19.12.14

Knausgård Entrevistado no Ípsilon


O último Ípsilon do Público publica a entrevista que José Riço Direitinho fez ao escritor norueguês Karl Ove Knausgård em Lillehammer, na Noruega.

«É um dos acontecimentos literários do ano: a publicação pela Relógio D’Água do primeiro dos seis volumes (A Morte do Pai) que compõem o romance A Minha Luta, do escritor norueguês Karl Ove Knausgård (n. 1968).
Em cerca de 3500 páginas, num jogo de espelhos auto-referencial, ele entrega-se a uma exploração proustiana do seu passado, recuperando memórias em que a realidade e a ficção se confundem. Forçando a comparação com a monumental obra de Proust, o sabor da madalena do escritor francês pode ser substituído pelo hábito involuntário de “ver” rostos na aleatoriedade das ondas do mar ou nas nervuras da madeira do soalho. É um episódio deste tipo, ocorrido num momento preciso da sua infância, que desencadeia a narração. Ao longo da meia dúzia de volumes, Knausgård não hesita em expor-se sem pudor, bem como à sua família (alguns familiares intentaram acções judiciais para proibirem a publicação dos livros, outros pediram que os seus nomes fossem trocados, no final todos cortaram relações com ele), o que foi a causa, em vários países, de intensas discussões sobre os limites éticos da literatura. Knausgård sempre respondeu: “Eu só queria contar a história do meu pai, e disso ninguém me pode impedir. Nem ele, que já está morto. A família fez parte dessa história.”»

Além da entrevista, José Riço Direitinho faz também a crítica ao livro A Morte do Pai.




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