«Durante
muito tempo fui para a cama cedo. Por vezes, mal apagava a vela, os olhos
fechavam-se tão depressa que não tinha tempo de pensar: “Vou adormecer.” E,
meia hora depois, era acordado pela ideia de que era tempo de conciliar o sono;
queria poisar o volume que julgava ter nas mãos e soprar a chama de luz;
dormira, e não parara de reflectir sobre o que acabara de ler, mas tais
reflexões haviam tomado um aspecto um tanto especial; parecia-me que era de mim
mesmo que a obra falava…» [Primeira frase de Em Busca do Tempo Perdido,
volume I, tradução de Pedro Tamen]
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