7.5.18

Sobre O Meu Inimigo Mortal, de Willa Cather




«“Um homem pobre cheira mal, e Deus detesta-o”. É com estas palavras que o abastado negociante John Driscoll responde a Myra, a sua sobrinha que pretende casar com um irlandês pobre. E promete deserdá-la caso insista na pretensão. Será, porém, através dos olhos da jovem Nelly que vamos conhecer o futuro de Myra: a forma como trocou o luxo pelo amor e a felicidade conjugal que experimentou nos primeiros tempos de casada. Vinte e cinco anos mais tarde, sem recursos e entregue a uma existência sombria compreende que o fundamento da sua vida - o amor - se tornou afinal no seu maior inimigo. Willa Cather cresceu no Nebraska onde observou a vida dos pioneiros e emigrantes que povoam a sua ficção caracterizada por uma prosa económica e sem artifícios. Apesar de nunca ter sido considerada uma das grandes figuras da literatura norte-americana, a sua obra tem vindo a ser reavaliada ao longo dos anos. A escritora A. S. Byatt declarou a seu respeito: “Ela já era modernista quando Dos Passos, Hemingway e Fitzgerald eram crianças”.» [Agenda Cultural de Lisboa]

De Willa Cather a Relógio D’Água publicou também Uma Mulher Perdida e editará em breve Minha Ántonia.

Sem comentários:

Enviar um comentário