31.10.24

O Conde de Monte Cristo nas salas de cinema


Estreia-se hoje nas salas de cinema portuguesas o filme de Matthieu Delaporte e Alexandre de La Patellière, com a participação de Pierre Niney, Pierfrancesco Favino e Anaïs Demoustier, baseado na obra homónima de Alexandre Dumas.

O livro, que Para Umberto Eco, e muitos outros leitores e críticos, «é um dos mais apaixonantes romances alguma vez escritos», foi editado pela Relógio D’Água em 2017 em dois volumes.

O Conde de Monte Cristo (trad. Alexandra Maria Matos de Amaral Maria Ribeiro, Rute Mota e Os Três Mosqueteiros (trad. José Cláudio e Júlia Ferreira), de Alexandre Dumas, estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/alexandre-dumas/

Sobre Arte Poética, de Paul Celan

 “As páginas anteriores reúnem quase todos os textos de prosa de Paul Celan até agora publicados, se exceptuarmos algumas esparsas notas introdutórias aos poetas russos Ossip Mandelstám (desaparecido nos anos trinta, vítima não se sabe bem se de Estaline, se de Hitler) e Aleksandr Blok.” [Do Posfácio de João Barrento]


Arte Poética — O Meridiano e Outros Textos (trad. João Barrento e Vanessa Milheiro) e outras obras de Paul Celan estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/paul-celan/

Sobre Arte e Infinitude, de Bernardo Pinto de Almeida

 Este ensaio desenvolve, até ao campo que, não sem equívocos, se designa por Contemporaneidade, a investigação começada pelo autor com o livro O Plano de Imagem (1996), cujo propósito foi elaborar uma “arqueologia da modernidade”.

Parte-se de uma concepção antiformalista do Modernismo, que permite reinterpretar criticamente os legados de Picasso, Duchamp ou Malévich, bem como o lugar de alguns artistas e movimentos europeus da década de 60 — Pop inglesa, Beuys, Arte Povera —, para evidenciar o que os diferencia ou opõe ao contexto da arte americana no mesmo período (Warhol, Minimalismo, Arte Conceptual).


«A esta luz, procuraremos pensar em que medida a Contemporaneidade, enquanto tempo de todos os tempos por ser o tempo de todas as imagens, se constituiu precisamente graças ao aflorar de uma nova dialéctica.

A que coloca face a face o domínio aberto pelo tecnológico e o retorno incessante do arcaico (da arkhé), precisamente pelo facto de terem sido instaurados, um e outro, pela irrupção, graças ao fotográfico, do novo tempo das imagens: este nosso tempo.» [Da Introdução]


Esta obra, que é uma co-edição entre a Fundação de Serralves e a Relógio D’Água, resulta do desenvolvimento das conferências proferidas pelo autor na Fundação de Serralves entre Novembro de 2017 e Março de 2018, designadas Arte e Infinitude.


Arte e Infinitude, editado em 2018, e outras obras de Bernardo Pinto de Almeida estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/bernardo-pinto-de-almeida/

Sobre A Arte de Ter sempre Razão, de Arthur Schopenhauer

 “Com Hegel, a dialéctica atinge o seu perfil filosófico mais elevado. Schopenhauer […] replica com uma operação de força igual e contrária, e redu-la ao mínimo, considerando-a a arte de ter razão, a ‘teoria de arrogância humana natural’. Operação que, de um ponto de vista filosófico, é provavelmente menos profunda, mas que acaba por se revelar mais bem adaptada às mudanças dos tempos, porque Schopenhauer não liga a dialéctica a uma filosofia, mas à própria condição do homem enquanto animal dotado de palavra, quer dizer […], enquanto ser a quem os deuses deram a palavra para que possa ocultar o seu pensamento.” [Franco Volpi]


Redigido em Berlim em 1830–31, A Arte de Ter sempre Razão foi publicado em 1864.


A Arte de Ter sempre Razão (tradução de Fernanda Mota Alves) e outras obras de Arthur Schopenhauer estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/arthur-schopenhauer/

Sobre A Arte da Guerra, de Sun Tzu

 «Os ensaios de Sun Tzu sobre “A Arte da Guerra” são o tratado mais antigo sobre o tema, mas o alcance e a profundidade do seu juízo nunca foram ultrapassados, podendo ser considerados como a quintessência da sabedoria na condução da guerra. Entre todos os teóricos militares do passado, Clausewitz é o único que se lhe pode comparar e, apesar de ter escrito mais de dois mil anos depois, está mais “datado” e, em boa parte, mais ultrapassado.  

Muitos dos danos causados à civilização nas guerras mundiais do século passado teriam podido ser evitados se, à influência exercida pelos volumes monumentais de Clausewitz, intitulados Da Guerra, e que moldaram o pensamento militar da Europa na era anterior à Primeira Guerra Mundial, se tivesse misturado, temperando-o, um conhecimento da exposição de Sun Tzu sobre “A Arte da Guerra”. O realismo e a moderação de Sun Tzu contrastam com a tendência de Clausewitz para enfatizar o ideal racional e o “absoluto” com que esbarraram os seus discípulos ao desenvolverem a teoria e a prática da “guerra total” para lá dos limites ditados pelo bom senso.» [Do Prefácio de B. H. Liddell Hart]


A Arte da Guerra, de Sun Tzu, com prefácio de B.H. Liddell Hart (tradução e nota introdutória de Carlos Correia Monteiro de Oliveira) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-arte-da-guerra-classicos-para-leitores-de-hoje-pre-venda/

30.10.24

Sobre Thérèse Raquin, de Émile Zola, com prefácio de Guy de Maupassant

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Thérèse Raquin, de Émile Zola (tradução de João Gaspar Simões), com prefácio de Guy de Maupassant (tradução de Miguel Serras Pereira)


Num apartamento sombrio na viela do Pont-Neuf, em Paris, Thérèse Raquin está presa a Camille, seu primo, num casamento sem amor. A monotonia conjugal é interrompida quando inicia um caso amoroso com Laurent, amigo do seu marido. Mas a paixão leva-os a cometer um crime que os perseguirá para sempre. 

Thérèse Raquin causou escândalo quando foi publicado, em 1867, e trouxe ao seu autor, com apenas vinte e sete anos, uma notoriedade que o acompanhou toda a vida. O romance de Zola é não só um retrato de adultério, loucura e vingança, mas também uma exploração dos aspetos mais sombrios da existência humana.


