«Será que
os Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? (1968), do genial Philip K.
Dick, vive da incerteza identitária e da ansiedade antropológica. E se os
humanos que caçam andróides são andróides disfarçados? Ou andróides que se
imaginam humanos? Que espécie de máquinas têm dúvidas sobre o seu estatuto de
máquina? Que homens não se acham homens? Havendo muitas criaturas, muitas
“versões da vida”, qual é a diferença entre alguém e a sua réplica, entre um
animal-animal e um animal eléctrico, entre um homem que se julga uma máquina e
uma máquina que se julga um homem? (…)
Ninguém
escreveu tão bem como Philip K. Dick sobre a percepção, a paranóia e o
simulacro em sociedades hipertecnológicas. Embora a prosa seja apressada,
funcional, as ideias são brilhantes e inquietantes.» [Pedro Mexia, Expresso]
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