30.9.24

Djaimilia Pereira de Almeida recebe Grande Prémio de Romance e Novela APE | DGLAB a 1 de Outubro


Djaimilia Pereira de Almeida venceu, com a novela Toda a Ferida É Uma Beleza, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores | DGLAB, que será entregue amanhã, dia 1 de Outubro, pelas 18:00, na Sala 2 da Fundação Calouste Gulbenkian. A cerimónia pública conta com a presença de Maria de Lurdes Craveiro, secretária de Estado da Cultura.

O livro, que o júri considerou fazer da «brevidade o lugar do mistério e da poesia: na contenção da sua escrita reside o essencial da estranheza de um mundo ao mesmo tempo ingénuo e cruel, infantil e adulto», foi publicado na Relógio D’Água em Junho de 2023, com ilustrações de Isabel Baraona.


Toda a Ferida É Uma Beleza e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/

Sobre Uma Viagem à Índia, de Gonçalo M. Tavares

 «Uma Viagem à Índia escolhida como uma das 50 obras mais importantes de sempre da literatura portuguesa.» [por diferentes críticos, para o Diário de Notícias]


«É um livro cheio de fantasmas, fantasmas d’Os Lusíadas, fantasmas do homem contemporâneo, uma viagem, uma anti-epopeia, e é um livro extraordinário. Estou convencido de que dentro de cem anos ainda haverá teses de doutoramento sobre passagens e fragmentos.» [Vasco Graça Moura]


Uma Viagem à Índia e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

Sobre Viagem de Inverno, de Maria Filomena Mónica

 «Este Viagem de Inverno [de Maria Filomena Mónica] é o seu livro mais recente. E como é público, ela nunca o escondeu, a Maria Filomena Mónica está muito doente, e este livro tem um certo tom de despedida de jornada, também em textos em que ela homenageia, por exemplo, um dos seus grande amigos, o António-Pedro Vasconcelos, ela tem um texto sobre ele bastante comovente.

O livro reúne textos que foram publicados na imprensa entre 2001 e 2022, mas acrescenta-lhe uma introdução e um epílogo novos.

A Maria Filomena Mónica sempre me impressionou muito porque há nela uma espécie de frontalidade furiosa, […] que atravessa muito o seu percurso e que a singulariza muito naquilo que é o panorama da reflexão e das letras portuguesas e vale imenso a pena ler isto.» [João Miguel Tavares, Programa Cujo Nome Estamos legalmente Impedidos de Dizer, SIC Notícias, 28/9/2024: https://sicnoticias.pt/programas/programa-cujo-nome-estamos-legalmente-impedidos-de-dizer/2024-09-28-video-ministro-do-senhor-policia-almirante-da-republica-ministro-do-date-fd1c0a0c]


Viagem de Inverno e outras obras de Maria Filomena Mónica estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/maria-filomena-monica/

Sobre Apologia dos Ociosos e Outros Ensaios, de Robert Louis Stevenson

 “As observações mais inteligentes que já foram escritas sobre literatura”, disse Nabokov. “Penso que nunca se escreveu nada de mais belo e mais profundo”, afirmou o filósofo William James. “Coloco em primeiro lugar ‘Um Capítulo sobre Sonhos’”, afirmou Borges.

Este volume reúne diferentes ensaios sobre literatura de aventuras, em que Stevenson via a própria essência da ficção.


Apologia dos Ociosos e Outros Ensaios (tradução de Nuno Batalha) e outras obras de Robert Louis Stevenson estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/robert-louis-stevenson/

Sobre Ensaio sobre o Dia Conseguido, de Peter Handke

 «Quem viveu já um dia conseguido? À partida, a maioria não hesitará talvez em afirmá‑lo. Será, pois, necessário continuar a perguntar. Queres dizer “conseguido” ou apenas “belo”? É de um dia “conseguido” que falas, ou de um — igualmente raro, é verdade — “despreocupado”? É para ti um dia que decorreu sem problemas já um dia conseguido? Vês alguma diferença entre um dia feliz e o conseguido?»


Ensaio sobre o Dia Conseguido (trad. Alexandra Lopes) e outras obras de Peter Handke estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/peter-handke/

29.9.24

Sobre O Espelho Veneziano, de Mónica Baldaque

 «Papéis, montes de papéis velhos do jornal El País, amarfanhados, e fitas de madeira, tudo isso foi sendo retirado, e apareceu um espelho. Um enorme espelho oval, um espelho veneziano, encimado por uma grinalda de rosas de vidro de Murano. Uma peça de uma beleza rara, digna de um palácio, nunca vista naquela terra.

O espelho foi levado para dentro de casa, pousado numa mesa, até se esclarecer a proveniência, e o local a pendurá-lo, ou a esquecê-lo.»



«São coisas misteriosas os espelhos. Desde há muitíssimos séculos se sabe como eles são possuídos duma propriedade mágica, e que o reflexo da água pode causar danos às criaturas.» [Agustina Bessa-Luís, «As Relações Humanas — Canção diante de Uma Porta Fechada»]


«O Espelho Veneziano» e outras obras de Mónica Baldaque estão disponíveis em: https://www.relogiodagua.pt/autor/monica-baldaque/


Este e outros livros da colecção Contos Singulares estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/categoria-produto/contos-singulares/

Sobre Perdição — Exercício sobre Antígona, de Hélia Correia

 “Antígona é um caso de popularidade. E, com isso, tornou-se uma aparência e foi perdendo a carne com que tinha nascido. Intensa e longamente amada, certamente a personagem feminina a quem leitores e público entregaram mais comovidamente os corações, a pequena tebana fez-se ouvir como faziam as sereias: encantando e ocultando a última verdade. Interpretada, reinterpretada, posta em jogos de espelhos e em jogos de intenção, lançada pelos séculos em mãos de dramaturgos que se serviram dela como se de uma matéria moldável e bondosa, Antígona saiu da sua casa, que é o texto de Sófocles. Isto é, uma Antígona saiu. Outra lá permanece, desconhecida, obscura. Como obscura era a Grécia, apesar do seu sol. A minha Antígona é essa desconhecida.”


Perdição — Exercício sobre Antígona e outras obras de Hélia Correia estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/helia-correia/

Sobre Paula Rego — A Luz e Sombra, de Cristina Carvalho

 «Como expectável, um romance biográfico em primeira pessoa como este comporta exigências consideráveis, desde logo o aprofundado conhecimento da existência retratada, na plenitude do seu percurso e complexidade psicológica, laços de afeto e relações de amor, confissões de medos e fases de depressão, momentos de êxito e de fracasso, processos de criação e modos de estar na vida, luzes e sombras.