Thérèse Raquin (tradução de João Gaspar Simões) e Nana (tradução de Daniel Gonçalves) estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/emile-zola/

Sobre Telex de Cuba, de Rachel Kushner

 Rachel Kushner escreveu um romance erudito e ambicioso. A acção decorre na comunidade americana de Cuba, durante os anos que levaram à revolução de Fidel Castro — um lugar que se havia tornado um efémero paraíso para alguns. Telex de Cuba é o primeiro romance a contar a história dos americanos que foram expulsos da ilha em 1958.


«Telex de Cuba é um trabalho excepcional, com páginas carregadas de vida. Kushner analisa de forma exímia a sociedade da plantação da cana-de-açúcar e as forças revolucionárias que a derrubaram. Escrito sem embelezamentos desnecessários nem observações demasiado pessoais, demonstra a intenção da autora — retratar o mais fidedignamente possível as pessoas, sobre as quais Kushner escreve com rara inocência. É a inocência do verdadeiro observador, que se submete ao poder da história que conta.» [Paula Fox, autora de The Coldest Winter]


«Enquanto retrato da Cuba nos anos 50, este romance é diferente de todos os outros do seu género. Enfaticamente americano no seu ponto de vista e na história que conta, Telex de Cuba dá-nos um vislumbre dos executivos americanos e das suas famílias que viviam em Cuba durante uma época crucial de mudança, oferecendo ao leitor material esclarecedor do que acontecia nas corporações e na actividade dos altos quadros do poder.» [Oscar Hijuelos, autor de The Mambo Kings Play Songs of Love e A Simple Habana Melody]


Telex de Cuba (trad. Jorge Pereirinha Pires) e outras obras de Rachel Kushner estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/rachel-kushner/

No dia 13 de Novembro estará também disponível o mais recente romance da autora, O Lago da Criação, com tradução de Manuel Alberto Vieira.

Sobre Madame Bovary, de Gustave Flaubert

 «Madame Bovary sou eu», disse uma vez Flaubert, a quem o êxito do seu romance publicado em 1857 acabou por irritar, de tal modo eclipsou os seus outros livros.

Emma Bovary persegue a imagem do mundo que lhe é dada por uma certa literatura desligada da realidade. Arrastada pelas suas ilusões, a mulher do prosaico Charles Bovary imagina-se uma grande amorosa.

A realidade revela-se impiedosa. E, no entanto, Madame Bovary, na época judicialmente perseguido devido à sua «cor sensual» e à «beleza provocadora de Emma», está longe de ser uma simples lição de realismo.


«O romance, que em breve seria rotulado de “realista” pelos seus contemporâneos — embora Flaubert resistisse à etiqueta, como resistia a alinhar‐se com qualquer “escola” literária —, é agora visto como a primeira obra‐prima da ficção realista. Contudo, quando o descobrimos, temos paradoxalmente muita dificuldade em entender onde está o seu carácter radical, pela simples razão de que Madame Bovary mudou, de facto, e definitivamente, a forma como os romances passaram a ser escritos, e por isso a sua abordagem parece‐nos, agora, absolutamente familiar.» [Da Introdução de Lydia Davis]


Madame Bovary (trad. João Pedro de Andrade), com introdução de Lydia Davis (trad. José Mário Silva), e outras obras de Gustave Flaubert estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/gustave-flaubert/

Sobre Uma Mulher Perdida, de Willa Cather

 Em Uma Mulher Perdida, publicado em 1923, Willa Cather criou como que uma resposta a Madame Bovary, um retrato subtilmente inconstante de uma mulher que reflecte as convenções do seu tempo mesmo quando as desafia.


«Uma Mulher Perdida foi alguém que muito amei durante a minha infância. Agora o problema era mostrá-la não como uma heroína convencional de ficção, mas como ela verdadeiramente era, e sem me preocupar com mais nada na história excepto essa personagem.» [Willa Cather]


«Willa Cather interessa-se pela energia. Tem uma grande capacidade, enquanto romancista, de mostrar os seres humanos quase como formas de energia: crianças e adolescentes incapazes de imaginar a morte, a efémera ferocidade sexual da juventude, o poder invulgar daqueles que sobrevivem, a decadência do poder em todos eles, mesmo nas criaturas apaixonadas que ela mais admira.» [A. S. Byatt]


«Willa Cather foi uma das maiores romancistas americanas da primeira metade do século XX, equiparável a Theodore Dreiser, Ernest Hemingway e F. Scott Fitzgerald. (…) O seu génio, a meu ver, emerge mais claramente em dois pequenos romances líricos, My Ántonia (1918) e Uma Mulher Perdida (1923).» [Harold Bloom, «Génio»]


Uma Mulher Perdida (trad. Paulo Faria) e outras obras de Willa Cather estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/willa-cather/

Sobre Cidades da Planície, de Cormac McCarthy

 Em Cidades da Planície, duas personagens já conhecidas de Belos Cavalos e A Travessia encontram-se. Entre os seus intensos passados e incertos futuros, deparam agora com um país em constante mudança.

No outono de 1952, John Grady Cole e Billy Parham são cowboys num rancho do Novo México que havia sido invadido a norte pelos militares. No horizonte a sul estão as montanhas do México, para onde um deles é constantemente arrastado.

Cidades da Planície, o último volume da Trilogia da Fronteira, é uma história de amizade, paixão e de um amor tão perigoso como inevitável.


«Esta trilogia é um marco na literatura americana.» [Guardian]


«Numa paisagem de beleza natural e perda iminente, tão acolhedora como terrível, encontramos John Grady, um jovem cowboy da velha guarda, e uma jovem e frágil mulher, cuja salvação se torna a sua obsessão… McCarthy torna as arrebatadoras planícies um milagre.» [Scotsman]


Cidades da Planície (trad. Paulo Faria) e outras obras de Cormac McCarthy estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/cormac-mccarthy/

Sobre Trilogia da Cidade de K., de Agota Kristof

 Trilogia da Cidade de K. foi o título que, por sugestão do tradutor, Agota Kristof aconselhou para a edição da obra em Portugal, que reúne, num só volume, três romances (O Caderno Grande, A Prova, A Terceira Mentira).

Agota Kristof nasceu na Hungria, mas em 1956 fugiu do seu país, invadido por tropas soviéticas, para se fixar na Suíça.

