29.9.16

A chegar às livrarias: Dias Birmaneses, de George Orwell (trad. de Alda Rodrigues)





Baseado na sua experiência como agente da polícia na Birmânia, o primeiro romance de George Orwell mostra-nos uma imagem devastadora do domínio colonial britânico, descrevendo em detalhe a corrupção e intolerância que se viveram numa sociedade onde “os nativos eram nativos eram interessantes, sem dúvida, mas (…) um povo inferior de pele negra”.
Quando Flory, um comerciante branco de madeiras, trava amizade com o Dr. Veraswami, um indiano, desafia esta ortodoxia.
O doutor está em perigo: U Po Kyin, um magistrado corrupto, planeia a sua ruína. A única coisa que o pode salvar é a filiação ao clube dos membros brancos a que Flory pertence.
A vida de Flory sofre ainda uma alteração mais profunda com a chegada de Paris da bela Elizabeth Lackersteen, que lhe oferece um escape à solidão e à “mentira” da vida colonial.

28.9.16

A chegar às livrarias: Estado de Crise, de Zygmunt Bauman e Carlo Bordoni (trad. de Renato Aguiar)




A crise mais séria da modernidade, a de 1929, iniciada nos EUA e depressa alcançando a Europa, foi habilmente contornada pelo Estado. Mas a crise pela qual hoje passamos é diferente. No mundo globalizado, os governos mostram-se cada vez mais impotentes para a resolver, e os cidadãos, cada vez mais insatisfeitos com os seus governantes.
Neste livro, Zygmunt Bauman e Carlo Bordoni debruçam-se sobre o atual contexto para debater esta nova e nada passageira crise mundial, fazendo uma análise inédita das questões que a sociedade líquida enfrenta. Estado de Crise é uma obra fundamental para entender o presente e encontrar caminhos de futuro.

 
Em Portugal, Zygmunt Bauman tem publicados na Relógio D’Água Confiança e Medo na Cidade, Amor Líquido, A Vida Fragmentada e Modernidade e Ambivalência.

27.9.16

Sobre Os Anjos Bons da Nossa Natureza, de Steven Pinker






«O enorme volume de informação é animado por histórias e pormenores fascinantes e ilustrado por uma abundância de quadros. À medida que vamos lendo, este livro extenso parece-se cada vez mais com outras grandes sínteses da história humana que nos fomos habituando a encontrar nas últimas décadas. Tal como elas, utiliza material de proveniências muito diferentes e dá tantas pistas como suscita interrogações. Uma das quais terá a ver com a originalidade da tese. Sim, às vezes as notícias dão a sensação de que o mundo vai acabar em breve, mas não sabemos todos nós, no fundo, que ele hoje é muito menos violento do que em tempos foi? A evolução dos conceitos de masculinidade, por exemplo, não tem a ver com isso? É um dos inumeráveis debates que uma obra tão vasta como a presente pode abrir.» [Luís M. Faria, Expresso, E, 24/9/2016]

A chegar às livrarias: Ficar na Cama e Outros Ensaios, de G. K. Chesterton (trad. de Frederico Pedreira)




«Ao lermos Chesterton, somos dominados por uma extraordinária sensação de felicidade. A sua prosa é o oposto da prosa académica: é rejubilante. As palavras ressaltam e desencadeiam faíscas entre si, como se um brinquedo de corda ganhasse vida de repente, fazendo girar e disparar todos os botões do bom senso, o mais surpreendente dos prodígios.» [Da Introdução de Alberto Manguel]


«Acredito que Chesterton é um dos principais escritores do nosso tempo, não só pela criatividade, imaginação visual e alegria infantil ou divina evidente na sua escrita, mas também pelo talento retórico e puro brilhantismo da sua arte (…).
É desnecessário falar da magia e do brilho de Chesterton. Eu quero ponderar outras virtudes do famoso escritor: a sua admirável modéstia e a sua cortesia.» [Jorge Luis Borges]

