28.2.14

Sobre As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain





«Toda a literatura moderna vem de um livro de Mark Twain chamado Huckleberry Finn… É o melhor livro que já tivemos. Daí vem toda a escrita americana.» [Ernest Hemingway]


De Mark Twain, a Relógio D’Água publicou As Aventuras de Huckleberry Finn, As Aventuras de Tom Sawyer e O Príncipe e o Pobre.

27.2.14

Entrevista a Jorge Vaz de Carvalho, tradutor de Ulisses





No programa Pessoal e Transmissível de 25 de Fevereiro, Carlos Vaz Marques falou com Jorge Vaz de Carvalho, ensaísta, professor universitário, cantor lírico e tradutor de Ulisses, de James Joyce.

O programa pode ser ouvido aqui.

26.2.14

A chegar às livrarias: Os Lança-Chamas, de Rachel Kushner






«Políticas radicais, arte de vanguarda e corridas de motos — todos estes elementos ganham vida no fulgurante romance de Rachel Kushner passado na década de 1970, quando uma jovem mulher se muda para Nova Iorque para se tornar artista, acabando por se envolver no movimento revolucionário de protesto que abalou a Itália nesses anos. Este romance (o segundo de Kushner) é feito de observações mordazes e frases cinzeladas que mostram como os indivíduos são arrastados por forças sociais impiedosas.»
[«The 10 Best Books of 2013», The New York Times]

«Cintilantemente vivo. Repleto de narrativas, humor, excelentes monólogos, momentos elevados, e aventuras extremas. Kushner nem por um momento deixa de nos contar uma história... O livro triunfou porque é composto de histórias vibrantes, únicas e intensamente vivas.»
[James Wood]

«O melhor, mais descarado e mais interessante livro do ano.»
[New Yorker]

«Na ficção gostei de Os Lança-Chamas, de Rachel Kushner, pelo seu estilo e ousadia.»
[Colm Tóibín, The Observer]

«A visão de Kushner do radicalismo, arte e política da década de 1970 é uma leitura poderosa e absorvente.»
[The Financial Times]

A chegar às livrarias: Doze Anos Escravo, de Solomon Northup






Solomon Northup nasceu no condado de Essex, em Nova Iorque, em Julho de 1808. Era filho de um escravo liberto, o que o tornava um homem livre por direito. Agricultor e violinista, Solomon possuía uma propriedade em Hebron e tinha três filhos. Em 1841 foi raptado por esclavagistas, que o persuadiram com uma promessa de emprego bem remunerado como violinista em Washington.
Em vez disso, Solomon foi drogado e vendido como escravo a uma plantação da Luisiana. Foi mantido como prisioneiro durante doze anos, passando pelas mãos de vários donos, sem que a sua família conhecesse o seu paradeiro. Sofreu humilhações, espancamentos e até torturas.
Tentou por diversas vezes escapar e enviar mensagens para fora da plantação. Apenas doze anos mais tarde conseguiu fazer chegar notícias a conhecidos que, por sua vez, contactaram amigos e o Governador de Nova Iorque, Washington Hunt.
Recuperou a liberdade em Janeiro de 1853, voltando para a família em Glens Falls, sendo um dos raros escravos raptados a conseguir obter a libertação.
Em 2013, as memórias de Solomon foram adaptadas ao cinema pelo realizador e produtor Steve McQueen, tendo Chiwetel Ejiofor como actor principal. O filme tem nove nomeações para os Oscars, incluindo na categoria de Melhor Filme.

A chegar às livrarias: A Planície, de Jhumpa Lahiri





Este romance de Jhumpa Lahiri decorre entre a Índia e os EUA. É a história de dois irmãos ligados pela tragédia, de uma mulher brilhante perseguida pelo seu passado, de um país destruído pela revolução e de um amor que sobreviveu à morte.
Subhash e Udayan Mitra são irmãos inseparáveis. Vivem num bairro pobre em Calcutá, onde nasceram, e onde muitas vezes são confundidos pelos vizinhos, tal a sua semelhança.
Mas eles são bem diferentes.
Nos anos 60, Udayan junta-se ao movimento de Naxalbari, que luta contra a desigualdade e a pobreza, arriscando a própria vida.
Subhash, que não partilha a paixão política do irmão, parte em busca de uma carreira de investigação científica num tranquilo recanto dos EUA.
Mas quando Subhash descobre o que aconteceu ao irmão, regressa ao seu país de origem, na esperança de poder reconstruir a sua fragmentada família.


