Escrito em Berlim em 1934, Convite para Uma Decapitação contém
toda a surpresa, entusiasmo e intensidade de um trabalho criado em duas semanas
de inspiração.
Conduz-nos ao fantástico mundo de Cincinnatus, um homem condenado
à morte que passa os últimos dias na prisão, não sabendo exatamente quando o
seu fim chegará.
Nabokov descreve o livro como «um violino num vazio»:
«O mundano julgá-lo-á um passe de mágica. Os velhos trocá-lo-ão
apressadamente por romanças regionais e pelas vidas de figuras públicas.
Nenhuma dama ativa em clubes ou organizações sociais se arrepiará. O espírito
maldoso verá na Emmie uma irmã da Lolita, e os discípulos do curandeiro
vienense rir-se-ão dele em silêncio no seu grotesco mundo da culpa comunal e da
educação progresivnoe. Mas (como disse o autor de Discours sur les
ombres sobre outra luminária): Conheço (je connais) alguns (quelques)
leitores que darão saltos, com os cabelos em pé.»
«Nabokov moldou e manipulou a linguagem com mais destreza,
inteligência e astúcia do que qualquer outro escritor desde Shakespeare.» [Daily Mail]
«Nabokov escreve prosa do único modo que deve ser escrita — de
forma arrebatadora.» [John Updike]
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