31.3.14

A chegar às livrarias: História em Duas Cidades, de Charles Dickens





«A História em Duas Cidades é, acima de tudo, um jogo de espelhos, de similitudes e contrastes. Antes de mais nada, obviamente, entre as duas cidades do título, Londres e Paris. A Revolução Francesa abalou o mundo, gerou ondas de fascínio e pavor que reverberaram durante muitas gerações. Escrevendo em 1859, setenta anos depois do sucedido, Dickens traçou para o seu público vitoriano um retrato daqueles tempos conturbados, o tempo dos avós dos seus leitores. Um tempo já distante mas ainda bem vivo na memória colectiva, uma viragem decisiva na história do mundo e da Europa. História em Duas Cidades não é, porém, um livro de história. Quando muito, será um romance histórico. (…)» [Da Introdução de Paulo Faria]


«Em História em Duas Cidades a vida está sobretudo na sublime negatividade de Madame Defarge e no seu tricot, uma das mais conseguidas criações de Dickens, e que funciona como evidente metáfora da narrativa do próprio romance.»
[Harold Bloom, em Romancistas e Romances]

28.3.14

Sobre Virginia Woolf







«Virginia Woolf deixou para a posteridade uma prateleira de dezasseis volumes que enriquecem a nossa literatura de um modo muito especial. Dois são livros de crítica de magnífica percepção, e dez são romances, em que alcançou distinção ímpar. (…) Os melhores juízes reconheceram Mrs Woolf como uma esplêndida romancista. Desde Mrs Dalloway, foi considerada a principal mulher a escrever em inglês.» [Hudson Strode, New York Times, 5 de Outubro de 1941]


De Virginia Woolf, a Relógio D’Água publicou:
A Casa Assombrada; As Ondas; Os Anos; Orlando; Contos; Mrs. Dalloway; Londres; Um Quarto Só para Si; A Viúva e o Papagaio; Rumo ao Farol; Flush — Uma Biografia; Entre os Actos; Noite e Dia e Obras Escolhidas I.

Sobre Vida após Vida, de Kate Atkinson







«Depois de uma série de policiais, a inglesa Kate Atkinson (York, 1951) continua a subverter regras e aparece com um livro que desafia as leis do romance e em que ensaia, colocando o leitor como testemunha principal dessa experiência, as possibilidades do escritor no acto de criação. O poder desse acto é o grande motor do nono romance de Atkinson (…). Neste Vida após Vida, a escritora manipula como um deus o destino das suas personagens. Basta decidir, e suspende vidas, emenda traumas, corrige falhanços e segue, porque na ficção pode-se. Vida após Vida é esse exercício de possibilidades. E se depois da morte a vida voltasse de outra maneira? O guia é este “e se”, num romance também sobre a força dos acasos e de decisões pessoais que, no limite, têm consequências universais.
O livro arranca em Novembro de 1930, quando Ursula Todd, numa viagem para aperfeiçoar o seu alemão, conhece Eva Braun e se torna amiga da amante de Hitler.» [Isabel Lucas, Público, ípsilon, 28-3-14]

Sobre Os Lança-Chamas, de Rachel Kushner





«Se quiséssemos, poderíamos enquadrá-lo na categoria de romance histórico – a âncora lançada à História de Itália através da família Valera, que enriqueceu a construir motos, está lá para isso, assim como a descida ao inferno dos seringueiros brasileiros. Mas seria injusto face ao talento de Rachel Kushner, que dinamita inclusive a divisão clássica que no romance americano costuma separar o realismo da reinvenção da linguagem ficcional, um facto que torna Os Lança-Chamas palco de um incandescente convívio dialéctico.» [Rui Lagartinho, Time Out, 26-03-2014]

25.3.14

Jhumpa Lahiri e Rachel Kushner na longlist do Baileys Women’s Prize for Fiction


 
 
 
 
Foram anunciados dia 7 de Março os títulos finalistas do Baileys Women’s Prize for Fiction. Entre as obras seleccionadas na longlist do prémio, estão duas recentemente editadas pela Relógio D’Água: A Planície, de Jhumpa Lahiri, e Os Lança-Chamas, de Rachel Kushner.
A shortlist será anunciada dia 7 de Abril e a obra vencedora conhecida no dia 4 de Junho.
No ano passado, o prémio foi atribuído a A. M. Homes, por Assim para Nós Haja Perdão, também editado pela Relógio D’Água.
 

