«Em Karen,
a escrita de Ana Teresa Pereira adquire uma intensidade particularmente difusa,
que joga com vários matizes e referentes. (…)
Mas a neve recusa-se a cair, é apenas chuva no magnífico
final deste romance, cuja “banda sonora” fica entregue a Keith Jarrett e Mark
Eitzel. E torna-se impossível não nos lembrarmos do cineasta Andrei Tarkovsky
quando surge o propósito de acender algumas velas “para salvar o mundo”. Tem
sido esse o modo de escrita de Ana Teresa Pereira, embora quase ninguém dê por
isso. E não é sequer de espantar que os temas destas variações mudem pouco: “Em
tempos pensava que todas as histórias eram uma só, a luta entre o anjo bom e o
anjo caído, e sempre à beira de um abismo. Mas havia uma segunda história, a
rapariga que se apaixonava por um homem numa casa assombrada por outra mulher.”» [Manuel de Freitas, Expresso, E,
22-10-2016]
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