A trilogia conta a história de dois gémeos, que a guerra leva a que sejam enviados da sua cidade natal para o campo, ao cuidado de uma avó que os trata com particular dureza. Para sobreviverem, criam um mundo próprio e estranho em que os acontecimentos são registados num «grande caderno».

Agota Kristof fala-nos de uma Europa que, na época, estava dividida, mas também do desenraizamento, da separação e da perda de identidade criados pelas sociedades autoritárias do passado e do presente.


Trilogia da Cidade de K. (tradução revista de António Gonçalves) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/trilogia-da-cidade-de-k/

29.10.24

Sobre Memórias de Adriano seguido de Apontamentos sobre Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Memórias de Adriano seguido de Apontamentos sobre Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar (tradução de Maria Lamas)


«Quando se ama a vida, eu diria sob todas as suas formas, tanto as do passado como as do presente — pela simples razão de que o passado é maioritário, como diz não sei que poeta grego, sendo mais longo e mais vasto do que o presente, sobretudo este estreito presente de cada um de nós —, é normal que se leia muito. Por exemplo, durante anos li a literatura grega, às vezes de uma forma mais intensa, durante longos períodos, ou ao contrário, aqui e ali, viajando com este ou aquele filósofo ou poeta grego na bolsa. No final, reconstruí a cultura de Adriano: sabia mais ou menos o que Adriano lia, a que é que se referia, a maneira como olhava certas coisas através dos filósofos que lera. Não disse a mim própria: “Preciso de escrever sobre Adriano e informar-me acerca do que ele pensava.” Julgo que nunca se chega lá desta maneira. Acho que temos de nos impregnar de um assunto por completo até que ele saia da terra, como uma planta cuidadosamente regada.»

[De De Olhos Abertos — Conversas com Matthieu Galey, de Marguerite Yourcenar]


Memórias de Adriano e outras obras de Marguerite Yourcenar estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/marguerite-yourcenar/

Sobre Marzahn, mon amour, de Katia Oskamp

 «A ironia que leva a que tenha sido o curso de pedicura a recolocar Oskamp no centro do mapa literário alemão está ligada ao facto de ser pelos pés dos clientes deste salão de cosmetologia e massagens que o leitor vai ficar a par dos seus trajectos e das suas vivências. Cada personagem empresta o seu nome como título a um conto e todas são pessoas comuns, na grande maioria residentes no bairro e de idade avançada, algumas já reformadas e todas muito solitárias. […]

Marzahn pode não ser, e nem vir nunca a ser um bairro icónico e emblemático de Berlim, mas este livro é um retrato imperdível da literatura alemã atual.

No conjunto destas histórias está acima de tudo a captura exata de um retrato comunitário real. Para a autora, a comunhão entre as pessoas, a empatia, a disponibilidade para ouvir o próximo, para lhe massajar as contraturas da solidão e da velhice são o elemento de resgate para que a sociedade não afunde de vez.» [Rita Homem de Mello, Sol, 22/20/2024: https://sol.sapo.pt/2024/10/22/katja-oskamp-renascer-a-partir-da-planta-dos-pes/?fbclid=IwY2xjawGMkQVleHRuA2FlbQIxMAABHa3JeMQKCFPyX4oq8yIMGeSF59sRlYzaCJys0TBwUJ9kXMhusbtn4BuBHA_aem_t5DCN0JwXWT2o1jOJdiDDA]


Marzahn, Mon Amour (tradução de Ana Falcão Bastos) está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/marzahn-mon-amour/

Sobre Os Intelectuais e a Organização da Cultura, de Antonio Gramsci

 Em Os Intelectuais e a Organização da Cultura, Gramsci investiga a contradição entre a infraestrutura produtiva e as superestruturas sociais.

Conclui que os intelectuais não formam um grupo autónomo e independente, antes são determinados por grupos e classes sociais em conflito.

Os intelectuais, consciente ou inconscientemente, desempenham a função social que se desenvolve num contexto histórico concreto.


Os Intelectuais e a Organização da Cultura, de Antonio Gramsci, com tradução e introdução de Rita Ciotta Neves, está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/os-intelectuais-e-a-organizacao-da-cultura/

Sobre Uma Princesinha, de Frances Hodgson Burnett

 Quando o pai de Sara Crewe a traz da Índia para Londres e a inscreve na escola de Miss Minchin, ela não faz ideia de como a sua vida se irá alterar. Apesar de os seus privilégios se manterem inicialmente, a trágica morte do pai e a evolução dos seus negócios alteram tudo.

Numa inversão dramática da conhecida fórmula ficcional «pobre fica rico», Sara passa do privilégio à penúria em apenas um dia. Agora já não é uma princesa, mas uma pedinte, e depende apenas do poder da imaginação, do otimismo e da bondade que demonstra a estranhos para sair da situação em que se encontra.

Depois de ser expulsa do conforto do seu quarto, Miss Minchin encaminha-a para o seu novo lar: um sótão isolado, frio e desesperante. Terá, além disso, de desempenhar árduas tarefas de manutenção na escola.

Mas se a humildade, paciência e dignidade são virtudes a recompensar, será que Sara conseguirá reverter mais uma vez a sua situação?

Uma Princesinha é um drama intenso e intemporal sobre o poder transformador do pensamento e da imaginação.


«Um livro resplandecente, belo e encantador.» [New York Times]


«Uma Princesinha recria de forma exímia o efémero mundo da infância: um reino encantado onde tudo, até o faz-de-conta, é possível.» [Washington Post]


Uma Princesinha (trad. Rita Carvalho e Guerra ) e O Jardim Secreto (trad. Maria de Lourdes Guimarães) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/frances-hodgson-burnett/

Sobre Segredo Ardente, de Stefan Zweig

 Segredo Ardente fala-nos do despertar do ciúme e do conhecimento do que é a atração amorosa num rapaz de 12 anos. Manipulado por um homem que quer fazer dele o meio de aproximação à mãe, vai sentir o entusiasmo da amizade, a desilusão e o ciúme no ambiente de uma estância de veraneio onde quase não conhece ninguém.