Também exige empatia profunda entre a autora do discurso ficcional e a figura objeto dessa recriação, numa espécie de fusão íntima — quem escreve projeta-se ou encarna a figura recriada. Nesta opção compositiva, quem fala é Paula Rego, recontando a sua própria existência, logo a partir da infância: “Conheço o meu passado como os pássaros a voar em bando conhecem as rotas invisíveis que os conduzem sempre aos mesmos sítios” (9). A revisitação da criança que fora a partir da mulher idosa fecha um ciclo de vida. […]

Em suma, Cristina Carvalho presta sentida homenagem à grande pintora contemporânea Paula Rego, delineando o retrato desta personalidade artística através da sua própria palavra.» [José Cândido de Oliveira Martins, Colóquio/Letras, n.º 217, Setembro de 2024]


«Paula Rego — A Luz e a Sombra» e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/

28.9.24

Sobre Sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

 «Machado de Assis, o mais destacado discípulo de Laurence Sterne no Novo Mundo, escreveu a sua obra-prima em 1880 num Brasil esclavagista, sendo ele próprio neto de libertos. Mas Machado, génio da ironia, nunca ataca directamente a sua sociedade, antes se propondo atingi-la com uma comédia maliciosa e um niilismo embotado. O seu Brás Cubas é maravilhosamente estimável e magnificamente alienado: nunca sofre e por isso nunca sofremos com ele. E, no entanto, das suas Memórias Póstumas emana uma tranquilidade quase sobrenatural, uma atmosfera tão original, que não posso compará-la com nenhuma outra narrativa, apesar da influência de Sterne.

O verdadeiro tema de Machado é a nossa comum mortalidade. Um tema que é difícil considerar com despreocupação e ironia, mas que nos obriga nas Memórias Póstumas de Brás Cubas a adoptar uma perspectiva ao mesmo tempo distanciada e irónica.» [Harold Bloom, Génio]


Memórias Póstumas de Brás Cubas e outras obras de Machado de Assis estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/machado-de-assis/

Sobre Reflexos Primitivos, de Peter Sloterdijk

 Em que tempo vivemos quando as fake news perturbam até os políticos mais experimentados, os eleitores aceitam a incompetência e a mentira é transformada em verdade oficial por vários governos?

Os ensaios reunidos neste livro abordam temas atuais, a emigração, o avanço dos populismos e da sua visão simplista do mundo, os meios de comunicação, a linguagem e a coesão social.

O mais importante filósofo europeu atual desvenda o funcionamento das modernas sociedades capitalistas, discutindo o senso comum e as ideias preestabelecidas.


Reflexos Primitivos (tradução de Ana Falcão Bastos) e outras obras de Peter Sloterdijk estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/peter-sloterdijk/

Sobre Reflexos num Olho Dourado, de Carson McCullers

 A ação decorre em 1930, numa base militar no sul dos EUA. Reflexos num Olho Dourado conta-nos a história de Penderton, um capitão bissexual. Este fica profundamente transtornado com a chegada do major Langdon, que tem um caso amoroso com Leonora, a sua esposa.

Em 1941, ano em que o romance foi publicado, os críticos reagiram com perplexidade ao tema do livro. Mas um crítico da revista Time escreveu: «Em mãos comuns, este tema daria um livro melodramático. Mas Carson McCullers conta a história com simplicidade, elegância e discernimento.»

O romance forneceu o argumento para o filme homónimo (de 1967), que contou com a interpretação de Elizabeth Taylor e Marlon Brando e com a realização de John Huston.


«A melhor escritora de prosa que o Sul jamais produziu.» [Tennessee Williams]


«Este romance é uma obra-prima (…) tão perfeito e lapidado como A Volta no Parafuso de Henry James.» [Time]


Reflexos num Olho Dourado (trad. Marta Mendonça) e outras obras de Carson McCullers estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/carson-mccullers/

27.9.24

Sobre O Sul seguido de Bene, de Adelaida García Maréales

 O volume inclui duas novelas, a primeira das quais, O Sul, deu origem a um filme realizado por Víctor Erice.

Tanto O Sul como Bene se caracterizam por um magnetismo narrativo baseado na especial capacidade de Adelaida García Morales para envolver numa aura de mistério a ausência de personagens masculinas ausentes.

Movendo-se no território da pureza amoral da adolescência, as narrativas percorrem caminhos pouco habituais na ficção espanhola.

Como escreveu Ángel Fernández-Santos, «O Sul é uma das narrativas de amor mais originais na sua poderosa simplicidade».


O Sul seguido de Bene (trad. Hélia Correia) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-sul-seguido-de-bene/

Sobre Contos, Parábolas, Fragmentos, de Franz Kafka

 Este livro reúne todos os textos narrativos breves de Kafka. Isso abrange “não apenas a totalidade da prosa narrativa curta publicada em vida de Kafka, mas também uma selecção das publicações póstumas mais ampla do que a incluída em edições ou traduções correntes. […] O critério de selecção visou incluir, tanto quanto possível, todos os textos cuja forma ou cujo estado de desenvolvimento permite conferir-lhes um certo grau de autonomia, deixando de lado tão-somente tentativas de carácter embrionário ou interrompidas antes de uma suficiente definição da intenção textual. A selecção incidiu apenas sobre textos de carácter narrativo, não contemplando os fragmentos de natureza ensaística ou aforismática.” [Da nota prévia de António Sousa Ribeiro]


Contos, Parábolas, Fragmentos (tradução de António Sousa Ribeiro) e outras obras de Franz Kafka estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/franz-kafka/

Sobre Fragmento sobre o Amor e Outros Textos, de Georg Simmel

 «Simmel está claramente à frente do seu tempo quando defende a emancipação feminina como factor civilizacional; a participação das mulheres na vida pública e social poderia equilibrar uma cultura masculina excessivamente racional, objectiva e restrita pela inclusão de dimensões fundamentais para a vida e do domínio do afectivo. Considera que a vida colectiva beneficiaria grandemente com transformações na maneira de pensar e de agir ditadas por uma intervenção feminina criativa. Preconiza, assim, um modo de convivência entre os sexos definido pela complementaridade e a cooperação de duas culturas de género, por oposição à supremacia ou à substituição de uma pela outra.

