29.2.16

Gonçalo M. Tavares na primeira página do Babelia




 

A primeira página do suplemento literário do El País de 27 de Fevereiro é dedicada a Gonçalo M. Tavares, com uma foto de Daniel Mordzinski, tirada na Muralha de Cartagena das Índias, Colômbia, durante a realização do Hay Festival.
O Babelia publica uma entrevista concedida por Gonçalo M. Tavares a Berna González Harbour. A jornalista escolheu para título «O fácil é perigoso», referindo a seguir que o escritor português «apaga tanto quanto escreve, para permanecer no essencial. Na vida, como na literatura, trata-se de dizer poucas vezes sim e muitas vezes não.»
Berna González Harbour descreve GMT e a sua obra nos seguintes termos:
«De carácter reservado, mas sempre alegre e mais desejoso de perguntar do que de responder, Tavares é um escritor peculiar, não só pelo seu estilo original e surpreendente, mas também porque enquadra os seus livros em projectos ambiciosos de longo curso, como quem forja uma genealogia de troncos e ramos prolíficos e importantes: é o caso da série El barrio, em que vai alojando os seus escritores preferidos e que a Seix Barral reuniu num livro com o mesmo nome; El reino, em que mergulha na natureza mais profunda do mal; a sua epopeia Viaje a la India, uma odisseia inteligente, divertida, rica e agradavelemnte densa sobre as andanças de um tal Bloom; a sua série Enciclopedia; e Canciones; além disso escreve poesia, ensaio, teatro, ensina Cultura e Pensamento Contemporâneo na Universidade de Lisboa e acumula prémios importantes, como o de melhor livro estrangeiro em França em 2010 com Aprender a rezar na era da técnica, um avassalador romance sobre a perversão do poder.»
Na mesma edição do Babelia, Alberto Manguel considera, a propósito da publicação em Espanha de Una niña está perdida en el siglo XX, pela Seix Barral, que «Tavares é um dos escritores mais ambiciosos deste século» e que «o seu novo livro é uma epifania memorável».

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