Segredo Ardente (trad. Gilda Lopes Encarnação) e outras obras de Stefan Zweig estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/stefan-zweig/

Sobre O Segredo da Força Sobre-Humana, de Alison Bechdel

 “Cor? É o primeiro sinal de que algo de novo está a acontecer num livro cheio de floreios familiares, (incluindo) a figura da própria Bechdel, desenhada como uma espécie de cruzamento entre Tintin e Waldo, vibrando de ansiedade, fazendo o possível por fugir de bicicleta, de esquis ou a pé… É um livro que se distingue por uma graça flexível e descontraída, uma ausência de medo que se traduz em simplicidade, disciplina e modéstia.” [The New York Times]


“Surpreendente […], absolutamente absorvente.” [The Atlantic]


Em O Segredo da Força Sobre-Humana, Alison Bechdel oferece-nos uma história fascinante, que vai da infância à idade adulta, atravessando todas as modas do fitness, de Jack LaLanne nos anos 1960 até à estranheza existencial das corridas atuais.

Os leitores veem o seu passado atlético ou semiativo passar-lhes diante dos olhos numa panóplia em constante evolução de ténis de corrida, bicicletas, esquis e diversos outros equipamentos. 

Mas quando Bechdel tenta melhorar-se, esbarra no seu próprio eu. Volta-se para a sabedoria dos filósofos orientais e de figuras literárias, como o escritor beat Jack Kerouac, cuja procura da transcendência ao ar livre surge numa comovente conversa.

A conclusão é que o segredo da força sobre-humana não está nos músculos modelados pelo exercício, mas em algo muito menos claramente definido: enfrentar a sua própria interdependência, não transcendental, mas muito importante, de qualquer coisa que nos rodeia.


O Segredo da Força Sobre-Humana, de Alison Bechdel (tradução de Nuno Batalha), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-segredo-da-forca-sobre-humana-pre-venda/

28.10.24

Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Defeitos Humanos Banais, de Megan Nolan

 Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Defeitos Humanos Banais, de Megan Nolan (Tradução de José Mário Silva)


Em 1990, em Londres, a suspeita da morte de uma menina recai sobre uma família irlandesa, os Greens.

No centro da narrativa, está Carmel, bonita, estranha e destinada a um futuro à margem das suas circunstâncias, até que a vida e o amor aparecem no seu caminho.

Agora, o escândalo surge e os jornais sensacionalistas investigam. Carmel é confrontada com os segredos e silêncios que rondaram a sua família durante várias gerações.


«Ambicioso e original.» [David Nicholls]


«Um enorme talento literário.» [Karl Ove Knausgård]


«Nolan é uma das escritoras mais brilhantes da atualidade.» [The Times]


«Um estudo lírico e subtil sobre desespero familiar e intergeracional. Um excelente romance e uma enorme realização.» [The Guardian]


«Um romance que resiste ao óbvio. Um relato feroz e implacável de uma família em crise.» [The New York Times]


«Nolan deixa claro que não é a manifestação de um género, mas uma escritora a ser lida nos seus próprios termos.» [Financial Times]


«A prosa de Nolan é límpida e precisa, com um interesse quase clínico pelo poder da vergonha.» [The Washington Post]



Megan Nolan nasceu em 1990 em Waterford, na Irlanda, e vive atualmente em Londres.

Os seus ensaios e críticas foram publicados em vários jornais, entre os quais o The New York Times.

O seu primeiro romance, Atos de Desespero, recebeu elogios dos mais diversos críticos.


Mais informação em https://www.relogiodagua.pt/produto/defeitos-humanos-banais/


De Megan Nolan, em breve a Relógio D’Água editará também Atos de Desespero, com tradução de Maria de Fátima Carmo.

Sobre A Condição Humana, de Hannah Arendt

 Os problemas que Arendt identificou então, a partir de uma perspectiva histórica — a diminuição da acção humana e da liberdade política; a relação paradoxal entre o aumento do poder humano através da pesquisa tecnológica e a capacidade cada vez menor de controlar as suas consequências; o declínio da esfera privada —, são cada vez mais actuais.


«De vez em quando encontro livros que me dão a sensação de terem sido escritos para mim... "A Condição Humana" pertence a esse pequeno e seleccionado género.» [W. H. Auden]


«A combinação entre um imenso poder intelectual e um excelente bom senso tornam as concepções de Arendt sobre história e política espantosas e óbvias ao mesmo tempo.» [Mary McCarthy, The New Yorker]


«Uma obra realmente extraordinária, uma das melhores interpretações da história contemporânea surgida nos últimos anos.» [William Barrett, Partisan Review]


A Condição Humana (trad. Roberto Raposo) e outras obras de Hannah Arendt estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/produto/a-condicao-humana/

Sobre Águas Profundas, de Patricia Highsmith

 O casamento de Vic e Melinda Van Allen é mantido através de um acordo precário, que, para evitar a confusão do divórcio, permite que Melinda tenha a quantidade de amantes que desejar desde que não abandone a família. Mas Vic deixa de ser capaz de conter os ciúmes e tenta reconquistar a esposa por meios que acabam por se tornar violentos.

Neste complexo retrato de uma psicose que emerge no mais improvável dos locais, Patricia Highsmith examina a realidade oculta atrás da fachada idílica da vida nos subúrbios americanos.


Águas Profundas (trad. Maria Georgina Segurado) e outras obras de Patricia Highsmith estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/patricia-highsmith/

Sobre De Profundis — Valsa Lenta, de José Cardoso Pires

 «Devo dizer-lhe que é escassa a produção literária sobre a doença vascular cerebral. A razão é simples: é que ela seca a fonte de onde brota o pensamento ou perturba o rio por onde ele se escoa, e assim é difícil, se não impossível, explicar aos outros como se dissolve a memória, se suspende a fala, se embota a sensibilidade, se contém o gesto. E, muitas vezes, a agressão, como aquela que o assaltou, deixa cicatriz definitiva, que impede o retorno ao mundo dos realmente vivos. É por isso que o seu testemunho é singular, como é única a linguagem que usa para o transmitir. Eu explico-me melhor: o conhecimento científico das alterações das funções nervosas superiores obtém-se em regra por interrogatórios exaustivos, secos, monótonos, e recorrendo a testes padronizados, ou seja, perguntas idiotas cientificamente testadas e estatisticamente aferidas — dizem os autores.» [Do Prefácio de João Lobo Antunes]


«De Profundis, Valsa Lenta» e outras obras de José Cardoso Pires estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jose-cardoso-pires/

Sobre Os Paraísos Artificiais e Outros Textos, de Charles Baudelaire e Théophile Gautier

 No mundo das alucinações provocadas pelo haxixe, os objetos exteriores assumem aparências monstruosas, desconhecidas. Depois transformam-se, deformam-se e por fim entram naquele que os imagina, ou então é este que tem a sensação de neles entrar.