Mas a influência de Simmel nas suas concepções sobre a especificidade do feminino não se limitaram à sociologia. Karen Horney, médica, psiquiatra e psicanalista alemã que estudou em Berlim no início do século XX, menciona-o como um autor de referência cujo pensamento abre o caminho para uma nova abordagem psicanalítica do problema do desenvolvimento sexual da mulher.» [Do Prefácio]


Fragmento sobre o Amor e Outros Textos (trad. Maria João Costa Pereira) e outras obras de Georg Simmel estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/georg-simmel/

Sobre Benito Cereno, Bartleby, Billy Budd , de Herman Melville

 «Bartleby, que data de 1853, antecipa Franz Kafka. O seu desconcertante protagonista é um homem obscuro que se recusa tenazmente à ação. O autor não explica, mas a nossa imaginação aceita-o imediatamente e com muita pena. (…)

Billy Budd pode resumir-se como a história de um conflito entre a justiça e a lei, mas esse resumo é bastante menos importante que o carácter do herói, que matou um homem e que não compreende até ao fim porque é que o julgam e condenam.

Benito Cereno continua a suscitar polémicas. (…)  Há quem tenha sugerido que Herman Melville se propôs a escrita de um texto deliberadamente inex­plicável que fosse um símbolo cabal deste mundo, também inexplicável.» [J. L. Borges]


Benito Cereno, Bartleby, Billy Budd (trad. de Frederico Pedreira, José Miguel Silva, José Sasportes) e outras obras de Herman Melville estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/herman-melville/

Biblioteca parisiense adopta nome de Agustina Bessa-Luís

A Direcção dos Assuntos Culturais da Câmara Municipal de Paris tornou pública a deliberação de atribuir o nome de Agustina Bessa-Luís à Biblioteca Municipal de Courcelles. Este reconhecimento da Cidade de Paris homenageia o legado da escritora portuguesa, sublinhando a relevância da sua obra na cultura literária.


Kafkiana e outras obras de Agustina Bessa-Luís já editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

26.9.24

Sobre Os Vagabundos do Dharma, de Jack Kerouac

 Dois jovens irrequietos procuram o caminho do Zen: desde as maratonas de consumo de vinho, as sessões ininterruptas de poesia e o «yabyum» em São Francisco, até à solidão nas altas Sierras e uma vigília no topo do Pico da Desolação, no estado de Washington. Publicado apenas um ano depois de Pela Estrada Fora ter colocado no mapa a Geração Beat, "Os Vagabundos do Dharma" está repleto de humor e um contagiante entusiasmo pela vida.


«Uma excitação descritiva sem rival desde os dias de Thomas Wolfe.» [The New York Review of Books]


Os Vagabundos do Dharma (trad. Margarida Vale de Gato) e outras obras de Jack Kerouac estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jack-kerouac/

Sobre O Arrependimento de Prometeu, de Peter Sloterdijk

 Este é o emocionante discurso proferido por Peter Sloterdijk em Lucerna em outubro de 2022.

Desde tempos imemoriais, a humanidade teve de organizar o seu «metabolismo com a natureza». Para Marx, o fator mais importante nesse processo foi o trabalho. Quando Prometeu, segundo o mito, trouxe o fogo à terra, outro dado crucial foi acrescentado. O fogo tem sido usado para cozinhar alimentos e endurecer ferramentas há centenas de milhares de anos. Nesse sentido, pode dizer-se que toda a história implica a história das aplicações do fogo.

Enquanto as árvores só podiam ser queimadas uma vez, o trabalho e o fogo mudaram com a descoberta de depósitos subterrâneos de carvão e petróleo. A humanidade moderna, segundo Peter Sloterdijk, pode ser considerada um coletivo de incendiários que atearam fogo às florestas e pântanos subterrâneos. Se Prometeu voltasse à terra hoje, poderia arrepender-se do seu presente. Afinal, o que se aproxima é precisamente a ekpyrosis — o fim do mundo em chamas — e só um novo e enérgico pacifismo pode evitar esta catástrofe.


O Arrependimento de Prometeu (tradução do alemão de Ana Falcão Bastos) e outras obras de Peter Sloterdijk estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/peter-sloterdijk/

Sobre MANIAC, de Benjamín Labatut

 MANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação.

Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século xx, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI.

MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência.


“Labatut destaca-se como o escritor sul-americano mais importante desde Borges... Não há ninguém no mundo a escrever como ele.” [The Telegraph]


“Maravilhosamente contraintuitivo... Um livro excelente.” [The New York Times Book Review]


“Absorvente... MANIAC lê-se como se a física de Carlo Rovelli se houvesse misturado com o terror cósmico de H. P. Lovecraft.” [The Sunday Times]


MANIAC, de Benjamín Labatut (tradução de José Miguel Silva), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/maniac/

Margot Robbie e Jacob Elordi em nova adaptação de O Monte dos Vendavais

Margot Robbie e Jacob Elordi desempenharão os papéis principais na nova adaptação da obra de Emily Brontë, com realização de Emerald Fennell. Mais informação em: https://www.theguardian.com/film/2024/sep/23/wuthering-heights-margot-robbie-jacob-elordi-emerald-fennell


O Monte dos Vendavais (trad. Paulo Faria, com prefácio de Hélia Correia) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-monte-dos-vendavais-2/

Sobre Martin Heidegger, de George Steiner

 Conhecer a obra de Martin Heidegger é fundamental para entender o pensamento e a cultura contemporâneos. A sua obra tem tido uma forte influência na filosofia, na teologia, na linguística, nos estudos helénicos, nas hermenêuticas de interpretação textual, na teoria literária e na própria literatura.

Com a lucidez que lhe é característica, George Steiner torna a difícil obra deste filósofo acessível ao leitor comum. A extensão do saber e dos interesses de Steiner permitem-lhe situar Heidegger num contexto literário-cultural europeu mais amplo, abordando as relações entre a sua filosofia e o nazismo.