«(…) Lahiri escreve com enorme precisão emocional, movendo-se com confiança entre diferentes períodos, lembrando Light Years, de James Salter. Na sua versão épica, o que é comum ilumina-se. Parece escrever sobre famílias, mas na verdade escreve sobre a solidão, e sobre pessoas que evitam os que lhes são mais próximos… A sua voz possui uma autoridade moral intemporal.»
[Anjali Joseph, The Times Literary Supplement]

«Espantosa… Lahiri é uma realista comparável a John Updike, Philip Roth e Jonathan Franzen…»
[Urmila Seshagiri, Los Angeles Review of Books]

25.2.14

Sobre Obras Escolhidas I, de Virginia Woolf




 

No programa Livro do Dia de 25 de Fevereiro de 2014, na TSF, Carlos Vaz Marques falou sobre Obras Escolhidas I, de Virginia Woolf.
O programa pode ser ouvido aqui.

 

Sobre Meridiano de Sangue, de Cormac McCarthy





«Meridiano de Sangue foi, sem dúvida, o romance que me fez querer ser escritora.» [Rachel Kushner]

24.2.14

Rachel Kushner chega a Portugal




 
fotografia de Lucy Raven 

No último Atual, de 22 de Fevereiro, José Mário Silva entrevista a escritora norte-americana Rachel Kushner a propósito do seu romance Os Lança-Chamas, considerado por muitos críticos e leitores o melhor livro de 2013.

«E se em 2013 o “grande romance americano” fosse escrito por uma mulher? A pergunta, feita em jeito de provocação por Laura Miller num artigo publicado na Salon (intitulado “O novo romance de Rachel Kushner assusta os críticos literários”) tocou num nervo sensível e gerou, previsivelmente, um aceso debate. A ideia do great american novel, o romance capaz de encapsular uma época e desenhar uma imagem do país como um todo, é um desígnio meio utópico que costuma estar reservado, diz Miller, aos autores masculinos – como se os homens pudessem aspirar a fixar o que existe de essencial na Humanidade inteira, enquando as romancistas estariam confinadas a narrar a experiência de ser mulher. (…)
Se a maior parte das autoras não se candidatam ao estatuto de “grande romance americano”, ou talvez nem sequer tentem escrevê-lo, pode dizer-se que Rachel Kushner chegou lá perto, com Os Lança-Chamas, lançado esta semana em Portugal pela Relógio D’Água. Porquê? Porque teve a desfaçatez de apostar num livro arrojado e sem medo da sua própria ambição. Em cerca de 400 páginas, Kushner vai dos desertos de sal do Utah (palco de recordes de velocidade terrestre) aos círculos artísticos de Nova Iorque nos anos 70 e às lutas políticas da extrema-esquerda italiana nos Anos de Chumbo, com passagens pela I Guerra Mundial e pelas plantações de borracha brasileiras nas primeiras décadas do século XX.»

Sobre Carson McCullers





«Um génio… o que Carson McCullers tem, antes de tudo, é uma corajosa imaginação — ousada o bastante para reflectir sobre a terrível natureza humana sem perda de força, dignidade ou amor.» [V. S. Pritchett]

21.2.14

Ute Lemper canta Pablo Neruda



 


A cantora alemã Ute Lemper tem hoje um concerto no Centro Cultural de Belém em que interpreta poemas de Pablo Neruda, que nos pedem que «que sejamos livres».
A artista disse ao jornal Público: «Gosto de experimentar. As palavras são experiências. Cantá-las, dizê-las, usá-las, senti-las», o que se torna «um modo de as poder viver.» [Público, 21-02-2014]

De Pablo Neruda, a Relógio D’Água publicou Antologia, Residência na Terra, e, mais recentemente, Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada.

