A obstinação e a tenacidade das personagens parecem algo que ficou das histórias míticas dos eternos heróis das sagas vikings, virtudes descritas através de uma natureza hostil, de paisagens desoladas, austeras e terrivelmente frias, que a família enfrenta rudemente quase até à exaustão. Como num coro trágico que não cessa de evocar a inevitável desolação da existência.»





Isabel Coutinho escolheu Diário da Peste, de Gonçalo M. Tavares, «resposta às nossas inquietações em tempo de pandemia».





Entre as escolhas de Mário Santos estão, num elogio «à tradução, o mais terrível dos ofícios literários», O Doutor Fausto, de Thomas Mann, e A Noite do Morava, de Peter Handke: «Cerca de 60 anos separam a publicação original da biografia imaginária de Adrian Leverkühn — que mana de um dos mais férteis mitos europeus — da publicação original de A Noite do Morava, périplo também europeu e biográfico, e também ideológico e estético, de um escritor que deixou de escrever. Encenado numa embarcação num rio dos Balcãs, imagem dupla e antinómica do refúgio e do exílio. São ambos — o livro de Mann e o de Handke — inflexíveis romances de ideias, marcados por guerras trágicas.»




Hugo Pinto Santos distinguiu Canoagem, de Joaquim Manuel Magalhães, «um dos livros mais injustamente ignorados do ano, no que à poesia diz respeito»; e Condition Report, de Madalena de Castro Campos: «É de uma poeta que surge uma das mais inesperadas propostas na ficção publicada este ano. […] deixa os versos pela construção de uma narrativa que retém a mesma capacidade de escavar fundo no universo pessoal das suas personagens, bem como na mais aparente (ou efectiva) banalidade, para alcançar uma questionação tão subtil quanto incisiva de preocupações como os géneros, a dispersão geográfica, o vazio e a voracidade das sociedades contemporâneas, e a possibilidade de sentido.»





Sobre A Promessa, de Damon Galgut

 



«O vencedor do Booker deste ano, o sul-africano Damon Galgut. Acaba de sair pela Relógio D’Água em Portugal, a tradução, e é um óptimo livro. Já li bastante, quase até à página 100; e é aquele tipo de literatura que eu acho que muita gente também gosta, e é o meu tipo de leitura favorito, que é pessoas comuns a fazerem coisas comuns, aparentemente, porque não há nada de comum nas pessoas, e parece que não se passa nada e passa-se tanta coisa, neste caso ao longo de de quatro gerações, de uma família sul-africana.

Eu recomento vivamente este A Promessa de Damon Galgut, se não para cada um de nós, pelo menos para oferecer. Acho que é um bom presente, sem dúvida.» [Pedro Boucherie Mendes, Pop Up, 23/12/2021,Observador: https://observador.pt/programas/pop-up/o-melhor-e-o-pior-que-levamos-de-2021/]


A Promessa, de Damon Galgut (trad. José Mário Silva), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-promessa-pre-venda/


Sobre A Rosa, de Robert Walser

 



“Robert Walser é um dos mais importantes autores de língua alemã deste século (…). É um escritor verdadeiramente magnífico que nos parte o coração.” [Susan Sontag]


A Rosa (trad. Leopoldina Almeida) e outras obras de Robert Walser estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/robert-walser/

23.12.21

Sobre Elogio da Sombra, de Junichiro Tanizaki

 



Elogio da Sombra é uma das principais obras de Tanizaki (1886-1965) e um dos mais fascinantes ensaios sobre as diferenças entre o Ocidente e o Oriente.

Para os Ocidentais, o mais importante aliado da beleza foi sempre a luz, a ausência de sombras. Para a estética tradicional japonesa, do rosto das mulheres às salas dos templos, o essencial está na sombra e nos seus efeitos.

Neste ensaio de 1933, Tanizaki fala-nos da cor das lacas, dos atores de , das paredes dos corredores, dos beirais das casas, da luz que há na sombra, para nos prevenir contra tudo o que brilha.