«O seu livro sobre Heidegger é muito bom.» [James Wood, em A Herança Perdida]


«Dificilmente se imagina uma introdução à obra do filósofo Martin Heidegger melhor do que este livro de George Steiner.» [George Kateb, The New Republic]


«O breve livro de Steiner, com grande sensibilidade e inúmeras referências, lê-se com contínuo prazer.» [P. F. Strawson, New York Review of Books]


«Quer os leitores ou pensadores reajam a Heidegger, quer não, é indispensável uma aproximação ao seu pensamento, e Steiner conduz-nos com perfeição.» [New Yorker]


Martin Heidegger (trad. João Paz e Miguel Serras Pereira) e outras obras de George Steiner estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/george-steiner/

De T. S. Eliot

 «“BOSTON EVENING TRANSCRIPT”


Quem lê o Boston Evening Transcript

Qual madura seara balouça aos ventos.


Quando, tímido, na rua, se apressa o fim da tarde

E desperta, em alguns, os apetites da vida

E traz, a outros, o Boston Evening Transcript,

Trepo os degraus, toco à porta, volto‑me

Fatigado, como alguém que se vira e inclina a cabeça, num adeus a La Rochefoucauld

Como se esta rua fosse o tempo e ele estivesse ao fundo dela

E eu dissesse: «Prima Harriet, aqui tem o Boston Evening Transcript.» [p. 47, trad. João Almeida Flor]


Poemas Escolhidos (tradução de João Almeida Flor, Gualter Cunha e Rui Knopfli) e Ensaios Escolhidos de T. S. Eliot estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/t-s-eliot/

25.9.24

Sobre O Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman

 “Publicado pela primeira vez em 1892, na The New England Magazine, [‘O Papel de Parede Amarelo’] descreve um verão que uma jovem mulher sem nome passa numa casa senhorial. Como ela própria declara na primeira página, está ‘doente’, tem uma ‘depressão nervosa passageira — uma ligeira tendência para a histeria’. O marido, que é médico, remete-a para o andar de cima da casa, para repousar […].

‘O Papel de Parede Amarelo’ é um grande texto literário, criado por um intelecto inquieto e ardente.” [Da Introdução de Maggie O’Farrell]


O Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman (tradução de Alda Rodrigues), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/o-papel-de-parede-amarelo/

Tradução de Inês Dias de Espíritos Afins, de Virginia Woolf, finalista do PEN Clube Português de Traduçã

 


Foram anunciados no dia 23 os finalistas dos Prémios PEN nas categorias de Ensaios e de Tradução.

A tradução de Espíritos Afins, de Virginia Woolf, por Inês Dias, publicada em Dezembro de 2022, é uma das cinco finalistas do PEN Clube Português de Tradução. Os outros finalistas são Beowulf (Anónimo), com tradução de Angélica Varandas e Luísa Azuag; Shirley, de Charlotte Brontë, com tradução de Telmo Rodrigues; Sobre o Céu, de Richard Powers, com tradução de Nuno Quintas; e A Trilogia de Copenhaga: Infância. Juventude. Relações Tóxicas, de Tove Ditlevsen, com tradução de João Reis.

Mais informação aqui: https://www.publico.pt/2024/09/24/culturaipsilon/noticia/cinco-obras-ensaio-cinco-traducoes-finalistas-premios-pen-2105259


Espíritos Afins reúne o melhor da correspondência de Virginia Woolf num só volume. São missivas espontâneas, repletas de humor, muitas vezes sedutoras e comoventes.


Espíritos Afins (trad. Inês Dias) e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

Sobre Paula Rego — A Luz e a Sombra, de Cristina Carvalho

 «A biografia é um género literário que não me atrai. […] Ao contrário, a biografia romanceada é um campo de liberdade, uma possibilidade de trazer, a reboque da história de vida de um indivíduo, a complexidade em que ele se inseria. Com algumas amarras factuais, inevitáveis da dimensão biográfica, o fundamental encontra-se na liberdade literária do autor.

Cristina Carvalho, depois de nos ter brindado com várias biografias de ilustres personalidades das artes e da cultura (todos estrangeiros), lançou-se na tarefa de dar a sua pena à vida de Paula Rego, num livro que de forma muito feliz subintitulou como “A Luz e a Sombra”, sendo, de facto, esses dois elementos as personagens centrais na vida desta atormentada pintora.» [Paulo Mendes Pinto, Visão, 9/9/2024: https://visao.pt/opiniao/portugalidades/2024-09-09-o-mito-como-capacidade-criadora/]


«Paula Rego — A Luz e a Sombra» e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/

Sobre O Delfim, de José Cardoso Pires

 «No belíssimo romance que é O Delfim, Cardoso Pires olhou a realidade do seu país como se fosse a trama de uma intriga policial.» [Antonio Tabucchi]


«Esse espantoso, acabado, inesgotável O Delfim, que é até hoje a sua obra-prima.» [Mário Dionísio]


«Mas O Delfim é também o título de um romance, este romance que o leitor vai ler, e onde se fala da vida, e da proximidade da morte, de Palma Bravo. Talvez seja conveniente começarmos por chamar a atenção para o facto de que também o romance, o livro de Cardoso Pires, foi envolvido nessa atmosfera mítica que parece desprender-se do seu aparente herói, e tem hoje um lugar muito nítido, e obviamente privilegiado, na literatura de ficção do nosso século xx.» [Eduardo Prado Coelho]


«Que extraordinário escritor! Que extraordinário escritor é José Cardoso Pires.» [Do Prefácio de Gonçalo M. Tavares]


O Delfim e outras obras de José Cardoso Pires estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jose-cardoso-pires/

Sobre O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald

 «Por fim, o livro é profundamente ambíguo; a sua coerência não tem que ver com uma convicção moral central, mas com uma forma artística. A estrutura é forte como ferro e a eficiência profunda. O Grande Gatsby talvez seja, como alguns afirmaram, o único romance perfeito. Ao relê‑lo, espantamo‑nos sempre com a sua brevidade: não é muito mais longo do que um conto de Henry James. T. S. Eliot julgou‑o o único grande passo no romance americano desde a morte de James. Não deu origem a uma tradição americana.» [Do Prefácio de Anthony Burgess]


O Grande Gatsby (trad. de Ana Luísa Faria) e outras obras de F. Scott Fitzgerald estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/f-scott-fitzgerald/

Sobre Da Guerra, de Carl von Clausewitz

 A invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em 24 de Fevereiro de 2022, conferiu uma nova actualidade às questões de táctica e estratégia militar e, em particular, às concepções de Carl von Clausewitz (1780-1831).

Trata-se, com efeito, de um confronto entre dois Estados; um deles, a Rússia, procurando alargar o seu território e influência através do esmagamento do adversário, da sua destruição política e rendição incondicional.

