22.12.21

Sobre Viver Feliz Lá Fora, de José Gardezabal

 



«[…] um volume poético em cinco líricas (“anunciam-se óbitos em dominó”, “respiramos com medo de respirar”, “somos todos iguais / ninguém queria esta igualdade”). Também aqui [José Gardeazabal] explora o contraste entre “dentro” (a humanidade do lado de dentro/ de pé/ encostada a uma porta”), e “fora” (“vou lá fora viver um bocadinho / que aqui faz muito calor / vou a uma parte bonita da Suíça”). Paralelamente, reflete sobre o estado do mundo (“como uma ilha temos naufrágios por todo o lado), o presente (“a nossa civilização parada como Pompeia”) e o futuro (“o futuro a olhar para trás / e a sussurrar-nos / vês? nada”), o mito da eternidade (“a eternidade é uma fábula / só os bichos sobrevivem”) ou a fé na humanidade (“a fé na natureza humana inspirou guilhotinas / mas essa não é razão para não acreditar / acreditemos sem cabeça / alimentemos a fé de baixo”).» [Luís Almeida d’Eça, Agenda Cultural de Lisboa, «Os livros de Dezembro», 1/12/2021: https://www.agendalx.pt/2021/12/01/os-livros-de-dezembro-2/]


Viver Feliz Lá Fora, Quarenta e Três e Dicionário de Ideias Feitas em Literatura, de José Gardeazabal, estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jose-gardeazabal/

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