Sobre Perto do Coração Selvagem, de Clarice Lispector





«Uma escritora verdadeiramente notável.» [Jonathan Frazen]

20.2.14

Sobre Vidas de Raparigas e Mulheres, de Alice Munro





«Tudo se passa na província canadiana de Ontário, nos anos 1940-50. Quando foi publicado, na ressaca do movimento hippie, o feminismo militante torceu o nariz ao prosaísmo das vidas comuns que Munro tão bem descreve. A placidez da paisagem canadiana “encaixava” mal na efervescência de um mundo em acelerada mudança. Mas a autora perseverou, nunca se desviando das suas raízes e convicções. Tão importante como o domínio dos recursos narrativos, que a passagem do tempo matizou com a pátina do classicismo, foi a coerência interna da obra que a impôs de forma categórica. Uma fina ironia perpassa em frases de antologia (…). Uma palavra final para a forma objectiva, porém subtil, como a autora trata o tema do sexo. Admirável.» [Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura, a propósito de texto publicado na revista Sábado]

Sobre A Porta Secreta, de Ana Teresa Pereira





«Outonal e serena, a história reúne muitos elementos do universo da autora: flores, cinefilia, aparições no nevoeiro, pintura (a chave é uma aguarela que pode ser de Turner e representa o princípio do mundo). A escrita é despojada, precisa, acessível, mas capaz de achados. Por exemplo, a velha casa, ao luar, surge como “uma concentração de silêncio”. Mais do que para o mistério, a porta secreta ao fundo do jardim dá para a literatura.» [José Mário Silva, Expresso, Atual, 11-1-2014]

19.2.14

Ulisses em discussão na Universidade Católica


 

Hoje, Jorge Vaz de Carvalho, tradutor de Ulisses, e Mário Avelar discutirão a obra de James Joyce, numa conferência intitulada «Ulysses sob o olhar de Taylor, a propósito de uma nova tradução».

A sessão tem entrada livre e realiza-se às 16h no Edifício da Biblioteca da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

18.2.14

Brevemente nas livrarias: Doze Anos Escravo, de Solomon Northup





Solomon Northup nasceu no condado de Essex, em Nova Iorque, em Julho de 1808. Era filho de um escravo liberto, o que o tornava um homem livre por direito. Agricultor e violinista, Solomon possuía uma propriedade em Hebron e tinha três filhos. Em 1841 foi raptado por esclavagistas, que o persuadiram com uma promessa de emprego bem remunerado como violinista em Washington.
Em vez disso, Solomon foi drogado e vendido como escravo a uma plantação da Luisiana. Foi mantido como prisioneiro durante doze anos, passando pelas mãos de vários donos, sem que a sua família conhecesse o seu paradeiro. Sofreu humilhações, espancamentos e até torturas.
Tentou por diversas vezes escapar e enviar mensagens para fora da plantação. Apenas doze anos mais tarde conseguiu fazer chegar notícias a conhecidos que, por sua vez, contactaram amigos e o Governador de Nova Iorque, Washington Hunt.
Recuperou a liberdade em Janeiro de 1853, voltando para a família em Glens Falls, sendo um dos raros escravos raptados a conseguir obter a libertação.
Em 2013, as memórias de Solomon foram adaptadas ao cinema pelo realizador e produtor Steve McQueen, tendo Chiwetel Ejiofor como actor principal. O filme tem nove nomeações para os Oscars, incluindo na categoria de Melhor Filme.

