Departamento de Especulações fala-nos de um
casamento, sendo uma sedutora contemplação dos mistérios da intimidade,
confiança, fé, conhecimento, e da condição universal de fracasso que nos une.
A heroína de Jenny Offill, «a esposa», trocou cartas
de amor com o marido, carimbadas como «Departamento de Especulações» — nome de
código para todas as incertezas inerentes à vida e para os contornos
estranhamente definidos de uma relação prolongada. À medida que enfrenta alguma
catástrofes vulgares — um bebé com cólicas, um casamento hesitante e ambições
estagnadas —, analisa a sua difícil situação, invocando tudo, desde Keats e
Kafka, passando pelas duras experiências dos estoicos, e terminando em lições
de cosmonautas russos.
A autora reflete sobre a experiência do amor maternal
e sobre a quase completa destruição do «eu» que dele surge, confrontando a
fricção da vida doméstica com as seduções e exigências da arte.
«Um romance maravilhosamente difícil de definir, porque aponta
simultaneamente para várias direções, brilhando com diferentes tons de emoção.
Se é uma descrição angustiante de um casamento em perigo, é também um poema em
louvor do matrimónio.» [James Wood, The New Yorker]
«Departamento de Especulações, de Jenny Offill, não se assemelha a
nenhum outro livro que tenha lido. Se vos disser que é divertido, tocante e
verdadeiro; que é tão compacto e misterioso como um neutrão, que nos conta uma
profunda história sobre amor e paternidade, e que para isso invoca (entre
outros) Keats, Kafka, Einstein, cosmonautas russos e conselhos para as
domésticas de 1896, serão capazes de acreditar em mim, e lê-lo?» [Michael
Cunningham]
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