«Tema recorrente é o pensamento, que ela considera a única “reconciliação” e distingue não apenas da ação como da aquisição de conhecimento. Não por acaso, a sua última obra, na qual estava a trabalhar quando morreu, intitulava-se “A Vida da Mente”. Seria o culminar de um percurso que tinha começado nos gregos antigos, para os quais, curiosamente, também remetia o pensamento de Arendt sobre política. Noutra obra que a mesma editora acaba de republicar, ela compara favoravelmente a revolução americana com a francesa. O texto “Revolução e Liberdade, Uma Palestra”, recolhido no presente volume, fala da relação entre guerra e revolução e do valor da liberdade vs. os de bem-estar, segurança e justiça, avisando “aqueles que, sem grande mérito próprio, gozam do privilégio de usufruir de condições que permitem que vivam com dignidade e ajam com liberdade” de que “os alicerces dessa liberdade foram lançados numa revolução (…) feita por homens que valorizavam a sua felicidade pública e a sua liberdade pública, pelo menos tanto, se não mais, quando valorizavam o seu bem-estar privado e os seus direitos civis”. » [Luís M. Faria, E, Expresso, 2/11/2019]
Pensar sem Corrimão, Sobre a Revolução e outras obras de Hannah Arendt estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/hannah-arendt/
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