Revela-nos o que sentia ao olhar o papel dos shōji, a visão de um universo ambíguo onde luz e sombra se confundem numa impressão de eternidade.


Elogio da Sombra (trad. Margarida Gil Moreira) e outras obras de Junichiro Tanizaki estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/junichiro-tanizaki/

Sobre O Mistério de Edwin Drood, de Charles Dickens

 



«A história, ou a parcela da história que Dickens escreveu, pode ser lida nas páginas deste volume. O tema, como verão, é o desaparecimento do jovem arquitecto Edwin Drood, depois de uma noite festiva, à primeira vista destinada a comemorar a sua reconciliação com um inimigo temporário, Neville Landless; o serão tem lugar na casa do tio de Drood, John Jasper. Dickens prosseguiu a escrita da história o suficiente para explicar ou dinamitar o primeiro e mais óbvio dos seus enigmas. (…) uma narrativa terminada pode conferir a um homem a imortalidade, no sentido ligeiro e literário do termo; uma narrativa incompleta, porém, sugere uma outra imortalidade, mais urgente e mais estranha.» [Do Posfácio de G. K. Chesterton]


«Trata-se de uma história em que o criminoso não confessa a sua culpa e não é castigado. Os seus motivos, embora os possamos adivinhar, não são esmiuçados. Em bom rigor, não chegamos a ter a certeza absoluta da identidade do criminoso, nem sequer da natureza do crime cometido. O mal, em certa medida, triunfa. Não é feita justiça. Chesterton disse que este foi o primeiro romance policial. Talvez, mas, a ser assim, O Mistério de Edwin Drood é também o supremo romance policial.» [Do Prefácio de Paulo Faria]


O Mistério de Edwin Drood (trad. Paulo Faria) e outras obras de Charles Dickens estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/charles-dickens/

Sobre A Polícia da Memória, de Yoko Ogawa

 



Um romance orwelliano sobre os terrores da vigilância do Estado, de uma das mais importantes escritoras japonesas da atualidade.

Numa ilha sem nome, situada numa costa anónima, há objetos que começam a desaparecer. Primeiro chapéus, depois fitas, pássaros e rosas — até que a situação se agrava. A maioria dos habitantes permanece desatenta a estas mudanças, e os poucos com poder para recuperar os objetos perdidos vivem receosos da Polícia da Memória, entidade que assegura que o que desaparece permanece esquecido.

Quando uma jovem mulher, que luta por manter uma carreira de romancista, descobre que o seu editor está em perigo, elabora um plano para o ocultar debaixo da sua casa. À medida que medo e sentimento de perda se aproximam, rodeando-os, agarram-se à escrita como modo de preservar o passado.

“A Polícia da Memória” será brevemente adaptado a série de televisão, realizada por Reed Morano (The Handmaid’s Tale), com argumento de Charlie Kaufman (Being John Malkovich, Eternal Sunshine of the Spotless Mind).


“Uma das mais conceituadas escritoras do Japão explora temas como a verdade, a vigilância do Estado e a autonomia individual, num trabalho que ecoa o Mil Novecentos e Oitenta e Quatro de George Orwell, o Fahrenheit 451 de Ray Bradbury e o Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez, ao mesmo tempo que afirma uma voz própria.” [Time]


“Uma obra-prima que nos chega do futuro.” [The Guardian]


“Um romance magistral.” [The New Yorker]


A Polícia da Memória, de Yoko Ogawa (tradução de Inês Dias), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-policia-da-memoria/

Sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

 



«Machado de Assis, o mais destacado discípulo de Laurence Sterne no Novo Mundo, escreveu a sua obra-prima em 1880 num Brasil esclavagista, sendo ele próprio neto de libertos. Mas Machado, génio da ironia, nunca ataca directamente a sua sociedade, antes se propondo atingi-la com uma comédia maliciosa e um niilismo embotado. O seu Brás Cubas é maravilhosamente estimável e magnificamente alienado: nunca sofre e por isso nunca sofremos com ele. E, no entanto, das suas Memórias Póstumas emana uma tranquilidade quase sobrenatural, uma atmosfera tão original, que não posso compará-la com nenhuma outra narrativa, apesar da influência de Sterne.