26.9.16

A chegar às livrarias: As Muitas Faces dos Anonymous, de Gabriella Coleman (trad. de João van Zeller)




 
Em 2010 Gabriela Coleman iniciou um trabalho de campo sobre os Anonymous, na época em que alguns dos seus membros se lançavam no mundo da política e do «hacktivismo» e antes de o movimento se tornar famoso pelo importante papel que desempenhou no processo WikiLeaks, na Primavera Árabe, no Occupy Wall Street e no movimento dos Indignados em Espanha. Acabou por se ligar de tal modo aos Anonymous que a sua complexa condição de investigadora, confidente e intérprete do movimento é um dos temas do livro.
A autora fala-nos de uma subcultura cujos protagonistas são muitas vezes pessoas complexas e politicamente sofisticadas. O livro examina também os principais episódios da história dos Anonymous, analisa aspetos pouco conhecidos da cultura da Internet e relata o destino, muitas vezes complicado, dos elementos mais relevantes do movimento.
Combina assim a originalidade da narrativa antropológica com o jornalismo de investigação e uma trama de romance policial, o que faz com que a autora seja hoje considerada a maior estudiosa mundial dos Anonymous.


«É de longe o melhor livro sobre os Anonymous.» [Julian Assange]

«Parece um romance de John Le Carré.» [Wired]

«A história definitiva dos Anonymous, pela autora que conhece “os seus mais ocultos e profundos segredos”.» [Huffington Post]

20.9.16

Nas livrarias: Poemas, de Mário de Sá-Carneiro, prefácio de António Ramos Rosa





«A poesia de Mário de Sá-Carneiro, sobretudo nalguns poemas de Dispersão, possui um fulgor, uma força e um dinamismo únicos na lírica portuguesa contemporânea. Pode-se dizer que na sua obra há poemas que nascem de uma impulsão arrebatadora que domina inteiramente a consciência e o corpo, e para a qual a imaginação e a linguagem encontram imediatamente a síntese viva e fulgurante da realidade poética. Essa impulsão pode ser tão intensa e instantânea que se volve vertigem, delírio ou álcool (palavras-chave da poesia do autor de Indícios de Oiro) ou esvai-se, após o seu súbito surgir, ou então obscurece a consciência do sujeito: «Mas a vitória fulva esvai-se logo… / E cinzas, cinzas só, em vez de fogo…», «É só de mim que ando delirante — / Manhã tão forte que me anoiteceu.» [Do Prefácio de António Ramos Rosa] PVP: € 7,50

19.9.16

A chegar às livrarias: Os Anjos Bons da Nossa Natureza, de Steven Pinker (trad. Miguel Serras Pereira)


 
As notícias incessantes sobre guerra, crime e terrorismo criam a ideia de um mundo cada vez mais ensanguentado. Mas neste importante livro Steven Pinker mostra-nos que a violência, pelo contrário, tem diminuído nos últimos períodos da história. Mas como aconteceu isso?
Pinker examina os demónios interiores que nos conduzem à violência, e os anjos que dela nos afastam, mostrando-nos como certas alterações nas nossas ideias e ações permitiram aos anjos do bem triunfar. Ao mesmo tempo, o autor quebra vários mitos sobre violência, apresentando uma nova defesa do modernismo e do Iluminismo.
Este livro dá seguimento à exploração de Pinker sobre a natureza humana, misturando psicologia com história e criando um retrato fascinante do nosso gradual domínio sobre a violência.