Só que agora não se trata de uma guerra absoluta, tendo como objectivo as forças militares do inimigo, mas de uma guerra total, envolvendo também a população civil e as estruturas económicas, urbanas e sociais, sobre um fundo de ameaça de recurso a armas nucleares.

Em Da Guerra, tratado redigido no essencial entre 1816 e 1830, Clausewitz faz uma primeira tentativa ocidental para pensar o fenómeno da guerra. Nesse sentido, propõe uma teorização da acção militar entendida como instrumento da política.


Da Guerra, de Carl von Clausewitz (trad. Teresa Barros Pinto), com posfácio de Anatole Rapoport, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/da-guerra-pre-venda/

24.9.24

Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: A Rebelião das Elites e a Traição da Democracia (tradução de João Paulo Moreira)


Christopher Lasch critica o que considera errado nos valores e crenças das elites norte-americanas. Em sua opinião, a democracia está ameaçada não pelas massas, como afirmava Ortega y Gasset, mas pelas elites. Estas tornaram-se nómadas e globais, rejeitando os limites das nações e dos lugares. Isoladas nos seus enclaves, abandonaram a classe média, dividiram a nação e atraiçoaram a ideia de uma democracia para todos os cidadãos.


“A Rebelião das Elites é um exemplo notável do compromisso de Lasch com as perspetivas críticas do seu tempo.” [Michael Stern, San Francisco Chronicle]


“Christopher Lasch é um dos nossos principais historiadores. Este livro é sucinto, acutilante, argumentativo, a última obra de um dos mais originais pensadores do nosso tempo.” [James North, Chicago Tribune]



Christopher Lasch (1932-1994), professor de História na Universidade de Rochester, escreveu, entre outras obras, The True and Only Heaven: Progress and Its Critics e a muito conhecida A Rebelião das Elites e a Traição da Democracia.


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/produto/a-rebeliao-das-elites-e-a-traicao-da-democracia/

De Christopher Lasch a Relógio D’Água publicará também em breve A Cultura do Narcisismo, com tradução de Maria José Figueiredo.

Djaimilia Pereira de Almeida recebe Grande Prémio de Romance e Novela APE | DGLAB a 1 de Outubro


Djaimilia Pereira de Almeida venceu, com a novela Toda a Ferida É Uma Beleza, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores | DGLAB, que será entregue dia 1 de Outubro, pelas 18:00, na Sala 2 da Fundação Calouste Gulbenkian. A cerimónia pública conta com a presença de Maria de Lurdes Craveiro, secretária de Estado da Cultura.

O livro, que o júri considerou fazer da «brevidade o lugar do mistério e da poesia: na contenção da sua escrita reside o essencial da estranheza de um mundo ao mesmo tempo ingénuo e cruel, infantil e adulto», foi publicado na Relógio D’Água em Junho de 2023, com ilustrações de Isabel Baraona.


Toda a Ferida É Uma Beleza e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/

Já disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Intermezzo, o novo romance de Sally Rooney (Tradução de Marta Mendonça)


Apesar de serem irmãos, Peter e Ivan Koubek parecem ter pouco em comum.

Peter é um advogado de Dublin na casa dos trinta, bem-sucedido, competente e aparentemente imperturbável. Mas após a morte do pai começa a medicar-se para conseguir dormir e a lutar para gerir os seus relacionamentos com duas mulheres muito diferentes: Sylvia, o seu amor de longa data, e Naomi, uma estudante universitária que encara a vida com ligeireza.

Por sua vez, Ivan é um competitivo jogador de xadrez de vinte e dois anos. Solitário e socialmente desajeitado, é o oposto do seu irmão mais velho e estruturado. Nas primeiras semanas de luto pelo pai, Ivan conhece Margaret, uma mulher mais velha que está a recuperar de um passado turbulento, e as suas vidas entrelaçam-se de forma intensa.

Para os irmãos e as pessoas que eles amam, este é um interlúdio. Um período de desejo, desespero e possibilidade. Uma oportunidade de descobrir quanto uma vida pode conter dentro de si mesma sem se quebrar.


«O quarto romance de Rooney pode ser o seu melhor até agora.» [Booklist]


«Intermezzo é o trabalho mais realizado de Rooney, especialmente porque canaliza os estilos modernistas de James Joyce e Virginia Woolf.» [Publishers Weekly]


«Com este livro, o estatuto de mestria de Sally Rooney permanece intacto.» [Kirkus Reviews]


Mais informação sobre esta e outras obras de Sally Rooney aqui: https://www.relogiodagua.pt/autor/sally-rooney/

23.9.24

Sobre Gueorgui Gospodinov

 «Acaba de ser lançado em Portugal, Física da Tristeza, de Gospodinov, um escritor búlgaro de que eu gostei imenso, de ter lido o primeiro livro de que falei aqui [Refúgio no Tempo]. Este foi escrito dez anos antes, ainda não li, mas recomendo, porque gosto imenso do autor e por certo será bom.» [Pedro Boucherie Mendes, Pop Up, Observador, 19/9/2024: https://observador.pt/programas/pop-up/emmys-onde-acertaram-e-falharam/]


Física da Tristeza e Refúgio no Tempo (traduções de Monika Boneva e Paulo Tiago Jerónimo) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/gueorgui-gospodinov/

Sobre Bem Está o que Bem Acaba, de William Shakespeare

 «A generalidade dos estudiosos concorda que a fonte principal de inspiração de Shakespeare para Bem Está O Que Bem Acaba foi a história de Giletta di Narbona, que constitui a nona novela do Terceiro Dia do Decameron, da autoria do italiano Giovanni Boccaccio (1313-1375). É improvável que o dramaturgo inglês tenha lido essa história no original italiano, e, por isso, têm sido aventadas duas hipóteses sobre o texto a que ele terá tido acesso: uns entendem que Shakespeare leu a história numa versão inglesa publicada em The Palace of Pleasure de William Painter (1540?-1594), cujo primeiro volume veio a público em 1566; outros defendem que o seu contacto com a história de Giletta lhe foi proporcionado pela leitura da versão francesa — é sabido que Shakespeare tinha alguns conhecimentos de francês —, da responsabilidade de Antoine le Maçon, publicada em Paris em 1584. G. K. Hunter, na excelente introdução à sua edição de All’s Well That Ends Well, desenvolve esta questão com alguma profundidade, apresentando alguns dos argumentos que têm sido invocados, quer a favor da hipótese Painter quer da hipótese Le Maçon, mas não se decide por qualquer delas. (…) 