O verdadeiro tema de Machado é a nossa comum mortalidade. Um tema que é difícil considerar com despreocupação e ironia, mas que nos obriga nas Memórias Póstumas de Brás Cubas a adoptar uma perspectiva ao mesmo tempo distanciada e irónica.» [Harold Bloom]


Memórias Póstumas de Brás Cubas e outras obras de Machado de Assis estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/machado-de-assis/

Sobre Memórias do Subterrâneo, de Fiódor Dostoievski

 



«Eu sou um homem doente… Sou um homem mau. Sou um homem nada atraente. Penso que sofro do fígado. Aliás, não percebo patavina da minha doença nem sei ao certo de que é que sofro. Não me trato e nunca me tratei, embora respeite a medicina e os médicos. Além do mais, sou supersticioso em extremo; bem, o suficiente, ao menos, para respeitar a medicina. (Tenho instrução bastante para não ser supersticioso, mas sou supersticioso.) É por maldade que não me quero tratar. Isto é uma coisa que vocês, leitores, por certo não podem compreender. Pois, mas eu compreendo.»


Memórias do Subterrâneo (trad. de António Pescada) e outras obras de Fiódor Dostoievski estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/fiodor-dostoievski/

22.12.21

Sobre Dentes de Rato, de Agustina Bessa-Luís

 



«Lourença tinha três irmãos. Todos aprendiam a fazer habilidades como cãezinhos, e tocavam guitarra ou dançavam em pontas dos pés. Ela não. Era até um bocado infeliz para aprender, e admirava-se de que lhe quisessem ensinar tantas coisas aborrecidas e que ela tinha de esquecer o mais depressa possível. O que mais gostava de fazer era comer maçãs e deitar-se para dormir. Mas não dormia. Fechava os olhos e acontecia-lhe então uma aventura bonita, e conhecia gente maravilhosa. Eram as pessoas que ela via no cinema ou que ela já tinha encontrado em qualquer parte, mas que não sabia quem eram. Não gostava de ninguém que se pusesse entre ela e a imaginação, como um muro, e a não deixasse ver as coisas de maneira diferente.»


Assim começa este livro que Agustina Bessa-Luís escreveu para os leitores mais novos. 

Se lermos um pouco mais ficamos a saber porque é que Lourença era conhecida como «Dentes de Rato» e muitas outras coisas.

As ilustrações são de Mónica Baldaque. O resultado é um clássico moderno da literatura infantil portuguesa.

A Relógio D’Água editou também Vento, Areia e Amoras Bravas, em que continua a contar-se a história de Lourença.


Esta e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

Sobre O Banqueiro Anarquista e Outros Contos, de Fernando Pessoa

 



Reúnem-se aqui ao conto O Banqueiro Anarquista (1922) dois outros, Um Jantar Muito Original (1907) e A Porta (1906-7), ambos escritos em inglês sob o precoce heterónimo de Alexander Search. 

Fernando Pessoa escreveu O Banqueiro Anarquista para ser um dos textos inaugurais da revista Contemporânea saída em Maio de 1922. O conto foi concluído em Janeiro de 1922, com a intenção de ser uma alegoria raciocinada. Ao mesmo tempo pretendia fazer prova de ironia, contribuindo assim para preencher uma lacuna nacional. 

Fernando Pessoa pensou, em diversas ocasiões, traduzir para inglês O Banqueiro Anarquista, projecto que nunca concretizou (tendo traduzido apenas algumas páginas). Em 1928, a colecção em que o conto teria lugar foi chamada From Portugal. Em 1935, na projectada Review in English, Fernando Pessoa coloca The Anarchist Banker como primeiro texto. 


