«Poetas, saiam dos vossos armários,
Abram as vossas janelas, abram as vossas portas,
Estiveram demasiado tempo enfiados
nos vossos mundos fechados.
Desçam, desçam
dos vossos Russian Hills e Telegraph Hills,
dos vossos Beacon Hills e dos vossos Chapel Hills,
dos vossos Montes Análogos e Montparnasses,
desçam dos nossos contrafortes e montanhas,
das vossas tendas e cúpulas.
As árvores continuam a cair
e nós deixaremos de ir aos bosques.
Não há tempo para subirmos às árvores
Enquanto o homem faz arder a sua própria casa
para assar o seu porco.
Deixaremos de cantar Hare Krishna
enquanto Roma arde.
São Francisco está a arder,
a Moscovo de Maiakovski faz arder
os combustíveis‑fósseis da vida. […]»
[De «Manifesto Populista #1», in «A Poesia como Arte Insurgente», de Lawrence Ferlinghetti]
A Poesia como Arte Insurgente (tradução de Inês Dias) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/a-poesia-como-arte-insurgente/
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