2.4.13

A chegar às livrarias: Quase de Verdade e O Mistério do Coelho Pensante, de Clarice Lispector e com ilustrações de Susana Oliveira





É uma história que parece mentira e que parece verdade. Mas só é verdade num mundo de quem gosta de inventar, como Ulisses, o cachorro. Os animais falam à sua maneira. Ulisses conta com latidos histórias para a sua dona e aproveita para nos contar a viagem que fez ao quintal da senhora Oniria, onde havia muitos galos que cantavam felizes e galinhas que cacarejavam felizes e punham ovos. Nesse quintal, havia também uma enorme figueira que não dava figos e que por isso tinha inveja da alegria das aves. Um dia resolveu pedir ajuda a uma nuvem negra, que era bruxa, para atrapalhar a vida dos galos e das galinhas. O que aconteceu depois da conversa da figueira com a nuvem é o que Ulisses nos vai contar.

 
 

Os coelhos não pensam como nós, mas podem ter ideias e descobrir coisas. Eles compreendem o mundo com o nariz. Franzindo e desfranzindo o nariz, Joãozinho, o coelho pensante, cheirava ideias. A primeira ideia que cheirou foi uma maneira de fugir da gaiola de ferro. Fugia sempre que não tinha comida. Mas depois tomou o gosto pela liberdade e fugia para passear, descobrir o mundo e visitar a namorada e os filhos. Ninguém até hoje foi capaz de explicar como conseguia sair da gaiola. Quem sabe se franzindo bem o nariz também nós consigamos «cheirar» alguma ideia e descobrir esse mistério…

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