A Grande Vaga de Frio, com interpretação de Emília Silvestre e dramaturgia de Luísa Costa Gomes a partir da tradução de Ana Luísa Faria de Orlando, de Virginia Woolf, estará em cena nos dias 12, 13 e 14 de Outubro no Centro Cultural de Belém.
Carlos Pimenta, responsável pela concepção e direcção, diz sobre o espectáculo: «O teatro faz-se de prazeres, e, também, de desafios, e sabemos que Orlando encerra vastas questões que suscitam apetecíveis abordagens: o tempo, a realidade e a ficção, a questão do género, a questão transgénero, a emancipação da mulher, a crítica a uma certa literatura inglesa, a censura ao puritanismo vitoriano, etc., etc. Para nós A Grande Vaga de Frio é tudo isto e, também, o gosto de poder construir um espectáculo de teatro na expectativa de que o público nele se encontre e dele se aproprie.
Durante o trabalho que fizemos até aqui chegar fomos constatando que A Grande Vaga de Frio se autonomizava de Orlando. E isso era bom de verificar. A dramaturgia de Luísa Costa Gomes emancipava-se e acrescentava ao(s) tema(s) novas possibilidades. A descoberta das mesmas durante o processo de ensaios constitui o prazer de que vos falo. Todos sabemos de que trata Orlando. A Grande Vaga de Frio trata de tudo isso e, também, daquilo que lhe fomos acrescentando. E é esta a nossa maneira de ser Orlando.»
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