17.2.14

Sobre Amok, de Stefan Zweig



 


«(…) em Amok, Zweig recua às suas viagens orientais para compor uma narrativa de arrepiante revelação dos mais obscuros panoramas interiores da alma humana (…).
No entanto, e como diz aquele que é, decerto, o biógrafo de referência de Zweig, Alberto Dines: “Ao contrário de outros que buscaram a espiritualidade nos antípodas, Zweig trouxe na bagagem oriental a paixão doente, o sofrimento delirante, a corrida desvairada, tudo embutido numa exótica palavra malaia – amoq.”» [Hugo Pinto Santos, ípsilon, 14-2-2014]

A chegar às livrarias: Vidas de Raparigas e Mulheres, de Alice Munro





O único romance escrito pela vencedora do Nobel da Literatura 2013 — Vidas de Raparigas e Mulheres — é uma obra perspicaz, honesta, «formal, mas não factualmente autobiográfica», que nos conta a vida de uma jovem numa zona rural de Ontário durante os anos 40.
Del Jordan vive no fim da Flats Road, na quinta de criação de raposas do seu pai, onde os seus companheiros são um excêntrico solteiro amigo da família e o seu rude irmão mais novo. Quando Del começa a passar mais tempo na cidade, vê-se rodeada por mulheres: a sua mãe agnóstica, uma mulher teimosa que vende enciclopédias aos agricultores; a inquilina da sua mãe, Fern Dogherty; e a sua melhor amiga, Naomi, com quem partilha as frustrações e as desenfreadas alegrias características da adolescência.
É através destas influências improváveis, e das suas experiências com o sexo, o nascimento, e a morte, que Del explora as contradições do que é ser uma mulher. O resultado é uma demonstração poderosa, comovente e repleta de humor da consciência incomparável de uma escritora sobre a vida de raparigas e mulheres.
 

«Ela faz parte dum punhado de escritores, alguns vivos, outros mortos, que tenho em mente quando digo que a ficção é a minha religião.»
[Jonathan Franzen]

«É a escritora mais selvagem que já li. É também a mais delicada, honesta e compreensiva.»
[Jeffrey Eugenides]

«Alice Munro tem a capacidade de movimentar personagens no tempo como nenhum outro escritor consegue.»
[Julian Barnes]

«Ela é uma escritora de contos que... reimaginou o que um conto poderia ser.»
[Lorrie Moore]

13.2.14

Sobre Antigo Testamento, com ilustrações de Marc Chagall






«Os desdobramentos espaciais e os efeitos prismáticos de cor na obra de Marc Chagall (1887-1985) derivam do cubismo e do orfismo, mas o pintor criou um estilo marcadamente pessoal fundado num admirável sentido de fantasia que levou André Breton a considerá-lo um dos percursores do surrealismo. No entanto, Chagall declarou que, por mais imaginativos e fantásticos que os seus quadros pudessem parecer, pintava apenas reminiscências diretas da sua infância. De facto, a sua obra é dominada por duas fortes influências: as memórias da vida e dos costumes judaicos na Rússia da sua juventude e a iconografia bíblica. Por isso, a ilustração da Bíblia foi um dos seus mais importantes projetos. Os textos sagrados do Génesis, Êxodo e Cântico dos Cânticos, traduzidos por Herculano Alves, D. António da Rocha Couto e José Tolentino Mendonça, respetivamente, surgem ilustrados, no presente volume, por uma seleção dos melhores trabalhos da série bíblica de Chagall.» [Agenda Cultural de Lisboa]

A Filha do Optimista, de Eudora Welty, em discussão na Culturgest






As seis sessões da Comunidade de Leitores de Helena Vasconcelos na Culturgest, em Lisboa, têm como tema «A Arte de Envelhecer».
«É um dado largamente difundido e verificado – embora não universalmente reconhecido – que a esperança de vida aumentou exponencialmente, nas últimas décadas. Um largo número de pessoas no planeta, com idade avançada, vivem mais intensamente e, os que podem, aproveitam com avidez esse tempo extra que lhes é proporcionado.
Encontrar-se-á este fenómeno, também, na Literatura?»
Deste ponto de partida, discutir-se-á, na próxima semana, o «conflito de gerações e hábil trama do curto romance de Welty», A Filha do Optimista.
A sessão realiza-se quinta-feira, dia 20, pelas 18h30. Mais informações sobre as inscrições aqui.


De Eudora Welty, a Relógio D’Água publicou também O Coração dos Ponders e Os Melhores Contos.