Sucedem-se os equívocos e as ideias inexplicáveis, os sons têm cor, as cores tornam-se musicais. Como diz Baudelaire, «Quero provar que os descobridores de paraísos fazem o seu inferno, preparam-no, cavam-no com um sucesso cuja previsão talvez os atemorizasse.»

Além de Os Paraísos Artificiais e Do Vinho e do Haxixe, de Baudelaire, este livro contém O Cachimbo de Ópio, O Haxixe e O Clube dos Comedores de Haxixe, de Théophile Gautier.


Os Paraísos Artificiais e Outros Textos (trad. João Moita) e outras obras de Charles Baudelaire estão disponíveis aqui: https://relogiodagua.pt/autor/charles-baudelaire/

Constantinopla, de Téophile Gautier, está disponível aqui: https://relogiodagua.pt/autor/theophile-gautier/

Sobre Temor e Tremor, de Søren Kierkegaard

 «O tratamento acentuadamente patético em Temor e Tremor (…) permite analisar pormenorizadamente nos sucessivos episódios, e nas sucessivas “modificações” anunciadas e logo introduzidas pelos respectivos autores, os conflitos de ordem pessoal e inter-relacional que afectam o indivíduo que procura uma forma consequente de objectivar o seu sentimento. Nos episódios de Temor e Tremor, a representação do amor como uma força vital encontra-se em todas as situações imagináveis como estando determinadas por esse sentimento — seja ele paternal, filial, fraternal, erótico, para com a divindade, para com a polis, ou a philosophia; na maioria dos casos, a ultrapassagem desse amor implica não só a óbvia perda desse sentimento, como a morte de uma das partes ou o seu desaparecimento enquanto receptáculo do amor de um outro.» [Da Introdução de Elisabete M. de Sousa]


Temor e Tremor (trad. Elisabete M. de Sousa) e outras obras de Søren Kierkegaard estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/soren-kierkegaard/

Sobre Maternidade, de Sheila Heti

 Neste livro, Sheila Heti questiona o que se ganha e o que se perde no momento em que uma mulher se torna mãe, abordando a decisão mais importante da vida adulta com o candor, o humor e a originalidade que fizeram dela uma escritora aclamada por toda uma geração.


Elena Ferrante considerou-o um dos seus livros favoritos.


«Este livro de Sheila Heti tornar-se-á a literatura definitiva sobre o tema da maternidade.» [The Guardian]


«Esta investigação na relação da mulher com os aspectos morais, sociais e psicológicos da procriação é uma iluminação, uma provocação e uma resposta, em última análise, às novas normas da feminidade, formuladas com a mais profunda autoridade intelectual por uma mulher. Não é parecida com nada que tenha lido. Sheila Heti abriu novos caminhos quer na sua maturidade como artista quer nas possibilidades do próprio discurso feminino.» [Rachel Cusk]


«Essencial. Uma semificção semelhante à de escritores como Ben Lerner, Rachel Cusk e Teju Cole.» [The New York Times]


«Mais bem descrito como um ensaio filosófico na tradição de Montaigne.» [The Times Literary Supplement]


«Lembra-me Temor e Tremor, de Kierkegaard.» [Elif Batuman]


Maternidade, de Sheila Heti (tradução de Valério Romão), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/maternidade-pre-venda/

27.10.24

Sobre O Susto, de Agustina Bessa-Luís

 «Uma das obras mais notáveis de Agustina Bessa-Luís, O Susto é um roman à clef, um romance cujas personagens são modeladas em pessoas reais. O protagonista, José Midões, é o poeta Teixeira de Pascoaes. Agustina Bessa-Luís descreve-o como uma figura excepcional, acima de todos os contemporâneos, e não esconde o fascínio que Pascoaes lhe inspira. (…)

Se todos os livros têm o seu destino, o deste romance é duplo. A sua recepção por leitores e pares, e as consequências dessa acidentada recepção, tiveram efeitos consideráveis na carreira da autora, que merecem ser descritos. Quanto ao romance em si mesmo, a descrição que nele é feita da relação entre Teixeira de Pascoaes e Fernando Pessoa, crucial para ambos, em particular para o segundo, que aparece no romance como personagem nada fugaz (Álvaro Carmo), parece ter passado inapercebida pela generalidade da crítica, não obstante ser a mais arguta análise dessa relação alguma vez publicada.» [Do Prefácio de António Feijó]


Esta e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

Sobre Zé Susto e a Bíblia dos Sonhos, de Sylvia Plath

 «Mais ou menos “acabados” ou elaborados, os textos reunidos no presente volume valem seguramente por si. Pela riqueza das imagens, pela precisão e abundância dos detalhes, pela naturalidade ao mesmo tempo distanciada e cúmplice com que evocam a infância ou a loucura, pela arte de transformar um episódio aparentemente insignificante numa “campânula de vidro” ou pesa-papéis vitoriano, contendo, abrigando e dando a ver todo um pequeno mundo. Valem também pelas relações que estabelecem, quer entre si, quer, como sublinha o organizador da colectânea [Ted Hughes], com os poemas da autora — relações que tanto podem passar pelo reaproveitamento e reformulação de textos mais antigos (…).» [Da Nota Prévia de Ana Luísa Faria]


Zé Susto e A Bíblia dos Sonhos (trad. Ana Luísa Faria) e outras obras de Sylvia Plath estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sylvia-plath/

Sobre A Cortina da Senhora Lugton, de Virginia Woolf

 «Os animais que cobriam o pano não se moveram até a senhora Lugton ressonar pela quinta vez. Um, dois, três, quatro, cinco — ah, a senhora de idade adormecera finalmente.»


Na sua cadeira Windsor, a senhora Lugton cose uma cortina junto à lareira, mas, quando adormece, os animais selvagens que decoram o tecido, livres de toda a vigilância, partem à aventura num mundo que só eles conhecem.


O conto A Cortina da Senhora Lugton foi descoberto nas páginas do manuscrito de Mrs. Dalloway. Virginia Woolf escreveu‑o para a sua sobrinha em 1924.


