Violência, que sai na próxima semana para as livrarias, é um dos mais importantes livros de Slavoj Žižek. E aborda temas da actualidade:
«O tom que prevalece cada vez mais nas reuniões de Davos é o de um grupo de empresários – alguns dos quais se designam ironicamente a si próprios como “comunistas liberais” – que já não aceitam a oposição entre Davos (o capitalismo global) e Porto Alegre (a alternativa ao capitalismo veiculada pelos novos movimentos sociais). A sua tese é que podemos ter o bolo capitalista global, ou seja prosperar como empresários de sucesso e, além disso, comê-lo, ou seja aprovar as causas anticapitalistas da responsabilidade social e a preocupação ecológica. Assim, Porto Alegre deixa de ser necessário, uma vez que Davos pode transformar-se em Porto Davos.»
«O tom que prevalece cada vez mais nas reuniões de Davos é o de um grupo de empresários – alguns dos quais se designam ironicamente a si próprios como “comunistas liberais” – que já não aceitam a oposição entre Davos (o capitalismo global) e Porto Alegre (a alternativa ao capitalismo veiculada pelos novos movimentos sociais). A sua tese é que podemos ter o bolo capitalista global, ou seja prosperar como empresários de sucesso e, além disso, comê-lo, ou seja aprovar as causas anticapitalistas da responsabilidade social e a preocupação ecológica. Assim, Porto Alegre deixa de ser necessário, uma vez que Davos pode transformar-se em Porto Davos.»
[De Violência de Slavoj Žižek (tradução de Miguel Serras Pereira)]
Sobre o tema da Violência Žižek deu uma conferência em 2008 na Universidade de Leeds a convite do International Journal of Žižek Studies.
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