12.2.14

Sobre Middlemarch, de George Eliot




«Middlemarch é um daqueles livros que exerce um poder quase hipnótico sobre os seus leitores. Serão poucos os títulos desta lista (Os 100 Melhores Romances) que causam uma reacção tão intensa. Quando, por exemplo, em 1873, Emily Dickinson se referiu ao romance, escreveu numa carta: “O que penso de Middlemarch? O que penso da glória — senão que incrivelmente ‘esta mortal [George Eliot] já se revestiu de imortalidade’.”» [Robert McCrum, The Observer, 9-2-2014]

11.2.14

António Araújo sobre Reviver o Passado em Brideshead







«Um mundo extraordinário, imprevisto, desesperado, louco, irreversível. O que se esconde nas margens de Reviver o Passado em Brideshead, a obra-prima de Evelyn Waugh? Julia Flyte, por exemplo, e a perseguição a amores tão impossíveis como a biografia de uma geração que vive na poeira deixada pela guerra.» [António Araújo, Ler, Fevereiro de 2014]




«Regressado ao exército, após a licença que lhe fora dada para escrever Brideshead, Evelyn será enviado para a frente da Jugoslávia. Tendo Randolph Churchill por camarada de armas (ou, mais precisamente, como comandante). Combatia, pois, ao lado do filho do primeiro-ministro. As provas tipográficas de Brideshead Revisited foram revistas na frente de combate, sendo remetidas do n.º 10 de Downing Street e viajando, nos dois sentidos, na mala de correio destinada a Winston Churchill.» [António Araújo, Ler, Fevereiro de 2014]

Sobre Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio





«Vitorino Nemésio concluiu a escrita de Mau Tempo no Canal a 29 de Fevereiro de 1944. Ao longo destes 70 anos que nos separam da data da sua publicação, a história da literatura fixou e alterou os seus cânones e preferências, multiplicou os seus erros de análise, aumentou o número de génios temporários, e fingiu não ter lido o romance em que Nemésio fixa – para sempre – os Açores no mapa da literatura contemporânea. O País, por seu lado, fingiu ler Mau Tempo no Canal – mas, promovendo a ignorância como é seu costume, não custa a perceber por que razão a escola ignorou um romance que prolonga e alarga os limites da história da literatura; livro difícil, como clamam os idiotas, está na altura de a escola regressar a este romance, para que o ensino da literatura (também) tenha algum sentido.» [Francisco José Viegas, Ler, Fevereiro de 2014]

A Relógio D'Água na «Estante» da Ler de Fevereiro de 2014




«Uma nova tradução da obra-prima de Tolstoi é sempre um acontecimento em qualquer lado – e mais ainda quando o tradutor tem a sabedoria e os pergaminhos de António Pescada (…) Sob a égide de George Steiner, Pescada tentou transmitir “a poesia que perpassa pelo livro”. E conseguiu.»
 


«No seu primeiro livro de divulgação científica, originalmente publicado em 1970, Sacks já revela as principais características do seu estilo: rigor e enlevo narrativo na abordagem exaustiva de um problema clínico.»


 fotografia de Ann Summa

«Este romance [de Rachel Kushner, Os Lança-Chamas,] foi um dos mais elogiados pela crítica norte-americana em 2013. Tendo o meio artístico de Nova Iorque dos anos 70 como cenário, é um livro trepidante que nos arrasta à velocidade das corridas de motos que descreve.»

10.2.14

Romance de Kate Atkinson há 35 dias no top da Amazon



 


Lenta mas regularmente, Life after Life, de Kate Atkinson, obra que a Relógio D’Água acaba de publicar com o título Vida após Vida, tem subido nas preferências dos leitores de língua inglesa.
Esta semana ocupa já o segundo lugar entre os mais vendidos da Amazon do Reino Unido. Nada mal para um livro que recebeu o apoio da crítica e também de escritores, como Ali Smith, Hilary Mantel ou Gillian Flynn.