A Cortina da Senhora Lugton (edição bilingue, tradução de Francisco Vale) e outras obras de Virginia Woolf estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/virginia-woolf/

26.10.24

Sobre O Hóspede de Job, de José Cardoso Pires

 «Os temas desatualizam­‑se, as tendências literárias saem de moda, os interesses dos leitores mudam, o mundo em que José Cardoso Pires viveu e escreveu já não é o nosso. O brilho da sua prosa, esse, mantém­‑se intacto. Graças a esse brilho, as personagens inteiras que criou (ele que muito escreveu sobre amputados, físicos e espirituais) — veja­‑se João Portela e o tio Aníbal que, daqui a umas páginas, há de o leitor encontrar a calcorrearem os caminhos secos e amaldiçoados do Alentejo — continuam vivas e a iluminar­‑nos.» [Do Prefácio de Bruno Vieira Amaral]


O Hóspede de Job e outras obras de José Cardoso Pires estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jose-cardoso-pires/

Sobre A Nossa Família, de Rebecca Wragg Sykes

 Desde a sua descoberta há cerca de cento e sessenta anos, os neandertais transformaram a nossa concepção sobre a evolução dos hominídeos.


“Uma leitura importante […] para qualquer pessoa que se interesse pela Humanidade.” [Yuval Noah Harari, The New York Times]


A Nossa Família é uma exploração maravilhosamente escrita da nossa recente compreensão dos neandertais e da sua cultura e uma absorvente visão do modo como a ciência moderna está a revelar os segredos de uma espécie que, trezentos e cinquenta mil anos antes de o Homo sapiens se tornar dominante, habitara um território ‘tão vasto e tão rico como o Império Romano’.” [Brian Cox, físico]


“Escrito com uma agradável e elegante prosa, A Nossa Família é um hino às subtis complexidades da paleoantropologia. É uma generosa e cativante história de como começámos a conhecer os nossos antigos primos e de como continuamos a descobri-los ainda hoje.” [Greg Jenner, historiador]


A Nossa Família é um tour de force. Uma enriquecedora e maravilhosa síntese de tudo o que conhecemos da biologia e da cultura dos neandertais que deve ser lida por qualquer pessoa interessada na história da Humanidade.” [Tori Herridge]


“Combinando ciência rigorosa com narrativa lírica, Rebecca Wragg Sykes pinta um pormenorizado retrato dos nossos enigmáticos familiares.” [Alice Roberts, anatomista]


“Actual, absorvente, com excelente investigação, bem escrito e poético, A Nossa Família não é semelhante a nenhum livro que possa ter lido sobre os neandertais.” [Lee R. Berger, Universidade de Witwatersrand]


A Nossa Família — Vida, Amor, Morte e Arte dos Neandertais, de Rebecca Wragg Sykes (trad. Carlos Leite), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-nossa-familia-pre-venda/

Sobre A Família dos Mumins, de Tove Jansson

 A primavera chegou ao Vale dos Mumins, assim como uma cartola mágica que o Mumintroll e os seus amigos Farisco e Sniff descobrem, e que pode transformar qualquer coisa ou alguém em seja o que for.


«Um tesouro perdido, agora redescoberto… Uma obra-prima.» [Neil Gaiman]


«Jansson era um génio de um modo subtil. Estas histórias simples estão repletas de emoções únicas profundas e complexas, como jamais se viram em literatura para crianças ou adultos.» [Philip Pullman]


«Tove Jansson é, sem dúvida, uma das maiores escritoras de livros para crianças.» [Sir Terry Pratchett]


A Família dos Mumins e outras obras de Tove Jansson estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/tove-jansson/

25.10.24

Sobre Julia, de Sandra Newman

 Uma recriação imaginativa de 1984, de George Orwell, do ponto de vista de Julia, amante de Winston Smith.


Julia leva-nos numa jornada surpreendente pelo universo distópico de Orwell, com reviravoltas que revelam lados inesperados não apenas de Julia, mas de outras figuras familiares no universo de 1984. Uma perspetiva única, que expõe o nosso próprio mundo de maneiras assustadoras, tal como o romance original fez em 1949.


«Newman não apenas se mostra uma digna sucessora de Orwell, como o supera, tanto em conhecimento da natureza humana quanto no desenvolvimento de personagens.» [Los Angeles Times]


«Julia ilumina os pontos cegos de Orwell e atualiza a sua obra.» [The Economist]


«Uma reflexão fascinante sobre o totalitarismo sob o prisma da época de Orwell e da nossa própria época.» [The Guardian]


«Um trabalho formidável, partir de um clássico e refazê-lo de uma nova perspetiva.» [The Telegraph]


«Newman faz muito mais do que atualizar 1984, fá-lo parecer novamente uma leitura essencial.» [The Sunday Times]


Julia, de Sandra Newman (tradução de Marta Mendonça), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/julia/


Mil Novecentos e Oitenta e Quatro e outras obras de George Orwell editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/george-orwell/

Sobre A Armadilha Identitária, de Yascha Mounk

 Um dos nossos mais destacados intelectuais descreve a origem das ideias sobre a identidade e justiça social que rapidamente transformaram a América e se espalharam ao resto do mundo e explica porque não conseguirão atingir os seus objetivos. Em «A Armadilha Identitária» Mounk faz a mais ambiciosa e lúcida das abordagens sobre as origens e consequências da chamada política woke.


«Um “tour de force” intelectual sobre as origens da identidade política e a ameaça que ela representa para o genuíno, honesto e velho liberalismo.» [Bret Stephens, «The New York Times»]


«A mais abrangente e lúcida história desta armadilha em que nos tentaram envolver […]. Mounk conta a história do Grande Despertar Woke melhor do que qualquer outro escritor que procurou compreendê-lo.» [«The Washington Post»]


«Notável.» [David Brooks, «The New York Times»]


«Está entre os mais perspicazes e importantes livros escritos na última década.» [Jonathan Haidt]


«A Armadilha Identitária», de Yascha Mounk (tradução de Maria João B. Marques), está disponível em: https://www.relogiodagua.pt/produto/a-armadilha-identitaria/

Sobre Todos os Nossos Ontens, de Natalia Ginzburg

 Às vezes basta o ingénuo olhar de uma rapariga para iniciar uma história que vai alterar a vida de duas famílias e de muito mais gente.

Anna vive numa povoação no norte de Itália, nos anos que antecedem a Segunda Guerra Mundial. Já adolescente, submete-se quase sem resistência à violência do sexo, casa-se com um homem trinta anos mais velho e vai viver com ele num local inóspito do sul de Itália.