O que Shakespeare foi capaz de fazer melhor do que ninguém foi levar-nos a reflectir — através dos comportamentos das personagens que adoptou e da forma como aproveitou histórias conhecidas — sobre a vida, o homem (com as suas virtudes e os seus defeitos), a natureza, a religião, etc., através da utilização de uma linguagem inovadora e incomparavelmente vigorosa, criativa e poética.» [Da Introdução de M. Gomes da Torre]


Bem Está o que Bem Acaba (tradução, introdução e notas de M. Gomes da Torre) e outras obras de Shakespeare estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/william-shakespeare/

Sobre Para além do Bem e do Mal, de Friedrich Nietzsche

 «Talvez mais do que qualquer outro livro de Nietzsche, o Para além do Bem e do Mal (1886) é uma obra programática, no sentido em que expõe com relativa clareza figuras do futuro e aponta formas positivas da moral e da política. É como se apenas nesse momento a filosofia de Nietzsche adquirisse a qualidade daquilo a que Hegel chamava «espírito objectivo», ou seja, uma estrutura de pensamento que já não depende de uma subjectividade e adquiriu autonomia. O que caracteriza esse espírito é que ele recolhe todos os traços relevantes que desde o início se desenvolveram e foi construindo uma figura própria ao longo da sua história. Na verdade, agora Nietzsche recupera e sistematiza a seu modo temas, estilos, argumentos e obsessões que, desde o Humano, Demasiado Humano, tomaram forma no seu pensamento. Veremos no entanto que esse carácter programático consiste mais numa ordenação de características típicas do filósofo do futuro, do que num programa moral novo.» [Do Prefácio de António Marques]


Para além do Bem e do Mal (trad. Carlos Morujão) e outras obras de Friedrich Nietzsche estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/friedrich-nietzsche/

Sobre O Mal-Estar na Civilização, de Sigmund Freud

 O Mal-Estar na Civilização é a obra em que Sigmund Freud (1856-1939) analisa o modo como a espécie humana sacrificou a vida instintiva e reprimiu a espontaneidade para permitir o progresso social e cultural. É também este o livro em que Freud analisa a origem dos sentimentos de culpa e, de um modo geral, procede à mais completa exposição das suas ideias sobre a história da humanidade.

O livro integra também o ensaio Reflexões em Tempos de Guerra e de Morte.


O Mal-Estar na Civilização (trad. Isabel Castro Silva) e outras obras de Sigmund Freud estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sigmund-freud/

Sobre Contos Completos, de Katherine Masnfield

 «A neozelandesa (1888-1923) foi uma fabulosa contista, como reforça o volume Contos Completos. […]

Variados em extensão – alguns têm apenas três páginas, outros ultrapassam as quatro dezenas –, assunto – não, não é apenas a burguesia mais ou menos ociosa e bem-pensante que é objecto da sua atenção –, e técnica – desde o mero esboço ou apontamento monocromático e a colagem de instantâneos descritivos até genuínas micronovelas –, é compreensível que nem todos alcancem a perfeição de “Um Dia em Crescent Bay”, por exemplo, o texto que abre O Garden-Party.» [Mário Santos, ípsilon, Público, 20/9/2024: https://www.publico.pt/2024/09/18/culturaipsilon/critica/ha-contos-perfeitos-sim-katherine-mansfield-2100630]


Contos Completos, de Katherine Mansfield (tradução de Frederico Pedreira, Manuel Resende, Graça Vilhena, Francisco Vale e Ana Maria Almeida Martins), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/autor/katherine-mansfield/

Sobre Os Nossos Desconhecidos, de Lydia Davis

 Em Os Nossos Desconhecidos, as conversas ouvidas por acaso nem sempre são entendidas, uma carta registada é confundida com uma borboleta branca rara, duas crianças que aprendem a falar identificam uma bola de pingue-pongue com um ovo, e alguns comentários murmurados revelam a verdade de um casamento. Sob a penetrante e transformadora observação de Lydia Davis, desconhecidos podem tornar-se família e familiares tornar-se desconhecidos. Uma nova recolha de ficção breve da vencedora do Man Booker International Prize.


“Incisivo, hábil, irónico, subtil e consistentemente surpreendente.” [Joyce Carol Oates]


“O talento de Davis para observar e celebrar os pormenores é tão sábio e milagroso como sempre.” [Financial Times]


“Gracioso, engraçado, estranho, surpreendente, improvável, persuasivo e comovedor.” [Times Literary Supplement]


“Apesar da capacidade de distanciamento que permeia todo o trabalho de Davis, as nossas ansiedades atuais infiltram-se em Os Nossos Desconhecidos.” [New York Times Book Review]


Os Nossos Desconhecidos (tradução de Inês Dias) e outras obras de Lydia Davis editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/lydia-davis/

22.9.24

Leituras de Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada, de Pablo Neruda


Amanhã, dia 23 de Setembro, pelas 17:00, no auditório da Fundação José Saramago, realizar-se-á uma sessão em homenagem ao poeta chileno Pablo Neruda, comemorativa dos 100 anos da publicação da obra Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada. Será realizada a leitura do livro em vários idiomas.

A sessão, organizada pela embaixada do Chile em Portugal e pela FJS, conta com a presença de convidados/as da América Latina e da União Europeia que lerão poemas do autor chileno.

A entrada é livre, sujeita à lotação da sala.


Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada (trad. José Miguel Silva) e outras obras de Pablo Neruda estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/pablo-neruda/

Sobre O Mundo como Vontade e Representação, de Arthur Schopenhauer

 “A experiência do mundo de Schopenhauer, impregnada de pessimismo, subjaz à sua reflexão filosófica, que culminou num golpe de génio: O Mundo como Vontade e Representação, publicado em 1819, obra de um homem de trinta anos, ampliado, mais tarde, em 1844, para dois volumes, continua fundeado no porto da filosofia ocidental como um navio-tanque exótico. Deus, o velho capitão do idealismo e do racionalismo, não se encontra aqui em lado nenhum, e a razão, até esse momento incontestado timoneiro dos mares filosóficos, foi aqui degradada a grumete encarregado de esfregar o convés. Na ponte de comando, está um indivíduo desbragado de má reputação, um flibusteiro incansável e apostado, ao mesmo tempo, numa destruição implacável, chamado ‘vontade’. As suas acções não obedecem a nenhum plano e as suas rotas não estão desenhadas em nenhuma carta náutica.” [Da Introdução de Robert Zimmer]


O Mundo como Vontade e Representação — Primeiro Volume e Aforismos para a Arte de Viver (trad. António Sousa Ribeiro) e A Arte de Ter sempre Razão (trad. Fernanda Mota Alves) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/arthur-schopenhauer/

De A Aventura no Castelo, de Enid Blyton

 «Sentadas no vão da janela, no seu quarto de estudantes, duas raparigas conversavam. Uma delas, ruiva, de cabelos ondulados, era tão sardenta que seria impossível contar-lhe as sardas. A outra, morena, usava os cabelos curtos e revoltos, a formarem-lhe sobre a testa uma poupa engraçada.

— Só falta um dia para começarem as férias! — disse Maria da Luz, a ruiva, fitando Dina com os seus belos olhos verdes.» [De A Aventura no Castelo, pp. 9-10]


A Aventura no Castelo (trad. J. Lencastre Cabral) e outras obras de Enid Blyton estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/enid-blyton/

21.9.24

Sobre O Castelo, de Franz Kafka

 Kafka começou a escrever O Castelo na noite de 27 de Janeiro de 1922, dia em que chegou à montanha de Spindlermühle, na actual República Checa. Morreu antes de terminar a obra, publicada em 1926 pelo seu amigo Max Brod, que felizmente não cumpriu o pedido de Kafka para destruir todos os seus manuscritos.


Este último romance de Kafka narra a história de um homem e da sua ineficaz luta contra uma autoridade, misteriosa e impenetrável. É ela quem dirige o castelo que governa a aldeia aonde K. chegou para trabalhar como agrimensor.


Apesar de Kafka considerar O Castelo um falhanço, a crítica reconheceu-o como o seu principal romance e um dos maiores de todo o século XX.


O Castelo (tradução e prefácio de António Sousa Ribeiro) e outras obras de Franz Kafka estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/franz-kafka/

Sobre O Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick

 América, quinze anos após o final da Segunda Grande Guerra. As potências vencedoras dividiram as suas conquistas: os nazis controlam Nova Iorque e a Califórnia é controlada por Japoneses. 

Mas entre estes dois estados confrontados numa guerra fria existe uma zona neutra onde, dizem os rumores, reside o lendário autor Hawthorne Abendsen, que receia pela sua vida, pois escreveu em tempos um livro no qual os Aliados venceram a Segunda Grande Guerra.


«O escritor de ficção científica mais consistente do mundo.» [John Brunner]


«Um dos genuínos visionários que a ficção norte-americana produziu.» [L. A. Weekly]


«Philip K. Dick vê e abraça as possibilidades aterradoras de que os outros autores fogem.» [Paul Williams, Rolling Stone]


O Homem do Castelo Alto (trad. António Porto) e outras obras de Philip K. Dick estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/philip-k-dick/

Sobre O Homem Invisível, de H.G. Wells

 Em O Homem Invisível, H. G. Wells narra a transformação de um homem até um estado de brutalidade, causado pelo seu fascínio pela ciência. 

Griffin — um homem com o rosto coberto por ligaduras, olhos ocultos por trás de uns óculos escuros e mãos cobertas — é o novo hóspede da pousada Coach and Horses. Apesar de todos assumirem que o seu estado se deve a um acidente, a verdade é bastante mais estranha.

Griffin descobriu um processo de se tornar invisível, e está agora em busca do antídoto. Quando é expulso da aldeia e se vê impelido para o assassínio, Griffin procura a ajuda do seu amigo Kemp. Mas o destino que o aguarda afeta-lhe os pensamentos, e, quando Kemp se recusa a ajudá-lo, Griffin resolve planear a sua vingança.


O Homem Invisível (tradução de Alda Rodrigues) e outras obras de H. G. Wells estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/h-g-wells/

20.9.24

Sobre O Livro por Vir, de Maurice Blanchot

 A literatura ocupa o centro das pesquisas de Blanchot. E é a luz do seu mistério que o autor de “O Livro por Vir” e “O Espaço Literário” se esforça por circunscrever. 

Neste livro, Blanchot fala-nos com um saber apaixonado de Proust, Artaud, Musil, Broch e Henry James e até daquele que será um dia o último escritor. Mas, através dos autores e dos livros, interessa sobretudo a Blanchot o movimento que os cria.


O Livro por Vir (trad. Maria Regina Louro) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-livro-por-vir-2/

Sobre «Sobre Franz Kafka», de Max Brod

 «No ano em que se assinala o centenário da morte de Franz Kafka (https://www.publico.pt/franz-kafka) (1883-1924), foram traduzidos e publicados em Portugal, num só volume, os três escritos mais importantes de Max Brod sobre o romancista de Praga: Franz Kafka, Uma Biografia; A Fé e a Doutrina de Franz Kafka e Desespero e Redenção na Obra de Franz Kafka. Max Brod (1884-1968) ficou sobretudo conhecido como amigo, biógrafo e executor do testamento literário de Kafka, apesar de ter sido autor de numerosas obras. Brod e Kafka conheceram-se em Outubro de 1902, quando estudavam ambos na Universidade Carolina de Praga. Max Brod “tinha acabado de dar uma conferência sobre Schopenhauer aos alunos de língua alemã”.

No final da palestra, Kafka abordou-o e acompanhou-o a casa. Assim começou uma longa amizade, “muitas vezes com encontros diários”. Duas décadas depois, Kafka, sabendo que ia morrer, deu-lhe “indicações para destruir as suas obras inéditas” depois da sua morte. Última vontade que, felizmente, Max Brod não cumpriu. A imagem que, actualmente, o leitor comum tem de Kafka talvez seja a de um homem macambúzio, triste e tímido — imagem que provavelmente foi sendo construída a partir de alguns dos seus livros (e correspondência publicada), em especial de Carta ao Pai.

Mas não é essa a descrição que dele faz Max Brod […].» [José Riço Direitinho, Saídas, ípsilon, 18/9/20: https://www.publico.pt/2024/09/18/culturaipsilon/noticia/saidas-2104567]


Sobre Franz Kafka, de Max Brod (tradução de Susana Schnitzer da Silva e Ana Falcão Bastos), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/sobre-franz-kafka/


As obras de Franz Kafka editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/franz-kafka/

Sobre O Casal Feliz, de Naoise Dolan

 À medida que o casamento se aproxima e cinco vidas se cruzam, cada uma delas se verá à procura de um caminho para ser feliz para sempre.

