«Nove histórias de Tolstói: uma de 1863, duas de 1886, e as restantes
já da primeira década do século xx. Vários dos textos têm sugestões de fábula
moral, mas o único que assume claramente essa natureza é o que dá título ao
volume, sobre um homem empenhado em acumular terra, compulsivamente e até à
perdição. Mesmo nesse, o realismo não fica comprometido, apesar de um sonho
premonitório (ao fim e ao cabo, eles existem) e da presença passageira do diabo
(como recurso retórico, não elemento da narrativa). (…) O relato em si nada tem
de ideológico. A moral relativamente linear acaba por ser apenas um elemento da
extraordinária visão que justifica a popularidade do conto ainda hoje.
Igualmente durável é “Polikuchka”, uma novela sobre um homem que, por ser alcoólico
e ladrão, se tornou objeto de desconfiança automática.» [Luís M. Faria, Expresso,
E, 7-11-15]
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