«Um dos livros mais importantes que li. Não apenas este ano, mas desde sempre.»
[Bill Gates]

«Um trabalho de extrema importância e uma contribuição essencial para a historiografia.»
[Niall Ferguson]

«Um texto subtil, de filosofia natural, que rivaliza com os dos maiores pensadores do Iluminismo… Pinker escreve como um anjo.»
[The Economist]

Sobre Pais e Filhos, de Ivan Turgéniev




«Não foi Turguéniev quem cunhou o termo “nihilismo” mas foi o seu romance Pais e Filhos, publicado em 1862, quando o movimento nihilista russo estava a dar os primeiros passos, que foi responsável pela sua difusão, quer na Rússia quer na Europa Ocidental, já que foi o primeiro romance russo a ter repercussão fora das fronteiras nacionais.
(…)
Pais e Filhos seria pífio romance se se limitasse a expor este confronto ideológico, mas Turguéniev entretece-o habilmente num enredo aliciante, povoado por diálogos credíveis e personagens com humanidade, espessura e complexidade.» [José Carlos Fernandes, Time Out, 14/9/2016]

16.9.16

Feira do Livro do Porto 2016: Livros do Dia 18 de Setembro



 

Mataram a Cotovia, de Harper Lee

A Viagem do Beagle, de Charles Darwin

Anna Karénina, de Lev Tolstoi (ed. brochada)

Feira do Livro do Porto 2016: Livros do Dia 17 de Setembro




Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa

Douro, de António Barreto

Moby Dick, de Herman Melville

Rebuçados Venezianos de Maria Filomena Molder Apresentado na Culturgest




 

O novo livro de Maria Filomena Molder, Rebuçados Venezianos, será lançado hoje, sexta-feira, dia 16, pelas 18h30, no Pequeno Auditório da Culturgest. A apresentação da obra será feita pela autora.
A entrada é livre, sendo necessário o levantamento da senha de acesso (no máximo duas por pessoa) 30 minutos antes da sessão.

Rebuçados Venezianos é constituído por textos sobre a obra de alguns artistas contemporâneos e sobre questões de crítica e história de arte, redigidos entre 2000 e 2016. O título é uma homenagem à pintora Luísa Correia Pereira.

Feira do Livro do Porto 2016: Livros do Dia 16 de Setembro




Folhas de Erva, de Walt Whitman

Autobiografia Intelectual, de Sigmund Freud

A Metamorfose, de Franz Kafka

15.9.16

Feira do Livro do Porto 2016: Livros do Dia 15 de Setembro




 

Fausto, de Goethe

Musicofilia, de Oliver Sacks

Contos, de Andersen (ed. cartonada)

Sobre Cinco Escritos Morais, de Umberto Eco






«A maior parte dos assuntos tratados nestes cinco textos, publicados na imprensa ou apresentados em conferências entre 1991 e 1997, continuam a encabeçar as preocupações do mundo de hoje: a guerra (artigo suscitado pela Guerra do Golfo); o recrudescimento da extrema-direita; o futuro da imprensa num mundo em mudança; as migrações, o racismo e a intolerância.»

[José Carlos Fernandes, Time Out, 24-30/08/2016]

Sobre O Super-Homem das Massas, de Umberto Eco






«Em As Lágrimas do Corsário Negro (1971), Eco exprime a esperança de que o “revivalismo do folhetim não se limita a ser um exercício de nostalgia, mas uma ocasião para desencadear um discurso crítico”. Meio século depois, o folhetim conhece um novo florescimento: já não é desvelado de forma faseada, e os mosqueteiros, piratas e duquesas deram lugar a simbologistas, criptanalistas, arqueólogas capitosas e arquivilões cibernéticos, mas as fórmulas são similares e os capítulos, muito curtos e com final em suspense artificioso, decalcam o modelo do folhetim semanal.»

[José Carlos Fernandes, Time Out, 24-30/08/2016]

14.9.16

Rebuçados Venezianos de Maria Filomena Molder Apresentado na Culturgest






O novo livro de Maria Filomena Molder, Rebuçados Venezianos, vai ser lançado na próxima sexta-feira, pelas 18h30, no Pequeno Auditório da Culturgest. A apresentação da obra será feita pela autora.
A entrada é livre, sendo necessário o levantamento da senha de acesso (no máximo duas por pessoa) 30 minutos antes da sessão.


