«Carol é mais velha que Therese, sofisticada, misteriosa e
aventureira. Therese tem um namorado, Richard, por quem não está apaixonada,
como nos afiança repetidamente a autora, e tem consciência de que está cada vez
mais deslumbrada por Carol, que a leva para sua casa e a seduz sem esforço. (…)
Para fugirem da complexa teia cada vez mais apertada e insustentável das múltiplas
relações — namorado, marido, filha, amigos e amigas, incluindo Abby, a anterior
amante de Carol — decidem partir para uma viagem de carro pelos Estados Unidos,
numa espécie de fuga ao modo de Thelma e Louise, mas sem o pathos
do filme. Devoram quilómetros, bebem cocktails, fumam, vagueiam, fazem amor —
uma epifania para Therese — e tentam escapar quando percebem que Harge, o
marido de Carol, colocou um detective privado no seu encalço com o propósito de
reunir provas do “crime” e, assim, ganhar o processo pela custódia da filha. Há
episódios rocambolescos, fugas nocturnas, uma arma na bagagem, separações,
drama e um estranho final aparentemente feliz.» [Isabel Vasconcelos, Público, ípsilon,
15/01/2016]
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