Stefan Zweig inspira Wes Anderson



 

O novo filme de Wes Anderson, The Grand Budapest Hotel, tem influência de várias obras de Stefan Zweig.
O realizador disse recentemente que o seu projecto é «mais ou menos um plágio» do autor austríaco, que considera um dos maiores escritores europeus da década de 20 e 30.
De Stefan Zweig, a Relógio D’Água publicou Amok, Carta de Uma Desconhecida e Vinte e Quatro Horas da Vida de Uma Mulher.

7.2.14

A chegar às livrarias: Assim para Nós Haja Perdão, de A. M. Homes





Harold Silver passou parte da sua vida à sombra do irmão mais novo, George, que, além de famoso executivo de televisão, é mais alto e inteligente do que ele. Como se isso não bastasse, George era casado com uma bela mulher, tem dois filhos e uma magnífica casa na periferia de Nova Iorque.
Mas Harry, historiador e estudioso de Nixon, conhece o temperamento assassino do irmão; e quando este perde o controlo, o resultado é um ato de violência tão chocante que ambos os irmãos são lançados para uma nova vida em que procuram absolvição.
Subitamente, Harry tem de cuidar dos filhos do seu irmão, descobrindo o obscuro mundo do sexo na Internet e convivendo com casais desequilibrados que se deslocam pelo tempo como numa viagem fantástica. E, à medida que vai construindo uma família baseada não na biologia mas na escolha, compreende que o seu caminho corre o risco de repetir os erros passados.


«É como uma versão mais ousada de Jonathan Franzen…»
[The Guardian]

«Uma sátira perspicaz e observadora sobre a vida das famílias modernas que me fez rir desenfreadamente.»
[«Readers’ Best Books of 2013», The Guardian]


Assim para Nós Haja Perdão venceu o Women’s Prize for Fiction 2013 (antigo Orange Prize for Fiction).

Sobre A Potência do Pensamento, de Giorgio Agamben





No programa Livro do Dia de 7 de Fevereiro, na TSF, Carlos Vaz Marques falou sobre A Potência do Pensamento, de Giorgio Agamben.
O programa pode ser ouvido aqui.

 

6.2.14

Sobre Stefan Zweig






«Em Vinte e Quatro Horas da Vida de Uma Mulher e em Carta de Uma Desconhecida – publicados por Stefan Zweig, em 1922, com outras três novelas –, uma hábil narração na primeira pessoa ilumina os corredores e as sombras do labirinto interior de duas mulheres. Nos dois casos, a técnica do autor molda-se à auto-análise de um passado longamente escondido e só naquele momento revelado.
Tanto numa, como noutra novela, o narrador inicial é uma figura secundária, um mero indício, rapidamente substituído pelas respectivas figuras femininas. (…)
Zweig é exímio a moldar o estilo da escrita à mulher amargurada, armada com os complexos de culpa que quer arremessar ao destinatário, ou da que se embrenha na torrente da memória e vira para si própria o estilete de uma autópsia em plena vida.» [Hugo Pinto Santos, Time Out, 5-2-2014]

4.2.14

Sobre Alucinações, de Oliver Sacks





«O livro do neurologista Oliver Sacks explora o mundo das “percepções que surgem na ausência de qualquer realidade externa”, um fenómeno que é muito mais frequente do que se julga e ocorre amiúde em pessoas mentalmente sãs, mesmo sem estarem sob o efeito de substâncias psicotrópicas. Sacks aborda também fenómenos limítrofes, como as percepções distorcidas ou os “membros-fantasma” e estabelece ligações das alucinações com o stree pós-traumático, a narcolepsia e as “experiências fora-do-corpo”.» [José Carlos Fernandes, Time Out, 23-10-13]

3.2.14

Sobre Ulisses, de James Joyce







«Muitas vozes, muitas modulações, muitos narradores lutando por imporem ao mundo as suas próprias interpretações; uma obra como uma ópera, mais bem apreciada se lida e relida, em voz alta se possível, com consciência da “jocosseriedade” subjacente em cada passagem.» [Joyce Carol Oates sobre Ulisses, de James Joyce]