Rebuçados Venezianos é constituído por textos sobre a obra de alguns artistas contemporâneos e sobre questões de crítica e história de arte, redigidos entre 2000 e 2016. O título é uma homenagem à pintora Luísa Correia Pereira.

Feira do Livro do Porto 2016: Livros do Dia 14 de Setembro




 

Antologia Poética, de Fernando Pessoa

A Grande Crise e Outros Textos, de J. M. Keynes

Contos, de Oscar Wilde

13.9.16

Sobre Será que os Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, de Philip K. Dick




«Será que os Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? (1968), do genial Philip K. Dick, vive da incerteza identitária e da ansiedade antropológica. E se os humanos que caçam andróides são andróides disfarçados? Ou andróides que se imaginam humanos? Que espécie de máquinas têm dúvidas sobre o seu estatuto de máquina? Que homens não se acham homens? Havendo muitas criaturas, muitas “versões da vida”, qual é a diferença entre alguém e a sua réplica, entre um animal-animal e um animal eléctrico, entre um homem que se julga uma máquina e uma máquina que se julga um homem? (…)
Ninguém escreveu tão bem como Philip K. Dick sobre a percepção, a paranóia e o simulacro em sociedades hipertecnológicas. Embora a prosa seja apressada, funcional, as ideias são brilhantes e inquietantes.» [Pedro Mexia, Expresso]

Feira do Livro do Porto 2016: Livros do Dia 13 de Setembro



 

Pensamentos, de Oscar Wilde

O Nascimento da Tragédia, de Friedrich Nietzsche

Contos, de Andersen (ed. cartonada)

12.9.16

Sobre Estufa com Ciclâmenes, de Rebecca West




«Nem o título nem a capa deixam adivinhar que o assunto central de Estufa com Ciclâmenes são os Julgamentos de Nuremberga, que West cobriu em 1946 para o Daily Telegraph. Quem espere encontrar um relato jornalístico dos julgamentos poderá ficar desapontado, já que o olhar inquisitivo de West não está interessado no que é evidente para todos. Em vez disso, vagueia sem plano nem regras e sai frequentemente da sala do tribunal para proporcionar penetrantes visões da Alemanha do pós-guerra e reflexões sobre a moral, a justiça e a natureza humana. (…) A combinação de prosa precisa e elegante, humor seco e contundente e agudíssimo sentido de observação patente em Estufa com Ciclâmenes mostra como é vão tentar estabelecer fronteiras entre jornalismo e Grande Literatura.» [José Carlos Fernandes, Time Out, 31/8/2016]

Feira do Livro do Porto 2016: Livros do Dia 12 de Setembro




 

Tao Te King, de Lao Tse

Viver no Fim dos Tempos, de Slavoj Zizek

O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett

9.9.16

Feira do Livro do Porto 2015: Livros do Dia 11 de Setembro




 

Mataram a Cotovia, de Harper Lee

Da Democracia na América, de Alexis de Tocqueville

As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll (ed. brochada)

Feira do Livro do Porto 2016: Livros do Dia 10 de Setembro



 

 

Crónicas do Mal de Amor, de Elena Ferrante

Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, de Walter Benjamin

As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain

A chegar às livrarias: O Amigo Americano, de Patricia Highsmith




Instalado numa casa de campo francesa com a sua elegante mulher,Tom Ripley, à beira da meia-idade, já não é o ambicioso recém-chegado de O Talentoso Mr. Ripley. Acumulou uma considerável fortuna através de uma longa carreira criminosa de falsificação, extorsão, assassinatos em série. Mas não está cansado e deseja voltar ao jogo. Em O Amigo Americano, publicado pela primeira vez em 1974 (interpretado por Dennis Hopper na adaptação cinematográfica de Wim Wenders), deleita-se com a oportunidade de escapar da sua idílica retirada, aproveitando para se vingar de um insulto enquanto ajuda um amigo a perpetrar um crime. O terceiro romance da série é um dos mais matizados em termos psicológicos – particularmente memorável pelo seu humor negro –, tendo sido aclamado pela crítica pela sua capacidade de manipular as regras do género.