Anna permanecerá silenciosa enquanto à sua volta todos falam e gesticulam e vivem as suas alegrias e dramas, até que a guerra obriga a que se tomem decisões importantes e pratiquem gestos definitivos.


«Para mim, Todos os Nossos Ontens é um romance perfeito, ou seja, é completamente o que tenta ser, e nada mais. […] Este feito torna-se possível devido à compreensão extraordinária da alma humana por parte da autora, ao seu brilhantismo enquanto estilista da prosa e, sobretudo, à sua incomparável lucidez moral. Todos os Nossos Ontens conta-se entre os grandes romances do século xx e Ginzburg entre os seus grandes romancistas. No que a mim diz respeito, enquanto leitora, escritora e ser humano, a sua obra tocou e transformou a minha vida. Espero que lhe deem a oportunidade de fazer o mesmo à vossa.» [Da Introdução de Sally Rooney]


«Podemos falar de Todos os Nossos Ontens como a versão romanceada de Léxico Familiar.» [Italo Calvino]


«Escritos de há mais de cinquenta anos soam como se tivessem sido — ou em certo misterioso sentido estivessem a ser ainda — acabados de compor.» [Rachel Cusk, TLS]


Todos os Nossos Ontens (trad. Anna Alba Caruso) e outras obras de Natalia Ginzburg estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/natalia-ginzburg/

Sobre Todos os Caminhos Estão Abertos, de Annemarie Schwarzenbach

 Em 6 de junho de 1939, a escritora suíça Annemarie Schwarzenbach empreendeu uma nova viagem, desta vez na companhia da escritora Ella Maillart. 

Saíram de Genebra no Ford Roadster Deluxe que o pai de Annemarie acabara de lhe oferecer. O carro estava repleto de material fotográfico. Percorreram os Balcãs, a Turquia e o Irão, tendo como destino o Afeganistão. Entretanto, na Europa, iniciara-se a Segunda Guerra Mundial, que em breve alcançaria todo o planeta.

Todos os Caminhos Estão Abertos é uma seleção de textos que Annemarie Schwarzenbach escreveu sobre essa viagem. Neles reflete-se a magia das paisagens áridas, a sua curiosidade pelos arcaicos hábitos do Oriente e pela vida das mulheres sob o Islão e o desejo de liberdade. O estilo da narrativa mistura jornalismo e poesia. A vida interior deste «anjo devastado», como a designou Thomas Mann, expande-se pela imensidão da estepe ao mesmo tempo que escuta os distantes ecos da guerra.


Todos os Caminhos Estão Abertos (trad. Miguel Serras Pereira) e outras obras de Annemarie Schwarzenbach estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/annemarie-schwarzenbach/

Sobre A Amiga Genial, de Elena Ferrante

 A Amiga Genial é a história de um encontro entre duas crianças de um bairro popular nos arredores de Nápoles e da sua amizade adolescente. 

Elena conhece a sua amiga na primeira classe. Provêm ambas de famílias remediadas. O pai de Elena trabalha como porteiro na câmara municipal, o de Lila Cerullo é sapateiro. 

Lila é bravia, sagaz, corajosa nas palavras e nas acções. Tem resposta pronta para tudo e age com uma determinação que a pacata e estudiosa Elena inveja.

Quando a desajeitada Lila se transforma numa adolescente que fascina os rapazes do bairro, Elena continua a procurar nela a sua inspiração. 

O percurso de ambas separa-se quando, ao contrário de Lila, Elena continua os estudos liceais e Lila tem de lutar por si e pela sua família no bairro onde vive. Mas a sua amizade prossegue. 

A Amiga Genial tem o andamento de uma grande narrativa popular, densa, veloz e desconcertante, ligeira e profunda, mostrando os conflitos familiares e amorosos numa sucessão de episódios que os leitores desejariam que nunca acabasse. 


«Elena Ferrante é uma das grandes escritoras contemporâneas.» 

[The New York Times]


A Amiga Genial (trad. Margarida Periquito) e as outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Sobre Caos e Ritmo, de José Gil

 O que é pensar? O que é agir? O que é pensar e agir para criar? Em todos os casos, não basta evocar o “destino” ou o “inconsciente” para designar os factores que intervêm, é necessário descrever os mecanismos exactos e as forças que os movem. No tratamento psicanalítico de uma criança, no comportamento homicida de Macbeth, na criatividade “delirante” de Artaud, interferem forças poderosas que se afastam da racionalidade lógica e pragmática habitual. Descobrem-se os nexos claros da magia. Como é que estes processos irracionais podem culminar num objecto com sentido? Inversamente, a exploração do que se esconde sob o rigor da razão mais pura (como a que comanda o trabalho de um Espinosa) abre um mundo novo ao pensamento. O discurso filosófico, a invenção matemática, a criação poética, as sequências de movimento de um bailado, as posturas do ioga, a arte contemporânea ou a retórica do populismo mais desvairado obedecem a regras precisas, não formuladas pela razão. Regras que nascem do caos e que marcam o ritmo.

O que é o caos e o que é o ritmo? De Hesíodo a Paul Klee e à teoria física do caos, de Platão a Olivier Messiaen, colhem-se ideias que ajudam a compreender como as forças do caos podem passar para o outro lado, ritmando a ordem — ou podem falhar, fracassar e vir a destruir perversamente. O que se joga na construção do “eu” ilustra bem essa alternativa. Forças de vida ou de morte, que voltam para o caos. E hoje mesmo, perante a possibilidade real de uma catástrofe planetária, não é o caos destrutivo que nos ameaça?

Caos e Ritmo procura pensar o que nos acontece, ao nível mais concreto do inconsciente, do sensível e do corpo, bem como ao nível mais abstracto do pensamento e da visão. É um livro sobre a criação, sobre os seus poderes e os seus impasses.


Caos e Ritmo (2018) e outras obras de José Gil estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jose-gil/

24.10.24

Sobre Um Amor, de Sara Mesa

 A história decorre em La Escapa, uma pequena povoação rural, para onde Nat, uma jovem tradutora, se mudou por razões económicas e também em busca de equilíbrio emocional.

O seu senhorio oferece-lhe um cão num aparente gesto de boas-vindas. Os outros habitantes da zona com quem se relaciona, a rapariga da loja, o sempre disponível Píter, a velha e confusa Roberta, Andreas, o alemão com quem terá um caso amoroso, acolhem-na com distante normalidade. Mas na povoação respira-se um ambiente de preconceito, incompreensão e estranheza em relação a tudo o que é diferente, em particular a uma mulher que vive só.