 

 

24.3.14

Sobre Assim para Nós Haja Perdão, de A. M. Homes





«O livro venceu o Women’s Prize for Fiction 2013. Mas Homes não usa paninhos quentes para descrever o indizível, o que explica o antagonismo de alguns sectores da crítica face aos temas “impróprios” que aborda. Não esquecer que, em 1996, O Fim de Alice foi recusado por várias livrarias do Reino Unido. A violenta controvérsia gerada dos dois lados do Atlântico deu origem ao livro Appendix A, um ensaio-explicação de Alice. Assim para Nós Haja Perdão é um cocktail de livre-arbítrio, sexo, doença, solidão, drogas, depressão, abuso, crime e disfunção familiar. Face ao obsceno, a escrita não hesita. Ao pé disto, a senhora das sombras dégradées parece a Mary Poppins. Excelente. Miguel Serras Pereira traduziu, a Relógio d’Água editou.» [Eduardo Pitta, blogue Da Literatura, 20-3-14]

21.3.14

Sobre Ulisses, de James Joyce







No ípsilon, suplemento do Público de 21 de Março, Hugo Pinto Santos escreve sobre Ulisses, de James Joyce: «A nova tradução portuguesa deste épico, agora publicada pela Relógio D’Água, é tanto um notável empreendimento filológico e literário como um processo de amor. No episódio IX, Cila e Caríbdis, a perícia do tradutor, Jorge Vaz de Carvalho, alia fidelidade a um espírito rigorosamente criativo – “Por entre os campos de centeio / Se deitaria o bel plebeio” (“Between the acres of the rye / These pretty countryfolk would lie”, p. 201) - em que a sonoridade e a toada musical se sobrepõem a classes gramaticais e mesmo à vulgaridade da estrita sinonímia. (…) Na tradução de Jorge Vaz de Carvalho, resumindo, Ulisses pode fazer a transição para o nosso século, cumprindo o preceito joyceano de continuar à procura do leitor ideal.»

A chegar às livrarias: Sobre Literatura, de Umberto Eco






«Do mundo, nós dizemos que as leis da gravidade universal são as enunciadas por Newton, ou que é verdade que Napoleão morreu em Santa Helena a 5 de maio de 1821. E todavia, se tivermos um espírito aberto, estaremos sempre dispostos a rever as nossas convicções, no dia em que a ciência enunciar uma reformulação diferente das grandes leis cósmicas, ou um historiador descobrir documentos inéditos que provem que Napoleão morreu num navio bonapartista quando tentava a fuga. Em contrapartida, em relação ao mundo dos livros, proposições como Sherlock Holmes era solteiro, a Capuchinho Vermelho foi devorada pelo lobo mas depois libertou-a o caçador, Anna Karénina mata-se permanecerão eternamente verdadeiras e nunca poderão ser refutadas por ninguém. Há pessoas que negam que Jesus fosse filho de Deus, outras que inclusivamente põem em causa a sua existência histórica, outras que afirmam que é o Caminho, a Verdade e a Vida, outras ainda que consideram que o Messias ainda está para vir e nós, seja como for que pensemos, tratamos com respeito estas opiniões. Mas ninguém tratará com respeito quem afirmar que Hamlet se casou com Ofélia ou que o Super-Homem não é Clark Kent.»

