«Como Hofmannsthal, Rilke é um produto da cultura do Império Austríaco, e um dos grandes poetas da língua alemã. Mas, muito mais do que ele, veio a ser um dos mais influentes poetas europeus do século, e alvo de um culto internacional que ainda hoje dura. (...)
Esse
período [de relativa esterilidade, 1908-11] foi interrompido bruscamente, na
atmosfera propícia do Castelo de Duíno, no Adriático, cerca de Trieste, que lhe
fora emprestado, para as suas vigílias de génio, pela sua amiga e admiradora, a
princesa de Thurn und Taxis (de Novembro de 1911 a Maio de 1912), quando ouviu
como que uma voz que lhe ditava o começo da Primeira Elegia (Janeiro de 1912).
As Elegias de Duíno, dez longos poemas largamente conhecidos e
traduzidos em várias línguas e em português também, só foram completadas em
1922, dez anos mais tarde, noutro castelo menos luxuoso — Muzot, na Suíça —,
que veio a ser oferecido a Rilke.» [Jorge de Sena]
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