O senhorio acaba por revelar-se um homem brusco, agressivo e nada disposto a ajudar a resolver os problemas de que a casa padece, desde as fendas às infiltrações, e o próprio cão mostra a todo o momento que teve um passado de maus-tratos.

La Escapa, dominada pelo monte El Glauco, vai confrontando Nat com silêncios, equívocos, preconceitos e tabus e também com ela própria e os seus fracassos.

Um Amor aborda assim a linguagem não como meio de aproximação, mas de diferença e até de exclusão.

As pulsões mais arcaicas dos habitantes de La Escapa emergem quando o cão oferecido a Nat morde uma criança e quase toda a comunidade procura nela um bode expiatório.


“As suas arestas surgem sob uma prosa de desconcertante limpidez, escorreita e ágil: lê-se com uma velocidade que associamos ao desfrutar, mas no fim sentimo-nos desamparados. Um romance magnífico.” [Nadal Suau, El Cultural]


“Uma novela exigente e exacta.” [Carlos Prado, El País]


“Lendo-a, pensei em Camus, em Faulkner, no Coetzee de Desgraça.” [Manuel Rodríguez Rivero, El País]


Um Amor (trad. Miguel Serras Pereira) e A Família (trad. António Gonçalves) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sara-mesa/

Sobre Relógio sem Ponteiros, de Carson McCullers

 Numa pequena cidade no sul dos EUA, quatro homens de diferentes idades debruçam-se sobre o seu passado e futuro.

J. T. Malone, um homem solitário de meia-idade que gere uma farmácia, descobre que está a morrer e tenta reconciliar-se com o que resta da vida. O juiz Clane, um homem de idade, resiste aos novos tempos e anseia pelo regresso das antigas maneiras do Sul. Ao mesmo tempo, Jester, o seu neto idealista, nutre simpatia por Sherman, um órfão negro, alegre e de olhos azuis, que está em busca da sua identidade.

Gradualmente, descobrem que as suas vidas estão intrinsecamente unidas. Em Relógio sem Ponteiros, o seu último romance, Carson McCullers explora com humor e talento temas como o preconceito, o segredo e a redenção.


«Carson McCullers entendia o coração dos homens com uma profundidade que nenhum outro escritor consegue alcançar.» [Tennessee Williams]


Relógio sem Ponteiros (trad. Fernanda Pinto Rodrigues) e outras obras de Carson McCullers estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/carson-mccullers/

Sobre O Conde d'Abranhos, de Eça de Queirós

 O Conde d’Abranhos é a apresentação irónica de um destacado político visto através de uma memória biográfica do seu secretário particular e acrítico servidor.

A obra foi escrita em 1869. Mas permaneceu inédita durante a vida de Eça de Queirós, sendo um dos textos que melhor reflecte o sentido de humor do autor, exercido sobre um político do século XIX, mas que em muitos aspectos poderia ser um qualquer deputado ou governante português no século XXI.


O Conde d’Abranhos e outras obras de Eça de Queirós estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/eca-de-queiros/

Sobre Na Terra Somos brevemente Magníficos, de Ocean Vuong

 Na Terra Somos brevemente Magníficos é a carta de um filho à mãe que não sabe ler. Escrita quando o narrador não tem ainda trinta anos, a carta evoca o passado de uma família e narra uma história que tem como epicentro o Vietname, desvendando aspetos da sua vida que a mãe nunca conheceu e levando a uma inquietante revelação final. Testemunho de um amor duro mas inegável entre uma mãe solteira e o filho, a carta é também uma investigação sobre raça, classe e masculinidade, levantando questões centrais sobre uma atualidade repleta de violência e trauma, que se vão sobrepondo a compaixão e a sensibilidade.

Este livro é tanto sobre a energia de contar uma história como sobre o silêncio destrutivo de não ser ouvido. Ocean Vuong escreve sobre pessoas aprisionadas entre mundos contraditórios e pergunta como recuperamos e podemos ajudar os outros sem deixarmos de ser quem somos. Procura assim responder a duas questões centrais: como sobreviver e como transformar essa sobrevivência em quase alegria.


Na Terra Somos brevemente Magníficos (trad. Inês Dias) e O Tempo É Uma Mãe (trad. Frederico Pedreira) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/ocean-vuong/

Sobre Os Nossos Desconhecidos, de Lydia Davis

 Em Os Nossos Desconhecidos, as conversas ouvidas por acaso nem sempre são entendidas, uma carta registada é confundida com uma borboleta branca rara, duas crianças que aprendem a falar identificam uma bola de pingue-pongue com um ovo, e alguns comentários murmurados revelam a verdade de um casamento. Sob a penetrante e transformadora observação de Lydia Davis, desconhecidos podem tornar-se família e familiares tornar-se desconhecidos. Uma nova recolha de ficção breve da vencedora do Man Booker International Prize.


“Incisivo, hábil, irónico, subtil e consistentemente surpreendente.” [Joyce Carol Oates]


“O talento de Davis para observar e celebrar os pormenores é tão sábio e milagroso como sempre.” [Financial Times]


“Gracioso, engraçado, estranho, surpreendente, improvável, persuasivo e comovedor.” [Times Literary Supplement]


“Apesar da capacidade de distanciamento que permeia todo o trabalho de Davis, as nossas ansiedades atuais infiltram-se em Os Nossos Desconhecidos.” [New York Times Book Review]


Os Nossos Desconhecidos (tradução de Inês Dias) e outras obras de Lydia Davis editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/lydia-davis/

Sobre O Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman

 “Publicado pela primeira vez em 1892, na The New England Magazine, [‘O Papel de Parede Amarelo’] descreve um verão que uma jovem mulher sem nome passa numa casa senhorial. Como ela própria declara na primeira página, está ‘doente’, tem uma ‘depressão nervosa passageira — uma ligeira tendência para a histeria’. O marido, que é médico, remete-a para o andar de cima da casa, para repousar […].

‘O Papel de Parede Amarelo’ é um grande texto literário, criado por um intelecto inquieto e ardente.” [Da Introdução de Maggie O’Farrell]


O Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman (tradução de Alda Rodrigues), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/o-papel-de-parede-amarelo/