24.6.24

Sobre Os Pescadores, de Raul Brandão

 


«Como é do jeito da escrita de Raul Brandão, esta narrativa da viagem, ao longo da costa portuguesa, desde Caminha a Olhão, estrutura‑se como uma montagem de fragmentos dispersos (notas, memórias, esboços descritivos ou narrativos) com datações variadas (de Dezembro de 1893 a Junho de 1923) que nos revelam a paisagem litoral e os seus povoadores, num registo elíptico de impressões que tatuaram o seu corpo (a retina e a alma), e são também o seu modo próprio de nos falar daqueles (o universo social e simbólico dos pescadores) a quem o uniam não só antigas imagens e afectos familiares, mas também a simpatia espontânea pela gesta desses seres humildes que, muitas vezes, tal como o seu avô materno a quem a obra é dedicada, morriam no mar, selando tragicamente o seu destino com esse espaço que representaria simultaneamente uma fonte de fecundidade e um túmulo, a mãe e a morte.» [Do Prefácio de Vítor Viçoso]


Foi ao ler Os Pescadores de Raul Brandão que Djaimilia Pereira de Almeida encontrou a frase que haveria de inspirar anos depois A Visão das Plantas.


Os Pescadores e outras obras de Raul Brandão estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/raul-brandao/


A Visão das Plantas e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida estão disponíveis em https://relogiodagua.pt

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