Esta e outras obras de Fernando Pessoa estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/fernando-pessoa/

Sobre Os Sonâmbulos, de Christopher Clark

 



«Um dos mais impressivos e estimulantes estudos jamais feito acerca deste período.» [Max Hastings, Sunday Times]


«Uma obra-prima.» [Harold Evans, The New York Times Book Review]


«O melhor livro que li este ano, ou mesmo em vários anos.» [Simon Heffer, New Statesman, Livro do Ano]


«Os argumentos de Clark sobre as causas da Primeira Guerra Mundial são de tal forma convincentes que colocam os antigos consensos históricos numa gaveta… Uma obra-prima. Não é todos os dias que temos o privilégio de ler um livro que restrutura o nosso entendimento de um dos principais acontecimentos da história mundial.» [Simon Griffith, Daily Mail]


«À medida que nos aproximamos do seu centésimo aniversário, irão aparecer ainda diversos livros sobre a Primeira Guerra Mundial, mas poucos tão esclarecedores como este.» [Tony Barber, Financial Times, Livro do Ano]


«Pesquisado de forma impecável, defendido de forma provocante e escrito de forma elegante… para Clark, os estadistas de 1914 eram “sonâmbulos, vigilantes que não viam — assombrados por sonhos, mas cegos à realidade do horror que se preparavam para trazer ao mundo.» [Dominic Sandbrook, Sunday Times, Livro do Ano]


Os Sonâmbulos (trad. Miguel Serras Pereira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/os-sonambulos/

Sobre Diários, de Virginia Woolf

 



«O que nos diz o Diário da pessoa de Virginia Woolf que nos permita conhecê-la melhor? O aspecto mais impressionante, creio ser a evidência de uma mulher extremamente contraditória. Desde logo, as alterações radicais dos estados de espírito, a dramática inconstância dos terrores e euforias vivenciais, de um dia “tão divinamente feliz” e de outro exausta e deprimida. Igualmente a dicotomia entre a necessidade de “estar na vertigem das coisas” (o prazer que diz incomparável de jantares e festas, das visitas, das bisbilhotices) e o isolamento com os livros, a escrita, o jardim, a lareira, Leonard. Deseja a animação, os estímulos que põem a mente à prova, os mexericos fervilhantes, e logo se farta da afluência das visitas, despreza os convivas enfadonhos e banais, acusa o desgaste das frioleiras, a perda de tempo com ninharias, anseia beber uma boa “dose de silêncio”.» [Do Prefácio]


Diários (selecção, tradução, prefácio e notas de Jorge Vaz de Carvalho) e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

Sobre Encontros com Livros, de Stefan Zweig

 



Stefan Zweig fala-nos aqui, combinando análise literária com a vida dos autores, de Goethe, Sigmund Freud, Thomas Mann e Honoré de Balzac.

O seu artigo sobre As Mil e Uma Noites é uma abordagem original que ficará certamente na memória dos que o leiam.

Stefan Zweig conheceu pessoalmente ou correspondeu-se com os maiores romancistas do seu tempo e também com o próprio Freud.

A sua relação com os livros está condensada no texto inicial desta obra, «O Livro como Acesso ao Mundo».


Encontros com Livros (trad. Rafael Gomes Filipe) e outras obras de Stefan Zweig estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/stefan-zweig/

Sobre Viver Feliz Lá Fora, de José Gardezabal

 



«[…] um volume poético em cinco líricas (“anunciam-se óbitos em dominó”, “respiramos com medo de respirar”, “somos todos iguais / ninguém queria esta igualdade”). Também aqui [José Gardeazabal] explora o contraste entre “dentro” (a humanidade do lado de dentro/ de pé/ encostada a uma porta”), e “fora” (“vou lá fora viver um bocadinho / que aqui faz muito calor / vou a uma parte bonita da Suíça”). Paralelamente, reflete sobre o estado do mundo (“como uma ilha temos naufrágios por todo o lado), o presente (“a nossa civilização parada como Pompeia”) e o futuro (“o futuro a olhar para trás / e a sussurrar-nos / vês? nada”), o mito da eternidade (“a eternidade é uma fábula / só os bichos sobrevivem”) ou a fé na humanidade (“a fé na natureza humana inspirou guilhotinas / mas essa não é razão para não acreditar / acreditemos sem cabeça / alimentemos a fé de baixo”).» [Luís Almeida d’Eça, Agenda Cultural de Lisboa, «Os livros de Dezembro», 1/12/2021: https://www.agendalx.pt/2021/12/01/os-livros-de-dezembro-2/]


Viver Feliz Lá Fora, Quarenta e Três e Dicionário de Ideias Feitas em Literatura, de José Gardeazabal, estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jose-gardeazabal/

Sobre Contos, de Beatrix Potter

 



Beatrix Potter amava o campo e passou grande parte da sua infância a desenhar e a estudar animais.

