As Telefones é uma homenagem ao género literário da diáspora, o telefonema.
“Um dia, ainda vamos ter férias de cruzeiros, filha, vais ver. Um dia, ainda vamos num desses barcos com piscina comer bolinhas de melão, beber champanhe, o mambo todo, nós duas pretas finas e uns criados de lacinho a encherem-nos as taças. A Mamã acredita, filha. Deus é fiel. Vai chegar a nossa vez. Férias mesmo já estão no fim, eh, filha. Passou rápido. Passa bem rápido. Não chora, não. Tempo corre, corre. Mas a Mamã sabe, filha. Um dia, vamos.”
Esta e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/djaimilia-pereira-de-almeida/
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