A chegar às livrarias: Uma Longa Viagem, de Eric Lomax





Durante a Segunda Guerra Mundial, Eric Lomax foi um dos milhares de prisioneiros de guerra obrigados a trabalhar na famosa via-férrea Birmânia-Sião conhecida como a Ferrovia da Morte.
Brutalmente torturado e testemunha de horrorosas atrocidades, Lomax sofreu durante anos até encontrar Patti. Patti estava determinada a ajudar Eric e a libertá-lo dos seus demónios, e, cinquenta anos depois dos terríveis acontecimentos, com o apoio dela, foi-lhe dada finalmente a oportunidade de se confrontar com um dos seus algozes.
Uma Longa Viagem é uma história de inocência traída, de sobrevivência e de coragem face ao horror.


«Este livro tem de ser lido.»
[Indepentent]


«Uma história de tocante honestidade, profunda e magnificamente escrita.»
[Sunday Times]

 

Hélia Correia em conversa na Fábrica do Braço de Prata no Dia Mundial da Poesia



 

«O Dia Mundial da Poesia, criado em 1999, celebra-se a 12 de Março. Destina-se a promover a escrita, leitura e publicação do texto poética e de formas literárias contíguas. Para celebrar este dia, a EC.ON uniu-se à programação da Fábrica do Braço de Prata, o mais dinâmico centro cultural da zona oriental de Lisboa. Trata-se da primeira colaboração de uma parceria de continuidade que conhecerá diversas iniciativas e actividades em 2014.

Esta parceria, no que respeita à celebração do Dia Mundial da Poesia, concretiza-se na promoção de um workshop de poesia contemporânea, com António Carlos Cortez, e num diálogo com os poetas Hélia Correia e Jorge Reis-Sá. Entre as restantes actividades previstas, destacamos uma conferência com Ana Alexandra de Sousa; um ciclo de cinema sobre poesia; stand-up de poesia com Diogo Abreu, Diogo Faro e Hugo Rosa; concerto com Júlio Resende e convidados; concerto com poesia dita de Carlos Barretto e André Gago. A entrada na Fábrica do Braço de Prata dá acesso a toda a programação.»

20.3.14

Sobre Obras Escolhidas I, de Virginia Woolf







«Um dos nomes icónicos do modernismo – a par de Marcel Proust e James Joyce, pesem alegadas incompatibilidades, nomeadamente com o segundo –, Virginia Woolf tem vindo a ser editada pela Relógio D’Água em traduções cuidadosas que os leitores foram saboreando ao longo dos anos. Agora, quatro dessas traduções surgem reunidas num único volume, o primeiro de uma série de Obras Escolhidas da escritora. (…) Qualquer destes livros é uma obra-prima e um testemunho vivo da linguagem contra o cliché e o mau gosto.» [Luís M. Faria, Expresso, Atual, 8-3-2014]

19.3.14

Sobre A Planície, de Jhumpa Lahiri





«O talento de Lahiri brilha na sua prosa lírica e contida, e numa narrativa que avança cronologicamente enquanto emergem recordações que sobrevivem à passagem do tempo. Um livro formidável, belíssimo.» [Publishers Weekly]


«Os dotes mais notáveis de Lahiri como escritora saltam à vista: a sua habilidade para invocar a urdidura quotidiana da vida das pessoas, o seu entendimento de como as suas expectativas pessoais e culturais influenciaram as suas escolhas, o seu talento para cartografar estados de ânimo e suscitar emoções com pormenorizada exactidão.» [Michiko Kakutani, The New York Times]

18.3.14

Sobre Doze Anos Escravo, de Solomon Northup






No programa Livro do Dia, da TSF, de 17 de Março, Carlos Vaz Marques falou sobre Doze Anos Escravo, de Solomon Northup, com tradução de Miguel Serras Pereira. O programa pode ser ouvido aqui.
 