Nasceu em Londres em 1866. Teve uma infância solitária e na juventude estudou Arte e História Natural. Passava as férias nos campos da Escócia e mais tarde na Região dos Lagos. 

Iniciou-se como escritora e ilustradora para crianças quando tinha 35 anos. O conto Pedrito Coelho foi publicado em 1902. 

Nos anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), era já uma escritora popular, publicando novos contos quase todos os anos. Quando se tornou economicamente independente, comprou uma quinta na Região dos Lagos e, depois de, em 1913, se casar com o seu advogado William Heelis, estabeleceu-se ali de modo permanente. 

Na última fase da sua vida, dedicou-se a gerir as suas terras e à conservação da natureza. 


Contos e O Conto do Pedrito Coelho (trad. Inês Dias) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/beatrix-potter/

21.12.21

Sobre Terna É a Noite, de F. Scott Fitzgerald

 



Terna É a Noite é um desses títulos cuja carga simbólica nunca se perdeu. Escrito no início dos anos 30, por um Fitzgerald solitário, lutando contra o álcool, é um dos romances marcantes da literatura norte-americana.

Casal de referência da «geração perdida», Fitzgerald e Zelda tinham então chegado ao fim da sua estrada dourada.

E em Terna É a Noite não é difícil descobrir, em Dick Diver e na mulher com quem casa para a arrancar à decadência em que ambos acabam por se precipitar, variados traços autobiográficos.

Tudo começa no desprevenido olhar que a adolescente Rosemary lança sobre alguns veraneantes de uma praia do Sul de França. Mas depressa o romance resvala para aquilo que dele fez uma das mais pungentes obras de Scott Fitzgerald.


Terna É a Noite (trad. José Miguel Silva) e outras obras de F. Scott Fitzgerald estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/f-scott-fitzgerald/


Em 2022, a Relógio D’Água editará o romance gráfico de O Grande Gatsby, com ilustrações de Aya Morton e adaptação de Fred Fordham.

Sobre Mademoiselle Fifi e Contos da Galinhola, de Guy de Maupassant

 



Mademoiselle Fifi e Contos da Galinhola, de Guy de Maupassant, entre «Os dez livros de Natal» da Agenda Cultural de Lisboa


«Os contos Uma Consoada e Noite de Natal, de autoria de um dos maiores expoentes do género, Guy de Maupassant, pertencem ao volume Intitulado Mademoiselle Fifi, publicado em 1882. O primeiro apresenta um tema manifestamente macabro e o segundo surge repleto de humor. Deliciosas pequenas narrativas, bem representativas do espírito do autor, tal como José Saramago, tradutor e prefaciador destes contos, o definiu: ”truculento, capaz de escárnio, destruidor de conformações sociais e morais.”» [Luís de Almeida d’Eça, Agenda Cultural de Lisboa, 7/12/2021: https://www.agendalx.pt/2021/12/07/os-dez-livros-de-natal/]


Mademoiselle Fifi e Contos da Galinhola (tradução e prefácio de José Saramago) e Bel-Ami (tradução de Miguel Serras Pereira) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/guy-de-maupassant/

Sobre Fahrenheit 451, de Ray Bradbury e Tim Hamilton

 



