No Atual, suplemento do Expresso, de 10 de Dezembro de 2011, vários críticos recomendam livros como «prenda de Natal».
Em relação à Relógio D’Água, Ana Cristina Leonardo sugere David Copperfield, de Charles Dickens: «Um clássico daqueles de que toda a gente ouviu falar mas que nem toda a gente terá lido. Acabado de editar pela Relógio D’Água, o romance eleito de Charles Dickens é uma portentosa obra de inspiração autobiográfica em que se misturam tragédia, esperança, comédia, pulhice, amor e morte. Um livro com a vida toda lá dentro. Com o bicentenário do autor à porta (nasceu a 7 de fevereiro de 1812), uma forma antecipada de o celebrar.»
Na rubrica «Uma prenda especial», António Guerreiro propõe Impressões de África, de Raymond Roussel: «Os surrealistas, as vanguardas, Michel Leiris, Marcel Duchamp, contribuíram para o reconhecimento deste escritor exquis e inclassificável que morreu cedo, em Palermo, de uma overdose de barbitúricos. Michel Foucault coroou este renascimento de Roussel com um estudo publicado em livro, em 1963. Impressões de África, editado em 1910, parece um título adequado ao relato de um viajante aventuroso pelo continente africano, mas é de outra coisa que se trata: é uma narrativa delirante da coroação de um imperador de um reino imaginado, perto do Equador e banhado pelo Atlântico, cuja capital se chama Ejur.»
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