23.3.18

Sobre Os Três Crimes dos Meus Amigos, de Georges Simenon (trad. Ângelo Ferreira de Sousa)




Mário Santos escreveu no ípsilon sobre duas obras de Georges Simenon recentemente editadas pela Relógio D’Água


«A editora Relógio D’Água tem vindo a publicar algumas obras de Simenon. As mais recentes — e que estavam até agora inéditas em português, creio — são Os Três Crimes dos Meus Amigos (1938) e O Santinho (1965). Nenhuma delas é integrável no qualificativo ‘policial’, sendo que a primeira é, no mínimo, de discutível filiação genológica. Embora originalmente tenha sido publicado como se de uma obra de ficção romanesca se tratasse, o livro Os Três Crimes dos Meus Amigos é, substancialmente, uma memória descritiva dos anos de formação do autor em Liège, até à sua ida para Paris em 1922, e da década subsequente na capital francesa, até à condenação dos amigos criminosos. Trata-se de uma crónica declaradamente autobiográfica, narrada por Simenon-ele-mesmo. É claro que sempre poderemos questionar a exacta veracidade deste episódio ou daquela circunstância, pois as fantasias da memória costumam atraiçoar as mais bem intencionadas autobiografias, mas, no geral, personagens e acontecimentos serão historicamente comprováveis.» [Mário Santos, Público, ípsilon, 23/3/18, texto completo aqui]

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