17.3.14

Sobre Os Lança-Chamas, de Rachel Kushner





«O livro é um exemplo estimulante de ficção construída sobre pesquisa profunda. O grande desafio do autor, nesses casos, é resistir à tentação de aproveitar toda a pesquisa — o que resultaria numa ficção enrijecida pela exatidão histórica — e saber escolher o que se deve aproveitar ou descartar. Como a própria autora disse numa entrevista: “O mero fato de algo ser verdadeiro não significa que deve ser incluído numa história”. Para escrever boa ficção, é preciso entender que muitas vezes a realidade soa deslocada e falsa, enquanto a invenção tem um efeito mais fluido e convincente.» [Daniel Galera sobre Os Lança-Chamas, de Rachel Kushner, «O Globo», http://oglobo.globo.com/cultura/mundos-incoerentes-11214761 ]

13.3.14

A chegar às livrarias: O Desconhecido do Norte Expresso, de Patricia Highsmith





Guy Haines quer divorciar-se da sua infiel esposa, Miriam, de modo a poder casar com a mulher que ama, Anne Faulkner. Numa viagem de comboio para ir falar com a esposa, Guy conhece Charles Anthony Bruno, um psicopata que lhe propõe «trocarem assassinatos».
Bruno matará Miriam se Guy se comprometer a matar o pai de Bruno. Nenhum deles tem um motivo para o fazer, e por isso a polícia não teria razões para suspeitar de qualquer um deles.
Mas as coisas não correm como Guy esperava…
A partir desse momento, e contra a sua vontade, Guy Haines vê-se encurralado num pesadelo de culpa e numa insidiosa fusão de personalidades.

O Desconhecido do Norte Expresso foi adaptado ao cinema por Alfred Hitchcock em 1951.


«Patricia Highsmith… é uma escritora que criou o seu próprio mundo — um mundo claustrofóbico e irracional, onde entramos sempre com uma sensação de perigo pessoal.»
[Graham Greene]

Ode Marítima em palco



 

A obra de Álvaro de Campos subirá ao palco do Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, interpretada por Diogo Infante, acompanhada por música original de João Gil e com encenação de Natália Luiza.
O espectáculo terá lugar no São Luiz até 16 de Março, e entre 3 e 13 de Abril será levado ao público no Teatro Nacional de São João, no Porto.

12.3.14

Sobre Vidas de Raparigas e Mulheres, de Alice Munro





No programa Livro do Dia de 12 de Março, na TSF, Carlos Vaz Marques falou sobre Vidas de Raparigas e Mulheres, de Alice Munro.
O programa pode ser ouvido aqui.

 

11.3.14

Sobre Vida após Vida, de Kate Atkinson





«Vencedor do Costa Book Award, este romance tem uma estrutura engenhosa, em que a protagonista, Ursula Todd, sobrevive a várias mortes, fixando, através da trajetória das suas muitas vidas, o rasto do que foi existir no século XX.» [Ler, Março de 2014]

10.3.14

Sobre Moby Dick, de Herman Melville





«Moby Dick é geralmente descrito (…) como um romance elementar em que o estranho Ismael é confrontado com o insondável infinito do mar, debatendo-se com as grandes questões da existência. Não é uma imprecisão, mas há um outro Moby Dick, pleno de humor áspero, perspicazes momentos cómicos e apartes espirituosos.» [Robert McCrum, «The Observer», «The 100 best novels», 12-1-14]

Sobre Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac





«Um estudante universitário alemão, Gregor Weichbrodt, 26 anos, tomou entre mãos a tarefa de identificar, através do Google Maps, todos os percursos do clássico da literatura beat, Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac. É um trabalho notável porque, metro a metro, a distância percorrida no livro chega aos 28 207 quilómetros.» [Francisco José Viegas, Ler, Março de 2014]

Hélia Correia na Culturgest



 

Quarta-feira, dia 12 de Março, Hélia Correia estará na Culturgest com Diogo Vaz Pinto e António Guerreiro para uma conversa intitulada «Com respeito às palavras».
A conversa parte de um texto de Hélia Correia, com o mesmo título (publicado no suplemento ípsilon do Público de 17 de Janeiro), em que a escritora reflectia sobre o modo como a linguagem do poder político e económico com que nos confrontamos corresponde a uma «Fraseologia» que corrompe e atrofia o pensamento e nos expropria da linguagem.

