Miguel
Real escreve sobre Impunidade, de H.
G. Cancela, no último número do JL.
«De
facto, face aos dois romances anteriores, Impunidade
atinge uma forte maturidade estética, expressa sobretudo na coesão narrativa
entre as quatro personagens principais (pai, mãe, filhos) e na descrição do
conteúdo do tempo através do pormenor circunstancial (ir ao supermercado,
passear no jardim, alojamento em pensões, viagens, contactos com criada e Amir,
filho desta…). Neste sentido, em termos de espaço enclausurador das personagens
e do léxico urbano usado, o romance de H. G. Cancela tem muito a ver com as
narrativas de Jaime Rocha, e em termos de léxico e sentido pulsional de acção
encontra fortes afinidades com a obra romanesca de Rui Nunes. (…) Impunidade revela um autor cujo nome,
doravante, deverá contar nos balanços literários.»
Sem comentários:
Enviar um comentário