20.2.14

Sobre Vidas de Raparigas e Mulheres, de Alice Munro





«Tudo se passa na província canadiana de Ontário, nos anos 1940-50. Quando foi publicado, na ressaca do movimento hippie, o feminismo militante torceu o nariz ao prosaísmo das vidas comuns que Munro tão bem descreve. A placidez da paisagem canadiana “encaixava” mal na efervescência de um mundo em acelerada mudança. Mas a autora perseverou, nunca se desviando das suas raízes e convicções. Tão importante como o domínio dos recursos narrativos, que a passagem do tempo matizou com a pátina do classicismo, foi a coerência interna da obra que a impôs de forma categórica. Uma fina ironia perpassa em frases de antologia (…). Uma palavra final para a forma objectiva, porém subtil, como a autora trata o tema do sexo. Admirável.» [Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura, a propósito de texto publicado na revista Sábado]

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