«Os mortais jogos de perseguição que têm lugar nos romances [de Highsmith] mergulham bem fundo até às raízes da personalidade… O seu trabalho é tão sério nas implicações e tão subtil na abordagem como qualquer romance de hoje.» [Julian Symons, New York Times Book Review]
 
«Hipnotizante… um romance da série protagonizada por Ripley não é recomendado aos espíritos fracos ou impressionáveis.» [Washington Post Book World]

«Selvagem ao estilo de Rabelais ou Swift.» [Joyce Carol Oates, New York Review of Books]

Feira do Livro do Porto 2016: Livros do Dia 9 de Setembro





 

Ulisses, de James Joyce

Elogio da Sombra, de Junichiro Tanizaki

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

8.9.16

A chegar às livrarias: Karen, de Ana Teresa Pereira





«Le Notti Bianche passava-se numa ponte: Maria Schell esperava o amante que partira há um ano, Marcello Mastroianni apaixonava-se por ela, e havia música, não sei de onde vinha a música, talvez de um bar ou de uma esplanada próxima; lembro-me de um barco no canal, e dos sinos a tocarem, e do momento em que começava a nevar, e da rapariga a deixar cair o casaco que tinha sobre os ombros e a correr para os braços de um dos homens. Black Narcissus: Deborah Kerr vestida de freira, e o inesperado dos seus cabelos ruivos quando recordava, porque aquele lugar fazia recordar coisas; Kathleen Byron a tocar o sino do mosteiro na beira do precipício e a pintar os lábios na sua cela, a voltar de madrugada com um vestido vermelho e o cabelo molhado; e depois a luta final entre a jovem com o hábito branco e a jovem com o vestido vermelho, as nuvens lá em baixo, o mosteiro erguia-se acima das nuvens.
Em tempos pensava que todas as histórias eram uma só, a luta entre o anjo bom e o anjo caído, e sempre à beira de um abismo.»

Feira do Livro do Porto 2016: Livros do Dia 8 de Setembro




 

As Flores do Mal, de Charles Baudelaire

Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de J. M. Keynes

A Educação Sentimental, de Gustave Flaubert

7.9.16

Feira do Livro do Porto 2016: Livros do Dia 7 de Setembro




 

Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf

A Condição Humana, de Hannah Arendt

As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain

Feira do Livro do Porto 2016




 

A Relógio D’Água está presente na Feira do Livro do Porto, de 2 a 18 de Setembro de 2016, nos Jardins do Palácio de Cristal, nos pavilhões 28, 29, 30 e 31, com Livros do Dia e Preços Especiais.

A chegar às livrarias: Em Busca do Tempo Perdido, volumes 3 e 4, de Marcel Proust





 

Em Busca do Tempo Perdido é um livro que tem, nas palavras do seu autor, «a forma do tempo».
E, na verdade, o que distingue este romance é o reforço da sua concepção da memória como recriadora do passado. É isso que permite o misterioso encanto da narrativa e o tom de dolorosa nostalgia em que o passado envolve o presente.
Mas o recurso à memória involuntária faz com que Proust nunca transmita uma realidade de que a sua imaginação esteja ausente.
Ainda muito jovem, conhecia de cor todos os pormenores da vida das damas que tinham frequentado os salões de Paris desde o século xvii, como Madame La Sablière ou Madame de Staël.
E foi precisamente à sensação da decepção em relação ao imaginado que ele sentiu nos salões parisienses que foi buscar muitas das personagens que povoam o seu universo ficcional, onde o amor e o ciúme ocupam o lugar central.


PVP: vol. 3. O Lado de Guermantes: 10,00 €; vol. 4, Sodoma e Gomorra: 10,00 €