7.3.14

Sobre A Potência do Pensamento, de Giorgio Agamben





No suplemento ípsilon do jornal Público de 7 de Março, Nuno Crespo escreve sobre A Potência do Pensamento, de Giorgio Agamben: «Podia começar-se por dizer que a ambição que percorre os textos de Giorgio Agamben reunidos em A Potência do Pensamento é determinar que coisa é a coisa do pensamento. Não se trata de um silogismo, mas de tentar mostrar o que pensa o pensamento quando tenta pensar-se a si próprio. O percurso faz-se através de um conjunto variado de filósofos, temas e datas – os textos têm objectos e tempos diferentes (foram escritos entre 1975 e 2004), mas todos revelam o esforço de reflectir sobre o que pode o pensamento quando se toma a si mesmo como problema ou, se se preferir, como objecto.»

6.3.14

Sobre Vida após Vida, de Kate Atkinson





«E se é verdade que Vida após Vida está completamente dependente da estrutura que anda para a frente e para trás no tempo, nem por isso a autora fica refém de mecanismos literários, e a sua heroína vai-se impondo com uma espessura real, cujo destino, mesmo que provisório, temos de conhecer o quanto antes. O coro de elogios, de resto, é unânime, e entre os fãs da obra de Atkinson – que até aqui era sobretudo conhecida pela série de romances protagonizados pelo detective Jackson Brodie – contam-se duas escritoras de peso: Hilary Mantel, que classificou o romance como “incrivelmente engenhoso”, e Ali Smith, que declarou simplesmente: “um romance de absoluta beleza”.» [Ana Dias Ferreira, Time Out, 5-3-2014]

3.3.14

Sobre Os Lança-Chamas, de Rachel Kushner





«Basta observar o modo como Rachel Kushner articula a energia centrípeta e umbiguista da cena artística de Nova Iorque (cada indivíduo mais preocupado em contar a sua própria história do que em ouvir os outros) com o movimento centrífugo da revolta política em Itália para se perceber que se trata de uma grande escritora. A qualidade da prosa, porém, eleva-a a um patamar ainda mais alto. Sobre uma certa galerista, interessada em Sandro (no seu trabalho e não só), ficamos a saber que se veste “como se estivesse permanentemente em 1962, sempre de preto e cabelo puxado para cima”. Kushner capta o ritmo dos diálogos frívolos, a atmosfera cheia de fumo das noites de boémia, a vibração urbana e a beleza do néon (“joalharia elétrica no corpo esbelto da cidade”). E as suas descrições de paisagens são simplesmente fabulosas: o deserto branco devolve o “clarão do sol como a lâmpada de uma faca pousada”; por cima, o azul cru “parecia cortado de uma bainha interior do céu”. Quantos escritores americanos contemporâneos escrevem com tanto rasgo e tanta verve? Muito poucos.
Logo no início, há uma cena que não deixa margem para dúvidas quando ao talento da autora.» [José Mário Silva, Expresso, Atual, 1-3-14]

Doze Anos Escravo vence Oscar de Melhor Filme



 

Doze Anos Escravo, filme realizado por Steve McQueen, baseado na obra homónima de Solomon Northup, foi o vencedor do Oscar de Melhor Filme e do de Melhor Argumento Adaptado (por John Ridley). Lupita Nyong’o venceu o Oscar de Melhor Actriz Secundária pela sua participação no filme.

O livro de Solomon Northup, em que o próprio conta como foi raptado em Washington e mantido em escravatura doze anos, até ao seu resgate em 1853, foi recentemente publicado pela Relógio D’Água, em tradução de Miguel Serras Pereira.