Em Busca do Tempo Perdido é um livro que tem, nas
palavras do seu autor, «a forma do tempo».
E, na verdade, o
que distingue este romance é o reforço da sua concepção da memória como
recriadora do passado. É isso que permite o misterioso encanto da narrativa e o
tom de dolorosa nostalgia em que o passado envolve o presente.
O recurso à
memória involuntária faz com que Proust nunca transmita uma realidade de que a
sua imaginação esteja ausente.
Ainda muito jovem,
conhecia de cor todos os pormenores da vida das damas que tinham frequentado os
salões de Paris desde o século xvii,
como Madame La Sablière ou Madame de Staël.
E foi precisamente
à sensação da decepção em relação ao imaginado que ele sentiu nesses salões
parisienses que foi buscar muitas das personagens que povoam o seu universo
ficcional, onde o amor e o ciúme ocupam um lugar central.
[PVP: € 10,00 cada volume]
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