«Os seus desenhos [de Tim Hamilton], em “Fahrenheit 451” têm um aspeto vintage como se dessem a ideia de terem sido feitas exatamente nos anos 50, data em que a obra original foi divulgada. A paleta de cores e a estética utilizada chama à cena, sensações claustrofóbicas, produzindo um ritmo de traços perigosos e sufocantes. Desta forma, o relato textual e a imagem misturam-se, numa reflexão pertinente sobre o totalitarismo e a liberdade de pensamento, impactando e movendo ondas emocionais surpreendentes.» [Raquel Rafael, Central Comics: https://www.centralcomics.com/critica-bd-fahrenheit-451-o-romance-grafico/]


A adaptação de Tim Hamilton de Fahrenheit 451 (trad. Miguel Serras Pereira) está disponível em https://relogiodagua.pt

Sobre Strindberg, de Cristina Carvalho

 



«Já escrevi sobre outros livros de Cristina Carvalho que prossegue no caminho generoso de divulgar vidas e obras de grandes criadores universais, e não apenas da literatura: temos a música, com Chopin, o cinema, com Ingmar Bergman, a pintura, com Modigliani e agora um dramaturgo e pensador de quem eu vi, outrora, A Menina Júlia, mas ignorava a  dimensão maior de tudo o que foi fazendo nas várias artes ao longo do seu tempo de vida, nem sempre feliz, como ele diz a dada altura. […]

E agora impõe-se que se fale deste labor de Cristina Carvalho, que há anos se ocupa da cultura e da arte na cuidadosa, mas apaixonada, divulgação dos melhores que escolhe para seu trabalho. É trabalho de obreira, na definição dos alquimistas: ela é a rosa que dá o mel às abelhas...e nós somos as abelhas que se alimentam desse mel, de sabedoria feita de ler e reler (outra máxima alquímica) até à realização de uma obra única,  generosa no modo como a põe à disposição dos seus leitores, e que  merece todas as distinções que condecorem o seu trabalho e o seu mérito.  Existem, está na hora de atribuir.» [Yvette Centeno, Literatura e Arte, 19/12/2021; texto completo em https://literaturaearte.blogspot.com]


Strindberg e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/

Sobre O Regresso de Mary Poppins, de P. L. Travers

 



Puxada das nuvens pela corda de um papagaio, Mary Poppins está de volta. Com ela, as crianças da família Banks conhecem o Rei do Castelo e o Grande Marmelo, visitam o mundo de pernas para o ar do Senhor Doavesso e da sua noiva, a Mna. Tartelete, e passam uma intensa tarde no parque, suspensos num conjunto de balões.


«Mary Poppins nunca consegue distinguir o mundo real do da fantasia. E o mesmo acontece ao leitor. Essa é uma das características da grande fantasia.» [The New York Times]


O Regresso de Mary Poppins (Helena Briga Nogueira) e Mary Poppins (José Miguel Silva) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/p-l-travers/

Sobre O Regresso do Soldado, de Rebecca West

 



Em plena I Guerra Mundial um soldado regressa da linha da frente, com um trauma que lhe varreu a memória dos últimos quinze anos e encontra as mulheres do seu passado.

Uma delas é Kitty, a sua esposa, fria, elegante e bela.

Outra, a dedicada prima, Jenny, que nunca chega a admitir que está apaixonada por ele. A terceira é Margaret, o seu primeiro amor e que é agora uma mulher maltratada pela vida, de modos quase rudes e corpo pesado.

Lembra-se da prima como amiga de infância, não tem qualquer memória da esposa e está ligado à sua juvenil paixão por Margaret.


O Regresso do Soldado e Estufa com Ciclâmenes (trad. José Miguel Silva) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/rebecca-west/

20.12.21

Sobre Paulo Nozolino

 

Paulo Nozolino expõe no Centro Pompidou em 2022, em conjunto com Pedro Costa e Rui Chafes. Mais informação aqui





A Relógio D’Água editou recentemente Dizer o Mundo, de Alexandra Carita, que reúne conversas do fotógrafo com o escritor Rui Nunes, em que «falam sobre história, religião, política, arte e cultura, sobre eles próprios e sobre a forma como trabalham e sentem a vida».


Dizer o Mundo está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/dizer-o-mundo-conversas-com-rui-nunes-e-paulo-nozolino/