Da autora de Tempos Emocionantes, este é um romance brilhante sobre amor e casamento, fidelidade e traição, que é ao mesmo tempo ferozmente inteligente e extremamente agradável.


«Um brilhante romance contemporâneo.» [Colm Tóibín]


«Irónico, perspicaz e sábio.» [Marian Keyes]


«Estou absolutamente impressionado com o talento de Dolan.» [Douglas Stuart]


«Maravilhoso.» [Pandora Sykes]


O Casal Feliz (tradução de José Miguel Silva) e Tempos Emocionantes (tradução de Carla Morais Pires) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/naoise-dolan/

Ana Margarida de Carvalho em Vila Real e em Canas de Senhorim


Hoje, às 21:00, na Feira do Livro de Vila Real, a autora de Que Importa a Fúria do Mar participa numa conversa moderada por Vanessa Augusto.

Amanhã, dia 21, pelas 18:00, estará presente numa tertúlia literária, na Biblioteca José Adelino em Canas de Senhorim.


Cartografias de Lugares mal Situados e outras obras de Ana Margarida de Carvalho estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/ana-margarida-de-carvalho/

De Yorgos Seferis

 «XXIII 


Um pouco mais

e veremos florescer as amendoeiras

os mármores brilharem ao sol

o mar a ondear


um pouco mais,

para nos levantarmos um pouco mais alto.»


Poemas Escolhidos de Yorgos Seferis (trad. Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratsinis) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/poemas-escolhidosy-seferis/

Sobre Juro não Dizer nunca a Verdade, de Javier Marías

 Este livro reúne noventa e cinco artigos publicados por Javier Marías no suplemento dominical do El País, no período que vai de 10 de fevereiro de 2013 a 1 de fevereiro de 2015, particularmente difícil em Espanha (e Portugal).

Alguns dos temas abordados têm que ver com a sociedade espanhola. Mas até esses interessam aos leitores portugueses que acompanham os episódios governamentais e políticos do país vizinho, que tem afinidades ibéricas com os portugueses.

A maioria deles tem no entanto um interesse geral, como é o caso dos abusos e da corrupção governamentais, os lamentáveis hábitos criados por redes sociais como o Facebook e o Twitter, os imaginativos atropelos da gramática, o incivismo que impera nos locais públicos, a xenofobia de alguns, a superstição nas estatísticas e percentagens, a praga das selfies nos museus e a invasão da televisão por programas de culinária.

Mas o autor de Coração tão Branco, Os Enamoramentos e Berta Isla revela-nos também os seus gostos e afinidades, dos clássicos de cinema até algum filme recente, as suas referências literárias privilegiadas, e a origem do seu Reino de Redonda, onde os nobres são escolhidos não pela sua perícia no manejo das armas, mas pelos talentos revelados na escrita e outras formas de arte.


Juro não Dizer nunca a Verdade (trad. Miguel Serras Pereira) e outras obras de Javier Marías estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/javier-marias/

19.9.24

Sobre Um Balé de Leprosos, de Leonard Cohen

 Este livro reúne um romance e contos inéditos de Leonard Cohen. O compositor canadiano de sucessos como “Hallelujah”, “Suzanne” e “Famous Blue Raincoat” aventurou-se pela primeira vez na escrita aos vinte e poucos anos, e é neste livro que os leitores descobrirão que a magia que animou o seu trabalho estava presente desde o início.

Escritos entre 1956 e 1961, estes textos oferecem revelações sobre a imaginação e o processo criativo de Cohen, e neles o autor explora temas que estariam presentes no seu trabalho posterior, da vergonha e indignidade ao desejo sexual em todas as suas dimensões sagradas e profanas, passando pelo amor, a família, a liberdade ou a transcendência.

Um Balé de Leprosos — nas suas palavras, um romance “provavelmente melhor” do que o celebrado O Jogo Preferido — analisa esses elementos, abordando relacionamentos tóxicos e os extremos que as pessoas atingem para os manter. Os quinze contos sondam os demónios interiores das suas personagens.


“A escrita de Cohen captura toda a beleza e poeticidade que aprendemos a amar na sua música, assim como uma juventude ingénua, um senso de brincadeira e uma crueldade inusitada. É muito interessante ver onde tudo isso começou.” [Ottessa Moshfegh]


“Este livro oferece vislumbres incipientes da visão artística inimitável de Cohen: íntima e distante, tremendo de fraqueza mesmo quando anseia pela sabedoria.” [The New York Times]


“Uma coleção fascinante de ficção inicial que antecipa os temas e preocupações que Cohen mais tarde exploraria ao longo de décadas... Uma investigação curiosa e compulsiva dos limites da honestidade e da crueldade.” [The Guardian]


«Um Balé de Leprosos — Romance e Contos», edição e posfácio de Alexandra Pleshoyano (tradução de Frederico Pedreira), e outras obras de Leonard Cohen estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/leonard-cohen/

Sobre Canção do Profeta, de Paul Lynch

 «Canção do Profeta, de Paul Lynch, é o quinto romance do autor irlandês e venceu o Prémio Booker 2023. Publicado pela Relógio d’Água, com uma excelente tradução de Marta Mendonça, que imprime o ritmo e fluidez de uma prosa contínua, ininterrupta, escorreita, a criar o tom certo de um crescendo de inquietação que cedo vira opressão. […]

Um dos pontos fortes é como em pinceladas gerais, sempre sem grandes detalhes ou pormenores de informação, se cria esse ambiente de opressão, em que somos, a par da própria protagonista, gradualmente tomados pela incerteza, pelo instinto de sobrevivência como única força motriz face ao vazio, pelo negrume da incerteza do mundo num futuro se calhar não tão distante […].» [Paulo Nóbrega Serra, Postal, 17/9/2024: https://postal.pt/opiniao/leitura-da-semana-cancao-do-profeta-de-paul-lynch-por-paulo-serra/?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook&utm_campaign=postal%20do%20algarve]


A edição de Canção do Profeta foi publicada com o apoio da @Literature Ireland

O livro está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/cancao-do-profeta-premio-booker-2023/