Neste diálogo
entre Zygmunt Bauman e Leonidas Donskis fala-se da perda de sensibilidade num
tempo marcado pelo terrorismo, a guerra, as migrações e outras formas de
violência.
A empatia, a
capacidade de nos colocarmos no lugar dos outros, parece diminuir quando era
mais necessária. E isso vai a par com a feroz busca de identidade e o
desrespeito pela privacidade alheia.
A violência e
os desastres tornam-se tão constantes na televisão e nas redes sociais que as
sociedades padecem de uma espécie de cegueira moral, de tal modo estão
insensibilizadas para o sofrimento e se recusam a compreender o que se passa.
«À medida que
a negligência moral cresce em alcance e intensidade, a procura de analgésicos
aumenta cada vez mais, e o consumo de tranquilizantes morais transforma-se em
vício. Por conseguinte, uma insensibilidade moral induzida e manipulada
torna-se uma compulsão ou uma “segunda natureza”: uma condição permanente e
quase universal — e as dores morais veem-se desprovidas do seu papel salutar de
prevenir, alertar e mobilizar.» [Zygmunt Bauman]
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