Na-o-mi. As três sílabas deste nome, invulgar no Japão da década de 1920, prendem a imaginação de Jo-ji, um engenheiro de 28 anos, que depressa se sente atraído por Naomi, uma recepcionista de café, adolescente de origens obscuras. Seduzido pelo seu comportamento inocente e as suas feições quase eurasiáticas, parecidas com as da actriz Mary Pickford, Jo-ji deseja ardentemente arrancar a jovem Naomi à zona sórdida da Tóquio do pós-Grande Guerra e modelá-la, fazendo dela a sua companheira ideal. Mas quando os dois se juntam e se entregam à sua paixão comum pela cultura ocidental, Jo-ji descobre que Naomi está longe de ser a rapariga naïf das suas fantasias.
«Naomi», a obra-prima literária que ajudou a confirmar Junichiro Tanizaki como um dos maiores romancistas japoneses, ao lado de Mishima e Kawabata, é, ao mesmo tempo, a história da obsessão e do tormento de um homem e uma brilhante abordagem da evolução cultural de um país.
«Tanizaki escreve com uma sensualidade inabalável.» [John Updike]
«Na mesma escola de “O Amante de Lady Chatterley” e “Lolita”… Poderosamente erótico, terrivelmente engraçado, a obra-prima de um grande romancista.» [Booklist]
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