Na Actual do Expresso, Ana Cristina Leonardo aborda o romance Cão em Fuga (1978) de Don DeLillo. Depois de descrever aspectos da trama, a jornalista conclui que:
«Naturalmente, tudo isto é transfigurado pela mão de Don DeLillo, porventura um dos maiores da geração que segue a de Roth (pode gostar-se mais de Cormac McCarthy, mas não é obrigatório ter de escolher entre dois sabores distintos). Paranóia, tecnologia, conspiração, contemporaneidade são temas que interessam DeLillo e que estão presentes nele desde o princípio. Retratista de um tempo galopante, que ainda assim não recusa os factos do dia, o escritor de origem italiana sabe traduzir a realidade numa aventura literária, muito crítica mas nunca didáctica, cruel mas, apesar disso, cheia de personagens vulneráveis.»
Também na Actual, José Guardado Moreira fala de O Despertar de Kate Chopin.
«A escritora, nascida em St. Louis, de ascendência irlandesa, foi criada num meio puritano até casar. Viajou pela Europa, teve filhos e, após a morte do marido, tomou conta das plantações da família, tendo-se apaixonado por um vizinho casado. Mais tarde regressou à cidade natal e, influenciada por Maupassant e Flaubert, enceta uma carreira literária, publicando várias antologias de contos e dois romances. Este livro é uma surpresa, escrito num tom delicado, mas que espelha as forças imensas do desejo. A história de uma mulher burguesa que decide mudar de vida, apaixonando-se por um visitante assíduo da casa, rasga a tule das boas aparências e lança ondas de choque que não podem ter um final feliz.»
Ainda na Actual, Luís M. Faria escreve sobre A Pena do Diabo, um dos últimos policiais de Minette Walters.
«Ao contrário de outros autores, Walters não abusa das digressões informativas, nem revela uma especial inclinação por diálogos de um moralismo mal disfarçado. Alternando narração directa com e-mails e com notas soltas (pensamentos sob tortura, etc.) – na perspectiva da protagonista – como um longo exercício de “inundação”, ou seja, de tratamento da fobia, praticado enquanto a própria vai conseguindo admitir, a conta-gotas, aquilo que lhe aconteceu.»
Em Os Meus Livros de Julho de 2009 é feita uma pré-publicação de A Vista de Castle Rock da canadiana Alice Munro, galardoada com o Man Booker Internatonal Prize 2009.
A revista refere ainda Parece Mesmo o Paraíso de John Cheever, na rubrica «Títulos Disponíveis e Recomendáveis».
Nas críticas é analisada a novela Funeral Divertido de Liudmila Ulítskaia. Curiosamente nos «Contras» a crítica, Rita Bonet, que parece não gostar de oxímoros, refere o «título».
«Naturalmente, tudo isto é transfigurado pela mão de Don DeLillo, porventura um dos maiores da geração que segue a de Roth (pode gostar-se mais de Cormac McCarthy, mas não é obrigatório ter de escolher entre dois sabores distintos). Paranóia, tecnologia, conspiração, contemporaneidade são temas que interessam DeLillo e que estão presentes nele desde o princípio. Retratista de um tempo galopante, que ainda assim não recusa os factos do dia, o escritor de origem italiana sabe traduzir a realidade numa aventura literária, muito crítica mas nunca didáctica, cruel mas, apesar disso, cheia de personagens vulneráveis.»
Também na Actual, José Guardado Moreira fala de O Despertar de Kate Chopin.
«A escritora, nascida em St. Louis, de ascendência irlandesa, foi criada num meio puritano até casar. Viajou pela Europa, teve filhos e, após a morte do marido, tomou conta das plantações da família, tendo-se apaixonado por um vizinho casado. Mais tarde regressou à cidade natal e, influenciada por Maupassant e Flaubert, enceta uma carreira literária, publicando várias antologias de contos e dois romances. Este livro é uma surpresa, escrito num tom delicado, mas que espelha as forças imensas do desejo. A história de uma mulher burguesa que decide mudar de vida, apaixonando-se por um visitante assíduo da casa, rasga a tule das boas aparências e lança ondas de choque que não podem ter um final feliz.»
Ainda na Actual, Luís M. Faria escreve sobre A Pena do Diabo, um dos últimos policiais de Minette Walters.
«Ao contrário de outros autores, Walters não abusa das digressões informativas, nem revela uma especial inclinação por diálogos de um moralismo mal disfarçado. Alternando narração directa com e-mails e com notas soltas (pensamentos sob tortura, etc.) – na perspectiva da protagonista – como um longo exercício de “inundação”, ou seja, de tratamento da fobia, praticado enquanto a própria vai conseguindo admitir, a conta-gotas, aquilo que lhe aconteceu.»
Em Os Meus Livros de Julho de 2009 é feita uma pré-publicação de A Vista de Castle Rock da canadiana Alice Munro, galardoada com o Man Booker Internatonal Prize 2009.
A revista refere ainda Parece Mesmo o Paraíso de John Cheever, na rubrica «Títulos Disponíveis e Recomendáveis».
Nas críticas é analisada a novela Funeral Divertido de Liudmila Ulítskaia. Curiosamente nos «Contras» a crítica, Rita Bonet, que parece não gostar de oxímoros, refere o «título».
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